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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Santo do dia - 4 de fevereiro

 Santo André Corsini
 Um sonho anunciou o inicio da vida religiosa de Santo André Corsini, outro sonho anunciou seu fim. O primeiro quem o teve foi sua mãe. O outro, que lhe indicou a data da morte, sonhou ele próprio. André nasceu em Florença, na Itália, em 1301, filho de família nobre e famosa. Antes de o dar à luz, sua mãe sonhou que seu filho nascia lobo, mas se transformava em cordeiro ao entrar numa igreja carmelita.

Até os dezessete anos André viveu sem preocupações morais ou espirituais, cercado de vícios e dando seguidos desgostos aos pais. Com essa idade, ao encontrar a mãe chorando por tudo que ele aprontava, André percebeu que estava no caminho errado. Ela lhe contou sobre o sonho e o rapaz, caindo em si, chorou com ela e prometeu se corrigir.

Prometeu e cumpriu, procurou uma igreja carmelita, iniciou-se na Ordem e começou nova vida. Concluiu os estudos religiosos em Paris, ordenou-se sacerdote e, ainda em vida, operou vários prodígios, portador que era do dom da cura e da profecia. Curou um tumor maligno que ameaçava levar um primo para a morte e previu o destino de um menino, que batizou.

Seus feitos o levaram a ser nomeado bispo de Fiesoli, em Florença, Itália. No entanto, ele recusou o cargo e se escondeu para não ter de assumi-lo. Mas, uma criança de apenas seis anos revelou seu esconderijo, dizendo ser a vontade de Deus que ele encabeçasse a diocese e, assim, o convenceu a aceitar essa tarefa apostólica.

Durante os anos em que ali atuou, foi amado pelo povo e respeitado pelas autoridades. André conseguiu apaziguar divergências mortais entre inimigos e até aproximar a aristocracia e o povo, missão que recebeu do Papa Urbano V e desempenhou com louvor.

Na noite de Natal de 1372 teve um desmaio e recebeu, em sonho, a notícia de que morreria em 6 de janeiro. A partir daí foi dominado por uma febre que não mais o deixou até que a profecia se cumpriu.

Foi sepultado na igreja dos Carmelitas de Florença, onde suas relíquias podem ser veneradas, ainda hoje. Santo André Corsini é o padroeiro da cidade de Florença e a Igreja designou o dia 04 de fevereiro para a sua festa litúrgica.


Santo André Corsini, rogai por nós!

Santa Catarina de Ricci
Aos 25 de abril de 1522, nasceu a linda menina na nobre e milionária família Ricci, de Florença, na Itália. Após três filhos varões, Pedro Francisco e Catarina exultavam de felicidade ao batiza-la com o nome de Alessandra. Ainda não tinha completado quatro anos de idade quando a mãe de Sandrina, como era chamada pelos familiares, faleceu. Quem foi encarregada de sua criação foi sua avó paterna, que percebia na pequena neta a vocação pela fé cristã.

Por isso, aos seis anos foi entregue à educação das irmãs beneditinas em Prato, uma cidade muito próxima da sua. Alí sua vontade de seguir a vida religiosa de fato se concretizou. Quando completou os estudos e teve de voltar ao lar paterno, recusou a convivência com o luxo e a riqueza, que a família ostentava e escolheu continuar vivendo sob as regras do convento.

Nessa mesma época explodia na Europa a revolta de Martinho Lutero, também conhecida como a contra-reforma da Igreja. Sandrina, enfrentando a riqueza da família, que desejava vê-la casada e rendendo nova fortuna ao clã, e o movimento contra a Igreja, manifestou seu desejo de se entregar de corpo e alma ao catolicismo.

Seu pai, Pedro Francisco, ainda não estava convencido e lutava contra esse seu desejo. Mas ela insistiu na escolha de uma vida casta e religiosa, até que os familiares concordassem com seu ingresso num convento. Tinha treze anos, quando seu tio paterno, padre Timóteo intercedeu junto ao irmão e lhe mostrou que Sandrina já tinha plena convicção e demonstrava total firmeza para a vida que escolhera.

Com a benção de seu amado pai e irmãos, que souberam das suas experiências de religiosidade mística, foi entregue ao convento das dominicanas em Prato. Lá tomou o hábito e escolheu o nome de Catarina, o qual a remetia à sua falecida mãe e à Santa de Sena, de sua devoção.

Catarina de Ricci se tornou uma das místicas mais respeitadas e viveu uma das experiências mais impressionantes que a Igreja pode comprovar. Toda quinta-feira da Paixão ela sofria as dores de Cristo, até o final da sexta-feira. Um sofrimento ímpar. Mas, Catarina não se alienava por causa da contemplação e das experiências de religiosidade experimentadas. Participava ativamente da vida comunitária e chegou a assumir cargos de responsabilidade no convento, desempenhando suas funções com dedicação e disciplina. Tanto assim, que aos trinta anos de idade tornou-se vice-prioresa do convento.

Por seu equilíbrio foi considerada mestra espiritual, dando conselhos e orientando sacerdotes, bispos e cardeais. Mantinha uma correspondência freqüente com três contemporâneos, Carlos Borromeu, Filipe Néri e o Papa Pio V, que depois também se tornaram venerados pela Igreja.

Ela faleceu em 02 fevereiro de 1590, no convento onde foi enterrada e onde as relíquias ainda são conservadas, em Prato, Itália. Beatificada em 1732, foi proclamada Santa Catarina de Ricci em 1746, pelo Papa Benedito XIV e sua festa designada para 04 de fevereiro.

