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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

25 de janeiro - Santo do dia

Conversão de São Paulo

O martírio de São Paulo é celebrado junto com o de São Pedro, em 29 de junho, mas sua conversão tem tanta importância para a história da Igreja que merece uma data à parte. Neste dia, no ano 1554, deu-se também a fundação da que seria a maior cidade do Brasil, São Paulo, que ganhou seu nome em homenagem a tão importante acontecimento.

Saulo, seu nome original, nasceu no ano 10 na cidade de Tarso, na Cilícia, atual Turquia. À época era um pólo de desenvolvimento financeiro e comercial, um populoso centro de cultura e diversões mundanas, pouco comum nas províncias romanas do Oriente. Seu pai Eliasar era fariseu e judeu descendente da tribo de Benjamim, e, também, um homem forte, instruído, tecelão, comerciante e legionário do imperador Augusto. Pelo mérito de seus serviços recebeu o título de Cidadão Romano, que por tradição era legado aos filhos. Sua mãe uma dona de casa muito ocupada com a formação e educação do filho.

Portanto, Saulo era um cidadão romano, fariseu de linhagem nobre, bem situado financeiramente, religioso, inteligente, estudioso e culto. Aos quinze anos foi para Jerusalém dar continuidade aos estudos de latim, grego e hebraico, na conhecida Escola de Gamaliel, onde recebia séria educação religiosa fundamentada na doutrina dos fariseus, pois seus pais o queriam um grande Rabi, no futuro.

Parece que era mesmo esse o anseio daquele jovem baixo, magro, de nariz aquilino, feições morenas de olhos negros, vivos e expressivos. Saulo já nessa idade se destacava pela oratória fluente e cativante marcada pela voz forte e agradável, ganhando as atenções dos colegas e não passando despercebido ao exigente professor Gamaliel.

Saulo era totalmente contrário ao cristianismo, combatia-o ferozmente, por isso tinha muitos adversários. Foi com ele que Estêvão travou acirrado debate no templo judeu, chamado Sinédrio. Ele tanto clamou contra Estevão que este acabou apedrejado e morto, iniciando-se então uma incansável perseguição aos cristãos, com Saulo à frente com total apoio dos sacerdotes do Sinédrio.


Autorizado, buscava identificar cristãos, prendê-los, enfim, acabar com o Cristianismo

O apóstolo dos gentios e das nações nasceu em Tarso. Da tribo de Benjamim, era judeu de nação. Tarso era mais do que uma colônia de Roma, era um município. Logo, ele recebeu também o título de cidadão romano. O seu pai pertencia à seita dos fariseus. Foi neste ambiente, em meio a tantos títulos e adversidades, que ele foi crescendo e buscando a Palavra de Deus.




Um dia, às portas da cidade de Damasco, uma luz, descrita nas Sagradas Escrituras como "mais forte e mais brilhante que a luz do Sol", desceu dos céus, assustando o cavalo e lançando ao chão Saulo , ao mesmo tempo em que ouviu a voz de Jesus pedindo para que parasse de persegui-Lo e aos seus e, ao contrário, se juntasse aos apóstolos que pregavam as revelações de Sua vinda à Terra. Os acompanhantes que também tudo ouviram, mas não viram quem falava, quando a luz desapareceu ajudaram Saulo a levantar pois não conseguia mais enxergar. Saulo foi levado pela mão até a cidade de Damasco, onde recebeu outra "visita" de Jesus que lhe disse que nessa cidade deveria ficar alguns dias pois receberia uma revelação importante. A experiência o transformou profundamente e ele permaneceu em Damasco por três dias sem enxergar, e à seu pedido também sem comer e sem beber.

Depois Saulo teve uma visão com Ananias, um velho e respeitado cristão da cidade, na qual ele o curava. Enquanto no mesmo instante Ananias tinha a mesma visão em sua casa. Compreendendo sua missão, o velho cristão foi ao seu encontro colocando as mãos sobre sua cabeça fez Saulo voltar a enxergar, curando-o. A conversão se deu no mesmo instante pois ele pediu para ser Batizado por Ananias. De Damasco saiu a pregar a palavra de Deus, já com o nome de Paulo, como lhe ordenara Jesus, tornando-se Seu grande apóstolo.

Sua conversão chamou a atenção de vários círculos de cidadãos importantes e Paulo passou a viajar pelo mundo, evangelizando e realizando centenas de conversões. Perseguido incansavelmente, foi preso várias vezes e sofreu muito, sendo martirizado no ano 67, em Roma. Suas relíquias se encontram na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, na Itália, festejada no dia de sua consagração em 18 de novembro.

O Senhor fez de Paulo seu grande apóstolo, o apóstolo dos gentios, isto é, o evangelizador dos pagãos. Ele escreveu 14 cartas, expondo a mensagem de Jesus, que se transformaram numa verdadeira "Teologia do Novo Testamento". Também é o patrono das Congregações Paulinas que continuam a sua obra de apóstolo, levando a mensagem do Cristianismo a todas as partes do mundo, através dos meios de comunicação.


O apóstolo dos gentios e das nações nasceu em Tarso. Da tribo de Benjamim, era judeu de nação. Tarso era mais do que uma colônia de Roma, era um município. Logo, ele recebeu também o título de cidadão romano. O seu pai pertencia à seita dos fariseus. Foi neste ambiente, em meio a tantos títulos e adversidades, que ele foi crescendo e buscando a Palavra de Deus.

