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quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Santo do dia - 9 de novembro

Santo Orestes


Mártir (+304)

Orestes é um nome de origem rude, de trágica lembrança, e muito divulgado no mundo cristão. Rude porque significa "homem da montanha". De lembrança trágica porque, segundo a literatura grega, era filho de Agamênon, a quem vingou a morte ao matar a esposa adúltera, a própria mãe. E divulgado entre os cristãos porque é o nome de um mártir da fé.

No livro dos santos da Igreja, só encontramos um com este nome. Dele sabemos, com certeza, que no final da Antiguidade era venerado como um mártir no dia de sua morte: 9 de novembro. E que alguns mosteiros importantes foram dedicados a ele, como o da Capadócia, no século IV.

Mais tarde, soube-se da participação de um monge do mosteiro de santo Orestes no segundo Concílio de Nicéia, onde saíram condenados os hereges iconoclastas, isto é, os cristãos que destruíam as pinturas e objetos sagrados.

Provavelmente, esse monge era do Mosteiro da Capadócia, onde as relíquias mortais do mártir Orestes estavam guardadas. Como a sepultura estava sob a construção, os dados de santo Orestes nunca foram encontrados e ninguém soube ao certo a sua origem.

A tradição relata sua vida começando pelo ponto culminante: a morte pelo testemunho da fé. A fé cristã sempre foi marcada, ao longo dos séculos, pelos sacrifícios de seus seguidores, iniciados com a crucificação pela Paixão de Jesus Cristo. Orestes foi mais um desses mártires, provavelmente morrendo na última perseguição aos cristãos decretada pelos romanos.

Temos uma narração milenar vinda da Capadócia que nos coloca Orestes como um médico acusado de incitar o povo contra a idolatria. Um médico, de fato, pode exercer muita influência sobre o ânimo dos doentes, que estão necessitados de ajuda material, mas que também precisam de conforto espiritual. Denunciado como cristão e pregador da nova fé, Orestes não negou.

Durante o julgamento público, ele clamou que o céu lhe concedesse um prodígio capaz de cair sobre o povo, que queria trair a verdade do cristianismo. Imediatamente, foi atendido. Orestes, apenas com um sopro, fez as estátuas dos ídolos voarem como folhas mortas e as colunas do templo caírem, como se fossem de fios de palha. Foi condenado à morte.

Mas antes foi torturado com pregos e arrastado por um cavalo. No final, com o cadáver desfigurado, foi atirado num rio, que devolveu seu corpo refeito e coberto com uma magnífica túnica. Foi assim que as relíquias do mártir chegaram naquele antigo local, onde existiu o famoso mosteiro de santo Orestes, na Capadócia, atual Turquia.


Santo Orestes, rogai por nós!




São Teodoro 

Com São Jorge e São Demétrio, São Teodoro é um dos “três grandes soldados mártires”, para os Orientais
 
O santo de hoje, São Teodoro, foi um soldado que acabou sendo decapitado na Província do Ponto por confessar a fé cristã.

Era já venerado no século IV. Achaita (Tchorum, Turquia), onde se encontra o seu túmulo, atraiu durante muito tempo os peregrinos.

A lenda depressa lhe embelezou a memória, atribuindo-lhe toda a espécie de aventuras, em particular, como a São Jorge, ter matado um dragão.

Com São Jorge e São Demétrio, é um dos “três grandes soldados mártires”, para os Orientais.

São Teodoro, rogai por nós!


Consagração da Basílica de Latrão

Basílica de Latrão

A igreja “mãe de todas as igrejas da Urbe e do Orbe” surge nas encostas do Célio, o monte dos luzeiros — uma das sete colinas sobre as quais ocorreram fatos decisivos para a civilização romana. Daí partiam as antigas estradas do Lácio e as vias consulares, como a Regina viarum, a via Ápia. 