Foram muitos os pontífices que se ajoelharam para venerá-la. Mais recentemente, em 1986, foi a vez do Papa João Paulo II, que durante sua visita de peregrinação ao Santuário de Santa Catarina de Ricci, assim se pronunciou sobre ela: "A sua profunda experiência contemplativa lhe possibilitou obter o dom da sabedoria que a fazia ofertar uma palavra de luz e de esperança com animo aberto e voltado às verdadeiras necessidades das mais variadas categorias de pessoas, graças às inspirações de uma caridade ardente e generosa".

 
Santa Catarina de Ricci, rogai por nós!

São Gilberto
Ele é o decano dos santos ingleses. Foi fundador da única Ordem totalmente inglesa, tanto pela origem do seu nascimento quanto pela trajetória de sua vida sacerdotal. Gilberto era filho do nobre normando Juscelino, que se estabeleceu na Inglaterra depois dela ter ficado sob o domínio de Guilherme, o Conquistador. A sua infância transcorreu, toda ela, nas propriedades paternas da cidade de Sempringham, onde nasceu em 1083. Lá, Gilberto iniciou seus estudos, concluídos depois em Paris.

Retornando à sua pátria, Gilberto se dedicou à educação dos jovens e se ordenou sacerdote em 1130. Também, foi o ano que fundou, na própria Sempringham, um mosteiro feminino que colocou sob as regras beneditinas. Na realidade desejava que fossem dirigidas pelos "cistercenses", Ordem recém criada pelo amigo Bernardo de Chiaravalle, que a Igreja também honra. O Papa, porém, preferiu vê-las sob a guarda de uma congregação mais antiga. Depois, Gilberto fundou um mosteiro masculino que submeteu às mesmas Regras e direção espiritual dada às religiosas.

Em 1148, os Estatutos de ambas foram aprovados pelo Papa Eugênio III. Dessa forma estava fundada a nova Ordem religiosa, a dos Gilbertinos, que teria cerca de setecentos religiosos e mil e quinhentas religiosas, quando da morte do seu fundador. Mas antes desses balanços finais tão positivos, os períodos obscuros foram muitos.

No rompimento entre o rei Henrique II, o Parlamento inglês e o bispo Tomas Becker, de Canterburi, Gilberto é o alvo preferido dos ataques parlamentares, mas escapa da perseguição, somente porque o rei o estima e o defende, impedindo que se seguisse com tanta violência. Há também uma série de revoltas dentro da própria Ordem, provocadas pelos irmãos leigos que desejavam tomar a administração dos bens e que, portanto, o atacavam diretamente com graves acusações. Mas a essa altura, todos os bispos da Inglaterra correram em seu socorro e, o defenderam junto ao Papa Alessandro III.

Com o passar dos anos, a velhice e a cegueira chegam juntas e Gilberto dá um último sinal de amor à Ordem que criou, pedindo para ser acolhido como um simples monge e pronunciou o voto de total obediência ao Superior geral. Ele morreu santamente na sua cidade natal no dia 04 de fevereiro de 1189, com cento e seis anos de idade.

Eram vinte e quatro mosteiros por toda a Inglaterra, quando entre 1538 e1539, deixaram de existir bruscamente, por determinação do rei Henrique VIII. Durante o rompimento com Roma, os integrantes dessa Ordem foram assimilados por outras congregações, conforme solicitadas. Entretanto, seu fundador, já havia sido elevado à honra dos altares da Igreja, pelo Papa Inocêncio III em 1202, sendo o dia de sua morte reservado para a sua festa.

O culto à São Gilberto é expressivo entre os povos de língua saxônica e chegou aos nossos tempos graças à sua veneração, que foi mantida pelos monges beneditinos e cistercenses, onde quer que instalassem seus mosteiros. 


São Gilberto, rogai por nós!
 

Santa Joana de Valois
 Filha do rei Luiz XI da França e Carlota de Savóia, Joana nasceu no castelo de Tours, em 23 de abril de 1464. Causou uma grande desilusão a seu pai que desejava um filho homem. Aos vinte e seis dias de idade, foi acertado o seu casamento, para consolidar uma aliança política, com seu primo Luiz de Orleans, de dois anos.

A menina cresceu com uma pequena deformação física, por isto aos cinco anos foi deixada no castelo de Berry, no qual o seu maior prazer era "conversar com a Santíssima Virgem". Aos seis anos, foi convidada pelo rei a escolher um confessor. Escolheu o monge franciscano Gabriel Maria, que a Igreja também depois beatificou. Um ano depois, conversando com Nossa Senhora, durante as orações, esta a investiu de sua missão mariana: "Antes de morrer fundarás uma família religiosa em meu nome. Assim fazendo me darás um grande prazer e me prestarás um serviço".

Como era de costuma, aos doze anos se casou com o primo, apesar da sogra tentar desfazer a aliança, que já não era conveniente. Portanto, quando o pai de Joana morreu, ela se tornou a nova rainha e o marido, o rei Luiz XII, que em seguida a repudiou. Após a anulação canônica do matrimônio, casou-se com a filha do duque da Bretanha, em mais uma união de fundo político.

Joana herdou o ducado de Berry e um ano depois, em 1498, ingressou na ordem terceira de São Francisco, em Bourges, dedicando totalmente sua vida ao próximo, a Maria e a Jesus Cristo. Seguindo sempre a orientação espiritual de seu confessor, administrou suas posses com sabedoria e caridade, de forma a ajudar os pobres e doentes. Provou isto durante uma epidemia de peste, que se alastrou pelo território francês, naquele período, mostrando todas as virtudes que carregava no coração.

Depois, com dificuldade e superando todos os empecilhos, fundou, com a ajuda do monge Gabriel Maria, uma nova instituição religiosa para irmãs, tendo a finalidade de servir a Cristo e imitar a Virgem Maria, em todas as suas virtudes. A nova família, essencialmente mariana, recebeu o nome de Congregação da Anunciação, cujo estatuto foi escrito por ela. Também por seu desejo consagrou as irmãs às "dez virtudes da Santíssima Virgem". No final de novembro de 1504, com autorização do Vaticano confiou a congregação aos Frades Menores da Obediência, Ordem terceira franciscana.

Morreu em 4 de fevereiro de 1505, de doença fulminante, no seu convento de Berry, França. As graças e os milagres floresciam sob sua intercessão, enquanto o monge Gabriel Maria consolidava sua obra. Ele morreu vinte e três anos depois, quando as irmãs contemplativas da Anunciação, como são chamadas atualmente, já estavam espalhadas por toda a França, alcançando a Bélgica e a Inglaterra. Santa Joana de Valois foi canonizada em 1950, pelo papa Pio XII, tendo determinando o dia de sua morte para as comemorações. 


Santa Joana de Valois, rogai por nós!


São João de Brito


O povo português em muito ajudou a divulgação do cristianismo e a sua propagação pelo mundo, nos tempos das grandes navegações. Enquanto alargava suas fronteiras, levava junto com sua bandeira a cruz dos cristãos, empunhada principalmente pelos padres jesuítas que, desta forma, puderam evangelizar pelos quatro cantos do planeta. Através das suas missões a religião católica chegou ao Brasil e a tantos outros países. Foi numa missão jesuítica, na Índia, que brotou em sua plenitude o apostolado do sacerdote português João de Brito.

João nasceu em Lisboa ao 1º de março de 1647, filho de um membro da corte portuguesa que, mais tarde, seria governador do Rio de Janeiro, Salvador de Brito Pereira e da nobre Brites de Portalegre. Apesar de ter saúde débil, desde a infância João alimentou o desejo de se tornar evangelizador. Fez os estudos superiores na famosa Universidade de Coimbra, mas queria completar os estudos teológicos na Índia. Aos vinte e seis anos, ordenou-se sacerdote e entrou para a Companhia de Jesus e, apesar da fragilidade física, rumou para o país onde sonhava pregar seu apostolado.

Começou sua atividade missionária em Malabar. Nessa época, conta-se que caminhava descalço enormes distâncias, levando apenas uma manta de algodão e livros religiosos. A sua figura tornou-se emblemática do novo método de evangelização seguido na Índia pelos missionários. Na mão segurava uma cana de bambú, vestia roupão cor avermelhada e calçava palmilhas de madeira. Em tudo vivia como um habitante hindu; nas vestimentas, nos costumes alimentares e no comportamento, porém sempre revelando sua fé e pregando o cristianismo. Mesmo assim, sofreu perseguições, foi preso e torturado, mas não desistiu.

Ocorre que as idéias defendidas por ele iam totalmente contra os princípios da sociedade hindu que, com suas divisões de castas, tinha verdadeiro horror à pregação de "um só rebanho onde todos são iguais perante o Criador". Mesmo com toda a oposição dos poderosos, João de Brito converteu comunidades inteiras de hindus. Foram 15 anos de um difícil e cansativo apostolado, ao fim dos quais chegou a voltar para Portugal.

Lá, recebeu o convite para ser conselheiro do rei Pedro II e preceptor de seu filho, mas recusou a oferta e voltou para a Índia onde, por sua fé, encontraria a morte. Mal pisou em Malabar deparou com um verdadeiro inferno: cristãos haviam sido mortos, suas casas e igrejas saqueadas e queimadas. Era uma revolta dos sacerdotes hindus, chamados brâmanes, especialmente contra cidadãos cristãos.

João de Brito foi também preso e sumariamente decapitado. Era o dia 04 de fevereiro de 1693. No mesmo local onde conseguiu permissão para orar, antes da execução, seu corpo foi exposto, depois de ter os membros decepados. O Papa Pio XII proclamou Santo João de Brito em 1947 marcando sua festa litúrgica para o dia de seu martírio. 



São João de Brito, rogai por nós!  

A Eucaristia salvou o Brasil do ateísmo

Fenômeno de público, os Congressos Eucarísticos reavivaram nos brasileiros a consciência de que “o Brasil nascera católico e como tal deveria continuar, não obstante a aberração laicista da primeira República”.

O Brasil é mundialmente conhecido como o país mais católico do mundo. Os cinco milhões de jovens que lotaram a praia de Copacabana, sob as bênçãos do Cristo Redentor e do Papa, durante a Jornada Mundial da Juventude em 2013, reforçaram ainda mais essa ideia.



Primeira Missa no Brasil, de Victor Meirelles.

Mas quem desconhece o passado e se impressiona facilmente com os números, não imagina que, um dia, o país cuja Constituição de 1988 foi promulgada “sob a proteção de Deus” quase se tornou ateu.

A situação da Igreja Católica no Brasil nunca foi tranquila. Apesar de a carta de Pero Vaz de Caminha atestar que o intuito das navegações era a evangelização dos povos, a verdade é que os missionários católicos tiveram de amargar muitas provações para tornar o Evangelho de Cristo conhecido nestas terras.

No período monárquico, o regime de padroado causou muita dor de cabeça para os católicos, sobretudo ao clero e aos religiosos. O rei D. Pedro I atuou de forma regalista contra as ordens religiosas, interferindo em suas constituições e confiscando seus bens, de modo que a Igreja passou por um período de severa estagnação. E pouco mudou durante o regime de D. Pedro II, quando, aliás, estourou a Questão Religiosa, que culminou na famosa prisão do arcebispo de Olinda, Dom Vital.

Essas dificuldades, porém, não impediram que o povo brasileiro entrasse “na história sob o signo da cruz de Cristo, e com o viático de Jesus sacramentado no coração” [1]. A própria Questão Religiosa serviu para despertar alguns católicos da letargia, dada a coragem de Dom Vital contra os abusos da Coroa e da Maçonaria, o que lhe rendeu a alcunha de “Atanásio do Brasil”. Se o imperador apresentava algumas ambiguidades com relação à fé, o povo, porém, era católico na sua essência e “não havia cidade ou vila que se não assinalasse na devoção ao Santíssimo Sacramento” [2]. Foi apenas com a proclamação da República que esse quadro se viu ameaçado.

No dia 7 de janeiro de 1890, o governo provisório deu início à separação entre Igreja e Estado, declarando extinto o padroado e todas as suas instituições. Embora os métodos fossem diferentes, “a República, baseando-se nos princípios positivistas ou comtistas, se mostrou, desde os primeiros dias de sua existência, não menos ofensiva à Igreja do que o fora o Império” [3]. 

Para acabar com a influência católica na sociedade, os colégios e os cemitérios foram secularizados e o casamento religioso foi substituído pelo casamento civil. Mas a cartada final veio mesmo com a nova Constituição, sancionada em 1891 sem sequer citar o nome de Deus. Estava pavimentado, assim, o caminho para um Brasil sem religião.

Os anos da primeira República foram caracterizados por um forte laicismo. Diante desse novo contexto, os bispos do Brasil logo se organizaram para estabelecer os critérios de reação e promover a restauração católica no país. Com o apoio do Papa, novas dioceses foram criadas e outras congregações religiosas puderam vir para o Brasil, inclusive os jesuítas, os quais haviam sido banidos pela lei pombalina. A hierarquia católica tomava uma nova dimensão. No início da década de 1930, a Igreja já estava organizada o suficiente para empreender o projeto de uma “nova evangelização” e barrar tanto o laicismo quanto as ideias socialistas, que começavam a pipocar por todo lugar.
O mundo atual oscila entre duas bandeiras: a branca do Vaticano e a vermelha de Moscou. Estamos diante do dilema: a Cruz ou o martelo”, disse o padre Arruda Câmara durante uma das edições do Congresso Eucarístico Nacional, o evento que marcaria a tônica do episcopado brasileiro em defesa da fé católica no Brasil [4]. A primeira edição do evento ocorreu em Salvador, na Bahia, em 1933, com o tema: “Vinde, adoremos o Santíssimo Sacramento”. 

Foram com estas palavras que, a 6 de agosto de 1931, o arcebispo primaz Dom Augusto da Silva anunciou o Congresso:

É o país todo, é a nação em peso que se vai prostrar aos pés de Jesus para aclamá-lo Rei, não só de cada um dos corações dos seus filhos, mas ainda do coração da Pátria, do seu povo, de seus homens públicos, de suas instituições civis, de seus governos, de sua Constituição, de suas leis, do presente e o futuro da Nação. [5]
Os Congressos Eucarísticos foram um fenômeno de público e serviram para reavivar nos brasileiros a consciência de que “o Brasil nascera católico e como tal deveria continuar, não obstante a aberração laicista da primeira República” [6]. Para a mentalidade da época, ser brasileiro significava ser cristão e “não se conhecia honra maior que a de poder comungar, nem maior infâmia do que a de ser privado da mesa eucarística” [7].
A vitória sobre o ateísmo marxista e positivista se deu, portanto, por um sentimento de “patriotismo católico”, que fazia questão de ser visível a toda a sociedade. Foi nesta mesma década, aliás, que o então arcebispo do Rio de Janeiro, o Cardeal Sebastião Leme, mandou erigir o Cristo Redentor sobre o monte do Corcovado. A presença de Jesus deveria estar tanto no coração quanto nas praças.

 Na 3.ª edição do Congresso, realizada na Arquidiocese de Olinda e Recife, em 1939, as 60 mil pessoas que lotaram o parque Treze de Maio, centro de Recife, cantaram por uma semana o hino composto por Dom Aquino Corrêa, bispo de Cuiabá:

Aos Clarins do Congresso Sagrado
Pernambuco se ergueu varonil
E o Recife se fez lado a lado
Catedral onde reza o Brasil

Eia sus! Oh leão do norte
Ruge ao mar o teu grito de fé
Creio em ti Hóstia Santa até a morteQuem não crê brasileiro não é

 Quem não crê brasileiro não é

O maior Congresso Eucarístico realizado até hoje foi o do Rio de Janeiro, em 1955, quando 1 milhão de pessoas se reuniram para honrar o Santíssimo Sacramento, motivo pelo qual o Papa Pio XII dizia bendizer ao Senhor pelo reflorescimento da piedade entre os brasileiros.
A pujança da Igreja Católica no Brasil veio especialmente pela Eucaristia, que, como disse o mesmo Santo Padre, “uniu os ânimos para a vitória” contra “a invasão de armas estrangeiras, ervadas de heresia, [que] ameaçava a unidade e mais ainda a integridade da fé católica” [8]. 

Ao término desse congresso, o senador Nereu Ramos, então presidente do Senado, consagrou o Brasil ao Sagrado Coração de Jesus em nome de todo o parlamento:

domingo, 3 de fevereiro de 2019

Evangelho do Dia

Evangelho Cotidiano

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68

4º Domingo do Tempo Comum 

Anúncio do Evangelho (Lc 4,21-30)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, estando Jesus na sinagoga, começou a dizer:“Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”.
Todos davam testemunho a seu respeito, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca. E diziam: “Não é este o filho de José?”
Jesus, porém, disse: “Sem dúvida, vós me repetireis o provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo. Faze também aqui, em tua terra, tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum”.

E acrescentou: “Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria.
De fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na Sidônia.
E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio”.