Combatente dos vícios, foi um homem fiel a Deus. Paulo de Tarso foi estudar na escola de Gamaliel, em Jerusalém, para aprofundar-se no conhecimento da lei, buscando colocá-la em prática. Nessa época, conheceu o Cristianismo, que era tido como um seita na época. Tornou-se, então, um grande inimigo dessa religião e dos seguidores desta. Tanto que a Palavra de Deus testemunha que, na morte de Santo Estevão, primeiro mártir da Igreja, ele fez questão de segurar as capas daqueles que o [Santo Estevão] apedrejam, como uma atitude de aprovação. Autorizado, buscava identificar cristãos, prendê-los, enfim, acabar com o Cristianismo. O intrigante é que ele pensava estar agradando a Deus. Ele fazia seu trabalho por zelo, mas de maneira violenta, sem discernimento. Era um fariseu que buscava a verdade, mas fechado à Verdade Encarnada. Mas Nosso Senhor veio para salvar todos.


Encontramos, no capítulo 9 dos Atos dos Apóstolos, o testemunho: “Enquanto isso, Saulo só respirava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor. Apresentou-se ao príncipe dos sacerdotes e pediu-lhes cartas para as sinagogas de Damasco, com o fim de levar presos, a Jerusalém, todos os homens e mulheres que seguissem essa doutrina. Durante a viagem, estando já em Damasco, subitamente o cercou uma luz resplandecente vinda do céu. Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: ‘Saulo, Saulo, por que me persegues?’. Saulo então diz: ‘Quem és, Senhor?’. Respondeu Ele: ‘Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro te é recalcitrar contra o aguilhão’. Trêmulo e atônito, disse Saulo: ‘Senhor, que queres que eu faça?’ respondeu-lhe o Senhor: ‘Levanta-te, entra na cidade, aí te será dito o que deves fazer'”.


O interessante é que o batismo de Saulo é apresentado por Ananias, um cristão comum, mas dócil ao Espírito Santo.


Hoje estamos comemorando o testemunho de conversão de São Paulo. Sua primeira pregação foi feita em Damasco. Muitos não acreditaram em sua mudança, mas ele perseverou e se abriu à vontade de Deus, por isso se tornou um grande apóstolo da Igreja, modelo de todos os cristãos.


São Paulo de Tarso, rogai por nós!


domingo, 24 de janeiro de 2016

Evangelho do Dia



EVANGELHO COTIDIANO



"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68


3º Domingo do Tempo Comum


Evangelho segundo S. Lucas 1,1-4.4,14-21.
Já que muitos empreenderam narrar os fatos que se realizaram entre nós,  como no-los transmitiram os que, desde o início, foram testemunhas oculares e ministros da palavra,
também eu resolvi, depois de ter investigado cuidadosamente tudo desde as origens, escrevê-las para ti, ilustre Teófilo,  para que tenhas conhecimento seguro do que te foi ensinado. 
Naquele tempo, Jesus voltou da Galileia, com a força do Espírito, e a sua fama propagou-se por toda a região.  Ensinava nas sinagogas e era elogiado por todos. 
Foi então a Nazaré, onde Se tinha criado. Segundo o seu costume, entrou na sinagoga a um sábado e levantou-Se para fazer a leitura.  Entregaram-Lhe o livro do profeta Isaías e, ao abrir o livro, encontrou a passagem em que estava escrito:  «O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres. Ele me enviou a proclamar a redenção aos cativos e a vista aos cegos, a restituir a liberdade aos oprimidos
e a proclamar o ano da graça do Senhor». 
Depois enrolou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-Se. Estavam fixos em Jesus os olhos de toda a sinagoga.  Começou então a dizer-lhes: «Cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da Escritura que acabais de ouvir».

Comentário do dia:  Orígenes (c. 185-253), presbítero, teólogo
Homilia 32 sobre S. Lucas 4
«Cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da Escritura»

Quando lerdes: «Ensinava nas sinagogas e todos o elogiavam», tende cuidado de não considerar felizes unicamente os ouvintes de Jesus e de não vos julgardes privados dos seus ensinamentos. Se a Escritura é a verdade, Deus não falou só outrora nas assembleias judaicas, mas fala ainda hoje na nossa assembleia. E não só aqui, na nossa, mas em todas as outras e em todo o mundo Jesus ensina e procura instrumentos que transmitam os seus ensinamentos. Orai para que eu esteja igualmente disposto e apto para O cantar.

Assim como Deus Todo-Poderoso, ao procurar os profetas no tempo em que a profecia era necessária aos homens, encontrou, por exemplo, Isaías, Ezequiel e Daniel, do mesmo modo Jesus procura instrumentos que transmitam a sua Palavra, que ensinem nas sinagogas e sejam elogiado por todos. Hoje, Jesus é muito mais elogiado por todos do que no tempo em que era conhecido numa única província.

Santo do dia - 24 de janeiro

São Francisco de Sales

Este santo nasceu no Castelo de Sales em 1567. Sua mãe, uma condessa, buscou formá-lo muito bem com os padres da Companhia de Jesus, onde, dentre muitas disciplinas, também aprendeu várias línguas. Muito cedo, fez um voto de viver a castidade e buscar sempre a vontade do Senhor. Ao longo da história desse santo muito amado, vamos percebendo o quanto ele buscou e o quanto encontrou o que Deus queria.

Anos mais tarde, São Francisco escreveu “Introdução à vida devota” e, vivendo do amor de Deus, escreveu também o “Tratado do amor de Deus”.


