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quinta-feira, 9 de abril de 2020

Eucaristia - Sacramento do Amor - Quinta-feira Santa

A celebração da Semana Santa encontra seu ápice no Tríduo Pascal, que compreende a Quinta-feira Santa, sexta-feira da paixão e morte do Senhor e a solene Vigília Pascal, no sábado à noite. 

Esses três dias formam uma grande celebração da páscoa memorial da paixão, morte e ressurreição de Jesus.



A liturgia da Quinta-feira Santa nos fala do amor, com a cerimônia do Lava-pés, a proclamação do novo mandamento, a instituição do sacerdócio ministerial e a instituição da Eucaristia, em que Jesus se faz nosso alimento, dando-nos seu corpo e sangue. É a manifestação profunda do seu amor por nós, amor que foi até onde podia ir: "Como Ele amasse os seus amou-os até o fim".

A Eucaristia é o amor maior, que se exprime mediante tríplice exigência: do sacrifício, da presença e da comunhãoO amor exige sacrifício e a Eucaristia significa e realiza o sacrifício da cruz na forma de ceia pascal. Nos sinais do pão e do vinho, Jesus se oferece como Cordeiro imolado que tira o pecado do mundo: "Ele tomou o pão, deu graças, partiu-o e distribuiu a eles dizendo: isto é o meu Corpo que é dado por vós.

Fazei isto em memória de ' mim. E depois de comer, fez o mesmo com o cálice dizendo: Este cálice é a nova aliança em meu sangue, que é derramado por vós" (Lc 22,19-20). Pão dado, sangue derramado pela redenção do mundo. Eis aí o sacrifício como exigência do amor.

O amor, além do sacrifício, exige presença. A Eucaristia é a presença real do Senhor que faz dos sacrários de nossas Igrejas centro da vida e da oração dos fiéis.

A fé cristã vê no sacrário de nossas igrejas a morada do Senhor plantada ao lado da morada dos homens, não os deixando órfãos, fazendo-lhes companhia, partilhando com eles as alegrias e as tristezas da vida, ensinando-lhes o significado da verdadeira solidariedade: "Estarei ao lado de vocês como amigo todos os momentos da vida". Eis a presença, outra exigência do amor.

A Eucaristia, presença real do Amigo no tabernáculo de nossos templos, tem sido fonte da piedade popular como demonstra o hábito da visita ao Santíssimo e da adoração na Hora Santa. Impossível crer nessa presença e não acolhê-la nas situações concretas do dia-a-dia.

Vida eucarística é vida solidária com os pobres e necessitados. Não posso esquecer a corajosa expressão de Madre Teresa de Calcutá que, com a autoridade do seu impressionante testemunho de dedicação aos mais abandonados da sociedade, dizia: "A hora santa diante da Eucaristia deve nos conduzir até a hora santa diante dos pobres. Nossa Eucaristia é incompleta se não levar-nos ao serviço dos pobres por amor."

O amor não só exige sacrifício e presença, mas exige também comunhão. Na intimidade do diálogo da última Ceia, Jesus orou com este sentimento de comunhão com o Pai e com os seus discípulos: "Que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti... que eles estejam em nós" (Jo 17,20-21).

Jesus Eucarístico é o caminho que leva a esta comunhão ideal. Comer sua carne e beber seu sangue é identificar-se com Ele no modo de pensar, nos senti mentos e na conduta da vida. Todos que se identificam com Ele passam a ter a mesma identidade entre si: são chamados de irmãos seus e o são de verdade, não pelo sangue, mas pela fé. Eucaristia é vida partilhada com os irmãos. Eis a comunhão como exigência do amor.

Vida eucarística é amar como Jesus amou. Não é simplesmente amar na medida dos homens o que chamamos de filantropia. É amar na medida de Deus o que chamamos de caridade. A caridade nunca enxerga o outro na posição de inferioridade. É a capacidade de sair de si e colocar-se no lugar do outro com sentimento de compaixão, ou seja, de solidariedade com o sofrimento do outro. Caridade é ter com o outro uma relação de semelhança e reconhecer-se no lugar em que o outro se encontra...