Quando ouviram estas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até ao alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

 

 


O que é o mistério da Santíssima Trindade?

Mistério da Santíssima Trindade?

 Quem é Deus?

Antes de tudo é preciso explicar que a palavra “mistério” não quer dizer algo que seja impossível de existir ou de acontecer; mistério é apenas algo que a nossa inteligência não compreende. Se você, por exemplo, não é físico, a teoria da relatividade de Einstein é um mistério para você, mas não é para os físicos. Se você não é biólogo a complexidade da célula, dos cromossomos e dos gens pode ser um mistério, mas não é para aquele que estudou tudo isso.


Ora, Deus é um Mistério para todos nós, porque a Sua grandeza infinita não cabe na nossa inteligência limitada de criatura. Se entendesse Deus, este não seria o verdadeiro Deus. O Criador não pode ser plenamente entendido pela criatura; isto é lógico, é normal e é correto. Depois de tentar de muitos modos desvendar o Mistério da Santíssima Trindade, Santo Agostinho (+430) abdicou: Deus não é para se compreendido, mas para ser adorado!”


A criatura adora o seu Criador, mesmo sem o compreender perfeitamente. O pecado dos demônios foi não querer adorar a Deus seu Criador; quiseram ser deuses. O Mistério da Santíssima trindade é o mistério central da fé e da vida cristã. Só Deus pode-se dar a conhecer, revelando-se como Pai, Filho e Espírito Santo. Foi Jesus sobretudo quem revelou o Pai, Ele como Deus, e o Espírito Santo; isto não foi invenção da Igreja. A verdade revelada da Santíssima Trindade está nas origens da fé viva da Igreja, principalmente através do Batismo. “A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós” (2Cor 13,13; cf. 1Cor 12,4-6; Ef 4,4-6) já pronunciavam os Apóstolos.


Deus é o Infinito de todas as potencialidades que possamos imaginar. Ele é Incriado; não foi feito por ninguém, não teve principio e não terá fim; isto é, é Eterno. A criatura não é eterna, pois um dia ela começou a existir; não era, e passou a ser, porque o Incriado a criou num ato de liberdade plena e de amor. O fato de você existir já é uma grande prova do amor de Deus por você; Ele quis que você existisse e o criou.


Deus é espírito (Jo 4, 24) não é feito de matéria criada, pois foi ele quem criou toda matéria que existe fora do nada; logo não poderia ter sido feito de matéria. Muitos têm dificuldade de entender a existência de um ser não carnal, espiritual, como os Anjos, Deus e a nossa alma; mas eles existem de fato. Ora, você não vê a onda eletromagnética que leva o sinal do rádio e da tv, mas você não duvida de que ela exista. Da mesma forma você não pode ver os anjos e a alma, mas eles existem.


Deus é Perfeitíssimo; Nele não há sombra de defeito ou de erro; Ele não pode se enganar e não pode enganar ninguém; não pode fazer o mal. Ninguém pode acusar Deus de fazer o mal; Ele só pode fazer o bem. Ele pode “permitir” que o mal nos atinja para a nossa correção (Hb 12, 4ss) e mudança de vida; mas Ele nunca pode criar o mal e nos mandar o mal. O mal vem da nossa imperfeição como criatura e do nosso pecado (Rm 6,23).






Deus é Onipotente (Gn 17,1; 28,3; 35,11; 43,14; Ex 6,3; Ap 1,8; 4,8; 11,17; 16,14; 21,22); pode tudo; nada lhe é impossível. “A Deus nada é impossível” (Lc 1, 37) disse o Arcanjo Gabriel a Maria na Anunciação. Não há alguma coisa que você possa imaginar que Deus não possa fazer simplesmente com o seu querer. Basta um pensamento Seu, uma Palavra, e tudo será feito porque Ele tem poder Infinito. Por isso só Deus pode criar, só Ele pode “tirar algo do nada”; só Ele pode chamar à existência um ser que não existia; a partir do nada. Para fazer um bolo a cozinheira precisa da matéria prima; Deus não precisa. A cozinheira “faz” o bolo, Deus “cria” a partir do nada.


Deus também é Onisciente; quer dizer sabe tudo; ninguém consegue esconder nada de Deus; Ele tudo vê. Deus é Onipresente (Sl 139,7; Sb 1,7; Eclo 16,17-18; Jr 23,24; Am 9,2-3; Ef 1,23); está em toda parte, porque é puro espírito. Diz o Salmista: “Senhor, Vós me perscrutais e me conheceis. Sabeis tudo de mim, quando me sento e me levanto… Para onde irei longe de teu Espírito? Para onde fugirei apartado de tua face? Se subir até os céus, Vós estais ali, se descer para o abismo eu Vos encontro lá.” (Sl 138,1-7)




E Deus é muito mais; Deus é nosso Pai amoroso com ensinou Jesus. É Amor (1Jo 4,8.) É fonte de vida e santidade (Rm 6,23; Gl 6,8; Ef 1,4-5; 1Ts 4,3; 2Ts 2,13-17). É ilimitado ( 1Rs 8,27; Jr 23,24; At 7,48-49). É misericordioso (Ex 34,6; 2Cr 30,9; Sl 25,6; 51;1; Is 63,7; Lc 6,36; Rm 11,32; Ef 2,4; Tg 5,11). É o Criador de todas as coisas visíveis e invisíveis (Gn 1,1; Jó 26,13; Sl 33,6; 148,5; Pv 8,22-31; Eclo 24,8; 2Mc 7,28; Jo 1,3; Cl 1,16; Hb 11,3). É o Juiz do universo (1Sm 2,10; 1Cr 16,33; Ez 18,30; Mt 16,27; At 17,31; Rm 2,16; 2Tm 4,1; 1Pd 4,5).