Sobre essa colina tinham-se estabelecido as ilustres famílias dos Valérios, dos Vetílios e dos Lateranos, posto que o Palatino era reservado à família imperial. Contudo, também as "egregiae domum Lateranorum" foram confiscadas por Nero, quando Pláucio Laterano foi acusado de haver participado da conjura de Pisão.

Com Septímio Severo, no fim do século II, parte dos Lateranos voltou aos antigos proprietários e parte continuou com o imperador. É esta parte que Constantino doou ao bispo de Roma para construir precisamente a primeira basílica cristã, fundada pelo papa Melcíades (311-314), ao lado do palácio que até então fora residência imperial.

Pouco restou em pé da antiga basílica constantiniana: o batistério e os muros perimetrais da basílica, cuja consagração é celebrada solenemente a cada ano. É de fato a primeira esplêndida domus Dei, embora houvesse anteriormente outros lugares públicos nos quais os cristãos se reuniam para celebrar a Eucaristia.

Existe um testemunho singular a tal propósito, no início do século III, quando Alexandre Severo foi chamado em causa e deu razão a uma comunidade cristã em um processo contra um hospedeiro que reclamava contra a transformação de uma hospedaria em lugar de culto cristão. De qualquer forma, tratava-se de modestos edifícios. Deve-se aos grandiosos projetos de Constantino a construção da basílica (ou casa do rei) dedicada inicialmente ao Salvador e sucessivamente ao Batista e a são João apóstolo.

A antiga catedral do papa, da qual se conserva a cátedra de mármore no claustro medieval, sofreu várias transformações no decurso dos séculos. O pontificado que deixou maiores obras é o de Inocêncio X (1644-1655), durante o qual Borromini renovou completamente a nave central e as laterais.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Santo do dia - 8 de novembro

Santo Adeodato Deusdedit


(+ 618)

Em Roma, o Papa não era somente o Bispo e o Pai espiritual, mas também o guia civil, o juiz, o supremo magistrado, a garantia da ordem 

Romano de nascimento, papa desde 615, foi para Roma um bom pastor e também o guia civil, o juiz e o mantenedor da ordem. Hábil mediador, defendeu a sé apostólica das pretensões de Constantinopla e das repetidas investidas dos bárbaros.

Pacificou as disputas entre o clero secular e o regular, introduziu, para todo sacerdote, a faculdade de poder celebrar duas missas nos dias festivos; estabeleceu que fossem distribuídas esmolas aos pobres à morte de cada pontífice. Distinguiu-se em vida pela grande caridade, sobretudo quando uma grave epidemia de peste castigou Roma durante o seu pontificado – agravada pelo terremoto que deu o golpe de misericórdia contra os foros romanos, já devastados pelas invasões bárbaras e pela incúria do povo.



Santo Adeodato Deusdedit, rogai por nós!



São Godofredo

Bispo beneditino (1066-1115)

Os pais de Godofredo rezaram muito para que Deus lhes desse um herdeiro. Até que, em 1066, ele nasceu no castelo da família em Soissons, onde foi batizado com um nome que já apontava a direção que seguiria. Godofredo quer dizer paz de Deus, e foi o que este francês espalhou por onde passou durante toda a vida.

Com cinco anos, foi entregue para ser educado pelos monges beneditinos e do convívio com a religiosidade nunca mais se afastou. Quando a educação se completou, foi para o Convento de São Quintino e ordenou-se sacerdote aos vinte e cinco anos de idade.

A sua integridade de caráter, profundidade nos conhecimentos dos assuntos da fé, bem como a visão social que demonstrava, logo chamaram a atenção dos superiores. Tanto que foi nomeado abade do Convento de Nogent, com a delicada missão de restabelecer as regras disciplinares dos monges, muito afastados do ideal da vida cristã. Em poucos anos a comunidade mudou completamente, tornando-se um centro que atraía religiosos de outras localidades que ali passaram a buscar orientação e conselhos de Godofredo.

Quando os monges de um convento famoso, rico e poderoso o convidaram para ser o abade, ele recusou. O que desejava era viver no seguimento de Cristo, dedicando-se à caridade e trabalhando no amparo e proteção aos pobres e doentes, e não o poder ou a ostentação. Era comum ver os mendigos e leprosos participando da sua mesa, pois acolhia todos os necessitados com abrigo e esmolas fartas. Suas virtudes levaram o povo e o clero a eleger Godofredo bispo de Amiens, mas ele só aceitou a diocese depois de receber ordem escrita do próprio papa.

Outra missão difícil para Godofredo. Lá, os ricos e poderosos preferiam a vida de muitos vícios, prazeres e luxos, sem nenhuma virtude e ligação com os ensinamentos cristãos. Começou empregando toda a força e eloquência de sua pregação contra esses abusos denunciando-os do próprio púlpito. O que quase lhe causou a morte num atentado encomendado. Colocaram veneno em seu vinho, mas o plano foi descoberto antes.

Considerando-se inapto, renunciou ao cargo e retirou-se para um local ermo. Só que nem os superiores, nem o povo aceitaram a demissão e Godofredo foi reconduzido ao cargo. Mas foi por pouco tempo. Durante uma peregrinação à igreja de São Crispim e São Crispiniano, situada em Soissons, sua cidade natal, ele adoeceu. Morreu no dia 8 de novembro de 1115, no convento dedicada aos dois santos padroeiros dos sapateiros, onde foi enterrado.



São Godofredo, rogai por nós!

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

O que fazer com o aborto?

Meu corpo, minhas regras

Não podemos ser omissos. Eliminar a vida é um pecado que brada justiça aos Céus!

Alguns atores da Rede Globo gravaram um vídeo promovendo o aborto, o assassinato de crianças inocentes e indefesas. O vídeo, de extremo mal gosto, extremamente forçado e artificial, espalha mentiras sobre o que ensina a fé cristã e insiste na tese criminosa de que o aborto é um ato legítimo, quando nossas leis e nosso povo em sua maioria o condenam.


A vida humana começa com o embrião; e isso é um dado científico. Segundo o maior geneticista do século XX, Dr. Jérôme Lejeune, que descobriu a Síndrome de Down, o embrião é um ser humano pois nele já estão todas as informações genéticas da vida desta pessoa.

É triste verificar que alguns artistas, usando de sua imagem popular para penetrar nos lares, utilizem de um meio tão poderoso como a mídia para difundir a morte de seres inocentes, indefesos, que um dia poderiam caminhar, pensar, sorrir e abraçar seus pais.


Argumentam falsamente que a mulher tem direito a seu corpo; tem sim, e deve cuidar bem dele, afinal ele é Templo sagrado da Santíssima Trindade, mas jamais isso pode lhe dar o direito de tirar a vida de uma criança no seu ventre, que não faz parte do seu corpo; é um outro corpo; uma vida independente; uma nova vida.


Será que é papel de um(a) artista defender o assassinato de crianças no ventre das próprias mães? A vida de um bebê deve ser protegida em todas as circunstâncias. Sabemos que hoje uma criança que nasce prematura, com 12 semanas de gestação já sobrevive. É bom papel de artista difundir uma “cultura de morte”?


Gostaria que, sobretudo, os atores que participaram da gravação deste vídeo, pensassem um pouco na grandeza da mulher que gera um filho; nada há de mais belo e importante na face da terra. Um filho é imagem do Deus Criador, por isso ele pensa, ama, sorri, abraça, chora, canta, estuda, raciocina, faz planos… Um dia Deus vai lhes perguntar o que vocês fizeram destas vidas que Ele quis que viessem a este mundo.


Vocês sabiam que “Mulheres que se submetem a abortos têm 30% mais chance de terem problemas mentais do que as mulheres que nunca passaram por isso, segundo uma pesquisa publicada na última edição da publicação científica British Journal of Psychiatry? http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid286567,0.htm


Leia também: O feto é um ser humano?





