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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

8 de dezembro - Nossa Senhora da Imaculada Conceição

IMACULADA CONCEIÇÃO, VERDADE DE MARIA E MISSÃO DA IGREJA


Amados irmãos e irmãs

 

Celebramos a Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria. Celebramo-la, hoje e aqui, quando nos preparamos para a “missão 2010” e na feliz circunstância da ordenação diaconal de alguns irmãos nossos, pertencentes a Institutos Religiosos – Espiritanos e Passionistas.

Tudo isto condiz. E necessariamente condiz, porque a Imaculada Conceição de Maria é a primeira claridade de Cristo, novíssimo Sol que se levanta sobre a terra. Condiz, porque a Mãe que Deus criou para d’Ela nascer no mundo é também a “nova terra” onde já se entrevêem os “novos céus”; terra recriada pela divina graça, para que a aventura humana se refizesse no melhor que sobrara, como esperança, de tanta contradição acumulada em relação ao que o mundo poderia ser; seria, se, desde o princípio, só tivesse havido acolhimento da vontade divina e a desobediência não serpenteasse nos corações humanos.

Desobediência antiga e insistente, que em geral conhecemos, mesmo sem sair de nós mesmos: persiste nos nossos corações, sempre que pretendemos prosseguir só por nós, como se não vivêssemos de Deus e com os outros, para os outros e para Deus, aprendendo a caridade, a única que nunca acabará. Conhecemos – e dramaticamente demais – a insinuação da dúvida, a languidez do desânimo e o sussurro do egoísmo… Serpenteiam realmente e secam-nos as fontes da vida. Vale-nos o que Deus disse à serpente, depois do primeiro ludíbrio, que sofremos em Eva: “Estabelecerei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a descendência dela. Esta te esmagará a cabeça…”. Aconteceu finalmente, com a nova Eva e a sua descendência, Jesus Cristo, homem novo que em nós reconstrói a obediência ao Pai, e assim a vida. