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domingo, 4 de novembro de 2018

Evangelho do Dia



31º Domingo do Tempo Comum - Solenidade de todos os Santos 

Anúncio do Evangelho (Mt 5,1-12a)
O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, e Jesus começou a ensiná-los:
“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.
Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados.
Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.
Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.


Santo do dia - 4 de novembro

São Carlos Borromeu
São Carlos Borromeu procurava os pobres doentes dos quais ninguém lembrava, consolava-os e dava-lhes os santos sacramentos

Bispo (1538-1584)

A obra de são Borromeu, um dos santos mais importantes e mais queridos da Igreja, poderia ser resumida em duas palavras: dedicação e trabalho. Mas para fazer justiça, como ele sempre pregou, temos de acrescentar mais uma, sem dúvida a mais importante: humildade. Oriundo da nobreza, Carlos Borromeu utilizou a inteligência notável, a cultura e o acesso às altas elites de Roma para posicionar-se na frente, ao lado e até abaixo dos pobres, doentes e, principalmente, das crianças.

Nasceu no castelo da família em Arona, próximo de Milão, em 2 de outubro de 1538. O pai era o conde Gilberto Borromeu e a mãe era Margarida de Médicis, da mesma casa da nobreza de grande influência na sociedade e na Igreja. Carlos era o segundo filho do casal, e aos doze anos a família o entregou para servir a Deus, como era hábito na época. Com vocação religiosa acentuada, penitente, piedoso e caridoso como os pobres.

Levou a sério os estudos diplomando-se em direito canônico, aos vinte e um anos de idade. Um ano depois, fundou uma Academia para estudos religiosos, com total aprovação de Roma. Sobrinho de Pio IV, aos vinte e quatro anos já era sacerdote e bispo de Milão. Na sua breve trajetória, deixou-se guiar apenas pela fé, atuando tanto na burocracia interna da Igreja quanto na evangelização, sem fazer distinção para uma ou para a outra. Talvez tenha sido o primeiro secretário de Estado no sentido moderno da expressão. Formado pela Universidade de Pávia, liderou uma reforma radical na organização administrativa da Igreja, que naquele período era alicerçada no nepotismo, abusos de influências e sintomas graves de corrupção e decadência moral.

Para isso conquistou a colaboração de instituições, das escolas, dos jesuítas, dos capuchinhos e de muitos outros. Foi um dos maiores fundadores que a Igreja já teve. Criou seminários e vários institutos de utilidade pública para dar atendimento e abrigo aos pobres e doentes, o que lhe proporcionou o título de "pai dos pobres". Orientou muitas Ordens e algumas que surgiram depois de sua morte o escolheram para padroeiro, dando continuidade à grandiosa obra de amparo aos mais pobres que nos deixou. Contudo tudo foi muito difícil, porque encontrou muita resistência de Ordens conservadoras. Aliás, foi até vítima de um covarde atentado enquanto rezava na capela. Mas saiu ileso e humildemente perdoou seu agressor.

Chegou 1576 e com ele a peste. Milão foi duramente assolada e mais de cem padres pagaram com a própria vida as lágrimas que enxugaram de casa em casa. Um dos mais ativos era Carlos Borromeu. Visitava os contaminados, levando-lhes o sacramento e consolo sem limites nem precauções, num trabalho incansável que lhe consumiu as energias. Chegou a flagelar-se em procissões públicas, pedindo perdão a Deus em nome de seu povo.

Até que um dia foi apanhado, finalmente, pela febre, que minou seu organismo lentamente. Morreu anos depois, dizendo-se feliz por ter seguido os ensinamentos de Cristo e poder encontrar-se com ele de coração puro. Tinha apenas quarenta e seis anos de idade, quando isso aconteceu no dia 4 de novembro de 1584, na sua sede episcopal, na Itália. O papa Paulo V canonizou-o em 1610 e designou a festa em homenagem à memória de são Carlos Borromeu para o dia de sua morte.


