Blog Brasil Católico Total NO TWITTER

Blog Brasil Católico Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER

Você é o Visitante nº desde 3 janeiro 2014

Flag Counter

Seguidores = VOCÊS são um dos motivos para continuarmos nosso humilde trabalho de Evangelização

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Aparição de Nossa Senhora Aparecida – No Brasil em 1717.

Onde aconteceu: No Brasil.            

 

Quando: Em 1717.

 

A quem: A três pescadores.

 

Festa: 12 de Outubro.

 

Oração de Consagração a Nossa Senhora. 


Ó Maria Santíssima, que em vossa querida Imagem de Aparecida espalhais inúmeros benefícios sobre todo o Brasil; eu, embora indigno de pertencer ao número dos vossos filhos e filhas, mas cheio do desejo de participar dos benefícios de vossa misericórdia, prostrado a vossos pés consagro-vos meu entendimento, para que sempre pense no amor que mereceis.


Consagro-vos minha língua, para que sempre vos louve e propague vossa devoção. Consagro-vos meu coração, para que, depois de Deus, vos ame sobre todas as coisas. Recebei-me, ó Rainha incomparável, no ditoso número de vossos filhos e filhas. Acolhei-me debaixo de vossa proteção.


Socorrei-me em todas as minhas necessidades espirituais e temporais e, sobretudo, na hora de minha morte. Abençoai-me, ó Mãe Celestial, e com vossa poderosa intercessão fortalecei-me em minha fraqueza, a fim de que, servindo-vos fielmente nesta vida, possa louvar-vos, amar-vos e dar-vos graças no céu, por toda eternidade. Amém.

HISTÓRICO.
 
Em 1717 três pescadores, após frustrada tentativa de apanhar peixes no rio Paraíba do Sul perto de Guaratinguetá (SP), colheram em suas redes o corpo de uma estátua de Maria SS. e, depois, a cabeça da mesma. A este fato se seguiu farta pescaria, que surpreendeu os três homens. Tendo limpado e recomposto a imagem, expuseram-na à veneração dos fiéis em casas de família.

 

Verificaram-se, porém, alguns portentos, que chamaram a atenção do Pe. José Alves Vilela, pároco de Guaratinguetá. Este então decidiu construir para a Santa Mãe uma capela capaz de satisfazer ao crescente número de devotos da Virgem. Tal capela foi substituída por outra maior no morro dos Coqueiros em 1745, morro que tomou o nome de “Aparecida” (hoje cidade de Aparecida do Norte). Em 1846 foi iniciada a construção de templo mais vasto, que ainda hoje subsiste. No ano de 1980 foi concluída monumental basílica, alvo de peregrinações numerosas durante o ano inteiro. Em 1930 o Brasil foi solenemente consagrado a Nossa Senhora Aparecida pelo Cardeal D. Sebastião Leme na presença do Sr. Presidente da República e de numerosas autoridades religiosas, civis e militares.

 

Os acontecimentos de fins de 1995 chamaram a atenção para Maria Santíssima tal como é venerada em Aparecida do Norte (SP) e no Brasil inteiro na qualidade de Padroeira do nosso país. Sabe-se que tal devoção se deve a uma pesca surpreendente cercada de fatos extraordinárias, que suscitaram a piedade dos fiéis da região de Guaratinguetá e, posteriormente, a da população de todo o Brasil. Em 1930 a Virgem Santíssima foi proclamada Padroeira do Brasil sob o título de Nossa Senhora da Conceição Aparecida (ou Nossa Senhora Imaculada em sua Conceição e Aparecida nas águas do rio Paraíba do Sul).¹

 

Já que versões diversas correm sobre o desenrolar dessas aparições e os atos subseqüentes, apresentaremos, a seguir, a genuína história dos eventos registrados.

1.  APARIÇÃO E AS PRIMEIRAS MANIFESTAÇÕES
POPULARES (1717-1745)
Como se deu a manifestação de Nossa Senhora Aparecida?

 

Eis o que relatam os documentos históricos:

 

Em princípios do séc. XVIII lutas, por vezes sangrentas, agitavam os exploradores dos veios de ouro em Minas Gerais.

 

Em março de 1717, embarcou em Lisboa, com destino ao Rio, Dom Pedro de Almeida e Portugal, Conde de Assumar, que vinha substituir Dom Braz Balthasar da Silveira no governo da Capitania de São Paulo e Minas.

 

Chegando ao Rio em junho de 1717, o Conde de Assumar mostrou-se logo interessado em conhecer a situação da sua capitania. Seguiu, pois, em agosto para São Paulo, sede do governo respectivo, do qual tomou posse aos 4 de setembro do mesmo ano. Em vista, porém, dos tumultos registrados em Minas por motivo das minas de ouro. Dom Pedro de Almeida e Portugal resolveu dirigir-se ao local das desordens. Partiu, portanto, de São Paulo aos 25 ou 26 de setembro de 1717, deixando como substituto nessa cidade Manoel Bueno da Fonseca, oficial de grande patente.

 

Após cerca de 17 dias de viagem, isto é, aos 11 ou 12 de outubro de 1717, chegava o Conde de Assumar, com sua comitiva, à região de Guaratinguetá. Entre os acontecimentos faustosos que então se deram relatam os manuscritos da época o seguinte:

 

A Câmara da Vila notificou então os pescadores que apresentassem todo o peixe que pudessem haver para o dito governador. Entre muitos, foram pescar em suas canoas Domingos Martins Garcia, João Alves e Felipe Pedroso e, principiando a lançar suas redes no porto de José Corrêa leite, continuaram até o porto de Itaguassú, distância bastante, sem tirar peixe algum. E lançando neste porto João Alves a sua rede, de rasto tirou o corpo da Senhora, sem cabeça, e, lançando mais abaixo outra vez a rede, tirou a cabeça de mesma Senhora, não se sabendo nunca quem ali a lançasse.

 

“E, continuando a pescaria, não tendo até então peixe algum, dali por diante foi tão copiosa em poucos lances que, receosos de naufragarem pelo muito peixe que tinham nas canoas, ele e os companheiros se retiraram a suas moradas, admirados deste sucesso” (cf. Marcondes Homem de Mello, Álbum da Coroação. Brasílio Machado, A Basílica de Aparecida).

 

Eis o que referem os documentos mais antigos em torno do aparecimento da Virgem.

 

A título de ilustração, pode-se acrescentar que o porto de José Corrêa Leite, donde partiram os três mencionados pescadores, se achava à margem esquerda do rio Paraíba no bairro Tetequera (município de Pindamonhangaba). A imagem encontrada media 38 cm de altura e apresentava cor bronzeada.

 

Impressionados pelo fenômeno, principalmente pela pesca portentosa que se seguiu à descoberta da estátua, os três mencionados pescadores limparam com grande cuidado a imagem, e verificaram que representava Nossa Senhora da Conceição, que o povo sem demora passou a chamar “Senhora Aparecida”. Felipe Pedroso conservou a imagem em sua casa durante vários anos; por fim, resolveu dá-la a seu filho Atanásio, que morava em Itaguassú, porto onde se dera o encontro da estátua. Atanásio, movido então pela sua fé, ergueu um pequeno oratório, onde depositou a venerável efígie; aí começou o povo da vizinhança a reunir-se aos sábados à noite, a fim de rezar o santo rosário e praticar as suas devoções.

 

Certa vez, durante uma dessas práticas aconteceu que, embora a noite estivesse muito calma, de repente se apagaram as velas que alumiavam a imagem da Senhora. Os fiéis, querendo reacendê-las, verificaram com surpresa que elas por si, sem intervenção de alguém, se reacenderam.

 

Foi este o primeiro prodígio registrado em torno da Senhora Aparecida. O mesmo portento se repetiu em outras ocasiões, chegando a notícia ao conhecimento do pároco de Guaratinguetá, Pe. José Alves Vilela. O sacerdote decidiu então construir para a estátua uma capelinha mais ampla, capaz de satisfazer ao crescente número dos devotos da Virgem, a qual ia multiplicando graças a benefícios sobre os fiéis. Em breve, também essa capelinha se tornou pequena demais. Foi preciso pensar em nova construção em lugar mais elevado que a margem do rio.

 

Escolhido o morro dos Coqueiros, o mais vistoso e acessível dos que margeiam o Paraíba, começou-se ali em  1743 a edificação de novo santuário, com a provisão do bispo do Rio de Janeiro, Dom Frei João da Cruz; aos 26 de julho de 1745, a obra terminada foi devidamente benta, dando lugar à celebração da primeira Missa. Doravante o morro e suas cercanias tomaram o nome de “Aparecida”, designação até hoje conservada. “Aparecida do Norte” é designação popular, pois a cidade fica a sudeste do Estado de São Paulo.

 

Entre os milagres que muito provocavam o fervor do povo, conta-se o do escravo, ocorrido por volta de 1790 e famoso nos tempos subseqüentes. Segundo a versão mais abalizada, as correntes se soltaram das mãos do escravo, quando este implorava a proteção de Nossa Senhora Aparecida diante da respectiva imagem. Eis como o refere o Pe. Claro Francisco de Vasconcelos pelo ano de 1838:

 

“Um escravo fugitivo, que estava sendo conduzido de volta à fazenda pelo seu patrão, ao passar pela Capela, pediu para fazer oração diante da Imagem. Enquanto o escravo estava em oração, caiu repentinamente a corrente, deixando intato o colar que prendia seu pescoço. A corrente se encontra até hoje pendente da parede do mesmo Santuário como testemunho e lembrança de que Maria Santíssima tem suprema autoridade para desatar as prisões dos pecadores arrependidos. Aquele senhor, tocado pelo milagre, ofereceu a Nossa Senhora o preço dele e o levou para casa com uma pessoa livre, a fim de amar e estimar aquele seu escravo como pessoa protegida pela soberana Mãe de Deus” (relato extraído da obra de Júlio J. Brustoloni, A Mensagem da Senhora Aparecida, Ed. Santuário, Aparecida, SP, 1994).

 

2.   DE 1745 AOS NOSSOS DIAS:

A DEDICAÇÃO DO BRASIL À VIRGEM SS.

 

A nova igreja foi diversas vezes reformada e aumentada, até que em 1846 foi iniciada a construção de um templo ainda mais vasto. Os trabalhos, porém, diversas vezes interrompidos, só chegaram a termo em 1888; aos 8 de dezembro desse ano, Dom Lino Deodato de Carvalho, oitavo bispo de São Paulo, procedeu à bênção do novo santuário, que até nossos dias subsiste em Aparecida, ornado com o título de “Basílica Menor”, título concedido por S. Pio  X aos 29 de abril de 1908.



Para atender aos numerosos grupos de peregrinos que afluíam ao local, o mesmo prelado obteve a vinda dos RR. PP. Redentoristas, os quais desde 1894 têm a seus cuidados o santuário e a respectiva cura pastoral.



Aos 8 de setembro de 1904, realizou-se a solene coroação de Nossa Senhora Aparecida, com a participação do Sr. Núncio Apostólico Dom Júlio Tonti, do representante do Presidente da república, do Episcopado do Brasil Meridional e de grande multidão de sacerdotes e fiéis.



Finalmente, o S. Padre Pio XI houve por bem acolher o pedido da hierarquia e dos fiéis, que desejavam fosse Nossa Senhora Aparecida proclamada Padroeira principal de todo o Brasil. Aos 16 de julho de 1930 publicava S. Santidade o seguinte “Motu proprio”:



“… Por conhecimento certo e madura reflexão Nossa, na plenitude de Nosso poder apostólico, pelo teor das presentes letras, constituímos e declaramos a mui Bem-aventurada Virgem Maria concebida sem mancha, sob o título de “Aparecida”, Padroeira principal de todo o Brasil diante de Deus. Este padroado gozará dos privilégios litúrgicos e das outras honras que costumam competir aos Padroeiros principais de lugares ou regiões. Concedendo isto para promover o bem espiritual dos fiéis no Brasil e aumentar cada vez mais a sua devoção à Imaculada Mãe de Deus, decretamos que cada vez mais a sua devoção à Imaculada Mãe de Deus, decretamos que as presentes letras estejam e permaneçam sempre firmes, válidas e eficazes, surtindo seus plenos e inteiros efeitos”.



Este decreto pontifício foi publicado na Basílica de Nossa Senhora Aparecida, fazendo-se a consagração do Brasil à Virgem Ssma., com grande júbilo dos fiéis.



No ano seguinte, o mesmo ato se repetiu em termos mais solenes na capital da República. A imagem da Virgem foi, sim, entusiasticamente levada de Aparecida para o Rio de Janeiro, onde percorreu em procissão o centro da cidade aos 31 de maio de 1931. Finalmente na Esplanada do Castelo, em presença do Sr. Presidente da república, de altas autoridades civis e militares, de numerosas divisões das Forças Armadas, do Episcopado Brasileiro e de enorme multidão de fiéis, o Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro proferiu o ato de consagração de todo o Brasil a Nossa Senhora Aparecida, recomendando à Excelsa Padroeira todos os interesses e as necessidades da pátria.



Este ato, que mereceu os aplausos da opinião pública em geral, estava bem na linha de venerável tradição da nação brasileira, a qual sempre mostrou especial devoção à Virgem Imaculada. Entre outros fatos expressivos dessa estima, pode-se notar que, ao proclamar a independência do Brasil, D. Pedro I, o primeiro Imperador, confirmando aliás antiga provisão de Sua Majestade o rei de Portugal do ano de 1646, declarou a Virgem da Conceição Padroeira do Brasil.



Numerosos são os relatos de milagres que tanto a imprensa como a voz do povo atribuem à Virgem Aparecida. As autoridades eclesiásticas não se empenham por definir a autenticidade de tais portentos, nem mesmo a dos episódios concernentes à aparição da Senhora Imaculada no porto de Itaguassú em 1717. Doutro lado, não vêem razão para se opor à devoção de Nossa Senhora Aparecida: ao contrário, esta tem produzido os melhores frutos, espirituais e corporais, no povo brasileiro. É por isto que os Srs. Bispos têm mesmo patrocinado e fomentado a piedade para com a Excelsa Padroeira do Brasil. Contudo, a bem da verdade, deve-se notar que tal atitude favorável é independente de qualquer pronunciamento da autoridade eclesiástica sobre a genuinidade dos prodígios que se narram em torno da Virgem e do Santuário de Aparecida.



A Santa Igreja de modo nenhum entende fazer de tais relatos matéria de fé; deixa, antes, a cada um de seus filhos a liberdade de ponderar o grau de autoridade que merecem os respectivos documentos (o que de resto não desmerece o valor de autenticidade que realmente possa caber a tais episódios).



A presença do sobrenatural em Aparecida exigiu que se empreendesse a construção de nova e mais vasta Basílica. Esta, iniciada em 1955 sob os auspícios do Cardeal Dom Carlos Carmelo de Vasconcellos Motta, estava concluída, com todas as suas capelas e quatro naves, em 1980. A área construída é de 23.000 m² e a área coberta mede 18.000 m². A lotação normal é de 45.000 pessoas, podendo a lotação máxima chegar a 70.000 pessoas. Até hoje são relatados milagres e favores de ordem física obtidos por intercessão de Nossa Senhora Aparecida em seu Santuário; todavia o que mais importa aí, são os numerosos casos de conversão espiritual e reencontro da paz interior alcançada pelo patrocínio de Maria SSma.



O fato de que a imagem da Senhora Aparecida tem a cor preta, tem sido objeto de comentários … Na verdade, o fenômeno se explica bem pela longa permanência da estátua dentro da água do rio. Na época da descoberta o fato não deve ter tido a repercussão e importância que hoje lhe querem atribuir.



A propósito recomenda-se a leitura do livro do Pe. Júlio J. Brustoloni: A Mensagem da Senhora Aparecida, Ed. Santuário, Rua Padre Claro Monteiro, 342, Aparecida (SP), 1994.



¹ O título “Nossa Senhora Aparecida” designa a Santíssima Mãe de Deus tal como ela apareceu na localidade do Estado de São Paulo que hoje traz o nome de “Aparecida do Norte” (nas proximidades de Pindamonhangaba e Guaratinguetá). Lá Nossa Senhora se manifestou com as notas que, na arte sacra, a caracterizam como imaculada em sua conceição; daí dizer-se comumente “Nossa Senhora da Conceição Aparecida”. – A mesma Virgem Ssma., tendo-se manifestado em Fátima, é chamada “Nossa Senhora de Fátima”; tendo aparecido em Lourdes, é dita “Nossa Senhora de Lourdes”, etc. Tais denominações não supõem diversas “Nossas Senhoras”, mas significam sempre a mesma Santa (“Santa Maria, Mãe de Deus …”), apenas invocada sob títulos diferentes.



Fonte: Revista: “PERGUNTE E RESPONDEREMOS” D. Estevão Bettencourt, osb. Nº 405 – Ano 1996 – Pág. 72

       

 

Detalhes importantes:

 

__ O Santuário de Aparecida e a paróquia da cidade, onde situa-se a primeira basílica, são conduzidas e geridas pelos sacerdotes de congregação dos Redentoristas;

 

__ Foi o Papa Pio XI que proclamou Nossa Senhora Aparecida como Padroeira do Brasil;

 

__ O grande e santo Papa Pio X foi quem autorizou e abençoou, desde o Vaticano, a coroação da Imagem como sendo de Nossa Senhora, em 04/09/1904;

 

__ Comprovando que não foi acaso ter sido escolhido em 13 de para a abolição da escravatura, a coroa de Nossa Senhora foi doada pela Princesa Isabel;

 

__ Anteriormente, ano da abolição 1988, foi inaugurada a 1ª Basílica em Aparecida; (hoje, transformada na Matriz da Paróquia).