Na morte redentora na cruz, Cristo realiza a suprema medida da caridade "dando sua vida" e amando seus inimigos no gesto do perdão: "Pai, perdoai-lhes pois eles não sabem o que fazem." A Eucaristia não deixa ficar esquecido no passado esse gesto, que é a prova maior do amor de Deus por nós. Para isso, deixa-nos o mandamento: "Façam isso em minha memória".

Caridade solidária é o gesto de descer até o necessitado para tirá-lo da sua miséria e trazê-lo de volta a sua dignidade. A Eucaristia é o gesto da caridade solidária de Deus pela humanidade. "Eu sou o Pão da vida que desceu do céu. Quem come deste Pão vencerá a morte e terá vida para sempre".

A Quinta-feira Santa
A liturgia da Quinta-feira Santa é um convite a aprofundar concretamente no misterio da Paixão de Cristo, já que quem deseja seguí-lo deve sentar-se à sua mesa e, com o máximo recolhimento, ser espectador de tudo o que aconteceu na noite em que iam entregá-lo.
E por outro lado, o mesmo Senhor Jesus nos dá um testemunho idôneo da vocação ao serviço do mundo e da Igreja que temos todos os fiéis quando decide lavar os pés dos seus discípulos.

Neste sentido, o Evangelho de São João apresenta a Jesus 'sabendo que o Pai pôs tudo em suas mãos, que vinha de Deus e a Deus retornava', mas que, ante cada homem, sente tal amor que, igual como fez com os discípulos, se ajoelha e lava os seus pés, como gesto inquietante de uma acolhida inalcansável.

São Paulo completa a representação lembrando a todas as comunidades cristãs o que ele mesmo recebeu: que aquela memorável noite a entrega de Cristo chegou a fazer-se sacramento permanente em um pão e em um vinho que convertem em alimento seu Corpo e seu Sangue para todos os que queiram recordá-lo e esperar sua vinda no final dos tempos, ficando assim instituída a Eucaristía.

A Santa Missa é então a celebração da Ceia do Senhor na qual Jesus, um dia como hoje, na véspera da su paixão, "enquanto ceava com seus discípulos tomou pão..." (Mt 26, 26).
Ele quis que, como em sua última Ceia, seus discípulos se reunissem e se recordassem dEle abençoando o pão e o vinho: "Fazei isto em memória de mim" (Lc 22,19).

Antes de ser entregue, Cristo se entrega como alimento. Entretanto, nesta Ceia, o Senhor Jesus celebra sua morte: o que fez, o fez como anúncio profético e oferecimento antecipado e real da sua morte antes da sua Paixão. Por isso "quando comemos deste pão e bebemos deste cálice, proclamamos a morte do Senhor até que ele volte" (1Cor 11, 26).

Assim podemos afirmar que a Eucaristia é o memorial não tanto da Última Ceia, e sim da Morte de Cristo que é Senhor, e "Senhor da Morte", isto é, o Resuscitado cujo regresso esperamos de acordo com a promessa que Ele mesmo fez ao despedir-se: "Um pouco de tempo e já não me vereis, mais um pouco de tempo ainda e me vereis" (Jo 16, 16).

Como diz o prefácio deste dia: "Cristo verdadeiro e único sacerdote, se ofereceu como vítima de salvação e nos mandou perpetuar esta oferenda em sua comemoração". Porém esta Eucaristia deve ser celebrada com características próprias: como Missa "na Ceia do Senhor".
Nesta Missa, de maneira diferente de todas as demais Eucaristias, não celebramos "diretamente" nem a morte nem a ressurreição de Cristo. Não nos adiantamos à Sexta-feira Santa nem à noite de Páscoa.

