Santa Ângela de Foligno
A
história de Santa Ângela, considerada uma das primeiras místicas
italianas, poderia ser o roteiro de um romance ou novela, com final
feliz, é claro. Transformou-se de mulher fútil e despreocupada em
mística e devota, depois literata, teóloga e, finalmente, santa. A data
mais aceita para o nascimento de Ângela, em Foligno, perto de Assis e de
Roma, é o ano 1248. Ela pertencia à uma família relativamente rica e
bem situada socialmente. Ainda muito jovem casou-se com um nobre e
passou a levar uma vida ainda mais confortável, voltada para as
vaidades, festas e recreações mundanas. Assim viveu até os trinta e sete
anos, quando uma tragédia avassaladora mudou sua vida.
Num
curto espaço de tempo perdeu os pais, o marido e todos os numerosos
filhos, um a um. Mas, ao invés de esmorecer, uma mulher forte e
confiante nasceu daquela seqüência de mortes e sofrimento, cheia de fé
em Deus e no seu conforto espiritual. Como conseqüência, em 1291 fez os
votos religiosos, doando todos os seus bens para os pobres e entrando
para a Ordem Terceira de São Francisco, trocando a futilidade por
penitências e orações. O dom místico começou a se manifestar quando
Santa Ângela recebeu em sonho a orientação de São Francisco para que
fizesse uma peregrinação a Assis. Ela obedeceu, e a partir daí as
manifestações não pararam mais.
Contam seus escritos que ela
chegava a sentir todo o flagelo da paixão de Cristo, nos ossos e juntas
do próprio corpo. Todas essas manifestações, acompanhadas e
testemunhadas por seu diretor espiritual, Santo Arnaldo de Foligno,
foram registradas em narrações que ela escrevia em dialeto úmbrio e que
eram transcritas imediatamente para o latim ensinado nas escolas, para
que pudessem ser aproveitados imediatamente por toda a cristandade.
Trinta e cinco dessas passagens foram editadas com o título
"Experiências espirituais, revelações e consolações da Bem-Aventurada
Ângela de Foligno", livro que passou a ser básico para a formação de
religiosos e trouxe para a Santa o título de "Mestra dos Teólogos".
Muitos dos quais a comparam como Santa Tereza d'Ávila e Santa Catarina
de Sena.
Ângela terminou seus dias orientando espiritualmente,
através de cartas, centenas de pessoas que pediam seus conselhos. Ao
Santo Arnaldo, à quem ditou sua autobiografia, disse o seguinte: "Eu,
Ângela de Foligno, tive que atravessar muitas etapas no caminho da
penitencia e conversão. A primeira foi me convencer de como o pecado é
grave e danoso. A segunda foi sentir arrependimento e vergonha por ter
ofendido a bondade de Deus. A terceira me confessar de todos os meus
pecados. A quarta me convencer da grande misericórdia que Deus tem para
com os pecadores que desejam ser perdoados. A quinta adquirir um grande
amor e reconhecimento por tudo o que Cristo sofreu por todos nós. A
sexta sentir um profundo amor por Jesus Eucarístico. A sétima aprender a
orar, especialmente rezar com amor e atenção o Pai Nosso. A oitava
procurar e tratar de viver em contínua e afetuosa comunhão com Deus". Na
Santa Missa, ela muitas vezes via Jesus Cristo na Santa Hóstia. Morreu,
em 04 de janeiro 1309, já sexagenária, sendo enterrada na Igreja de São
Francisco, em Foligno, Itália.
Seu túmulo foi cenário de
muitos prodígios e graças. Assim, a atribuição de sua santidade
aconteceu naturalmente, àquela que os devotos consideram como a
padroeira das viúvas e protetora da morte prematura das crianças. Foi o
Papa Clemente XI que reconheceu seu culto, em 1707. Porém ela já tinha
sido descrita como Santa por vários outros pontífices, à exemplo de
Paulo III em 1547 e Inocente XII em 1693. Mais recentemente o Papa Pio
XI a mencionou também como Santa em uma carta datada de 1927.
Santa Ângela de Foligno, rogai por nós!
Santa Elisabete Ana Baylei Seton
Elisabete
Ana Bayley nasceu em Nova Iorque, onde cresceu e constituiu família
dentro do protestantismo anticatólico dos Estados Unidos, no final do
século dezoito. Catarina sua mãe, era filha de pastor anglicano e
Ricardo seu pai, era um médico famoso e muito bem conceituado na
comunidade. A menina veio ao mundo no dia 28 de agosto de 1774.
A
infância de Elisabete foi muito infeliz, perdeu a mãe aos três anos de
idade e sua madrasta a maltratou por anos e anos. Ela cresceu solitária
pois, seu pai só pensava em seus compromissos profissionais, dando-lhe
pouca atenção. Seu consolo era a Bíblia, que lia muito e sobre cujos
ensinamentos meditava achando a paz. Enfim, aos dezenove anos casou-se
com Guilherme Selton, um rico comerciante nova-iorquino e teve cinco
filhos.
Mas uma grave tuberculose que acometeu o marido mudou
sua vida. A família se transferiu para a Itália, onde ele esperava
encontrar a cura. Lá ficaram hospedados na casa de uma família italiana,
a dos amigos Felicchi. A cura do marido não veio e ele acabou
falecendo. Entretanto, durante o tempo em que ficou naquela residência e
país, Elisabete conheceu o catolicismo e se converteu. Era o ano 1805.
Ao
voltar para a pátria, viúva e com os filhos para criar, seu calvário só
aumentou. Contou sobre sua conversão à família, sendo então desprezada e
depois abandonada. O mesmo o fez a sua comunidade. Elisabete, então com
vinte e nove anos, passou inúmeras dificuldades materiais, sentindo na
pele a marginalização a que era relegada a minoria católica. Até seus
filhos deixaram de ter acesso à escola.
Elisabete, seguindo a
orientação do Arcebispo de Baltimore e unindo-se a uma amiga de fé,
Cecília da Filadélfia, criou em 1808, apesar de toda a oposição já
citada, a primeira escola paroquial nos Estados Unidos. Esta escola de
Baltimore é considerada um marco que muito contribuiria nos anos
seguintes para a expansão da Igreja Católica naquele país.
Em
junho de 1809, sempre sob a orientação do Arcebispo, ela fundou uma nova
instituição religiosa feminina totalmente norte americana, a Ordem das
Irmãs de Caridade de São José, para a qual doou todos os seus bens. A
instituição, com a finalidade de proporcionar: educação cristã e cura de
doentes, progrediu rapidamente. Assim, em 1812 obteve aprovação
canônica para seguir as regras de São Vicente de Paulo. Atualmente a
Ordem continuam cumprindo com suas funções em todo o território dos
Estados Unidos e alguns países da América Latina, contando com milhares
de integrantes.
Ainda jovem, aos quarenta e sete anos de idade,
Elisabete Ana Bayley Selton morreu no convento de Maryland no dia 4 de
janeiro de 1821. Ela foi a primeira cidadã norte americana a ser
beatificada, em 1963, pelo Papa João XXIII. Depois, foi canonizada pelo
Papa Paulo VI, em 1975, não por acaso no Ano Internacional da Mulher.
Santa Elisabete Ana Baylei Seton, rogai por nós!
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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
Santo do dia - 4 de janeiro
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Ano Internacional da Mulher,
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padroeira das viúvas,
protetora das crianças contra a morte prematura
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