São Germano de Paris
Nascer
e prosseguir vivendo não foram tarefas fáceis para Germano. Ele veio ao
mundo na cidade de Autun, França, no ano 496. Diz a tradição que sua
mãe não o desejava, por isso tentou abortá-lo, mas não conseguiu. Quando
o menino atingiu a infância, ela atentou novamente contra a vida dele,
tentando envenená-lo, mas também foi em vão.
Acredita-se que ele
pertencia a uma família burguesa e rica, pois, depois disso, foi criado
por um primo, bem mais velho, ermitão, chamado Escapilão, que o fez
prosseguir os estudos em Avalon. Germano, com certeza, viveu como
ermitão durante quinze anos, ao lado desse parente, em Lazy, aprendendo a
doutrina de Cristo.
Decorrido esse tempo, em 531 ele foi chamado
pelo bispo de Autun para trabalhar ao seu lado, sendo ordenado
diácono, e três anos depois, sacerdote. Quando o bispo morreu, seu
sucessor entregou a direção do mosteiro de São Sinforiano a Germano, que
pela decadência ali reinante o supervisionava com certa dificuldade.
Acabou deixando o posto por intrigas e pela austeridade que desejava
impor às regras da comunidade.
Foi, então, para Paris, onde,
pelos seus dons, principalmente o do conselho, ganhou a estima do rei
Childeberto, que apreciava a sua sensatez. Em 536, o rei o convidou a
ocupar o bispado de Paris, e Germano aceitou, exercendo grande
influência na corte merovíngia. Nessa época, o rei Childeberto ficou
gravemente enfermo, sendo curado com as orações do bispo Germano. Como
agradecimento, mandou construir uma grande igreja e, bem próximo, um
grande convento, que mais tarde se tornou o famoso Seminário de Paris,
centro avançado de estudo eclesiástico e de vida monástica.
Germano
participou, ainda, de alguns importantes acontecimentos da Igreja da
França: do concilio de Tours, em 567, e dos concílios de Paris,
inclusive o de 573, e a consagração do bispo Félix de Bourges em 570.
Entrementes
não eram apenas os nobres que o respeitavam, ele era amado pelo povo
pobre da diocese. Germano era pródigo em caridade e esmolas, dedicando
ao seu rebanho um amor incondicional. Freqüentemente, era visto apenas
com sua túnica, pois o restante das roupas vestira um pobre; ficava
feliz por sentir frio, mas tendo a certeza de que o pobre estava
aquecido. Quando nada mais lhe restava, permanecia sentado, triste e
inquieto, com fisionomia mais grave e conversação mais severa.
Assim
viveu o bispo Germano de Paris, até morrer no dia 28 de maio de 576.
Logo os milagres e graças começaram a acontecer e o seu culto foi
autorizado pela Igreja, mantendo a data de sua morte para a celebração.
Suas relíquias se encontram na majestosa igreja de São Germano de Paris,
uma das mais belas construções da cidade.
A minha oração
“Querido Bispo, que com ardor
missionário e vida de intensa espiritualidade cuidou de Paris com todo o
zelo, por isso, pedimos para a Igreja santos pastores. Assim como
rezamos pelo nosso bispo local, para que, com a graça de Deus, possa
realizar a sua missão em santidade de vida!” Amém!
São Germano de Paris, rogai por nós!
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