Vocês sabiam que “65% das mulheres que abortam sofre sintomas de estresse pós-traumático depois de submeter-se à operação, conforme manifestou a psiquiatra e membro do Comitê de Direito a Viver (DAV), Carmen Gómez-Lavín? (ACI).


Sabiam que 68% defendem que aborto continue crime no Brasil Segundo Datafolha? “Sua Pesquisa revela que taxa dos que querem que o aborto continue sendo crime está em ascensão: era de 63% em 2006, ante 65% em 2007.” (Folha de São Paulo, 06/04/2008 – Cotidiano).




Sabiam que a “Pioneira do aborto”, nos EUA, Jane Roe, que foi usada em 1973 para aprovar o aborto, pela Suprema Corte, se arrependeu profundamente do que fez? (cf. Jornal “El Mundo”, “A pioneira do aborto arrependida”, dezembro de 2003).


Se você não aceita o crime do aborto, em qualquer circunstância, assine esta Campanha para mostrar seu repúdio a este lamentável vídeo; e acesse a página do vídeo para marcar a opção “não gostei”.  

Basta acessar este link: https://www.youtube.com/watch?v=CafzeA-9Qz8


Não podemos nos calar diante de tanto sangue inocente derramado! Eliminar a vida é um pecado que brada justiça aos Céus. Nossa Pátria não pode ter as bênçãos de Deus ofendendo tanto o Criador, sobretudo naquilo que é mais sagrado, o dom inviolável da vida.

Não se omita, não caia nesse pecado; participe, proteste contra o extermínio de milhões de crianças por suas próprias mães.

Santo do dia - 7 de novembro

São Prosdócimo

Bispo (+100)

São muitos os nomes que soam familiares e típicos de certas localidades italianas, mesmo parecendo insólitos, estranhos ou exclusivos. Tais nomes estão ligados ao culto de um santo local, em muitos casos de um antigo bispo e, em outros, de um mártir.

O nome Prosdócimo, pouco frequente atualmente, para os familiarizados, imediatamente mostra sua origem da região do Vêneto, da cidade de Pádua e, mais tarde, também de Rieti. Isso porque o culto a este santo vem de uma tradição muito antiga, do século II, que homenageia o primeiro bispo de Pádua, de Rieti e, também, padroeiro dessas duas cidades. Segundo narram os registros oficiais da Igreja, Prosdócimo teria evangelizado também toda a Veneza ocidental, numa grande obra de difusão que fixou, definitivamente, o cristianismo no coração daquelas populações.

Até a mais bela imagem dedicada a ele acabou sendo feita por um ilustre artista italiano, faz parte de um conjunto dedicado a santa Justina, outra mártir célebre daquela região. Na tela, Prosdócimo aparece com o típico atributo do jarro, símbolo da sua incansável atividade de batizador, ou seja, formador do rebanho do Senhor.

Nas várias regiões de Rieti e Pádua, o bispo Prosdócimo teria patrocinado prodígios e milagres, que as mais antigas tradições descrevem com toda a liberdade de expressão, reforçando ainda mais seus exemplos edificantes de fé em Cristo. Às vezes, porém, os poucos documentos tornam mais redundantes as tradições. Como foi o caso deste bispo. Depois de sua morte, encontrou-se o registro citando que a comunidade erguera, fora das muralhas de Pádua, a igreja de Santo Prosdócimo, que mais tarde tornou-se a Basílica de Santa Justina, uma das mais belas da cidade.

A glória do bispo Prosdócimo teria sido, de fato, Justina ter sido convertida por ele. Essa nova cristã soube manter intacta a sua fé, enfrentando o martírio na perseguição de Nero. Entretanto Prosdócimo foi poupado, não havendo nenhum registro, ou tradição, que explique o porquê.

O bispo Prosdócimo morreu naturalmente, carregado de merecimentos e de anos. O seu culto ainda é vigoroso, sendo venerado pelos fiéis, que rezam por sua paternal intercessão nas situações de aflição e desânimo. A Igreja confirmou a sua celebração e, no calendário litúrgico, são Prosdócimo deve ser homenageado no dia 7 de novembro.

O nome Prosdócimo, em grego, significa "esperado". Ele foi o primeiro evangelizador dessas cidades. De fato, verdadeiramente, o esperado por elas, que ainda eram pagãs. A tradição diz que ele teria sido enviado para atendê-las pelo próprio são Pedro, que para isso o consagrou primeiro bispo de lá.


São Prosdócimo, rogai por nós!



São Vilibrardo


Bispo (658-739)

Um monge beneditino, de pequena estatura, olhos profundos e vivos, mas de franzina e delicada constituição, compartilha com são Bonifácio o mérito de ter evangelizado a Germânia transrenana: é Vilibrardo, inglês da Nortúmbria, formado espiritualmente na Irlanda, na escola do abade Egberto, e em Ripon, uma verdadeira forja de santos.

Depois do insucesso da primeira missão, Vilfrido enviou à Frísia um grupo de 11 missionários, encabeçados pelo enérgico e corajoso Vilibrardo. O primeiro impacto com a região germânica teria desencorajado quem a ela tivesse chegado com outros fins que não fossem os de levar a mensagem evangélica aos pagãos.

Os 12 missionários desembarcaram na confluência do Escaut, entre brejos malsãos e guerreiros em debandada depois do vitorioso avanço de Pepino de Heristal, que, ao derrotar o rei Radbod, apossou-se da hostil região nórdica. Uma vitória providencial também para Vilibrardo, que pôde dirigir-se ao interior da Germânia e estabelecer contato com as populações pagãs.

Antes, porém, de dar início à evangelização, Vilibrardo quis ter o beneplácito do papa. A devoção ao papa será um sinal distintivo deste tenaz e leal “apóstolo”.

Ao voltar de Roma com o encorajamento de Sérgio I, Vilibrardo escolheu Antuérpia como ponto de partida para a irradiação das futuras missões. Antes de coordenar uma importante fundação, como criar uma nova diocese na Frísia, Vilibrardo dirigiu-se uma vez mais a Roma. E encontrou desta vez um novo papa, Gregório II, que o ordenou bispo com o nome de Clemente. Em 698, Vilibrardo fundou em Luxemburgo o mosteiro de Echternach, como ponto avançado das futuras expedições missionárias, que a partir daquele momento seria difícil enumerar.

Homem de ação e de oração, ele encarna o típico monge-abade-bispo beneditino, excelente organizador, com um acentuado senso da autoridade central. A ele se deve, de fato, a criação de bispos auxiliares que evitassem o fracionamento das várias Igrejas, com prejuízo de uma conjunta e mais incisiva atividade missionária. Morreu na abadia de Echternach, onde são venerados os seus restos mortais.


São Vilibrardo, rogai por nós!


domingo, 6 de novembro de 2016

Evangelho do Dia



EVANGELHO COTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68


32º Domingo do Tempo Comum 

Evangelho segundo S. Lucas 20,27-38.
Naquele tempo, aproximaram-se de Jesus alguns saduceus – que negam a ressurreição –
e fizeram-Lhe a seguinte pergunta: «Mestre, Moisés deixou-nos escrito: ‘Se morrer a alguém um irmão, que deixe mulher, mas sem filhos, esse homem deve casar com a viúva, para dar descendência a seu irmão’.
Ora havia sete irmãos. O primeiro casou-se e morreu sem filhos.
O segundo  e depois o terceiro desposaram a viúva; e o mesmo sucedeu aos sete, que morreram e não deixaram filhos.
Por fim, morreu também a mulher.
De qual destes será ela esposa na ressurreição, uma vez que os sete a tiveram por mulher?». 
 Disse-lhes Jesus: Os filhos deste mundo casam-se e dão-se em casamento.
Mas aqueles que forem dignos de tomar parte na vida futura e na ressurreição dos mortos, nem se casam nem se dão em casamento.
Na verdade, já não podem morrer, pois são como os Anjos, e, porque nasceram da ressurreição, são filhos de Deus.
E que os mortos ressuscitam, até Moisés o deu a entender no episódio da sarça ardente, quando chama ao Senhor ‘o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob’.
Não é um Deus de mortos, mas de vivos, porque para Ele todos estão vivos».