Deus é uno (Dt 32,39; Is 43,10; 44,6-8; Os 13,4; Ml 2,10; 1Cor 8,6; Ef 4,6); não pode haver mais de um Deus simplesmente pelo fato de que se houvesse dois deuses, um deles seria inferior ao outro; e Deus não pode ser inferior a nada; Ele é absoluto.




A Trindade é Una. Não professamos três deuses, mas um só Deus em três pessoas: “a Trindade consubstancial”, ensinou o II Concílio de Constantinopla em 431 (DS 421 ). As pessoas divinas não dividem entre si a única divindade, mas cada uma delas é Deus por inteiro: “O Pai é aquilo que é o Filho, o Filho é aquilo que é o Pai, o Espírito Santo é aquilo que são o Pai e o Filho, isto é, um só Deus por natureza” (XI Concílio de Toledo, em 675, DS 530).

“Cada uma das três pessoas é esta realidade, isto é, a substância, a essência ou a natureza divina” (IV Conc. Latrão, em 1215, DS 804).


“Deus é único, mas não solitário” disse o Papa Dâmaso (Fides Damasi, DS 71). “Pai”, “Filho”, “Espírito Santo” não são simplesmente nomes que designam modalidades do ser divino, pois são realmente distintos entre si: “Aquele que é Pai não é o Filho, e aquele que é o Filho não é o Pai, nem o Espírito Santo é aquele que é o Pai ou o Filho” (XI Conc. Toledo, em 675, DS 530). São distintos entre si por suas relações de origem: “É o Pai que gera, o Filho que é gerado, o Espírito Santo que procede” (IV Conc. Latrão, e, 1215, DS 804). A Unidade divina é Trina. “Por causa desta unidade, o Pai está todo inteiro no Filho, todo inteiro no Espírito Santo; o Filho está todo inteiro no Pai, todo inteiro no Espírito Santo; o Espírito Santo, todo inteiro no Pai, todo inteiro no Filho” (Conc. Florença, em 1442, DS 1331).


O Símbolo Quicunque de Santo Atanásio assim explicava: “A fé católica é esta: que veneremos o único Deus na Trindade, e a Trindade na unidade, não confundindo as pessoas, nem separando a substância: pois uma é a pessoa do Pai, outra, a do Filho, outra, a do Espírito Santo; mas uma só é a divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo, igual a glória, coeterna a majestade”(DS 75).


A Santíssima Trindade e inseparável naquilo que são, e da mesma forma o são naquilo que fazem. Mas na única operação divina cada uma delas manifesta o que lhe é próprio na Trindade, sobretudo nas missões divinas da Encarnação do Filho e do dom do Espírito Santo.


Pela graça do Batismo “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19) somos chamados a compartilhar da vida da Santíssima Trindade, aqui na terra, mesmo na obscuridade da fé, e para além da morte, na luz eterna. Esta é a nossa magnífica vocação.

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo!


Oração a São Brás protetor contra as doenças na garganta.

Oração a São Brás protetor contra as doenças na garganta.



Novena a São Brás

Oração preparatória
Todo poderoso eterno Senhor,
Com fé revivida reverencio Vossa Divina Majestade prostrado a vossos pés invoco com filial confiança na Vossa Suprema bondade e misericórdia
Iluminai a escuridão do meu intelecto com os raios de Vossa sagrada luz e inflama meu coração com o fogo do Seu divino amor, de modo que eu possa ao menos tentar imitar as virtudes e os méritos do Santo, que em sua honra eu faço esta novena e seu exemplo devo seguir , e como ele a vida de Vosso divino Filho
Para Vossa maior gloria e salvação de minha alma Amem.


Oração em honra de São Brás
O Deus, nos proteja através da intercessão do Vosso santo Bispo e mártir, São Brás, de todos os males da lama e do corpo especialmente os males da garganta e nos dê a graça de fazer uma boa confissão na confiança na esperança de obter o Vosso perdão e para sempre louvar o Vosso santo nome.
Tudo isto através de Vosso filho Jesus Cristo nosso Rei. Amem.


Invocação a São Brás
São Brás, gracioso benfeitor da humanidade e fiel servo de Deus, e que pelo Seu amor sofreu muitas torturas com paciência e resignação ,Eu invoco sua poderosa proteção meu querido São Bras. Me preserve dos males da alma e do corpo. Pelos sua graça e pelos seus méritos Deus te deu o Dom de uma graça especial para ajudar aqueles que sofrem dos males da garganta, assim me proteja desses males de modo que eu possa cumprir os meus deveres e com a ajuda e a graça do Senhor praticar boas ações. Eu invoco sua especial ajuda com medico de almas, de modo que eu possa me confessar piamente e verdadeiramente merecer o santo sacramento da Penitencia e obter o perdão. Eu recomendo Tua misericordiosa intercessão tambem aqueles que desafortunadamente esconderam seus pecados em uma falsa confissão e obtenha a especial graça para que eles se confesse e se acusem sinceramente
Com contrição e consigam fazer uma Santa Comunhão e que consigam receber o perdão de todos os pecado já cometidos e escondidos com o sacrilégio das confissões e comunhões sacrílegas feitas até esta hora sejam tambem perdoados e que eles recebam o perdão do Senhor e a remissão do castigo eterno. Amem.