 

__ A atual Basílica, Santuário Nacional de Aparecida, foi concluída em 1984, após 29 anos de construção;

 

__ No subsolo encontramos a Sala dos Milagres, com milhares de testemunhas e agradecimentos por graças alcançadas;

 

__ Na Basílica de Aparecida é possível receber até setenta mil pessoas. Em todo o mundo apenas a Basílica de São Pedro, em Roma, é maior;

 

__ A festa em honra a Nossa Senhora Aparecida, feriado nacional, acontece em 12 de outubro. O comparecimento médio anual situa-se próximo a 250.000 pessoas, apenas no dia da festa. Durante o ano todo o total estimado fica próximo a 4 milhões de romeiros.

 

__ Dois Papas já estiveram em Aparecida: João Paulo II em junho de 1980 e Bento XVI recentemente, maio de 2007.

 

         “Todos nós, brasileiros, agradecemos a Santíssima Trindade e a Nossa Senhora por tão grande graça concedida”.

Fonte: www.obradoespiritosanto.com

 

Nossa Senhora da Conceição Aparecida - Padroeira do Brasil - 12 de outubro

Nossa Senhora da Conceição Aparecida - Padroeira do Brasil

Com muita alegria nós, brasileiros, lembramos e celebramos solenemente o dia da Protetora da Igreja e das famílias brasileiras: Nossa Senhora da Conceição Aparecida

Oração:
Ó Senhora da Conceição Aparecida, que fizestes tantos milagres que comprovam Vossa poderosa intercessão junto ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, obtende para nossas famílias as graças de que tanto necessitam. Defendei-nos da violência, das doenças, do desemprego, e sobretudo do pecado, que nos afasta de Vós. Protegei nossos filhos de tantos fatores de deformação da juventude. E concedei a todos os membros de nossas famílias a graça de poderem trilhar o caminho de perfeição e de paz ensinado por Vosso Divino Filho, que afirmou: "Disse-vos estas coisas para que tenhais paz em Mim. Haveis de ter aflições no mundo; mas tende confiança, Eu venci o mundo!" Amém.

 No longínquo ano de 1717 uma pequena imagem de Nossa Senhora da Conceição foi encontrada no Rio Paraíba. Primeiro apareceu o
corpo e em seguida a  cabeça da imagem...


A história de Nossa Senhora da Conceição Aparecida tem seu início pelos meados de 1717, quando chegou a notícia de que o Conde de Assumar, D.Pedro de Almeida e Portugal, Governador da Província de São Paulo e Minas Gerais, iria passar pela Vila de Guaratinguetá, a caminho de Vila Rica, hoje cidade de Ouro Preto(MG).

Convocado pela Câmara de Guaratinguetá, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves saíram à procura de peixes no Rio Paraíba. Desceram o rio e nada conseguiram. Depois de muitas tentativas sem sucesso, chegaram ao Porto Itaguaçu.

João Alves lançou a rede nas águas e apanhou o corpo de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição sem a cabeça. Lançou novamente a rede e apanhou a cabeça da mesma imagem. Daí em diante os peixes chegaram em abundância para os três humildes pescadores.

Durante 15 anos seguidos, a imagem ficou com a família de Felipe Pedroso, que a levou para casa, onde as pessoas da vizinhança se reuniam para rezar. A devoção foi crescendo no meio do povo e muitas graças foram alcançadas por aqueles que rezavam diante da imagem.

A fama dos poderes extraordinários de Nossa Senhora foi se espalhando pelas regiões do Brasil. A família construiu um oratório, que logo tornou-se pequeno. Por volta de 1734, o Vigário de Guaratinguetá construiu uma Capela no alto do Morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745. Mas o número de fiéis aumentava, e, em 1834 foi iniciada a construção de uma igreja maior (atual Basílica Velha).

No ano de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos da Congregação dos Missionários Redentoristas, para trabalhar no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da Virgem Maria para rezar com a Senhora "Aparecida" das águas.

Em 8 de setembro de 1904, a Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi coroada, solenemente, por D. José Camargo Barros. No dia 29 de Abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor. Vinte anos depois, em 17 de dezembro de 1928, a vila que se formara ao redor da igreja no alto do Morro dos Coqueiros tornou-se Município. Em 1929, Nossa Senhora foi proclamada “Rainha do Brasil” e sua padroeira oficial, por determinação do Papa Pio XI.

Com o passar do tempo, a devoção a Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi crescendo, e o número de romeiros foi aumentando cada vez mais. A primeira Basílica tornou-se pequena. Tornou-se necessária a construção de outro templo, bem maior, que pudesse acomodar tantos romeiros. Por iniciativa dos missionários Redentoristas e dos Senhores Bispos, teve início, em 11 de novembro de 1955, a construção de uma outra igreja, atual Basílica Nova.

Em 1980, ainda em construção, foi consagrada pelo Papa João Paulo II, recebendo o título de Basílica Menor. Em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) declarou oficialmente a Basílica de Aparecida Santuário Nacional, o "maior Santuário Mariano do mundo".

O padre Francisco da Silveira, que escreveu a crônica de uma missão realizada em Aparecida em 1748, qualificou a imagem da Virgem Aparecida como “famosa pelos muitos milagres realizados”. E acrescentava que numerosos eram os peregrinos que vinham de longas distâncias para agradecer os favores recebidos.

Mencionamos aqui três grandes prodígios ocorridos por intercessão de Nossa Senhora Aparecida.
O primeiro prodígio, sem dúvida alguma, foi a pesca abundante que se seguiu ao encontro da imagem. Não há outras referências sobre o fato a não ser aquela da narrativa do achado da imagem: “E, continuando a pescaria, não tendo até então pego peixe algum, dali por diante foi tão abundante a pesca que, receosos de naufragarem pelos muitos peixes que tinham nas canoas, os pescadores se retiraram às suas casas, admirados com o que ocorrera.”

Entretanto, o mais simbólico e rico de significado, sem dúvida, foi o milagre das velas pela sua íntima relação com a fé. Aconteceu no primitivo oratório do Itaguaçu, quando o povo se encontrava em oração diante da imagem. Numa noite, durante a reza do terço, as velas apagaram-se repentinamente e sem motivo, pois não ventava na ocasião. Houve espanto entre os devotos e, quando Silvana da Rocha procurou acendê-las novamente, elas se acenderam por si, prodigiosamente.

Significativo também é o prodígio das correntes que se soltaram das mãos de um escravo, quando este implorava a proteção da Senhora Aparecida. Existem muitas versões orais sobre o fato. Algumas são ricas em pormenores. O primeiro a mencioná-lo por escrito foi o padre Claro Francisco de Vasconcelos, em 1828.

Uma rosa de ouro para a Virgem
Em 1967, ano da comemoração do jubileu dos 250 anos do aparecimento da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, o papa Paulo VI ofertou ao Santuário Nacional da Padroeira do Brasil uma Rosa de Ouro. A entrega desta importante honraria aconteceu na manhã do dia 15 de agosto daquele mesmo ano, com a presença de diversas autoridades civis e religiosas, entre elas, o presidente Artur da Costa e Silva. Atualmente, a Rosa de Ouro encontra-se na exposição “Rainha do Céu, Mãe dos Homens: Aparecida do Brasil”, no Museu Nossa Senhora Aparecida, no primeiro andar da Torre Brasília.

O que é uma Rosa de Ouro?
Os sumos pontífices costumavam oferecer como presente uma Rosa de Ouro, em sinal de particular estima e para distinguir eminentes personalidades que prestavam relevantes serviços à Igreja, ou para honrar cidades, ou ainda para realçar Santuários insignes, como centro de grande devoção. Essa Rosa era artisticamente elaborada segundo o estilo da época.

Romeiros de Nossa Senhora Aparecida
Dos milhões de romeiros que visitam o Santuário Nacional de Aparecida, muitos são portadores de angústia, outros tantos, da esperança. Esperança de cura, de emprego, de melhores dias, de paz.
Eles chegam de ônibus, de carro, de moto, de bicicleta, a cavalo e a pé. São pobres e ricos; são cultos e ignorantes; são homens públicos e cidadãos comuns. Aqui estiveram Papas, príncipes, princesas, presidentes, poetas, padres, bispos, prioras, patrões e empregados. Vieram os pescadores.

Muitos cumprem um ritual que começou com seus avós e persiste até hoje. Outros vêm pela primeira vez e ficam perplexos diante do tamanho do Santuário e de sua beleza. A Imagem os extasia. Olhos que buscam, vasculham ou se fecham para ler as mensagens secretas que trazem na alma. Lábios que balbuciam ave-marias, atropeladas pela pressa das muitas intenções.

Mãos que seguram as contas do rosário, a vela, o retrato, as flores, o chapéu. Joelhos que se dobram e se arrastam, em atitude de total despojamento. Pés cansados pela procura de suas certezas. Coração nas mãos em forma de oferenda. Na alma, profundo senso do sagrado. O chão que pisam, a porta que transpõem, as pessoas que aqui residem, tudo tem para eles significado transcendente. Este é o romeiro de Nossa Senhora Aparecida. Alma pura, simples, do devoto que acredita, que se entrega à proteção dos céus, sem dúvidas ou restrições.


Nossa Senhora da Conceição Aparecida, rogai por nós!


Santo do dia - 12 de outubro

São Serafim de Montegranaro


Irmão leigo capuchinho (1540-1604)

Nascido em Montegranaro di Ascoli Piceno em 1540, no seio de uma família humilde, não pôde frequentar a escola porque devia ganhar o pão cuidando de um rebanho que não era seu. Morto o pai, trabalhou como servente de pedreiro às ordens de um certo Manucci, cuja filha, para civilizá-lo um pouco, lia-lhe algum bom livro; depois ela o encaminhou ao convento dos capuchinhos, onde foi acolhido com uma certa dificuldade.

Na profissão religiosa, mudou o nome de Félix para o de Serafim e fez seu o lema de frei Egídio: “O caminho para subir ao céu é rebaixar-se aqui na terra”. Exerceu os trabalhos mais humildes no convento de Ascoli Piceno, mas, dotado do dom da sabedoria infusa, tornou-se conselheiro e diretor espiritual de cada vez mais numerosos discípulos. Falecido no ano de 1604, está sepultado na igreja dos capuchinhos de Santa Maria, em Solestà di Ascoli.


São Serafim de Montegranaro, rogai por nós!



Como ser criança

É preciso ser criança!

 Jesus disse que para entrar no Reino de Deus é preciso ser como as crianças. “Deixai vir a mim as criancinhas”. Então vale a pena meditar o que a criança tem de tão especial, embora já carregue as marcas do pecado original que afeta toda natureza humana.

As crianças nos dão lições de vida.
Não discriminam ninguém, acolhe a cada um sem olhar a sua condição social, a sua beleza física, os seus defeitos e qualidades… apenas veem nas outras um igual.

As crianças aceitam qualquer roupa, qualquer casa, não cobram luxo e nem conforto; querem apenas brincar e viver.

As crianças vivem o presente sem a menor preocupação com o passado ou com o futuro; confiam no pai e na mãe e não se dão conta das ameaças da vida. Não se preocupam com nada, a não ser com viver a vida e dela desfrutar. Não correm atrás do dinheiro, não se preocupam em acumular bens e vivem na inocência da castidade.

As crianças são espontâneas e puras, dizem o que sentem e sentem o que dizem; choram copiosa e facilmente se estão tristes ou se estão contrariadas; não mascaram seus sentimentos.

A criança é simples, dócil, sincera, não tem malícia, tem o coração puro, não tem maldade, é honesta, não tem preconceitos, ama gratuitamente, não têm medo de expressar seus sentimentos, não se preocupa com sua autoimagem.

A criança é alegre, verdadeira, perdoa com facilidade e se reconcilia rapidamente, não guarda mágoa, não tem preocupações, faz amizade com facilidade, e se deixa conduzir por seus pais com docilidade e confiança, sabe silenciar e obedecer.

As crianças são mais sensíveis e mais abertas para aprender o novo, apresentam uma grande capacidade de aprendizagem, são espontâneas e falam o que tiverem de falar, são como folhas em branco onde você pode escrever o que quiser; se deixam moldar.

A criança ama a todos, confia em todos, sabe aproveitar cada momento do dia como se a vida fosse só uma festa, não se preocupa com o amanhã. Ela tem confiança e sabe ser pequena, e precisa de pouca coisa para ser feliz. Sabe pedir ajuda sempre que precisa; é humilde, não tem medo de dizer que não sabe.

Penso que ainda haja muito mais coisas bonitas a descobrir nas crianças; basta você parar diante de um grupo delas que esteja brincando, e saber observar suas grandezas.
Temos de aprender as simples e belas lições que elas nos dão, sob pena de não passarmos na porta estreita da vida que leva ao céu.


Se na segunda-feira se pudesse correr livremente pelos prados
e as flores desabrochassem numa explosão de cor…
Se na terça-feira se contemplasse o céu
no seu mistério de um azul sem fim…
Se na quarta-feira se retirassem as máscaras
tornar_a_vida_amavele a verdade brotasse…
Se na quinta-feira a alegria entrasse nos corações…

Se na sexta-feira todos se dessem as mãos…

Se no sábado os pais contassem aos filhos histórias de encantar…

Se no domingo a beleza do silêncio se renovasse em cada ser…

Então eu seria uma criança feliz,
e a minha canção voaria por sobre as casas,
dançaria entre os ramos das árvores,
e à hora do crepúsculo repousaria sobre os mares do mundo,
tornada canção de embalar,
a encher de paz e de ternura os sonhos das crianças.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Santo do dia - 11 de outubro

Santo Alexandre Sauli

Bispo (1534-1593)

Para dar prova da própria vocação religiosa, aos 17 anos, Alexandre, nascido em Milão, de nobre família genovesa, improvisou-se em pregador, subindo a um palanque de caixas de hortaliças na praça pública do mercado milanês. E, diante de um público atônito e curioso, falou de Deus e da fugacidade existente neste mundo.

Mal deixara para trás uma brilhante carreira no séquito do imperador Carlos V, juntou-se aos clérigos regulares de São Paulo, conhecidos com o nome de barnabitas.

Entre outros dotes, possuía uma memória formidável. Memorizava tratados inteiros da Suma Teológica de são Tomás e as obras dos padres da Igreja. Tinha sobretudo uma grande devoção à Virgem, à qual se havia consagrado ainda jovem com um voto particular de castidade.

Ordenado sacerdote em 1556, durante a celebração da missa foi assistido por um confrade que tinha o encargo de recordar-lhe em que ponto estava da celebração da Eucaristia — não porque tivesse facilidade de se distrair, mas, sim, para trazê-lo de volta à terra, depois de frequentes arroubos e êxtases. Com apenas 33 anos foi eleito superior geral da ordem. Depois, o papa são Pio V o nomeou bispo e foi consagrado por um outro santo, são Carlos Borromeu, bispo de Milão, seu discípulo e amigo, e destinado à diocese de Aleria, na Córsega.

A pobreza do lugar e a total desorganização da igreja local não o espantaram. “Aqui, ao menos Deus não nos faltará”, foi seu comentário. Por 20 anos, trabalhou sem poupar esforços, reformando, corrigindo, socorrendo. Muitas vezes se interpôs como pacificador nas frequentes vinganças entre famílias e entre regiões. Foi um pai solícito pelo bem material e espiritual e autêntico mestre da vida cristã.

Por sua heroica dedicação, mereceu o título de “anjo tutelar, pai dos pobres, apóstolo da Córsega”. Depois, foi destinado à sede de Pávia pelo papa Gregório XIV. Morreu pouco depois em Caloso d’Asti. Foi canonizado em 1904.


Santo Alexandre Sauli 

 

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

A indústria do aborto

Vale a pena ler esta entrevista…

Há tempos, muitos estão interessados na aprovação do aborto no Brasil, para poderem se enriquecer com as chamadas “clínicas de aborto”, abundantes nos EUA e nos países onde ele é legalizado.

Abaixo você poderá ler uma entrevista um pouco antiga, mas que parece possuir o conteúdo um tanto atual. Continuamos vivendo essa luta contra o aborto. É preciso que conheça o que pode acontecer nessas clínicas abortistas e o quanto isso fere o coração humano e o coração de Deus.

A revista Pergunte e Responderemos (nº 349 – Ano 1991 – p. 277) trouxe o artigo “Tornei-me rica mediante o aborto”. Conta a história da Sra. Carol Everett, que foi proprietária de duas Clínicas de Aborto nos Estados Unidos e Diretora de duas outras desde 1977 até 1983, logo depois que se legalizou tal prática nos Estados Unidos. Deixou este ramo de trabalho, porque se converteu ao Cristianismo. Ela foi entrevistada por Marta Scheiber , e descreveu os procedimentos das Clínicas de Aborto, voltados principalmente para o lucro financeiro, iludindo e manipulando as suas clientes.

Ela conta os bárbaros métodos aplicados para eliminar as crianças, e os artifícios usados para que as mães superem a dor e o trauma do aborto.

Conheça as suas declarações:
Repórter: Qual foi o motivo que a envolveu na indústria do aborto?
Carol Everett: Eu estava procurando uma razão para justificar meu próprio aborto. Finalmente encontrei-me a trabalhar com um homem que se tornou proprietário de quatro Clínicas de Aborto. Rapidamente, mediante habilidade de mercado, os seus negócios se duplicaram. Cada vez que eu vendia a ideia do aborto, eu justificava o meu próprio aborto.
Notei que os rendimentos de meu patrão aumentaram de 25.000 para 125.000 dólares por ano em duas Clínicas. Eu desejava parte desse dinheiro, pois sabia que era resultado de meus esforços. Por isto entrei no escritório do patrão e lhe disse: “Eu dupliquei seus lucros, quero os juros dos negócios”. Ele, porém, muito delicadamente me respondeu: “Não!” Pus um anúncio nas páginas amarelas do catálogo telefônico oferecendo a minha própria Clínica de Abortos, que conseguiria abrir seis meses após a publicação desse anúncio.

R.: Por que você se refere ao aborto como indústria?
C.E.: Porque é a maior indústria não controlada do nosso país. A maioria das Clínicas trabalham em cadeia por causa do seu grande rendimento. Diga-me: em que outro lugar pode alguém como eu ganhar no mínimo 150.000 dólares por ano?
Eu lucrava 25 dólares por cada aborto, de tal modo que eu sabia exatamente quanto dinheiro produzíamos. No último mês em que trabalhei nessa indústria, realizaram-se 545 abortos, que trouxeram para o meu bolso a quantia de 13.625 dólares.
Vi três médicos repartirem entre si 4.500 dólares por três horas de trabalho. Imagino que o lucro é muito maior atualmente, mas tal quantia não ficava mal para três horas de trabalho num sábado de manhã.

R.: Você abria a Clínica nos dias de semana?
C.E.: Sim. Os domingos eram os dias mais rendosos. A maioria das mulheres deseja ser despachada e sair rapidamente.
Sabem que o aborto é algo de mau, principalmente quando praticado num domingo, de tal modo que não fazem perguntas nos domingos. Pode-se trabalhar com uma infraestrutura mínima, porque a mulher que vem para abortar num domingo, está decidida. Nós fazíamos de 15 a 20 abortos nos domingos em duas ou três horas! Enquanto todos estavam participando do culto na igreja, nós estávamos fazendo abortos.

R.: Quanto custava um aborto?
C.E.: Naquela época custava de 185 a 1.250 dólares o aborto no segundo ou no terceiro trimestre da gestação. O preço era calculado segundo o número de semanas da gestação. Quando menos de doze semanas, saía por 185 dólares; quando de treze a quatorze semanas, 250 dólares; e, de quatorze a quinze semanas, ficava por 375 dólares. Os abortos mais especializados, que exigiam anestesia geral, saiam por 1.250 dólares. Tais abortos eram realizados no segundo ou no terceiro trimestre de gestação. Os abortos podem ser provocados por medicamentos orais ou, se a pessoa tem dinheiro, são efetuados com anestesia geral. Nunca se fazem gratuitamente!

R.: Nas Clínicas negava-se o aborto às mulheres que não pudessem pagar o preço completo?
C.E.: Quando eu trabalhava na indústria do aborto, uma jovem de 18 anos queria submeter-se a um aborto, mas só possuía 50 dólares; tinha 18 ou 19 semanas de gestação, o que exigia 450 dólares para cobrir as despesas todas do aborto. Recorreu a várias Clínicas de Aborto em Dallas, mas nenhuma delas quis fazer o aborto gratuitamente, de modo que ela caiu nas mãos de um aborteiro ilegal, que todos supunham estar aposentado. Ele lhe praticou o aborto e ela morreu.

R.: Como você anunciava suas Clínicas?
C.E.: Investíamos 350.000 dólares por ano em anúncios de propaganda: 250.000 dólares nas páginas amarelas, 50.000 em publicidade de periódicos e o restante em propaganda direta pelo Correio, quando mandávamos cupons de desconto.
Nosso lema era: “Sonda o teu mercado, e faça tua propaganda onde o público a possa perceber”. Usávamos o método de cupons para comprovar os efeitos da publicidade…


R.: Que estratégia de mercado utilizavam?
C.E.: A mulher procurava a Clínica de Aborto para ser informada sobre as alternativas que estavam à disposição. Pagávamos a uma conselheira, para que vendesse o produto (a recomendação de aborto); era um processo simples, seguro e legal de “manipular o problema”. Que a mulher simplesmente trouxesse o seu dinheiro e viesse! Aos conselheiros de aborto paga-se melhor do que a outros tipos de conselheiro, e eles creem no produto que transmitem.

R.: Que tipo de conselhos se oferecia nas Clínicas?
C.E.: Nas Clínicas em que trabalhei, não dávamos conselhos. Apenas respondíamos às perguntas que as mulheres nos faziam, e tratávamos de “não revolver a terra”. Não discutíamos as alternativas do aborto senão quando as clientes o exigiam.

Todas as mulheres perguntavam a mesma coisa: “O que trago, é um bebê?” Respondíamos-lhes: “Não; é apenas um produto da concepção (um coágulo sanguíneo ou uma formação de tecidos)”. – “Vai doer?” – “Não; você sentirá apenas uma sensação leve de contrações ou câimbras”.

A maioria das mulheres sofreram dores e as sobrepujaram, de modo que julgam que tal procedimento não é demasiado doloroso. Não obstante, o aborto é extremamente doloroso!
Na entrevista a conselheira tratava de determinar a causa pela qual a mulher queria abortar, não tanto para ajudá-la, mas para justificar a decisão de abortar.


