EVANGELHO COTIDIANO
"Senhor, a quem
iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
27º Domingo do Tempo Comum
Evangelho segundo S. Marcos 10,2-16.
Naquele tempo, aproximaram-se de Jesus uns fariseus, que, para O porem à prova, perguntaram-Lhe: «Pode
um homem repudiar a sua mulher?».
Jesus disse-lhes: «Que vos ordenou Moisés?».
Eles responderam: «Moisés permitiu que se passasse um certificado de divórcio, para se repudiar a mulher».
Jesus disse-lhes: «Foi por causa da dureza do vosso coração que ele vos deixou essa lei.
Mas, no princípio da criação, ‘Deus fê-los homem e mulher.
Por isso, o homem deixará pai e mãe para se unir à sua esposa,
e os dois serão uma só carne’. Deste modo, já não são dois, mas uma só carne.
Portanto, não separe o homem o que Deus uniu».
Jesus disse-lhes: «Que vos ordenou Moisés?».
Eles responderam: «Moisés permitiu que se passasse um certificado de divórcio, para se repudiar a mulher».
Jesus disse-lhes: «Foi por causa da dureza do vosso coração que ele vos deixou essa lei.
Mas, no princípio da criação, ‘Deus fê-los homem e mulher.
Por isso, o homem deixará pai e mãe para se unir à sua esposa,
e os dois serão uma só carne’. Deste modo, já não são dois, mas uma só carne.
Portanto, não separe o homem o que Deus uniu».
Em casa, os discípulos interrogaram-n’O de novo sobre este assunto.
Jesus disse-lhes então: «Quem repudiar a sua mulher e casar com outra, comete adultério contra a primeira.
E se a mulher repudiar o seu marido e casar com outro, comete adultério».
Jesus disse-lhes então: «Quem repudiar a sua mulher e casar com outra, comete adultério contra a primeira.
E se a mulher repudiar o seu marido e casar com outro, comete adultério».
Apresentaram a Jesus umas crianças para que Ele lhes tocasse, mas os discípulos
afastavam-nas.
Jesus, ao ver isto, indignou-Se e disse-lhes: «Deixai vir a Mim as criancinhas, não as estorveis: dos que são como elas é o reino de Deus.
Em verdade vos digo: Quem não acolher o reino de Deus como uma criança, não entrará nele».
E, abraçando-as, começou a abençoá-las, impondo as mãos sobre elas.
Jesus, ao ver isto, indignou-Se e disse-lhes: «Deixai vir a Mim as criancinhas, não as estorveis: dos que são como elas é o reino de Deus.
Em verdade vos digo: Quem não acolher o reino de Deus como uma criança, não entrará nele».
E, abraçando-as, começou a abençoá-las, impondo as mãos sobre elas.
Comentário do dia: São João Paulo II (1920-2005), papa
Homilia de 19 Outubro de 1980
Homilia de 19 Outubro de 1980
«Já
não são dois, mas um só».
«O que Deus uniu, não o separe o homem»
(Mt 19,6). Nesta expressão está contida a grandeza essencial do matrimônio e,
ao mesmo tempo, a unidade moral da família. Hoje pedimos essa grandeza e essa
dignidade para todos os esposos do mundo; pedimos essa potência sacramental e essa
unidade moral para todas as famílias. E pedimo-lo para o bem do homem! Para o
bem de cada um dos homens. O homem não tem outro caminho para a humanidade
senão através da família. E a família deve ser colocada como o fundamento mesmo
de toda a solicitude pelo bem do homem e de todo o esforço para o nosso mundo
ser cada vez mais humano. Ninguém pode subtrair-se a esta solicitude: nenhuma
sociedade, nenhum povo, nenhum sistema; nem o Estado, nem a Igreja, nem sequer
o indivíduo.
O amor que une o homem e a mulher como cônjuges e pais é, ao mesmo tempo, dom e mandamento. O amor é dom: «vem de Deus, e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece-O» (1Jo 4,7). E, ao mesmo tempo, o amor é mandamento, é o maior mandamento «Amarás...» (Mt 22,37). Cumprir o mandamento do amor significa praticar todos os deveres da família cristã. Afinal, todos se reduzem a ele: a fidelidade e a honestidade conjugal, a paternidade responsável e a educação. A «pequena Igreja», a Igreja doméstica, significa a família que vive no espírito do mandamento do amor a sua verdade interior, o seu esforço diário, a sua beleza espiritual e a sua força. [...] Se Deus é amado sobre todas as coisas, então também o homem ama e é amado com toda a plenitude do amor acessível a ele. Se se destrói esta estrutura inseparável de que fala o mandamento de Cristo, então o amor do homem apartar-se-á da sua raiz mais profunda, perderá a raiz da plenitude e da verdade, que lhe são essenciais.
Imploremos para todas as famílias cristãs, para todas as famílias do mundo, esta plenitude e verdade do amor, indicada pelo mandamento de Cristo.
O amor que une o homem e a mulher como cônjuges e pais é, ao mesmo tempo, dom e mandamento. O amor é dom: «vem de Deus, e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece-O» (1Jo 4,7). E, ao mesmo tempo, o amor é mandamento, é o maior mandamento «Amarás...» (Mt 22,37). Cumprir o mandamento do amor significa praticar todos os deveres da família cristã. Afinal, todos se reduzem a ele: a fidelidade e a honestidade conjugal, a paternidade responsável e a educação. A «pequena Igreja», a Igreja doméstica, significa a família que vive no espírito do mandamento do amor a sua verdade interior, o seu esforço diário, a sua beleza espiritual e a sua força. [...] Se Deus é amado sobre todas as coisas, então também o homem ama e é amado com toda a plenitude do amor acessível a ele. Se se destrói esta estrutura inseparável de que fala o mandamento de Cristo, então o amor do homem apartar-se-á da sua raiz mais profunda, perderá a raiz da plenitude e da verdade, que lhe são essenciais.
Imploremos para todas as famílias cristãs, para todas as famílias do mundo, esta plenitude e verdade do amor, indicada pelo mandamento de Cristo.
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