Hoje celebramos a alegria de saber que esta morte do Senhor, que não terminou no fracasso mas no êxito, teve um por quê e um para quê: foi uma "entrega", um "dar-se", foi "por algo"ou melhor dizendo, "por alguém" e nada menos que por "nós e por nossa salvação" (Credo). "Ninguém a tira de mim,(Jesus se refere à sua vida) mas eu a dou livremente. Tenho poder de entregá-la e poder de retomá-la." (Jo 10, 18), e hoje nos diz que foi para "remissão dos pecados" (Mt 26, 28c).

Por isso esta Eucaristia deve ser celebrada o mais solenemente possível, porém, nos cantos, na mensagem, nos símbolos, não deve ser nem tão festiva nem tão jubilosamente explosiva como a Noite de Páscoa, noite em que celebramos o desfecho glorioso desta entrega, sem a qual tivesse sido inútil; tivesse sido apenas a entrega de alguém mais que morre pelos pobres e não os liberta. Porém não está repleta da solene e contrita tristeza da Sexta-feira Santa, porque o que nos interessa "sublinhar" neste momento, é que "o Pai entregou o Seu Filho para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna"(Jo 3, 16) e que o Filho entregou-se voluntariamente a nós apesar de que fosse através da morte em uma cruz ignominiosa.

Hoje há alegria e a Igreja rompe a austeridade quaresmal cantando o "glória": é a alegria de quem se sabe amado por Deus; porém ao mesmo tempo é sóbria e dolorida, porque conhecemos o preço que Cristo pagou por nós.

Poderíamos dizer que a alegria é por nós e a dor por Ele. Entretanto predomina o gozo porque no amor nunca podemos falar estritamente de tristeza, porque aquele que dá e se entrega con amor e por amor, o faz com alegria e para dar alegria.

Podemos dizer que hoje celebramos com a liturgia (1a. Leitura) a Páscoa. Porém a da Noite do Êxodo (Ex 12) e não a da chegada à Terra Prometida (Js 5, 10-ss).

Hoje inicia a festa da "crise pascoal", isto é, da luta entre a morte e a vida, já que a vida nunca foi absorvida pela morte mas sim combatida por  ela. A noite do sábado de Glória é o canto à vitória porém tingida de sangue, e hoje é o hino à luta, mas de quem vence, porque sua arma é o  amor.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Minutos depois do anúncio do nome do novo papa, entrou em ação a cadeia de difamação


Mal foi anunciado o nome do novo papa, começou a circular mundo afora a acusação de que Jorge Mario Bergoglio, agora papa Francisco, teria denunciando dois jesuítas, subordinados seus, para a ditadura. Quem espalha a história é o jornalista Horacio Verbitsky, que pertenceu ao grupo terrorista Montoneros. Ele próprio admite que deu alguns tiros, “mas sem matar ninguém”. Claro, claro! Um outro jornalista argentino o acusa de ter desviado para Cuba os US$ 60 milhões que renderem o sequestro de dois bilionários argentinos. Considerando a sua história e a de Bergoglio, é muito mais verossímil que ele tenha se metido na sujeira do sequestro — terrorista confesso — do que o agora papa se envolvido com as forças da repressão. Quando procuramos os detalhes, ficamos sabendo que o dito “jornalista respeitável” não tem uma só prova, um só indício. O ódio àquele que foi escolhido para conduzir a Igreja Católica certamente deriva de sua postura considerada “conservadora” também em política. O até ontem arcebispo de Buenos Aires repudia uma Igreja transformada em partido político.

Também começaram a circular os ataques ao papa Francisco por conta de sua censura ao casamento gay e à adoção de crianças por pares homossexuais. Aqui e ali, com ares de indignação, quase de escândalo, lembrava-se ainda que o novo papa se opõe ao aborto, a pesquisas com embriões humanos e defende as regras de relacionamento amoroso e concepção da… Igreja Católica! Meu deus! Para onde caminha este mundo louco, não é mesmo?