Certa ocasião, atacado pela tentação de desconfiar da misericórdia do Senhor, ele buscou a resposta dessa dúvida com o auxílio de Nossa Senhora e, assim, a desconfiança foi dissipada. Estudou Direito em Pádua, mas, contrariando familiares, quis ser padre. E foi um sacerdote que buscou a santidade não só para si, mas também para os outros.


No seu itinerário de pregações, de zelo apostólico e de evangelização, semeando a unidade e espalhando, com a ajuda da imprensa, a sã doutrina cristã, foi escolhido por Deus para o serviço do episcopado em Genebra. Primeiro, como coadjutor, depois, sendo o titular. Um apóstolo do amor e da misericórdia. Um homem que conseguiu expressar, com o seu amor e a sua vida, a mansidão do Senhor.


Diz-se que, depois de sua morte, descobriu-se que sua mesa de trabalho estava toda arranhada por baixo, porque, com seu temperamento forte, preferia arranhar a mesa a responder sem amor e sem mansidão para as pessoas.


Doutor da Igreja, é fundador da Ordem da Visitação, titular e patrono da família salesiana, fundada por Dom Bosco, que se inspirou nele ao adotar o nome [salesiano]. Também é patrono dos escritores e dos jornalistas devido ao estilo e ao conteúdo de seus escritos.


Esse grande santo da Igreja morreu com 56 anos, sendo que 21 deles foram vividos no episcopado como servo para todos e sinal de santidade.


Peçamos a intercessão desse grande santo para que, numa vida devota e vivendo do amor de Deus, possamos percorrer o nosso caminho em busca de Deus em todos os caminhos.


São Francisco de Sales, rogai por nós!

sábado, 23 de janeiro de 2016

23 de janeiro - Santo do dia

Santo Ildefonso
 Segundo os escritos foi por intercessão de Nossa Senhora, a pedido de seus pais, que Ildefonso nasceu. Assim, o culto mariano tomou grande parte de sua vida religiosa, ponteada por aparições e outras experiências de religiosidade.

Ildefonso veio ao mundo no dia 08 de dezembro de 607, em Toledo, na Espanha. De família real, que resistiu aos romanos, mas, que se renderam politicamente aos visigodos, foi preparado muito bem para o futuro. Estudou com Santo Isidoro em Sevilha. Depois de fugir para o mosteiro de São Damião nos arredores de Toledo, Ildefonso conseguiu dos pais aprovação para se tornar monge, o que aconteceu no mosteiro próximo de sua cidade natal.

Pouco depois de tornar-se diácono, herdou enorme fortuna devido à morte dos pais.
Empregou todas as posses em favor dos pobres e fundou um mosteiro para religiosas. Seu trabalho era tão reconhecido que após a morte do abade de seu mosteiro, foi eleito por unanimidade para sucedê-lo. Em 636 dirigiu o IV Sínodo de Toledo, sendo o responsável pela unificação da liturgia espanhola.

Mais tarde, quando da morte de seu tio e bispo de Toledo, Eugênio II, contra sua vontade foi eleito para o cargo. Chegou a se esconder para não ter que aceitá-lo, sendo convencido pelo rei dos visigodos que o procurou pessoalmente. Depois disso, Ildefonso desempenhou a função com reconhecida e admirada disciplina nos preceitos do cristianismo, a mesma que exigia e obtinha de seus comandados.

Nessa época Ildefonso escreveu uma obra famosa contra os hereges que negavam a virgindade de Maria Santíssima, sustentando que a Mãe de Deus foi Virgem antes, durante e depois do Parto. Exerceu importante influência na Idade Média com seus livros exegéticos, dogmáticos, monásticos e litúrgicos.

Entre suas experiências de religiosidade constam várias aparições. Além de ter visto Nossa Senhora rodeada de virgens, entoando hinos religiosos, recebeu também a "visita" de Santa Leocádia, no dia de sua festa, 09 de dezembro. Ildefonso tentava localizar as relíquias da Santa e esta lhe indicou exatamente o lugar onde seu corpo fora sepultado.

O sábio bispo morreu em 23 de janeiro de 667, sendo enterrado na igreja de Santa Leocádia. Mas, anos depois, com receio da influência que a presença de seus restos mortais representava, os mouros pagãos os transferiram para Zamora, onde ficaram até 888. Somente em 1400 seus despojos foram encontrados sob as ruínas do local e expostos à veneração novamente.

Santo Ildefonso recebeu o título de doutor da Igreja e é tido pela Igreja como o último Padre do Ocidente. Dessa maneira são chamados os grandes homens da Igreja que entre os séculos dois e sete eram considerados como "Pais" tanto no Oriente como no Ocidente, porque foram eles que firmaram os conceitos da nossa fé, enfrentando as heresias com o seu saber, carisma e iluminação. São aos responsáveis pela fixação das Tradições e Ritos da Igreja.


Santo Ildefonso, rogai por nós!


Santo João Esmoler
 Este santo dava tanta importância à esmola, que não só dela vivia como com ela provia uma grande quantidade de famílias, e até cidades inteiras. Assim foi o apostolado do bispo João, chamado de "Esmoler".

O século sete é tido, para a Humanidade, como uma época de opulência para os poderosos e de miséria para o povo, mas o bispo João nunca deixou de atender a quem quer que o tenha procurado. Os registros e a tradição mostram que a Providência Divina sempre vinha à sua ajuda e, de uma forma ou de outra, os mantimentos de que precisava acabavam chegando às suas mãos. Certamente Deus queria fazer dele um exemplo.

