Evangelho Cotidiano
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
Solenidade de Todos os Santos
Anúncio do Evangelho (Mt 5,1-12a)
Aleluia, Aleluia, Aleluia.
— Vinde a mim, todos vós que estais cansados e penais a carregar pesado fardo, e descanso eu vos darei, diz o Senhor. (Mt 11,28)
- O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
- PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 1vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, 2e Jesus começou a ensiná-los:
3“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.
4Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados.
5Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra.
6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
7Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
8Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
9Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.
10Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus!
11Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. 12aAlegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
MEDITANDO O EVANGELHO
«Alegrai-vos e exultai»
Hoje, celebramos a realidade de um
mistério salvador, expresso no credo, que se torna muito consolador:
Creio na comunhão dos santos. Todos os santos que já passaram para a
vida eterna, a começar pela Virgem Maria, formam uma unidade: Felizes os
puros de coração, porque verão a Deus (Mt 5,8). E também estão, ao
mesmo tempo, em comunhão conosco. A fé e a esperança não podem unir-nos,
porque eles já gozam da visão eterna de Deus; mas une-nos, por outro
lado, o amor que não passa nunca (1Cor 13,13); esse amor que nos une,
juntamente com eles, ao mesmo Pai, ao mesmo Cristo Redentor e ao mesmo
Espírito Santo. O amor que os torna solidários e solícitos para conosco.
Portanto, não veneramos os santos somente pela sua exemplaridade, mas
sobretudo pela unidade no Espírito de toda a Igreja, que se fortalece
com a prática do amor fraterno.
Por esta profunda unidade, devemos sentir-nos perto de todos os santos
que, antes de nós, acreditaram e esperaram o mesmo que nós cremos e
esperamos e, acima de tudo, amaram Deus Pai e os seus irmãos, os homens,
procurando imitar o amor de Cristo.
Os santos apóstolos, os santos mártires, os santos confessores que
viveram ao longo da história são, portanto, nossos irmãos e
intercessores; neles se cumpriram as palavras proféticas de Jesus:
Felizes sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo,
disserem todo mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai,
porque é grande a vossa recompensa nos céus, (Mt 5,11-12). Os tesouros
da sua santidade são bens de família, com que podemos contar. São estes
os tesouros do céu, que Jesus convida a juntar (cf. Mt 6,20). Como
afirma o Concílio Vaticano II, A nossa fraqueza é assim grandemente
ajudada pela sua solicitude de irmãos (Lumen gentium, 49). Esta
solenidade traz-nos uma notícia reconfortante, que nos convida à alegria
e à festa.(+ Mons.
F. Xavier
CIURANETA i Aymí
Bispo Emérito de Lleida
)
(Lleida, Espanha)
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«A divindade é pureza, é libertação das paixões e remoção de todo mal: se tudo isso está em você, então Deus está realmente em você» (São Gregório de Nissa)
«Não estamos sozinhos; estamos rodeados por uma grande nuvem de testemunhas: com elas formamos o Corpo de Cristo» (Bento XVI)
«A sexta bem-aventurança proclama: ‘Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus’ (Mt 5, 8). Os ‘puros de coração’ são os que puseram a sua inteligência e a sua vontade de acordo com as exigências da santidade de Deus, principalmente em três domínios: a caridade; a castidade ou rectidão sexual; o amor da verdade e a ortodoxia da fé. Existe um nexo entre a pureza do coração, do corpo e da fé» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.518)
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