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domingo, 29 de novembro de 2015

Evangelho do Dia



EVANGELHO COTIDIANO


"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

1º Domingo do Advento

Evangelho segundo S. Lucas 21,25-28.34-36.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas e, na terra, angústia entre as nações, aterradas com o rugido e a agitação do mar.
Os homens morrerão de pavor, na expectativa do que vai suceder ao universo, pois as forças celestes serão abaladas. 

Então, hão-de ver o Filho do homem vir numa nuvem, com grande poder e glória.
Quando estas coisas começarem a acontecer, erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima.
Tende cuidado convosco, não suceda que os vossos corações se tornem pesados pela intemperança, a embriaguez e as preocupações da vida, e esse dia não vos surpreenda subitamente como uma armadilha, pois ele atingirá todos os que habitam a face da terra. 
Portanto, vigiai e orai em todo o tempo, para que possais livrar-vos de tudo o que vai acontecer e comparecer diante do Filho do homem».
Comentário do dia:   Santo António de Lisboa (c. 1195-1231), franciscano, doutor da Igreja
Sermão para o domingo e a festa dos santos, 3.º domingo do Advento
As duas vindas do Senhor
 «Alegrai-vos no Senhor, repito-vos: alegrai-vos» (Fil 4,4). Alegria dupla, motivada por um duplo benefício: a primeira e a segunda vindas. Devemos alegrar-nos porque o Senhor, na sua primeira vinda, nos trouxe riquezas e glória. Devemos alegrar-nos ainda porque, na sua segunda vinda, nos dará «dias sem conta, pelos séculos fora» (Sl 20,5). Como diz o Livro dos Provérbios: «na sua mão direita sustenta uma longa vida, na esquerda, riquezas e glória» (Prov 3,16). A esquerda é a primeira vinda, com as suas riquezas gloriosas, a humildade e a pobreza, a paciência e a obediência; a direita é a sua segunda vinda, com a vida eterna.

Sobre a primeira vinda, diz Isaías: «Desperta, desperta; reveste-te de fortaleza, braço do Senhor; desperta como nos dias antigos, como nos tempos de outrora. Não foste tu que esmagaste Raab, que trespassaste o dragão? Não foste tu que secaste o mar, que estancaste as águas do grande oceano, que abriste um caminho pelo fundo do mar, para que por aí passassem os resgatados?» (Is 51,9-10) O braço do Senhor é Jesus Cristo, Filho de Deus, por quem e em quem Deus fez todas as coisas. [...] Ó braço do Senhor, ó Filho de Deus, desperta; vem até nós da glória de teu pai, tomando a nossa condição carnal. 

Reveste-Te da força divina para lutares contra o «príncipe deste mundo» (Jo 12,31) e para «expulsares o forte», Tu que és «mais forte do que ele» (Lc 11,20-22). Desperta, para resgatares o gênero humano, como libertaste, nos tempos antigos, o povo de Israel da escravatura do Egito. [...] Secaste o Mar Vermelho e voltarás a fazê-lo [...], como abriste no fundo do inferno a estrada por onde passam os redimidos.

Sobre a segunda vinda, o Senhor fala nestes termos em Isaías: «Olhai, vou criar uma Jerusalém destinada à alegria, e o seu povo ao júbilo. Jerusalém será a minha alegria, e o meu povo o meu júbilo; e doravante, não mais se ouvirão aí choros nem lamentos» (Is 65,18-19). Porque, como Ele disse também, «o Senhor enxugará as lágrimas de todos os rostos». 


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