João pertencia a uma família cristã e nasceu no ano 556, na Ilha de Chipre, numa cidade chamada Amatunte, onde seu pai além de muito rico era o governador. João sentia-se chamado para a vida religiosa desde pequeno, alimentando esse desejo até a idade adulta. Como os pais o impediram de se tornar um sacerdote, com a humildade que lhe era peculiar, João obedeceu às suas ordens e se casou. Mas seu caminho já estava traçado por Deus. Pouco tempo depois do casamento a esposa faleceu. Embora, o sofrimento fosse muito grande com a perda, ele decidiu seguir seu chamado e se tornou um sacerdote.

Seu trabalho junto aos pobres deu tantos frutos que foi eleito bispo de Alexandria e, nesta posição de destaque, pôde fazer mais ainda pelos necessitados. Prontamente mandou cadastrar todos os pobres da cidade, onde se catalogaram mais de sete mil e quinhentos. Às quartas e sextas-feiras eram recebidos e auxiliados em tudo que estivesse ao seu alcance. Quando a população católica da Pérsia se viu perseguida por causa de sua fé, foi no Egito do bispo João Esmoler, que encontrou alimento e abrigo.

Na época em que Jerusalém foi arrasada pelos pagãos, também foi o bispo João quem para lá mandou comida e até recursos para a reconstrução das igrejas. Entretanto, consigo mesmo era o desapego em pessoa. Tinha uma única coberta, velha e maltrapilha. Quando um amigo de posses lhe deu um cobertor novinho e felpudo, jogando a velha coberta fora, João dormiu apenas uma noite com ele, em sinal de agradecimento, e no dia seguinte o colocou à venda. Sabedor do gesto do bispo, o doador comprou o cobertor e lhe deu de presente outra vez. Como seu admirador, lhe propôs um jogo: quantas vezes ele o colocasse à venda, tantas vezes o compraria para lhe dar de presente novamente. Assim, o lucro para os pobres foi grande.

Já sexagenário, em 619, decidiu viajar para Constantinopla aceitando o convite do imperador, que desejava vê-lo. Porém, ao chegar à cidade de Rhodes, recebeu uma mensagem profética, de que a sua morte estava bem próxima. João Esmoler chamou o discípulo que o acompanhava, disse-lhe que ia cancelar a visita ao imperador, "pois o Rei dos reis também o chamava" e Ele tinha prioridade. Assim, foi para sua Ilha de Chipre onde morreu serenamente no dia 23 de janeiro desse mesmo ano.

Em 1974, o cardeal de Veneza, Albino Luciani, que depois se tornaria o Papa João Paulo I, teve a honra de hospedar na Igreja Matriz de Casarano as relíquias do corpo de Santo João Esmoler e seu chapéu de bispo, este que continua guardado nessa igreja e localidade. Desse modo percebemos que o seu culto se mantém cada vez mais forte e vigoroso.


Santo João Esmoler, rogai por nós!
 

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Abra-se à Misericórdia!

Meditação sobre a Misericórdia

Para ler e meditar após rezar o Terço da Misericórdia

Jesus pediu a santa Faustina Kowalska que rezássemos o Terço da Misericórdia as 15h, diante do Sacrário, e, em seguida fizéssemos uma meditação sobre a sua Paixão. Jesus lhe pediu: As três horas da tarde, implora a Minha Misericórdia especialmente pelos pecadores e, ao menos por um breve tempo, reflete sobre a Minha Paixão, especialmente sobre o abandono em que me encontrei no momento da agonia…(Diário n. 1320).


Eu costumo fazer esta meditação:
Compadeço-me, Senhor Jesus, de Tua agonia mortal no Horto das Oliveiras naquela Quinta-feira santa, e naquele abandono terrível que sentiu na carne até diante do Pai, ao assumir todos os nossos pecados diante da Justiça Divina. O peso desta culpa sobre Ti foi tão grande, que o Senhor sentiu uma tristeza mortal. Compadeço-me do Sangue que o Senhor derramou ali nesta agonia, vislumbrando todo sofrimento que enfrentaria. 

Compadeço-me da consolação do Teu anjo da Guarda. O Senhor humanamente precisou dele, e também lhe agradeço pelo meu Anjo protetor.

E logo Judas chegou com os soldados para prendê-lo. Foste vendido pelo preço de um escravo: trinta moedas de prata. Um bando de criminosos veio prender o Inocente, o Santo dos Santos. 

Compadeço-me, Senhor, do beijo amargo de Judas. O amaste tanto e foste traído exatamente no dia em que mais nos amaste deixando para nós a Tua Presença na Eucaristia, para sempre. “Tendo amado os seus que estavam no mundo, os amastes até o fim” (Jo 13,1).
O Senhor já sabia – “Um de vós que come comigo, vai me trair” (Mc 14,18). O mal se paga com o bem, nos ensinaste isso no Monte das Oliveiras, e viveste isso no monte do Horto. Ali o Senhor pagava pelos nossos pecados à Justiça Divina. Satanás cobrava-lhe uma culpa e uma pena que não devias, por isso, nos libertastes cumprindo por nós toda Justiça. O Senhor não lhe devia nada, então, como foi cobrado de uma pena que não devia, pagou assim toda a nossa culpa. Assim o Pai enganou a Satanás, como ele tinha enganado a Adão. O inimigo foi vencido no mesmo campo de batalha. Satanás acorrentou Adão, mas o Senhor acorrentou Satanás, como disse S. Agostinho.