Oração final

Meus Deus e meu Senhor
Eu ofereço a Vós meu pedido em união com a Paixão de Jesus Cristo Vosso Filho, junto com o méritos da Sua Imaculada Mãe, Maria, sempre Virgem e todos os santos particularmente o Santo Ajudante Brás, em cuja honra eu faço esta novena.
Olhai para mim Senhor caritativo. Me derrame Vossa graça e Vosso amor
E graciosamente dignai-vos a atender as minhas preces. Amem


Santo do dia - 3 de fevereiro

São Brás

São Brás - Médico e pastor das almas


 A vida e os feitos de São Brás atingem aquele ápice de alguns poucos, que atraem a profunda fé e a admiração popular. Ele é venerado no Oriente e Ocidente com a mesma intensidade ao logo de séculos, e até hoje, mães aflitas recorrem à sua intercessão quando um filho engasga ou apresenta problemas de garganta. A bênção de São Brás, procurada principalmente por quem tem problemas nesta parte do corpo, é ministrada nesta data em muitas igrejas do mundo cristão.

O prodígio atribuído a ele quando era levado preso, para depois ser torturado, é dos mais conhecidos por pessoas de todo o planeta. Consta que uma mãe aflita jogou-se aos seus pés pedindo que socorresse o filho, que agonizava com uma espinha de peixe atravessada na garganta. O santo rezou, fez o sinal da cruz sobre o menino e este se levantou imediatamente como se nada lhe tivesse acontecido.

Brás nasceu na Armênia, era médico, sacerdote e muito benevolente com os pobres e cristãos perseguidos e por essas virtudes foi nomeado bispo de Sebaste, isto no século três. Também sabemos que, apesar de aqueles anos marcarem os finais das grandes perseguições aos cristãos, muitos ainda foram torturados e mortos na mão dos poderosos pagãos. Brás abandonou o bispado e se protegeu na caverna de uma montanha isolada e mesmo assim, depois de descoberto e capturado, morreu em testemunho de sua fé sob as ordens do imperador Licínio, em 316.

Muitas tradições envolvem seus prodígios, graças e seu suplício. Segundo elas, a fama de sua santidade rodou o mundo ainda enquanto vivia e sua morte foi impressionante. O bispo Brás teria sido terrivelmente flagelado e torturado, sendo por fim pendurado em um andaime para morrer. Como isso não acontecia, primeiro lhe descarnaram os ossos com pentes de ferro. Depois tentaram afogá-lo duas vezes e, frustrados, o degolaram para ter certeza de sua morte.

O corpo do santo mártir ficou guardado na sua catedral de Sebaste da Armênia, mas no ano 732 uma parte de suas relíquias foram embarcadas por alguns cristãos armênios que seguiam para Roma.

Nessa ocasião uma repentina tempestade interrompe a viagem na altura da cidade de Maratea, em Potenza; e ali os fiéis acolhem as relíquias do santo numa pequena igreja, que depois se tornaria sua atual basílica e a localidade receberia o nome de Monte São Brás.

Mais recentemente, em 1983 no local da igrejinha inicial foi erguida uma estátua de São Brás, com a altura de vinte e um metros. Como dissemos, do Oriente ao Ocidente, todo mundo cristão se curva à devoção de São Brás nomeando ainda hoje cidades e locais, para render-lhes homenagem e veneração.


São Brás
Bênção: Por intercessão de São Brás, Bispo e Mártir, livra-te Deus do mal da garganta e de qualquer outra doença. Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém!


São Brás, rogai por nós!


Santo Oscar (Anscário)
 Oscar, desde pequeno conviveu com os monges beneditinos da cidade de Corbiè, onde nasceu em 800, na França. Na infância, estudou no colégio do mosteiro, onde regressou, mais tarde, para se tornar um monge e professor interno. Aos vinte e três anos, foi exercer esta função na Saxônia. Nesta região era conhecido como Anscário.

Começou a se destacar quando o novo rei da Dinamarca, em 826, o convidou a instalar uma missão evangelizadora, para conversão dos seus súditos, quase todos pagãos. Ele aproveitou bem esta oportunidade, obtendo sucesso no início. Mas, o rei, um ano depois, foi deposto e exilado. Oscar o seguiu e abandonou a Dinamarca.

Em 829, foi enviado como missionário para a Suécia, junto com o monge Vitimaro. Nesta corte, Oscar converteu e batizou o rei, que os autorizou pregar livremente o Evangelho aos raros cristãos do lugar. Após um ano e meio de trabalho os resultados pareciam mostrar boas bases. Por isto, o papa Gregório IV, o designou como seu delegado na Alemanha, onde o imperador Ludovico, o Pio, que era filho e sucessor de Carlos Magno, desejava criar na diocese de Hamburgo uma nova estrutura eclesiástica.

Oscar aceitou a excelente chance de ampliar as fronteiras da evangelização e em 831, foi consagrado o arcebispo de Hamburgo. Assim, pode dar maior estabilidade à missão na Suécia, consagrando seu companheiro, monge Vitimaro, o bispo daquela diocese. Contudo, sem deixar de acompanhar a evolução da atividade missionária na Dinamarca.

Em 840, com a morte de Ludovico, o Pio, a aliança do império franco-alemão ficou enfraquecida e as invasões dos bárbaros normandos começaram a devastar toda a Europa setentrional. Esta reviravolta política, desintegrou toda a estrutura organizada por Oscar, começando pela Dinamarca, depois Suécia e finalmente Hamburgo, em 845. Nesta ocasião, Oscar teve tempo apenas de salvar as relíquias da sua igreja.

Mas ele não renunciou. Depois de alguns anos no mosteiro alemão de Brema, Oscar decidiu recomeçar a partir da Suécia, para onde ele voltou, até porque não havia mais ninguém para enviar. O então rei Olavo autorizou a evangelização cristã, que ele organizou sozinho, primeiro formando bons missionários, depois indicando a região onde iriam atuar. Assim, Oscar vivia em constante peregrinação, fortalecendo com sua presença as novas bases iniciadas, inclusive na Dinamarca, agora com relações estáveis com a Alemanha.