Comentário do dia: Orígenes (c. 185-253), presbítero, teólogo
Comentário à Epístola aos Romanos 4,7; PG 14, 985
«Sendo filhos da ressurreição, são filhos de Deus»

No último dia, a morte será vencida. Depois do suplício da cruz, a ressurreição de Cristo contém misteriosamente a ressurreição de todo o Corpo de Cristo; e assim como este foi crucificado, posto no túmulo e de seguida ressuscitado, assim também todo o Corpo dos santos de Cristo foi crucificado com Ele e já não vive em si próprio.

Desse modo, quando sobrevier a ressurreição do verdadeiro Corpo de Cristo, do seu Corpo total, então os membros de Cristo, que são atualmente ossos ressequidos, reunir-se-ão juntura por juntura (Ez 37,1s), encontrando cada um o seu lugar próprio, «até que cheguemos todos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, ao homem adulto, à medida completa da plenitude de Cristo» (Ef 4,13). Então a multidão dos membros constituirá um só Corpo, porque todos pertencem ao mesmo Corpo (Rom 12,4).



Santo do dia - 6 de novembro

São Leonardo de Noblac


Eremita (+559)

As notícias sobre a vida deste santo, popularíssimo na Europa centro-setentrional, chegaram até nós por meio de uma biografia escrita cinco séculos depois de sua morte, com os inevitáveis embelezamentos legendários.

Leonardo, de nobre estirpe franca, teve o rei Clóvis como padrinho. Com tal apoio teria facilitada qualquer carreira, mas Leonardo preferiu militar sob o estandarte do santo bispo Remígio.

Valeu-se de qualquer modo da amizade do rei para ter um privilégio, do qual fez amplo uso porque inspirado na caridade — qual seja, o de poder conceder a liberdade a todos os prisioneiros que encontrasse pelo caminho. É lastimável que Leonardo tenha escolhido viver como eremita no meio de um denso bosque, no qual poucos prisioneiros teriam transitado...

Mas a santidade tem muitos outros recursos. Assim, espalhado o rumor sobre este santo eremita e sobre suas capacidades taumatúrgicas, bastava aos prisioneiros invocar seu nome para que as correntes caíssem de seus pulsos e tornozelos.

Bem no meio da floresta de Pavum, perto de Limoges, onde o eremita havia fixado a sua morada, passou, em vez dos prisioneiros, o casal real com todo o seu séquito de cortesãos para uma partida de caça. Inútil perguntar o que foi fazer aí a rainha no último mês de gravidez. Para lá foi ela, narra o autor da Vita sancti Leonardi, por um desígnio providencial. Com efeito, a nobre soberana, colhida pelas dores do parto, teve a assistência do santo e, graças sobretudo as suas orações, o evento foi verdadeiramente alegre.

O rei mostrou-se reconhecido e prometeu doar-lhe o terreno para que construísse um mosteiro. Que área? Toda aquela que ele conseguisse delimitar percorrendo-a no dorso de um asno, em um só dia, obviamente. Leonardo, já rodeado de muito discípulos, alguns dos quais tinham sido libertados das cadeias por sua intercessão, construiu um primeiro oratório e aí escavou um poço; depois os devotos estabeleceram-se ao lado do mosteiro com suas famílias, dando origem à aldeia que leva seu nome: Saint-Leonard-de-Noblac. E o santuário continua ainda hoje a ser lugar de peregrinações.

O santo é invocado como padroeiro dos prisioneiros, mas também dos fabricantes de cadeias, de cepos, de fechos e afins. É invocado contra os bandidos, os quais, por sua vez, postos sob cadeias, poderiam recorrer a seu generoso patrocínio. Mas o invocam sobretudo as parturientes para ter um parto indolor.