Compadeço-me, Senhor, da Tua prisão, e dos maus tratos que sofreste nas mãos dos soldados ali no Horto, nos caminhos, na casa de Anás e Caifás, e aquela noite terrível no calabouço na casa de Caifás, depois daqueles insultos e maus tratos. Que noite pavorosa meu Senhor! Me deste a graça de um dia estar nessa cova branca que o acolheu naquela última noite. Na manhã de sexta-feira foste levado a Herodes e a Pilatos. O interrogaram por curiosidade e o desprezaram. O Rei do Céu foi desprezado pelos reis da Terra. O desprezo para contigo Jesus, foi completo. Completaste a medida do aniquilamento que esvazia a culpa de Adão. Pela dolorosa Paixão de Teu Filho, Pai, tende piedade de nós!

Compadeço-me, Senhor, da Tua flagelação, preso na coluna, Tuas carnes foram rasgadas, Teu Sangue derramado, Tuas chagas abertas. Pagaste os nossos pecados da carne. Nosso corpo é Teu Templo, e no entanto, é tão profanado pela prostituição, pornografia, homossexualidade e tantas impurezas. O Rei, ao invés de ser coberto de um manto de púrpura, foi coberto por um manto de Sangue. Vendo-Te despedaçado, Senhor, imagino quão grandes são os pecados de todos nós, cometidos com nosso corpo! Sinto que ali o Senhor foi como que esmagado no moinho, como o trigo, para se tornar a farinha que daria o Pão da Eucaristia. Ali teu Sangue foi derramado, e o Senhor esmagado como as uvas no lagar, para se transformar no Vinho da Eucaristia. Pela dolorosa Paixão de Teu Filho, Pai, tende piedade de nós!

Compadeço-me, Senhor, daquela dolorosa, humilhante e sangrenta coroação de espinhos! Quem pode suportar isso? Tua santa Cabeça foi perfurada por muitos espinhos para reparar os nossos muitos pecados de pensamentos, palavras, malícias, maus desejos, maledicências, provocações, invejas, ira, ciúme… Que abismo de tantos pecados é esse de toda a humanidade, Senhor?! O Rei ao invés de ser coroado com uma coroa de belos brilhantes, é coroado com uma coroa de grandes espinhos! Os soldados zombaram do Senhor, e lhe colocaram uma cana na mão, simulando um cetro de rei, e um manto púrpura. Sei que zombaram de Ti, Senhor, bateram em Sua cabeça coroada de espinhos e cuspiram em Teu Rosto santo. Pagavas assim os nossos pecados de soberba, orgulho, maus desejos, apegos desordenados, ira, inveja, maledicências, respeito humano, mentiras… Pela dolorosa Paixão de Teu Filho, Pai, tende piedade de nós!

Compadeço-me, Senhor, da Tua condenação à morte por Pilatos, em um julgamento iníquo; ele se acovardou diante das autoridades judias que Te entregaram por inveja. Pilatos sabia que eras inocente, mas foi covarde e o entregou para ser crucificado, e assim agradou o povo. Não permita Senhor, que para agradar o povo eu negue a Tua doutrina! Deus Pai soube, na Sua Sabedoria perfeita, usar da covardia de Pilatos, da inveja dos doutores da Lei e da traição de Judas, para cumprir Seu Plano misterioso de nossa Redenção. Ninguém foi obrigado a Te trair e negar, eles agiram livremente e por maldade. E o Senhor não abriu a boca, não se defendeu, foi como “uma ovelha muda levada ao matadouro”, como profetizou Isaías, para cumprir todo o plano do Pai. Obrigado, Senhor, porque bebeste este Cálice até a última gota, para que as portas do Céu se abrissem para nós! Submeteste-te a autoridade de Pilatos, e lhe revelaste a Tua divindade. Pela dolorosa Paixão de Teu Filho, Pai, tende piedade de nós!

Leia também: A Divina Misericórdia
Terço da Misericórdia
Novena à Divina Misericórdia
Meditação da Paixão de Cristo
Os 25 segredos da luta espiritual que Jesus revelou a Santa Faustina

Compadeço-me, Senhor, da cruz pesada colocada em seus ombros flagelados, derrubando-o por terra. Teu cansaço era tão grande que obrigaram Simão Irineu a Te ajudar a levar a cruz. E Tu aceitaste Senhor. Vejo que eu também preciso ser ajudado quando a minha cruz pesar demais e me jogar por terra. 

Compadeço-me, Senhor, das vezes que o Senhor caiu sob o peso do lenho pesado dos nossos pecados. Pela dolorosa Paixão de Teu Filho, Pai, tende piedade de nós!

Compadeço-me, Senhor, do Teu encontro doloroso com Nossa Senhora das Dores. Foi o encontro da Paixão com a Compaixão, das lágrimas com o Sangue. Aquela Espada predita por Simeão atravessou-lhe a alma por ser o Senhor um “Sinal de contradição”, um NÃO dito ao pecado, ontem, hoje e sempre! Tua Mãe guardou aquelas palavras no coração com toda atenção, esperando a sua hora. Eis que ela chegou! Que a Virgem nos acompanhe também, Senhor, nas horas amargas de nossa vida, pois Tu a deste para ser também nossa Mãe. Que Ela nos ajude a aceitar a Tua santa vontade em nossa vida, qualquer que seja. Pela dolorosa Paixão de Teu Filho, Pai, tende piedade de nós!