Oscar sempre soube que sua obra missionária estaria sujeita aos interesses destes reis do Norte, minados pelas inúmeras alianças políticas e religiosas e por vários fatores externos, mas nunca desistiu. Nos seus últimos anos, sentiu que as raízes para um cristianismo profundo no Norte estavam nascendo, embora semeadas em meio aos temporais, como resultado de sua obstinada esperança e fé inabalável.

Morreu no dia 3 de fevereiro de 865 no mosteiro de Brema, Alemanha. A Igreja, por justa razão, o proclamou "apóstolo dos povos escandinavos" e o venera nesse dia como Santo. 


Santo Oscar, rogai por nós! 


sábado, 2 de fevereiro de 2019

2 de fevereiro -Santo do dia

São Cornélio 

O primeiro bispo de Cesareia



São Cornélio foi um dos primeiros bispos da nossa Igreja e um dos principais responsáveis pela evangelização de estrangeiros.

 

Encontramos, nos Atos dos Apóstolos, este exemplo de entrega. No capítulo 10, nós assim ouvimos da Palavra de Deus: “Havia em Cesareia um homem por nome Cornélio. Centurião da corte que se chamava Itálica, era religioso; ele e todos de sua casa eram tementes a Deus. Dava muitas esmolas ao povo e orava constantemente” (At 10,1-2).

Diante dessa espiritualidade que Cornélio possuía, Deus o visitou por meio de um anjo, que lhe indicou São Pedro. Este, que também teve uma visão, foi à casa de Cornélio. Foi aí que aconteceu a abertura da Igreja para a evangelização dos pagãos, dos estrangeiros. No outro dia, Pedro chegou em Cesareia. Cornélio o estava esperando, tendo convidado seus parentes e amigos mais íntimos. Não somente ele queria encontrar-se com o Senhor, como também queria o mesmo para todos os seus parentes e amigos.

Cornélio ouviu da boca do primeiro Papa da Igreja: “Deus me mostrou que nenhum homem deve ser considerado profano ou impuro” (At 10,28). Assim, São Pedro começou a evangelizar e, de repente, no versículo 44: “Estando Pedro, ainda a falar, o Espírito Santo desceu sobre todos que ouviam a (santa) Palavra. Os fiéis da circuncisão, que tinham vindo com Pedro, profundamente se admiraram vendo que o dom do Espírito Santo era derramado também sobre os pagãos; pois eles os ouviam falar em outras línguas e glorificar a Deus. Então Pedro tomou a palavra: ‘Porventura pode-se negar a água do batismo a estes que receberam o Espírito Santo como nós? E mandou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo. Rogaram-lhe então que ficasse com eles por alguns dias” (At 10,44-48).

São Cornélio tornou-se o primeiro bispo em Cesareia. Homem religioso e de oração, Deus pôde contar com ele para a maravilhosa obra que chega até nós nos dias de hoje. Pela docilidade de muitos, como São Cornélio, o Santo Evangelho se faz presente em nosso meio. Peçamos a intercessão de São Cornélio para que busquemos cada vez mais o Senhor.

São Cornélio, rogai por nós!



sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

1º de fevereiro - Santo do dia

Santa Brígida

Em meio ao grande florescimento de santos irlandeses, entre os séculos IV e VIII, destaca-se essa mulher, venerada como a segunda padroeira da Irlanda, depois de são Patrício. Ela fundou o primeiro convento feminino na “ilha dos santos”, a partir do qual se originaram centenas de lendas e diversas comunidades femininas, todas inspiradas na regra ditada por essa santa, as quais enriqueceram o calendário de outros inúmeros santos. 

No centro da espiritualidade de Kildare se encontra o constante apelo à misericórdia divina e à caridade para com os pobres. Com efeito, a santa aparece habitualmente representada em companhia de uma vaca, visto ser venerada como padroeira dos leiteiros e (por que não?) dos pacíficos ruminantes, fonte de precioso alimento, pois o senso prático da excelente mulher encontrara meio de saciar a fome de muitos pobres que batiam às portas do convento.


Santa Brígida, rogai por nós!


Santa Veridiana
Santa Veridiana era conhecida pela sua compaixão para com os mais pobres, oferecendo-lhes tudo que podia. Além das práticas de penitência que oferecia através de peregrinações.

 Essa santa com nome tão belo é muito conhecida na região da Toscana. Nascida em Castelfiorentino, durante alguns anos foi governanta na casa de uma rica família, mas logo sentiu o chamado para a solidão. 

Após uma peregrinação ao santuário de Santiago de Compostela, na Espanha, aos 30 anos, permaneceu reclusa numa pequena cela, contígua ao oratório do abade santo Antão, onde viveu totalmente isolada, ao longo de 34 anos.


Seu único contato com o mundo exterior consistia numa pequena abertura na parede, por onde recebia pão e água. Tudo quanto recebia da caridade de seus compatriotas, distribuía aos pobres. O próprio são Francisco de Assis esteve entre os que a visitaram, em 1221.


Além dos incômodos da ermida (ela dormia sobre a terra nua), acrescentou-se a indesejável presença de duas serpentes, que ela não enxotou, as quais aparecem nas figuras que representam a santa, a fim de simbolizar sua vida de penitente. 


Ao morrer, foi sepultada em sua pequena cela (transformada em capela) e depois transferida para a igreja construída em sua honra, onde se erguia o oratório de santo Antão. Mais tarde, seus despojos foram trasladados para a igreja anexa ao colégio dos santos Lourenço e Leonardo; por fim, em 1939, à igreja que leva seu nome. É venerada como padroeira da Toscana. 


Peça a intercessão dessa santa para que todos possam, na oração, na penitência, na doação ao irmão, encontrarmos a verdadeira felicidade

Santa Veridiana, rogai por nós!