São Carlos Borromeu, rogai por nós!

sábado, 3 de novembro de 2018

3 de novembro - Santo do dia

São Humberto de Liège 


Bispo (656-727)

Muito pouco se sabe sobre a vida de Humberto, que nasceu no ano 656. Pertencia a uma família da nobreza, pois seu pai, Beltrão, era rei da Aquilânia, hoje França. Desde a infância mostrou prazer pela caça, crescendo forte e muito valente neste esporte. Conta a tradição que ele, na juventude, salvou a vida do rei, seu pai, que fora atacado por uma fera, numa de suas habituais caçadas.

Depois disso, foi enviado para estudar na Bélgica, mas seu pai, temendo que a corrupção daquela Corte pudesse envolver o jovem príncipe herdeiro, enviou-o aos cuidados do rei Pepino de Lotaríngia, Alemanha, que o preparou na carreira militar. Carreira tão cheia de sucessos que foi recompensado com um casamento. Para esposa, escolheu a filha do conde Dagoberto de Louvânia. Da união nasceu um filho, Floriberto.

Segundo uma antiga tradição cristã, a conversão de Humberto ocorreu de maneira surpreendente. Numa Sexta-feira da Paixão, dia de recolhimento cristão, ele resolveu ir caçar. Durante a perseguição de um veado, este parou diante do príncipe, que viu, entre os chifres do animal, um crucifixo iluminado. No mesmo instante, ouviu uma voz dizendo: "Se não voltares para Deus, cairás eternamente no inferno".

Foi procurar seu confessor, o bispo Lamberto, que dirigia a sede episcopal de Liège, na Bélgica, e converteu-se sinceramente, tornando-se católico fervoroso. Pouco tempo depois, sua mulher morreu e seu pai agonizou em seus braços. A partir desses fatos, Humberto desistiu da vida da Corte. Abriu mão do trono em favor do irmão, mas deixou-lhe a tarefa de educar seu filho Floriberto, que mais tarde ordenou-se sacerdote. Entregou ao menino parte da herança e o restante doou aos pobres, indo dedicar-se à vida espiritual, recolhendo-se num mosteiro beneditino, entregando-se ao estudo da religião e trabalhando como horteleiro e pastor. Nessa ocasião, foi a pé, em peregrinação, para Roma, visitar os túmulos de são Pedro e são Paulo.

Ao retornar, Humberto procurou o bispo Lamberto, que o ordenou sacerdote e o enviou para evangelizar as populações que viviam nos bosques de Ardene. Mas pouco depois, Lamberto, que havia transferido a sede episcopal para Maastrich, Holanda, foi assassinado pelos inimigos do cristianismo. Humberto, então, foi convocado pelo papa Sérgio I, que, em Roma,o consagrou sucessor daquele bispo no ano 71.

Anos depois, por sua conduta de homem justo, reto na fé em Cristo, na obediência ao papa, e austero na pertinência e caridade cristã, recebeu do Espírito Santo o dom dos milagres e da sabedoria. O seu bispado foi de transformação, pois fundou e reformou igrejas, mosteiros, e instituiu vasta assistência aos pobres e doentes abandonados. Os pagãos que habitavam os bosques foram batizados e a região tornou-se uma grande comunidade cristã. A sua fama de santidade espalhou-se e, em 722, pôde retornar a sede episcopal para Liège.

Ficaram célebres os milagres operados por Deus através de suas mãos, como ele mesmo apregoava. Mas certo dia do ano 727, Humberto ouviu uma voz que anunciava a aproximação de sua morte. Entregou todas as atividades nas mãos dos seus sacerdotes e dedicou-se ao jejum, às orações e à penitência, falecendo no mesmo ano.

Sepultado na Catedral de São Pedro, em Liège, teve sua festa indicada para o dia 3 de novembro, data em que suas relíquias foram trasladadas para o altar maior dessa catedral em 743. O seu culto, muito difundido na Europa, espalhou-se para todo o mundo cristão ocidental, que venera são Humberto de Liège como o padroeiro dos caçadores.


São Humberto de Liège, rogai por nós! 



