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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Plebiscito em Copacabana



Se Dona Dilma Rousseff queria um plebiscito, já o teve: o recente encontro entusiástico e triunfal do Papa Francisco com três milhões de fiéis na Praia de Copacabana, a maior manifestação de massas de toda a nossa história, mostrou que o povo brasileiro ama tudo o que a presidenta odeia e odeia tudo o que ela ama: feminismo, gayzismo, abortismo, comunismo, tudo o que é anticristão só sobrevive neste país graças à proteção do governo e de bilionários imbecis. Não tem raízes na nossa sociedade, não tem eco na alma popular, não tem nada a ver com a nossa vida. Quem tem é a Igreja, quem tem é o Papa.

A Presidência da República e a dita "grande mídia" sabem perfeitamente disso, mas querem dar a impressão de que a "Marcha das Vadias" é tão representativa da opinião nacional, tão legítima e tão digna de carinhosa atenção, quanto a grandiosa e multitudinária proclamação popular de adesão incondicional aos valores da fé cristã.

É assim que uma minoria ínfima, estrambótica e grotesca adquire, artificialmente, foros de respeitabilidade, no instante mesmo em que se avilta a si própria com micagens dignas de doentes mentais e violações ostensivas do Código Penal (art. 280, "vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso") e da lei federal 7716/89, art. 20 ("praticar, induzir ou incitar a discriminação ou o preconceito de religião").

Essa legitimação forçada vai espalhando entre as vítimas o sentimento de inibição que as impede de reagir contra a ofensa e as vai habituando, pouco a pouco, mas cada vez mais velozmente, a curvar-se caladas ante os mais cínicos e despudorados, até reconhecê-los, por fim, como únicas encarnações concebíveis do bem e da autoridade moral. É esse processo de autocastração voluntária induzida que a socióloga alemã Elizabeth Noëlle-Neumann descreveu como "Espiral do Silêncio".

Quando Dona Dilma, com a mesma prótese de sorriso inócuo encaixilhada na boca, posa para fotografias ao lado do Papa e das "Vadias", ela nos ensina que na democracia a fé e o crime são igualmente valiosos e dignos de respeito. E ela faz isso com plena consciência de que algum gemido de protesto, por mais discreto e inaudível que seja, será imediatamente estigmatizado como "terrorismo de direita", anunciando para breve – muito breve, nas esperanças do sr. Mauro Santayana – o encarceramento do impudente e imprudente reclamão.

Mas o aparente indiferentismo democrático, por mais asqueroso que seja em si mesmo, é uma pura camuflagem provisória. Por baixo dele, Dona Dilma e seu governo já mostraram de que lado estão. Para sabê-lo basta perguntar: quanto se esforçaram pela cristianização do povo e quanto pela vitória de tudo o que as "Vadias" representam?

A lógica aí subentendida é a mesma que enaltece a prática do aborto em massa, mas pune como obscena incitação ao ódio a divulgação de vídeos que simplesmente descrevem o que é um aborto. Assim, gradativamente, tudo o que é abjeto e monstruoso vai-se transformando primeiro em coisa permitida, em seguida protegida, por fim obrigatória.

Essas tendências começam a germinar nos bas fonds da classe universitária e do ativismo organizado, quase inconscientemente de início, mas a velocidade da sua transformação postiça em "clamor público" é cada vez maior. O próprio elemento caricatural e grotesco que carregam em si inerentemente protege-as contra qualquer reação inicial, de modo que elas vão crescendo até o ponto em que toda reação se torna inviável. 

Tudo o que os conservadores e a população em geral consideram demasiado absurdo, demasiado louco para ser verdade, acaba acontecendo precisamente porque julgavam que era impossível.  A transmutação do criminoso em vítima e do denunciante em criminoso torna-se por fim regra geral, até que o país inteiro se transforme numa societas sceleris onde só criminosos psicopatas são admitidos nas altas esferas da fama e do poder.

As grandes mudanças da mentalidade das massas são, por definição, invisíveis e insensíveis para as próprias massas. Tanto mais invisíveis e insensíveis quanto mais velozes. Apenas o recuo no tempo permite ao historiador, depois do fato consumado, retraçar a transmutação violenta e radical que levou milhões de pessoas a aceitar passivamente aquilo que de início lhes parecia não só horroroso como impensável. 

Alguém, no Facebook, lembrou o contraste entre dois Brasis: aquele que anos atrás protestou em massa quando um único fanático anticatólico chutou diante das câmeras de TV uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, e aquele que agora contempla inerme e passivo o espetáculo das "Vadias" num canto da praia de Copacabana lotada de fiéis.
O povo brasileiro que expressa entre gritos e lágrimas o seu amor ao Papa e a Nosso Senhor Jesus Cristo já é também o mesmo que emudece, com um sentimento que se aproxima do temor reverencial, diante do ataque mais brutal já desferido contra a religião católica neste país.  

Talvez Dona Dilma, não sem alguma perspicácia, considere que este segundo aspecto é, entre os resultados do plebiscito de Copacabana, a parte mais significativa.

Por: Olavo de Carvalho - Publicado no: Diário do Comércio


quinta-feira, 1 de agosto de 2013

É sacrilégio, é nojento, é horripilante, mas precisa ser divulgado para que muitos saibam a verdade sobre as VADIAS = Marcha das Vadias



Em 1973, a atriz americana Linda Blair, então uma menina de 13 anos, interpretava a personagem Regan MacNeil na adaptação para o cinema do livro de William Peter Blatty - The Exorcist.