São Leonardo de Noblac, rogai por nós!



São Nuno de Santa Maria 

Impelido pelo amor, abandona as armas e o poder para revestir-se da armadura do Espírito recomendada pela Regra do Carmo

Nuno Álvares Pereira nasceu em Portugal a 24 de Junho de 1360, e recebeu a educação cavalheiresca típica dos filhos das famílias nobres do seu tempo.

Aos treze anos torna-se pajem da rainha D. Leonor, tendo sido bem recebido na Corte e acabando por ser pouco depois cavaleiro. Aos dezesseis anos casa-se, por vontade de seu pai, com uma jovem e rica viúva, D. Leonor de Alvim.

Da sua união nascem três filhos, dois do sexo masculino, que morrem em tenra idade, e uma do sexo feminino, Beatriz, a qual mais tarde viria a desposar o filho do rei D. João I, D. Afonso, primeiro duque de Bragança.

Quando o rei D. Fernando I morreu a 22 de Outubro de 1383 sem ter deixado filhos varões, o seu irmão D. João, Mestre de Avis, viu-se envolvido na luta pela coroa lusitana, que lhe era disputada pelo rei de Castela por ter desposado a filha do falecido rei.

Nuno tomou o partido de D. João, o qual o nomeou Condestável, isto é, comandante supremo do exército. Nuno conduziu o exército português repetidas vezes à vitória, até se ter consagrado na batalha de Aljubarrota (14 de Agosto de 1385), a qual acaba por determinar à resolução do conflito.

Os dotes militares de Nuno eram no entanto acompanhados por uma espiritualidade sincera e profunda. O amor pela Eucaristia e pela Virgem Maria são os alicerces da sua vida interior.
O estandarte que elegeu como insígnia pessoal traz as imagens do Crucificado, de Maria e dos cavaleiros S. Tiago e S. Jorge. Fez ainda construir às suas próprias custas numerosas igrejas e mosteiros, entre os quais se contam o Carmo de Lisboa e a Igreja de S. Maria da Vitória, na Batalha.

Com a morte da esposa, em 1387, Nuno recusa contrair novas núpcias, tornando-se um modelo de pureza de vida. Quando finalmente alcançou a paz, distribui grande parte dos seus bens entre os seus companheiros, antigos combatentes, e acaba por se desfazer totalmente daqueles em 1423, quando decide entrar no convento carmelita por ele fundado, tomando então o nome de frei Nuno de Santa Maria.

Impelido pelo amor, abandona as armas e o poder para revestir-se da armadura do Espírito recomendada pela Regra do Carmo: era a opção por uma mudança radical de vida em que sela o percurso da fé autêntica que sempre o tinha norteado.

O Condestável do rei de Portugal, o comandante supremo do exército e seu guia vitorioso, o fundador e benfeitor da comunidade carmelita, ao entrar no convento recusa todos os privilégios e assume como própria a condição mais humilde, a de frade Donato, dedicando-se totalmente ao serviço do Senhor, de Maria — a sua terna Padroeira que sempre venerou—, e dos pobres, nos quais reconhece o rosto de Jesus.

Significativo foi o dia da morte de frei Nuno de Santa Maria, aos 71 anos de idade. Era o Domingo de Páscoa, dia 1 de Abril de 1431. Após sua morte, passou imediatamente a ser reputado de “santo” pelo povo, que desde então o começa a chamar “Santo Condestável”.

Nuno Álvares Pereira foi beatificado em 23 de Janeiro de 1918 pelo Papa Bento XV através do Decreto “Clementíssimus Deus” e foi consagrado o dia 6 de Novembro ao, então, beato.

O Santo Padre, Papa Bento XVI, durante o Consistório de 21 de Fevereiro de 2009 determina que o Beato Nuno seja inscrito no álbum dos Santos no dia 26 de Abril de 2009

São Nuno de Santa Maria, rogai por nós!

sábado, 5 de novembro de 2016

Oração de São João Paulo II para consagração do mundo a Maria


Assim como o Papa João Paulo II consagrou o mundo a Maria, consagremos hoje nossa vida a Ela!