São Martinho de Porres

Religioso (1579-1639)
Este humilde “filho de pai desconhecido”, recusado pelo pai porque de pele escura (sua mãe era uma negra do Panamá, de origem africana), representa a desforra da santidade sobre os preconceitos humanos. Mesmo sendo filho de um fidalgo espanhol, Martinho foi criado em pobreza extrema pela mãe até os 8 anos, quando o pai, arrependido de o ter abandonado, levou-o consigo, ainda que por pouco tempo, para viver no Equador.

Abandonado de novo a si mesmo, recebeu todavia do pai uma magra pensão para poder pagar a mensalidade da escola. Aos 15 anos foi aceito no convento dominicano do Rosário, em Lima, mas apenas na qualidade de oblato, isto é, como terciário, ou melhor, como doméstico, visto que só teve a missão de manter limpo o convento. Martinho é de fato representado com uma vassoura. Teve ainda o encargo de cortar os cabelos dos frades e por este seu serviço prestado à comunidade Paulo VI o proclamou, em 1966, padroeiro dos barbeiros e cabeleireiros.

Finalmente, seus superiores deram-se conta de que Martinho tinha outros dotes e o admitiram ao noviciado e depois à profissão solene, como irmão cooperador. Não mudaram, entretanto, suas funções, e Martinho continuou a ser a gata-borralheira do convento, até que o eco de sua santidade se difundiu por todo o país.

Entre os outros extraordinários carismas, como os êxtases e as profecias, teve o dom da bilocação. Foi visto na China, no Japão, na África, confortando missionários extenuados ou perseguidos, sem nunca, entretanto, se ter afastado de Lima. Operou autênticos milagres durante a epidemia de peste, curando todos os que acorriam a ele pedindo ajuda. Curou os 60 confrades atingidos pelo morbo. Voltava sua atenção a todas as criaturas, incluindo os animais.

Continuou, com inalterada simplicidade, a desempenhar os serviços reservados aos irmãos leigos, mesmo quando a ele recorriam teólogos e autoridades civis, para pedir conselho. Morreu em 3 de novembro de 1639. Foi canonizado por João XXIII em 6 de maio de 1962.



São Martinho de Porres, rogai por nós! 


Santa Sílvia

Mãe de são Gregório Magno (520-572)


Sílvia era italiana, nascida em Roma em torno de 520, numa família de origem siciliana de cristãos praticantes e caridosos. Os dados sobre sua infância não são conhecidos. Porém, a sua adolescência coincidiu com um difícil e turbulento período histórico, o fim do Império Romano e a tomada do mesmo pelos bárbaros góticos.

Ela entrou para a família dos Anici em 538, quando se casou com o senador Jordão. Essa família romana era muito rica e influente, e muitos nomes forneceu para a história do senado romano. Sílvia foi residir na casa do marido, um palácio que ficava nas colinas do monte Célio, onde ele vivia com suas duas irmãs, Tarsila e Emiliana.

O casal logo teve dois filhos. O primeiro foi Gregório, nascido em 540, e o segundo, que o próprio irmão citava com frequência, nunca teve citado o nome. As cunhadas Tarsila e Emiliana tornaram-se santas, incluídas no calendário da Igreja. Seu primogênito foi o grande papa Gregório Magno, santo, doutor da Igreja e a glória de Roma do século VI.

Sílvia soube conduzir essa família de verdadeiros cristãos e romanos autênticos. Não permitiu que o ambiente da Corte que frequentavam impedisse a santificação pela fé, mantendo sempre a pureza dos costumes separada da notoriedade pública. As cunhadas são um exemplo da figura de Sílvia, mãe providente e benfeitora, que soube conciliar as exigências de uma família de político atuante, como era o marido Jordão, com o desejo de perfeição espiritual representado pelas duas cunhadas.

Por falta de notícias precisas, a santidade de Sílvia aparece refletida através daquela de seu filho. Sem dúvida, sobre são Gregório Magno, o exemplo e o ensinamento da mãe foi um peso que não se pode ignorar. Embora ele tenha escrito muito pouco sobre a mãe e as tias, nas pregações costumava citar-lhes o exemplo.

Dados encontrados sobre a vida de Silvia relatam que, quando o senador Jordão morreu em 573, ela tratou de uma doença grave do filho Gregório, que já adulto atuava no clero, levando pessoalmente as refeições até sua pronta recuperação. Depois disso, entregou o palácio onde residia para que o filho o transformasse num mosteiro.

