EVANGELHO COTIDIANO
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
4º Domingo do Tempo Comum
Evangelho segundo S. Marcos 1,21-28.
Jesus chegou a Cafarnaum e quando, no sábado seguinte, entrou na sinagoga
e começou a ensinar, todos se maravilhavam com a sua doutrina, porque os ensinava com autoridade e
não como os escribas.
Encontrava-se na sinagoga um homem com um espírito impuro, que começou a
gritar:
«Que tens Tu a ver conosco, Jesus Nazareno? Vieste para nos perder? Sei quem Tu és: o Santo de Deus».
Jesus repreendeu-o, dizendo: «Cala-te e sai desse homem».
O espírito impuro, agitando-o violentamente, soltou um forte grito e saiu dele.
«Que tens Tu a ver conosco, Jesus Nazareno? Vieste para nos perder? Sei quem Tu és: o Santo de Deus».
Jesus repreendeu-o, dizendo: «Cala-te e sai desse homem».
O espírito impuro, agitando-o violentamente, soltou um forte grito e saiu dele.
Ficaram todos tão admirados, que perguntavam uns aos outros: «Que vem a ser
isto? Uma nova doutrina, com tal autoridade, que até manda nos espíritos
impuros e eles obedecem-Lhe!».
E logo a fama de Jesus se divulgou por toda a parte, em toda a região da Galileia.
E logo a fama de Jesus se divulgou por toda a parte, em toda a região da Galileia.
Comentário do dia: São Jerónimo (347-420), presbítero, tradutor da Bíblia, doutor da Igreja
Comentário sobre o evangelho de S. Marcos, 2; PLS 2, 125s
Comentário sobre o evangelho de S. Marcos, 2; PLS 2, 125s
«Uma nova doutrina»
«O espírito impuro, agitando-o violentamente, soltou um forte grito e
saiu dele.» É esta a sua maneira de exprimir a sua dor: sacudindo o homem com
violência. Uma vez que não podia alterar a alma deste homem, o demónio exerceu
a sua violência no corpo. Estas manifestações físicas eram, aliás, o único meio
que tinha à sua disposição para demonstrar que estava a sair. Tendo o espírito
puro manifestado a sua presença, o espírito impuro bate em retirada. [...]
«Ficaram todos tão admirados, que perguntavam uns aos outros: "Que vem a ser isto?"» Olhemos para os Atos dos Apóstolos, e para os sinais que os primeiros profetas nos deram. Que dizem os magos do faraó perante os prodígios de Moisés? «Está aí o dedo de Deus» (Ex 8,15). É Moisés que os realiza, mas eles reconhecem o poder de outrem. Posteriormente, os apóstolos fizeram outros prodígios: «Em nome de Jesus, levanta-te e anda!» (At 3,6); «E Paulo disse ao espírito: "Ordeno-te, em nome de Jesus Cristo, que saias desta mulher"» (At 16,18). O nome de Jesus é sempre citado. Mas aqui, que diz Ele? «Sai desse homem», sem mais achegas. É em seu próprio nome que Ele ordena ao espírito que saia. «Ficaram todos tão admirados, que perguntavam uns aos outros: "Que vem a ser isto? Uma nova doutrina?"» A expulsão do demónio não tinha em si nada de novo: os exorcistas dos hebreus faziam-no frequentemente. Mas que diz Jesus? Que doutrina nova é esta? Onde está a novidade? É que Ele impõe-Se com a sua própria autoridade aos espíritos impuros. Ele não cita ninguém: é Ele próprio que dá as ordens; Ele não fala em nome de ninguém, mas com a sua própria autoridade.
«Ficaram todos tão admirados, que perguntavam uns aos outros: "Que vem a ser isto?"» Olhemos para os Atos dos Apóstolos, e para os sinais que os primeiros profetas nos deram. Que dizem os magos do faraó perante os prodígios de Moisés? «Está aí o dedo de Deus» (Ex 8,15). É Moisés que os realiza, mas eles reconhecem o poder de outrem. Posteriormente, os apóstolos fizeram outros prodígios: «Em nome de Jesus, levanta-te e anda!» (At 3,6); «E Paulo disse ao espírito: "Ordeno-te, em nome de Jesus Cristo, que saias desta mulher"» (At 16,18). O nome de Jesus é sempre citado. Mas aqui, que diz Ele? «Sai desse homem», sem mais achegas. É em seu próprio nome que Ele ordena ao espírito que saia. «Ficaram todos tão admirados, que perguntavam uns aos outros: "Que vem a ser isto? Uma nova doutrina?"» A expulsão do demónio não tinha em si nada de novo: os exorcistas dos hebreus faziam-no frequentemente. Mas que diz Jesus? Que doutrina nova é esta? Onde está a novidade? É que Ele impõe-Se com a sua própria autoridade aos espíritos impuros. Ele não cita ninguém: é Ele próprio que dá as ordens; Ele não fala em nome de ninguém, mas com a sua própria autoridade.
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