Oração:
«Ó Mãe dos homens e dos povos, vós que conheceis todos os seus sofrimentos e as suas esperanças, vós que sentis maternalmente todas as lutas entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas que abalam o mundo contemporâneo, acolhei o nosso clamor que, movidos pelo Espírito Santo, elevamos diretamente ao vosso coração. Abraçai, com amor de Mãe e de Serva do Senhor, esse nosso mundo, o qual vos confiamos e consagramos, cheios de inquietude pela sorte terrena e eterna dos homens e dos povos.

De modo especial, entregamos a Ti aqueles homens e aquelas nações que desta entrega e desta consagração têm particularmente necessidade. “À vossa proteção nos acolhemos, Santa Mãe de Deus! Não desprezeis as súplicas que se elevam de nós que estamos na provação!” “Encontrando-nos hoje diante Vós, Mãe de Cristo, diante do vosso Imaculado Coração, desejamos, juntamente com toda a Igreja, unir-nos à consagração que, por nosso amor, o vosso Filho fez de Si mesmo ao Pai: ‘Eu consagro-Me por eles — foram as Suas palavras — para eles serem também consagrados na verdade’” (Jo 17, 19).

Queremos nos unir ao nosso Redentor, nesta consagração pelo mundo e pelos homens, a qual, no seu coração divino, tem o poder de alcançar o perdão e conseguir a reparação.
Neste Ano Santo, bendita sejais acima de todas as criaturas, Serva do Senhor, que obedecestes da maneira mais plena ao chamamento divino. Louvada sejais vós, que estais inteiramente unida à consagração redentora do vosso Filho!

Mãe da Igreja, iluminai o povo de Deus nos caminhos da fé, da esperança e da caridade. Iluminai, de modo especial, os povos dos quais vós esperais a nossa consagração e a nossa entrega. Ajudai-nos a viver na verdade da consagração de Cristo por toda a família humana do mundo contemporâneo.

Confiando-vos, ó Mãe, o mundo, todos os homens e todos os povos, nós vos confiamos também a própria consagração do mundo, depositando-a no vosso coração materno.

Leia também: A mediação de Maria

Oh, Imaculado Coração, ajudai-nos a vencer a ameaça do mal, que se enraíza tão facilmente nos corações dos homens de hoje e que, nos seus efeitos incomensuráveis, pesa já sobre a vida presente e parece fechar os caminhos do futuro.  Da fome e da guerra, livrai-nos! Da guerra nuclear, de uma autodestruição incalculável, e de toda a espécie de guerra, livrai-nos!
a_mulher_apocalipse  Dos pecados contra a vida do homem desde os seus primeiros instantes, livrai-nos!
  Do ódio e do aviltamento da dignidade dos filhos de Deus, livrai-nos!
  De todo o gênero de injustiça na vida social, nacional e internacional, livrai-nos!
  Da facilidade em calcar aos pés os mandamentos de Deus, livrai-nos!

Da tentativa de ofuscar nos corações humanos a própria verdade de Deus, livrai-nos!
  Da perda da consciência do bem e do mal, livrai-nos!  Dos pecados contra o Espírito Santo, livrai-nos, livrai-nos! Acolhei, ó Mãe de Cristo, esse clamor carregado do sofrimento de todos os homens. Carregado do sofrimento de sociedades inteiras.  Ajudai-nos, com a força do Espírito Santo, a vencer todo o pecado: o pecado do homem e o pecado do mundo; enfim, o pecado em todas as suas manifestações.

Que se revele uma vez mais, na história do mundo, a força salvífica infinita da Redenção: a força do amor misericordioso. Que ele detenha o mal, transforme as consciências e manifeste para todos, no vosso Imaculado Coração, a luz da esperança!

Amém!