Quando Gregório não precisou mais da sua ajuda e nem de sua orientação, Sílvia retirou-se para a vida religiosa num dos mosteiros existentes fora dos muros de Roma, no qual, com idade avançada, ela morreu serenamente, num ano incerto, mas depois de 594.

O Martirológio Romano indica o dia 3 de novembro para o culto litúrgico em lembrança da memória de santa Sílvia. Em 1604, suas relíquias foram levadas para a Igreja dos Santos André e Gregório, construída no antigo mosteiro e palácio de monte Célio, onde o papa são Gregório Magno nasceu e santa Sílvia viveu com as duas cunhadas santas.


Santa Sílvia, rogai por nós!



sexta-feira, 2 de novembro de 2018

2 de novembro - Comemoração dos Fiéis Defuntos

Finados 

A Igreja, guardiã e intérprete da divina Revelação, ensina que todos os que morrem na graça de Deus e entram na vida eterna não rompem suas relações com os irmãos que ficam: vivos e mortos, santificados pelo mesmo Espírito, formam o Corpo Místico de Cristo, a Igreja.

Igreja triunfante, celebrada no dia anterior a este, com a solenidade de Todos os Santos; Igreja militante, peregrina sobre a terra, a caminho do Reino prometido por Cristo aos redimidos; e Igreja da purificação, um estado intermediário, temporário, que tem seu fundamento na Revelação.


São Paulo, na Primeira Carta aos Coríntios, para esclarecer essa verdade, usa a imagem de um edifício em construção: entre os operários há aquele que faz um trabalho cuidadoso, perfeito e usa bom material; e há o que, pelo contrário, ao bom material mistura madeira ou palha. Houve tempo em que as casas dos pobres tinham telhado de palha sustentado por frágeis traves. Na metáfora paulina, aquela madeira ordinária e aquela palha são a vanglória e o pouco zelo no serviço do Senhor. Na hora da verificação, acrescenta são Paulo, isto é, na prova do fogo, a palha desaparecerá, mas “se a obra construída [...] subsistir, o operário receberá uma recompensa. Aquele, porém, cuja obra for queimada, perderá a recompensa. Ele mesmo, entretanto, será salvo, mas como que através do fogo”.

A estas almas, imersas na chama purificadora à espera da plena bem-aventurança celeste, a Igreja dedica, neste dia, uma recordação particular, para soldar com a caridade do sufrágio aqueles vínculos de amor que ligam vivos e mortos na mística união com Cristo. Em 1915, Bento XV estendeu a todos os sacerdotes o privilégio — concedido em 1748 apenas à Espanha — de celebrarem três missas em sufrágio dos mortos.

Na liturgia de hoje, a Igreja condensa em três palavras a resposta à interrogação sobre a “vida além da vida”: vita mutatur, non tollitur, a vida continua. São as palavras de Jesus: “Eu sou a ressurreição. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá. E quem vive e crê em mim, jamais morrerá” (Jo 11,25-26). E, sempre no evangelho de João (6,54.58), Jesus insiste na mesma verdade consoladora: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue, tem vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia... Este é o pão que desceu do céu. Ele não é como o que os pais comeram e pereceram; quem come este pão, viverá eternamente...”

“Nós cremos que o Verbo de Deus Pai, que é a vida por natureza, tendo-se unido ao corpo animado de uma alma racional, gerado pela Virgem Santa, tenha-o tornado vivificante, com esta inefável e misteriosa união, para que, fazendo-nos participar dele, espiritual e corporalmente (por meio da Eucaristia), eleve-nos acima da corrupção (são Cirilo de Alexandria, Ad. Nestor. 4,5).



Hoje é dia de transformar nossa saudade e nossas lágrimas em forças de intercessões aos fieis que já não estão entre nós e que precisam das nossas orações. Oremos aos que já se foram em sinal de nosso amor, gratidão e desejo de que descansem em paz ao lado de Deus e nosso Senhor Jesus Cristo.

Comemoração dos Fiéis Defuntos


Hoje não é dia de tristezas e lamúrias, e sim de transformar nossas saudades, e até as lágrimas, em forças de intercessão pelos fiéis que, se estiverem no Purgatório, contam com nossas orações

Neste dia ressoa em toda a Igreja o conselho de São Paulo para as primeiras comunidades cristãs: “Não queremos, irmãos, deixar-vos na ignorância a respeito dos mortos, para que não vos entristeçais como os outros que não tem esperança” ( 1 Tes 4, 13). 

Sendo assim, hoje não é dia de tristezas e lamúrias, e sim de transformar nossas saudades, e até as lágrimas, em forças de intercessão pelos fiéis que, se estiverem no Purgatório, contam com nossas orações.

O convite à oração feito por nossa Mãe Igreja fundamenta-se na realidade da “comunhão dos santos”, onde pela solidariedade espiritual dos que estão inseridos no Corpo Místico, pelo Sacramento do Batismo, são oferecidas preces, sacrificios e Missas pelas almas do Purgatório. No Oriente, a Igreja Bizantina fixou um sábado especial para orações pelos defuntos, enquanto no Ocidente as orações pelos defuntos eram quase geral nos mosteiros do século VII; sendo que a partir do Abade de Cluny, Santo Odilon, aos poucos o costume se espalhou para o Cristianismo, até ser tornado oficial e universal para a Igreja, através do Papa Bento XV em 1915, pois visava os mortos da guerra, doentes e pobres.

A Palavra do Senhor confirma esta Tradição pois “santo e piedoso o seu pensamento; e foi essa a razão por que mandou que se celebrasse pelos mortos um sacrifício expiatório, para que fossem absolvidos de seu pecado” (2 Mc 2, 45). Assim é salutar lembrarmos neste dia, que “a Igreja denomina Purgatório esta purificação final dos eleitos, que é completamente distinta do castigo dos condenados” (Catecismo da Igreja Católica).

Portanto, a alma que morreu na graça e na amizade de Deus, porém necessitando de purificação, assemelha-se a um aventureiro caminhando num deserto sob um sol escaldante, onde o calor é sufocante, com pouca água; porém enxerga para além do deserto, a montanha onde se encontra o tesouro, a montanha onde sopram brisas frescas e onde poderá descansar eternamente; ou seja, “o Céu não tem portas” (Santa Catarina de Gênova), mas sim uma providencial ‘ante-sala’.

“Ó meu Jesus perdoai-nos, livrai-nos do fogo do Inferno. Levai as almas todas para o Céu e socorrei principalmente as que mais precisarem! Amém!”

2 de novembro - Dia de Finados

Todos os Finados 



 

Para todos os povos da humanidade, seja qual for a origem, cultura e credo, a morte continua a ser o maior e mais profundo dos mistérios. Mas, para os cristãos, tem o gosto da esperança. Esse é o mistério pascal de Cristo: morte e ressurreição. Ele nos garantiu que para quem crê, for batizado e seguir Seus ensinamentos, a morte é apenas a porta de entrada para desfrutar com Ele a vida eterna no Reino do Pai.

Enquanto para todos os homens a morte é a única certeza absoluta, para os cristãos ela é a primeira de duas certezas. A segunda é a ressurreição que nos leva a aceitar o fim da vida terrena com compreensão e consolo. Para nós, a morte é um passo definitivo em direção à colheita dos frutos que plantamos aqui na Terra.


A Igreja nos ensina que as almas em purificação podem ser socorridas pelas orações dos fiéis. Assim, este dia é dedicado à memória dos nossos antepassados e entes que já partiram. Encontramos a celebração da missa pelos mortos desde o século V.

Um dos mais belos Dogmas da Igreja é o da “Comunhão dos Santos”. Dessa maneira entendemos que os que estão no Céu, na feliz morada com Deus para sempre, os que se purificam no purgatório, e nós, que ainda caminhamos pelas estradas deste mundo, formamos um só corpo. Por esse motivo, podemos e devemos rezar pelos que partiram, pois nossas orações são eficazes para ajuda-los a mais rapidamente chegarem à casa definitiva do Pai.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR


Reflexão  
A recordação dos fiéis defuntos nos projeta para o futuro. Nossa fé fala-nos de Esperança, a grande palavra chave nesse dia. Trata-se do anseio que todo homem tem de ter a verdadeira felicidade, a felicidade duradoura, sem máculas e sem fim. Essa felicidade só se pode dar no encontro definitivo com Deus, que é a essência do Amor e do Belo. A missão de Jesus, revelada nos Evangelhos, é de dar a vida eterna a todos os que crêem em seu nome. 