Compadeço-me, Senhor, daquele encontro com as outras mulheres, que certamente estavam com a Tua Mãe, Maria Madalena, Maria de Cléofas e outras, que te consolaram e foram consoladas pelo Senhor. “Orem, não por mim, mas pelos teus filhos…”. Meu Senhor, que mesmo nas amarguras da dor eu saiba consolar quem me consola, que a auto piedade não tome nunca conta de meu espirito. Pela dolorosa Paixão de Teu Filho, Pai, tende piedade de nós!

Assista também: A Festa da Divina Misericórdia

Compadeço-me, Senhor, daquele lenço suave de Verônica que enxugou o Teu rosto ensanguentado. Que gesto bonito e caridoso! Era tudo que aquela mulher podia fazer por Ti naquela hora. E Tu a recompensaste deixando Teu rosto divino e humano gravado no seu pano. Oh, Jesus, deixa tua Face bendita marcada em minha alma todas as vezes que eu enxugar o Teu rosto sofrido na face de um irmão! Que eu veja em cada um deles, Senhor, um verdadeiro irmão, onde Tu estás sofrendo. Pela dolorosa Paixão de Teu Filho, Pai, tende piedade de nós!

Compadeço-me, Senhor, da Tua chegada ao Calvário. Ali te arrancaram as vestes já coladas em Teu corpo, e o Sangue verteu novamente em dores renovadas. E crucificaram-Te. Pregaram Tuas mãos e Teus pés, violentamente, sem piedade, e o levantaram no madeiro entre o Céu e a terra em dores indizíveis, inimagináveis, inenarráveis. O cirurgião Pierre Barbet as conheceu bem e se desconcertou… Ele estudou a Tua Paixão por vinte e cinco anos, e escreveu o livro “A Paixão de Cristo segundo cirurgião”. Enquanto gemias de dor, os soldados dividiam suas vestes e sorteavam o Teu manto. O Senhor entregou-nos tudo, morreu sem nada, nem mesmo as roupas… Por este gesto concede-nos a graça do desprendimento de tudo nesta vida. Que eu possa caminhar entre as coisas que passam abraçando somente as que não passam. Que eu me apegue somente a Ti, Senhor, esvaziando-me do resto. Pela dolorosa Paixão de Teu Filho, Pai, tende piedade de nós!

Compadeço-me, Senhor, das Tuas ultimas palavras e orações por nós na cruz. Sentiste o profundo abandono de todos os pecadores que se afastam de Deus. Perdoaste os inimigos que o matavam, cumprindo o que mandou-nos: “perdoar os inimigos e orar pelos que nos perseguem”. Tu és coerente Jesus, por isso vencestes o mundo. “Quando Eu for levantado no madeiro, atrairei todos a Mim”. Sim, Senhor, atraíste todos a Ti. Por isso, toda humanidade Te respeita e nós te adoramos. Assumiste na cruz a culpa de todos nós e sentistes o abandono do pecador que foge da Justiça divina – “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste!”.

Teu coração misericordioso acolheu a Dimas que te implorou estar em Teu Reino. Tua misericórdia de fato é infinita! Que graça extraordinária ele recebeu de confiar em Ti! Certamente Tua Mãe rezava pelos que eram condenados contigo. Foi o primeiro a receber o bilhete do Céu. Oh, Jesus, lembra-te de cada um de nós no Reino de Tua glória. Pela dolorosa Paixão de Teu Filho, Pai, tende piedade de nós!

Depois de nos ter dado tudo, a Tua vida, Teu Sangue, Teu Amor, ainda nos destes a Tua Mãe. Certamente porque precisamos dela para chegar ao Céu, como ensinaram os santos doutores. “Filho, eis ai a tua Mãe!”. É impressionante que São João logo “a levou para a sua casa”. Eu também já a trouxe para a minha. Que Ela nos guarde, proteja e interceda por nós sem cessar diante de Ti. Sei que a Ela o Senhor nada pode negar.

Compadeço-me, Senhor, do vinagre que lhe deram para aplacar a dor, mas que o rejeitaste, para estar lúcido até o fim, e poder dizer conscientemente ao Pai – “Tudo está consumado!”. Tua sede física era cruel, por causa da perda de todo Teu Sangue, mas era também – como viram os Padres da Igreja – “a sede de Tua alma” pela salvação das nossas almas. És o bom Pastor que não quer perder nenhuma ovelha para o Lobo. Pela dolorosa Paixão de Teu Filho, Pai, tende piedade de nós!

Compadeço-me, Senhor, de Tua Morte, que matou a nossa morte eterna e nos abriu o Céu. Vestiste a nossa natureza para poder experimentar a morte em nossa defesa contra ela. Pelo Batismo fomos sepultados nela e ressuscitados para uma vida nova (cf. Rom 6,4 s). Obrigado, Senhor, a eternidade será insuficiente para Te agradecer tão grande amor por nós! Pela dolorosa Paixão de Teu Filho, Pai, tende piedade de nós!

breviariodaconfiancaMesmo depois de morto, ainda te rasgaram o peito com a lança, e do Teu sagrado Coração perfurado saiu Sangue e Água; dai nasceu a Igreja, Tua esposa, “como Eva nasceu do lado aberto de Adão”, como nos ensinaram os santos Padres. Daí brotaram os sete Sacramentos de nossa redenção.

