EVANGELHO COTIDIANO
"Senhor, a quem
iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
32º Domingo do Tempo Comum
Evangelho segundo S. Marcos 12,38-44.
Naquele tempo, Jesus ensinava a multidão, dizendo: «Acautelai-vos dos
escribas, que gostam de exibir longas vestes, de receber cumprimentos nas
praças,
de ocupar os primeiros assentos nas sinagogas e os primeiros lugares nos
banquetes.
Devoram as casas das viúvas, com pretexto de fazerem longas rezas. Estes
receberão uma sentença mais severa».
Jesus sentou-Se em frente da arca do tesouro, a observar como a multidão
deitava o dinheiro na caixa. Muitos ricos deitavam quantias avultadas. Veio uma pobre viúva e deitou duas pequenas moedas, isto é, um quadrante.
Jesus chamou os discípulos e disse-lhes: «Em verdade vos digo: Esta pobre viúva
deitou na caixa mais do que todos os outros.
Eles deitaram do que lhes sobrava, mas ela, na sua pobreza, ofereceu tudo o que
tinha, tudo o que possuía para viver».
Comentário do dia: Tomás de Celano (c. 1190-c. 1260), biógrafo de São Francisco e de Santa Clara
«Vita prima» de São Francisco, §76
Dar tudo porque Cristo deu tudo
Francisco, pobrezinho e pai dos pobres, queria viver em tudo como pobre;
sofria quando encontrava alguém mais pobre que ele, não por vaidade mas por
causa da terna compaixão que os pobres suscitavam nele. Só queria ter uma
túnica de tecido grosseiro e muito comum; e ainda assim, acontecia-lhe bastas
vezes partilhá-la com algum infeliz. No entanto, era um pobre muito rico pois,
movido pela sua grande caridade a socorrer os pobres sempre que podia, quando
estava muito frio, ia ter com os ricos deste mundo e pedia-lhes que lhe
emprestassem um sobretudo ou um casaco. Traziam-lhos mais depressa do que a
pressa que ele se tinha dado em fazer o pedido. Ele então dizia: «Aceito com a
condição de não esperarem que vo-los devolva.» E, com o coração em festa,
Francisco oferecia o que acabava de receber ao primeiro pobre que encontrava.
Nada lhe causava mais pena do que ver insultar um pobre ou que dissessem mal de
qualquer criatura. Um dia, um irmão deixou escapar umas palavras que magoaram
um pobre que pedia esmola: «Não serás por acaso um rico a fingir de pobre?»
Estas palavras caíram muito mal a Francisco, o pai dos pobres, que infligiu ao
delinquente uma terrível reprimenda e lhe ordenou que se despojasse das suas
vestes na presença do pobre e lhe beijasse os pés, pedindo-lhe perdão. «Quem
fala mal a um pobre», dizia, «injuria a Cristo, de quem o pobre é o mais nobre
símbolo neste mundo, uma vez que Cristo por nós Se fez pobre neste mundo (cf
2Cor 8,9).»
Evangelho segundo S. Marcos 12,38-44.
de ocupar os primeiros assentos nas sinagogas e os primeiros lugares nos banquetes.
Devoram as casas das viúvas, com pretexto de fazerem longas rezas. Estes receberão uma sentença mais severa».
Jesus sentou-Se em frente da arca do tesouro, a observar como a multidão deitava o dinheiro na caixa. Muitos ricos deitavam quantias avultadas. Veio uma pobre viúva e deitou duas pequenas moedas, isto é, um quadrante.
Eles deitaram do que lhes sobrava, mas ela, na sua pobreza, ofereceu tudo o que tinha, tudo o que possuía para viver».
Comentário do dia: Tomás de Celano (c. 1190-c. 1260), biógrafo de São Francisco e de Santa Clara
«Vita prima» de São Francisco, §76
Nada lhe causava mais pena do que ver insultar um pobre ou que dissessem mal de qualquer criatura. Um dia, um irmão deixou escapar umas palavras que magoaram um pobre que pedia esmola: «Não serás por acaso um rico a fingir de pobre?» Estas palavras caíram muito mal a Francisco, o pai dos pobres, que infligiu ao delinquente uma terrível reprimenda e lhe ordenou que se despojasse das suas vestes na presença do pobre e lhe beijasse os pés, pedindo-lhe perdão. «Quem fala mal a um pobre», dizia, «injuria a Cristo, de quem o pobre é o mais nobre símbolo neste mundo, uma vez que Cristo por nós Se fez pobre neste mundo (cf 2Cor 8,9).»
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