Uma das cenas mais polêmicas do filme, e censurada na primeira versão mostrava a criança (substituída na verdade por uma atriz adulta) masturbando-se com um crucifixo em frente à mãe. Isso foi há 40 anos e causa até hoje, para quem assiste a versão completa colocada à venda, um evidente mal-estar - efeito esperado na pessoa sadia quando vê uma criança ser ferida.

Na semana passada, em protesto à JMJ (Jornada Mundial da Juventude), ativistas da Marcha das Vadias protagonizaram em plena rua uma cena que resume-se no seguinte: uma moça (ou pelo menos parecida com uma) colocou um preservativo num crucifixo e fez a sua introdução no ânus de um de seus colegas de protesto perante todas as pessoas presentes. A foto está disponível na web. Não apresento aqui por uma questão de "higiene eletrônica".

Esse artigo não tem como objetivo fazer um discurso moralizador. Para meus leitores não é preciso e para as "vadias" não adianta. Também não pretendo (e poderia facilmente fazer isso mesmo sem ser especialista) escrever sobre esse tipo de coisa do ponto de vista da psiquiatria. A idéia é mais simples - fazer uma comparação rápida entre a "intenção do Diabo" da novela de Blatty levada às telas e aquela das ativistas do Rio de Janeiro. Não passa de pura especulação. Vamos ver se consigo ser feliz na tentativa..

Associar sexo, masturbação e pecado é algo tão velho quanto a Bíblia. Escrever livros, filmes e peças de teatro em que a sexualidade é objeto de manipulação por supostos demônios tornou-se algo tão comum que prender-se em exemplos seria perda de tempo. O roteiro me parece sempre o mesmo. Adquirindo poderes fornecidos pelo Diabo a pessoa pode seduzir sexualmente outras e, consumado o ato, sua alma, a do parceiro (ou parceira) ou de ambos está "perdida para sempre". Acredita-se que a alma, seduzida ou sedutora, passe a pertencer ao Diabo - seu destino é a eternidade no Inferno. Ponto. Nova linha.. rss..rss.

Faço agora uma pergunta - E se o pecado fosse, ao invés do caminho para o prazer, o caminho para a Revolução? E se quem se masturba com crucifixos não sentisse de fato prazer sexual algum? Se fosse apenas (na sua visão) um meio necessário para destruir aquilo que molda a nossa visão do real?

E se o objetivo for exatamente esse? o fim da moralidade que nos permita entender o mínimo a respeito do certo e do errado? Lembrem - na novela de Blatty, Regan já está possuída. Trata-se no filme de uma luta entre ela e os padres para que sua alma não seja levada ao Inferno, mas e se nós fizéssemos uma inversão? E se tratássemos de trazer o Inferno a todos até aqui na Terra, hein?

Até hoje o "inferno" ficou restrito a determinados pontos desse planeta. Países como a antiga Alemanha de Hitler, a URSS de Stalin e a China de Mao são hoje parte da história, não é? Todos concordamos que na prática eles faliram, desapareceram.  Isso na “prática”, mas e do ponto de vista teórico?

E como possibilidade de um "reino ideal" criado aqui mesmo nesse mundo.. Mais de uma vez já escrevi que o Governo Total, seja ele Islâmico, Comunista ou do Clube de Bilderberg, só pode vir numa situação: quando a Humanidade "implorar por ele”. Quando  o caos, o desespero e a falta de esperança forem tão grandes que ele possa surgir como "Salvador"...

Observem aí a diferença dos "Diabos de filme de Terror" - eles já tem seu reino e querem "apenas" nos levar para lá com eles. A Revolução Cultural tem outra meta: "zerar o relógio da história", preparar o "ano Zero"..enfim..deixar a humanidade pronta para o Governo Único.

Meus amigos, esse texto não pensa em associar comunismo e satanismo embora exista muito material interessante sobre isso. Não atribui à Marcha das Vadias nenhum pacto com o Diabo (o Diabo não é burro), mas questiona a similaridade de métodos dela e de certos personagens de ficção. Não podemos nos enganar - o Diabo do Exorcista não recebia dinheiro público, não é?

Não soube de nenhuma "legião" fundando ONGS ou importando "6000 diabos cubanos" para um "inferno carente", mas em outros aspectos parece que não ficamos nada a dever..rsss...rsss...Para ser sincero, acho que perto dos revolucionários, o demônio de Blatty é bem mais modesto. Ele só quer que "acreditem nele" como alguém da oposição a Deus, não é? Acho isso bem modesto comparado com gente que não admite a simples existência de oposição.

Termino fazendo uma distinção séria, mais uma entre o Exorcista e a Marcha das Vadias, e que na minha opinião é a principal. Esse famoso filme de terror mostra a luta do Bem contra o Mal na disputa pela alma de uma criança que está para se tornar eterna escrava do Demônio. A Marcha das Vadias, e aquele cidadão que introduziu um crucifixo no ânus, são soldados de outra guerra. Lutam pela alma de adultos e querem torná-los escravos de uma Revolução - não conheço exorcismo para isso.

Dedicado à Tânia,

Porto Alegre, 29 de julho de 2013.

Por: Milton Simon Pires é Médico.