E Tua Mãe o recebeu destruído, em Seus braços maternos. Que dor no coração desta Mãe, que recebeu nos Seus braços o Filho de Deus humanado e destruído como jamais foi um ser humano! E ela o depôs, as pressas, no túmulo novo de José de Arimateia, esse bom amigo. E ali Ela viveu a soledade, a solidão do Sábado do silêncio, em que o Rei dormiu. Pela dolorosa Paixão de Teu Filho, Pai, tende piedade de nós! Nós te adoramos e bendizemos, Senhor Jesus, porque pela Vossa Santa Cruz, remistes o mundo!

Encerro essa meditação com uma frase de São Boaventura, que resume o quanto essa prática faz bem para a nossa alma:
“Se quereis progredir no amor de Deus, meditai todos os dias a Paixão do Senhor. Nada contribui tanto para a santidade das pessoas como a Paixão de Cristo”.

Medite sempre a Paixão de Jesus Cristo e abra-se a Sua MISERICÓRDIA!

Por: Prof. Felipe Aquino

http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2016/01/21/abra-se-a-misericordia/ 



 

Santo do dia - 22 de janeiro

São Vicente
 

Um grande pregador da Palavra de Deus

Um santo amado e citado por muitos santos, como Santo Agostinho, Santo Ambrósio, São Prudêncio e outros que trouxeram à tona o testemunho desse grande diácono e mártir da Igreja.

Nasceu na Espanha, em Huesca, no século terceiro. De uma família muito distinta e conhecida por todos, ele escolheu ser cristão e, assim, viver a santidade.


Vicente viveu num período muito difícil da Igreja. Um tempo em que Diocleciano e Maximiano – imperadores –, começaram a perseguir os cristãos e forçar muitos a se declararem a favor dos deuses; caso contrário, seriam martirizados. O santo de hoje foi um dos que fez a opção por Jesus.


Ele era um grande pregador da Palavra, mais do que isso, buscava viver a Palavra que pregava, esta que é, antes de tudo, Cristo Jesus, o Santo dos Santos, o nosso modelo, o nosso Senhor e Salvador. Diante das ameaças do governador Darciano, ele não recusou a se dizer cristão e fiel ao Senhor.


Os tormentos o perseguiram. Foi um martírio lento, sempre com o objetivo de vencê-lo para que Darciano se desse como herói diante do Cristianismo, mas também com o objetivo de levar São Vicente a renunciar a própria fé, a sacrificar aos deuses. Fiel a Deus e sustentado pela oração, diante de si ele tinha o seu grande amor: Deus. Sendo assim, ele for martirizado aos poucos, até mesmo levado à grelha, tendo seu corpo dilacerado, jogado numa prisão e, por fim, Darciano deixou-o num leito pedindo que cuidassem dele. Ali, sim, ele foi visitado por outros cristãos e entregou-se a Deus.


São Vicente tornou-se modelo para todos os cristãos e também padroeiro principal do patriarcado de Lisboa e também da diocese de Faro.


São Vicente, rogai por nós!




São Vicente Pallotti
 Vicente Pallotti nasceu em Roma , dia 21 de abril de 1795, numa família de classe média. Com sua mãe aprendeu a amar os irmãos mais pobres, crescendo generoso e bondoso. Enquanto nos estudos mostrava grande esforço e dedicação, nas orações mostrava devoção extremada ao Espírito Santo. Passava as férias no campo, na casa do tio, onde distribuía aos empregados os doces que recebia, gesto que o pai lhe ensinara: nenhum pobre saía de sua mercearia de mãos vazias.

Às vezes sua generosidade preocupava, pois geralmente no inverno, voltava para casa sem os sapatos e o casaco. Pallotti admirava Francisco de Assis, pensou em ser capuchinho, mas não foi possível devido sua frágil saúde. Em 1818, se consagrou sacerdote pela diocese de Roma,onde ocupou cargos importantes na hierarquia da Igreja. Muito culto obteve o doutorado em Filosofia e Teologia.

Mas foi a sua atuação em obras sociais e religiosas que lhe trouxe a santidade. Teve uma vida de profunda espiritualidade, jamais se afastando das atividades apostólicas. É fruto do seu trabalho, a importância que o Concílio Vaticano II, cento e trinta anos após sua morte, decretou para o apostolado dos leigos, dando espaço para o trabalho deles junto às comunidades cristãs. Necessidade primeira deste novo milênio, onde a proliferação dos pobres e da miséria, infelizmente se faz cada vez mais presente.

Vicente defendia que todo cristão leigo, através do sacramento do batismo, tem o legítimo direito assim como a obrigação de trabalhar pela pregação da fé católica, da mesma forma que os sacerdotes. Esta ação de apostolado que os novos tempos exigiria de todos os católicos, foi sem dúvida seu carisma de inspiração visionária . Fundou, em 1835, a Obra do Apostolado Católico, que envolvia e preparava os leigos para promoverem as suas associações evangelizadoras e de caridade, orientados pelos religiosos das duas Congregações criadas por ele para esta finalidade, a dos Padres Palotinos e das Irmãs Palotinas.