R.: Era proporcionada ajuda psicológica após o aborto?
C.E.: Dizíamos às clientes que tal ajuda estava à sua disposição, caso dela necessitassem; mas na sala de recuperação usávamos técnicas para desalentar todo contato futuro a menos que fosse para outro aborto. Dizíamos às clientes: “Dentro de sete a dez dias, você se sentirá deprimida; isto durará alguns dias. Mas não se preocupe com isso. Quando a mulher dá à luz uma criança, ela também passa por um período de depressão posterior ao parto”.
Em consequência, quando a mulher começa a tomar dolorosamente consciência de que “matou seu bebê”, pensa que esse sentimento é normal em virtude da atividade dos hormônios. Ela é induzida a reprimir esses sentimentos naturais.
Não obstante, uma menina de treze anos, certa vez, veio à Clínica para fazer o exame rotineiro de verificação duas semanas após ter abortado. Tal exame é feito não tanto para se chegar à certeza de que ela está passando bem, mas para averiguar se já não existe gravidez. Ora a menina não saía do quarto da consulta após muito tempo decorrido. Quando lá entramos, descobrimos que estava cortando as suas veias!


R.: Que métodos abortivos eram aplicados na sua Clínica?
C.E.: A maioria de nós que praticávamos a indústria do aborto, deixamos de usar os processos do sal e da prostaglandina, pois deixavam escapar muitas criancinhas ainda vivas. Uma criancinha eliminada ainda com vida implica que esperemos que morra, ou exige que nos desembaracemos dela de maneira muito grosseira.

A maioria dos que realizam abortos no segundo ou terceiro trimestre de gestação, utilizam o método de dilatação e evacuação. O aborteiro se serve de pinças grandes para despedaçar o bebê dentro do útero e retirá-lo em fragmentos.

Evita-se de todo modo o efeito secundário do nascimento da criança viva… Todavia tal processo é horrível, porque o bebê tem que ser reconstruído fora do seio materno para se ter certeza de que todos os seus pedaços foram extraídos.

R.: Como é que você eliminava o bebê abortado?
C.E.: Em nossas Clínicas nós o colocávamos num triturador de dejetos. Usávamos os modelos mais potentes. Algumas das estruturas do bebê no segundo e no terceiro trimestres são tão fortes que não se destruíam no triturador, de modo que tínhamos de jogá-las fora em bolsas de lixo.

R.: Conhece mulheres a quem o abortamento tenha sido aplicado sem que estivessem grávidas?
C.E.: Sim; acontecia que mulheres que não estavam grávidas, consultavam o médico antes de se praticar o aborto. Eram submetidas a uma sonografia, e se fixava o ponteiro do sonógrafo num ponto-chave do útero. Dizia então o médico: “Veja, você está grávida”. A mulher, que geralmente não sabe ler um sonograma, aceitava a opinião do perito e pedia o aborto de que ela não necessitava.

R.: Qual foi a menina mais jovem que você viu entrar na Clínica para abortar?
C.E.: A mais jovem que vi, foi uma menina de onze anos. A mais jovem de que tive notícia, tinha nove anos. Paralelamente, num Centro Clínico para atender a casos de gravidez, trataram de uma menina de dez anos, que depois deu à luz um bebê saudável.

R.: Qual é a última etapa da gestação na qual ainda se pode praticar o aborto?
C.E.: O bebê maior que vi abortado, tinha 32 semanas.

R.: Diz-se que praticar um aborto é experiência sem riscos. Conte alguns dos problemas que você presenciou em mulheres que procuraram a sua Clínica.
C.E.: Estávamos praticando a dilatação traumática de um dia, que tem elevado índice de complicação. Fazíamos 500 abortos por mês, matávamos ou mutilávamos uma mulher sobre quinhentas.
As complicações mais comuns eram as deformações ou os deslocamentos do útero. Muitas terminavam em ablação do útero. Às vezes o médico cortava o canal urinário, que requeria remodelação cirúrgica. Uma complicação que raramente se menciona, mas que ocorre, é a perfuração do intestino por parte da vagina – o que exige finalmente uma colostomia.
Em alguns casos, a colostomia é reversível, mas algumas mulheres têm que viver com ela para o resto da vida.

R.: Como as Clínicas de Aborto encobrem os óbitos que ocorrem durante um aborto?
aborto_nunca
C.E.: As Clínicas de Aborto nunca aceitam a responsabilidade pelas complicações ocorrentes. Limitam-se a dizer que não foram de sua culpa. A preocupação dos profissionais, no caso, não é a paciente; é, sim, proteger a reputação do médico e manter o nome da Clínica. Para se proteger, eles podem utilizar a família do paciente. Sentem-se culpados e sofrem as emoções decorrentes da situação criada; não querem passar pelo momento amargo de expor a verdade aos meios de comunicação social.

R.: Que motivo afastou você da indústria do aborto?
C.E.: Foi minha conversão religiosa. Viajo e converso com mulheres que cometeram aborto, nunca encontrei alguma que se tenha curado do aborto sem ter tido um encontro pessoal com Nosso Senhor Jesus Cristo. Entrei numa crise muito dolorosa. Mas Deus me enviou uma série de pessoas incrivelmente boas, que me ajudaram e instruíram durante todos estes anos.

R.: Que fez você com as Clínicas?
C.E.: Vendi-as, mas os compradores não me pagaram dentro dos prazos previstos. Denunciei-os à Justiça e entramos em acordo fora do Tribunal. Tudo o que recebi, doei ao Fundo Pró-Vida, a fim de ajudar as mulheres grávidas que têm problemas.

R.: Que conselhos daria você a uma mulher que pense em submeter-se a um aborto?
C.E.: Primeiramente eu a ajudaria a tomar consciência das mudanças que estão ocorrendo em seu corpo durante a gravidez. Ajuda-la-ia a compreender que o seu bebê é realmente uma pessoa.

Numa situação tal, é preciso tratar de equacionar o problema. Geralmente há uma só razão que impede de continuar a gestação no caso mais comum: é o medo de que se descubra o seu tipo de atividade sexual. Devemos apoiar e ajudar tal mulher, qualquer que seja sua necessidade. Temos que ser bons vendedores, como são os abortistas, com a única diferença de que temos a verdade em nosso favor. Estude com tal mulher todas as alternativas para evitar o aborto.

Trecho retirado do livro: Aborto?Nunca!, Prof. Felipe Aquino. Editora Cléofas.
 http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2016/10/07/a-industria-do-aborto/