Com que então os cardeais escolheram para conduzir a Igreja Católica alguém que defende os fundamentos da… Igreja Católica!? Fico cá me perguntando por que, afinal, esses benfeitores da humanidade, tão convencidos de que o Vaticano é um covil de reacionários, não vão testar as suas teses progressistas em países que tiveram a ventura de não passar pela “ditadura católica” — como os muçulmanos, por exemplo. Teerã… É! Penso em Teerã, capital do Irã, cujo presidente, Mahamoud Ahmadinejad, é tão amigo dos “companheiros” brasileiros… Teerã me parece um bom lugar para essa militância, livre do, como é mesmo?, “peso do mundo judaico-cristão”…. Só tomem cuidado com os guindastes. Quando virem algumas pessoas penduradas, elas não estão trabalhando…


“Ah, o Reinaldo acha que a gente não tem o direito de se expressar aqui mesmo; quer mandar a gente para o Irã…” Uma ova! Eu acho que vocês têm o direito de pedir o que lhe der na telha, mas têm também o dever de permitir que a Igreja seja Igreja — uma entidade que, embora aspire a valores universais, fala aos seus e não exerce poder de estado. Adere a ela quem quer. “Mas não tenho o direito de ser gay e ser católico”? Não se tem notícia de que a Igreja tenha expulsado de um de seus templos quem quer que seja. Também é uma mentira escandalosa que a religião promova a perseguição a este ou àquele.

A instituição tem, no entanto, a sua concepção do que seja a família natural — e acho difícil que isso mude algum dia. Mas é evidente que reconhece a existência da homossexualidade e da vida em comum de parceiros homossexuais como realidade de fato. Só não aceita que tenha o mesmo status da “família natural”. Aí grita alguém: “Por quê? É inferior?” Não! É outra coisa, que a instituição não aceita como parâmetro.

Qual é o problema? Apesar da oposição da Igreja Católica da Argentina ao casamento gay e à possibilidade de adoção, a lei foi aprovada, não foi? O que me pergunto é por que não basta aos militantes da causa vencer. Por que, afinal de contas, exigem que a Igreja Católica comungue de seus mesmos valores? Fico muito impressionado que a escolha de um papa e a indicação do presidente de uma comissão do Congresso brasileiro tenham de necessariamente ser filtrados por essa pauta. Parece que a Igreja Católica, especialmente nas reportagens de TV, não tem mais nenhum desafio pela frente. Parece que aquela que é a maior instituição educacional do mundo, a maior instituição de benemerência do mundo, a maior rede de atendimento médico do mundo — só para citar alguns dos aspectos, digamos, mundanos da Igreja — agora se define por sua opinião sobre o… casamento gay! Tenham paciência!

“Reinaldo está querendo dizer que milhões de pessoas não têm importância…” Não! Estou afirmando que a pauta da Igreja Católica é outra, ora essa! Eu sei que é chato ser um tanto óbvio, mas a medida da instituição, apesar de todos os seus desvios — porque feita por homens imperfeitos — é o exemplo deixado por Jesus Cristo e as verdades reveladas (assim creem os católicos) nos Evangelhos. É uma perda de tempo, um desperdício de energia e, no fundo, uma estupidez cobrar que ela renuncie a seus fundamentos.

A Igreja não abrirá mão do que considera a “família natural”; não cederá aos apelos em favor da descriminação do aborto; não acatará a destruição de embriões humanos em nome da pesquisa científica; não dará seu endosso à dissolução do casamento; não cederá, ATENÇÃO PARA ISTO!, ao pragmatismo do capitalismo, do liberalismo (e é um liberal que escreve) etc.

Não fará nada disso porque o seu diálogo com o mundo moderno consiste em amparar quem sofre no… mundo moderno, mas não em ceder a seus apelos. A Igreja Católica pode beijar os pés dos que considera “pecadores”, mas não aceitará jamais o seu pecado. E essa talvez seja a dimensão mais incompreendida da instituição.