Vicente Pallotti morreu em Roma, no dia 22 de janeiro 1850, aos cinqüenta e cinco anos de idade. De saúde frágil, doou naquele inverno seu casaco a um pobre, adquirindo a doença que o vitimou. Assim sendo não pôde ver as duas famílias religiosas serem aprovadas pelo Vaticano, que devolvia as Regras indicando sempre algum erro. Com certeza um engano abençoado, pois a continuidade e a persistência destas Obras trouxeram o novo ânimo que a Igreja necessitava. Em 1904, foram reconhecidas pela Santa Sé, motivando o pedido de sua canonização.

O papa Pio XI o beatificou reconhecendo sua atuação de inspirado e "verdadeiro operário das missões". Em 1963, as suas idéias e carisma espiritual foi plenamente reconhecido pelo papa João XXIII que proclamou Vicente Pallotti, Santo.



São Vicente Pallotti, rogai por nós!

 

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Santo do dia - 21 de janeiro

Santa Inês


Virgem e mártir, Santa Inês se deixou transformar pelo amor de Deus que é santo

O nome "Agnes", para nós Inês, em grego significa pura e casta, enquanto em latim significa cordeiro. Para a Igreja, Santa Inês é o próprio símbolo da inocência e da castidade, que ela defendeu com a própria vida. A idéia da virgindade casta foi estabelecida na Igreja justamente para se contrapor à devassidão e aos costumes imorais dos pagãos. Inês levou às últimas conseqüências a escolha que fez à esses valores. É uma das Santas mais antigas do cristianismo. Sua existência transcorreu entre os séculos três e quatro, sendo martirizada durante a décima perseguição ordenada contra os cristãos, desta vez imposta pelo terrível imperador Diocleciano, em 304.

Inês pertencia à uma rica, nobre e cristã família romana. Isso lhe possibilitou receber uma educação dentro dos mais exatos preceitos religiosos, o que a fez tomar a decisão precoce de se tornar "esposa de Cristo". Tinha apenas 13 anos quando foi denunciada como cristã.

Dotada de uma beleza incomum, recebeu inúmeros pedidos de casamento, inclusive do filho do prefeito de Roma. Aliás, essa foi a causa que desencadeou seu suplício e uma violenta perseguição contra os cristãos. A narração que nos chegou conta que o rapaz, apesar das negativas da jovem, tentava corteja-la. Seu pai indignado com as constantes recusas que deixavam seu filho inconsolável, tentou forçar que Inês aceitasse seu filho como esposo, mas tudo em vão. Numa certa tarde de tempestade, o rapaz tentou toma-la nos braços, mas foi atingido por um raio e caiu morto aos seus pés. Quando o prefeito soube, procurou Inês com humildade e lhe implorou que pedisse a seu Deus pela vida de seu filho. Ela erguendo as mãos e voltando os olhos para o céu orou para que Nosso Senhor trouxesse o rapaz de volta à vida terrena, mostrando toda Sua misericórdia. O rapaz voltou e percebendo a santidade de Inês se converteu cristão. Porém, seu pai, o prefeito, viu aquela situação como um sinal de poder dos cristãos e resolveu aplicar a perseguição, decretada por Diocleciano, de modo implacável.

Inês, segundo ele, fora denunciada e por isso teria de ser enviada para a prisão. Mesmo assim, ela nunca tentou se livrar da pena em troca do casamento que fora proposto em nome do filho do prefeito e muito menos negou sua fé em Cristo. Preferiu sofrer as terríveis humilhações de seus carrascos, que estavam decididos a fazê-la mudar de idéia através da força. Arrastada violentamente até a presença de um ídolo pagão, para que o adorasse, Inês se manteve firme em suas orações à Cristo. Depois foi levada à uma casa de prostituição, para que fosse possuída à força, mas ninguém ousou tocar sequer num fio de seu cabelo, saindo de lá na mesma condição de castidade que chegou.

Cada vez mais a situação ficava fora do controle das autoridades romanas e o povo estava se convertendo em massa. Para aplacar os ânimos Inês foi levada ao Circo e condenada à fogueira, mas o fogo prodigiosamente se abriu e não a queimou. Assim, o prefeito decretou que fosse morta por decapitação a fio de espada, naquele exato momento. Foi dessa maneira que a jovem Inês testemunhou sua fé em Cristo.

Seu enterro foi um verdadeiro triunfo da fé; seus pais, levaram o corpo de Inês, e o enterraram num prédio que possuíam na estrada que de Roma conduz a Nomento. Nesse local, por volta do ano de 354, uma Basílica foi erguida a pedido da filha do imperador Constantino, em honra à Santa. Trata-se de uma das mais antigas de Roma, na qual encontram-se suas relíquias e sepultura. Na arte, Santa Inês é comumente representada com uma ovelha, e uma palma, sendo que a ovelha sugere sua castidade e inocência.

Sua pureza martirizada faz parte, até hoje, dos rituais da Igreja. Todo ano, no dia de sua veneração, em 21 de janeiro, é realizada na Basílica de Santa Inês, fora dos muros do Vaticano, uma Missa solene onde dois cordeirinhos brancos, ornados de flores e fitas são levados para o celebrante os benzer. Depois os mesmos são apresentados ao Papa, que os entrega a religiosas encarregadas de os guardar até a época da tosquia. Com sua lã são tecidos os pálios que, na vigília de São Pedro e São Paulo, são colocados sobre o altar da Basílica de São Pedro. Posteriormente esses pálios são enviados à todos os arcebispos do mundo católico ocidental e eles os recebem em sinal da obediência que devem à Santa Sé, como centro da autoridade religiosa.


Santa Inês, rogai por nós!