Dia de Todos os Finados  



Depois de ter celebrado no dia 1º deste mês, seus filhos admitidos a Glória eterna, a Igreja, mãe compassiva e misericordiosa, recorda hoje aqueles que já salvaram suas almas, mas ainda não puderam entrar no Paraíso, por estarem se purificando no Purgatório. Ela incentiva os fiéis a rezarem por essas almas padecentes e abre com liberalidade, em benefício delas, os tesouros de suas indulgências.

 

Os cristãos batizados são convidados a santificar-se e os que decidem viver plenamente o mistério pascal de Cristo não têm medo da morte. Porque ele disse: "Eu sou a ressurreição e a vida".
 

Para todos os povos da humanidade, seja qual for a origem, cultura e credo, a morte continua a ser o maior e mais profundo dos mistérios. Mas para os cristãos tem o gosto da esperança.

Dando sua vida em sacrifício e experimentando a morte, e morte na cruz, ele ressuscitou e salvou toda a humanidade. Esse é o mistério pascal de Cristo: morte e ressurreição. Ele nos garantiu que, para quem crê, for batizado e seguir seus ensinamentos, a morte é apenas a porta de entrada para desfrutar com ele a vida eterna no Reino do Pai.

 

Enquanto para todos os seres humanos a morte é a única certeza absoluta, para os cristãos ela é a primeira de duas certezas. A segunda é a ressurreição, que nos leva a aceitar o fim da vida terrena com compreensão e consolo. Para nós, a morte é um passo definitivo em direção à colheita dos frutos que plantamos aqui na terra.

 

Assim sendo, até quando Nosso Senhor Jesus Cristo estiver na glória de seu Pai, estará destruída a morte e a ele serão submetidas todas as coisas. Alguns são seus discípulos peregrinos na terra, outros que passaram por esta vida estão se purificando e outros, enfim, gozam da glória contemplando Deus.

 

Os glorificados integram a Igreja triunfal e são Todos os Santos, os quais, nós, os integrantes da Igreja militante, cristãos peregrinos na terra, comemoramos no dia 1º de novembro. Os Fiéis Defuntos integram a Igreja padecente e são todos os que morreram sem arrepender-se do pecado.

 

O culto de hoje é especialmente dedicado a esses. Embora todos os dias, em todas as missas rezadas no mundo inteiro, haja um momento em que se pede pelas almas dos que nos deixaram e aguardam o tempo profetizado e prometido da ressurreição.

 

A Igreja ensina-nos que as almas em purificação podem ser socorridas pelas orações dos fiéis militantes. Assim, este dia é dedicado à memória dos nossos antepassados e que já partiram. No sentido de fazer-nos solidários para com os necessitados de luz e também para reflexão sobre nossa própria salvação.

 

Encontramos a celebração da missa pelos mortos desde o século V.

Santo Isidoro de Sevilha, que presidiu dois concílios importantes, confirmou o culto no século VII. Tempos depois, em 998, por determinação do abade santo Odilon, todos os conventos beneditinos passaram, oficialmente, a celebrar "o dia de todas as almas", que já ocorria na comunidade no dia após à festa de Todos os Santos. A partir de então, a data ganhou expressão em todo o mundo cristão.

 

Em 1311, Roma incluiu, definitivamente, o dia 2 de novembro no calendário litúrgico da Igreja para celebrar "Todos os Finados".
 

Somente no inicio do século XX, em 1915, quando a morte, a sombra terrível, pairou sobre toda a humanidade, devido à I Guerra Mundial, o papa Bento XV oficiou o decreto para que os sacerdotes do mundo todo rezassem três missas no dia 2 de novembro, para Todos os Fiéis Defuntos.