Quando se diz que a igreja ama o pecador, mas não o pecado, não se está fazendo mero jogo de palavras. Todo homem, mesmo o mais vil, é digno de piedade, mas isso não quer dizer que possamos concordar com seus malfeitos.

Nessas horas, sempre me vem à mente o exemplo notável do advogado católico Sobral Pinto. Anticomunista ferrenho, foi advogado, não obstante, de Luiz Carlos Prestes e Harry Berger (Arthur Ewert era seu nome real), que lideraram o levante comunista de 1935. Presos, foram barbaramente torturados pelo regime getulista. Entrou para a história a estratégia de Sobral, que evocou para defendê-los a Lei de Proteção aos Animais. Sim, ele abominava o comunismo, mas isso não o fazia abominar as PESSOAS comunistas. 

Submetidas que estavam a um tratamento desumano, inaceitável, injusto, Sobral fez o seu trabalho de advogado e viveu na prática o mandamento de sua religião. Bem, todos sabemos o que os comunistas fizeram com os cristãos quando e onde chegaram ao poder, não é mesmo? Será que Prestes, ele mesmo, teria salvado a cabeça de Sobral Pinto? Acho que não… Findo o Estado Novo, subiu ao palanque do Getúlio que havia liderado o regime que o torturara e que mandara para a Alemanha nazista a sua mulher, Olga Benário, que era judia e estava grávida. Como Prestes conseguiu fazer aquilo? Alguns, acreditem!, chegam a admirá-lo por isso. Fez porque ele tinha uma causa que considerava mais importante: a luta contra o imperialismo. Ora, se essa luta o fazia dar as mãos a um mostro, ela também poderia fazê-lo mandar para o paredão um anjo, não é?

 “Por que essa viagem, Reinaldo?” Não é viagem nenhuma, não! Só estou deixando claro que os fundamentos do catolicismo não estão e não podem estar sujeitos a certas contingências. A Igreja pode e deve ser mais célere em buscar meios que facilitem a divulgação de sua “mensagem”, da “Palavra”, mas não contem com a possibilidade de que ela se transforme numa ONG, cujo rumo seja ditado pela “minoria democrática”, esse conceito tão singular criado pela militância influente, à qual a imprensa adere gostosamente. Uma igreja é feita por seus fiéis. Nesse sentido, deve-se abrir para o povo. Mas uma religião, prestem atenção!, conduz em vez de ser conduzida. Quem tem de se submeter à maioria democrática é o estado laico — e, ainda assim, é preciso que o  faça segundo critérios muito claros, ou o mundo regride para o estado da natureza, para a luta de todos contra todos. A Igreja não é uma democracia. E faz, para lembrar a missa, o convite para “Ceia do Senhor”.  É, insisto, um convite: “Felizes os convidados…”

Na Igreja do papa Francisco, como na de Bento XVI, de João Paulo II e de outros tantos, há lugar pra todo mundo, para todos nós, com todas as nossas particularidades e imperfeições. Mas, vejam que coisa!, nem todas as ideias e as visões de mundo são aceitas também como verdades dessa Igreja.

 E me ocorre agora uma questão interessante: nem todas as ideias e visões de mundo devem ser aceitas nas associações GLBTs, por exemplo. Tenho a certeza de que nem mesmo gays eventualmente contrários ao casamento gay, e eles existem, seriam considerados bem-vindos, não é? O mesmo vale para o mundo da ciência. Cientistas que se opõem à pesquisa com embriões humanos levam na testa a pecha de obscurantistas. Conheço casos. Entendo. No fim das contas, os pequenos papas de suas respectivas seitas acham inaceitável que possa existir um papa da Igreja Católica. E saem gritando “cortem-lhe a cabeça!” em nome da tolerância.


Por Reinaldo Azevedo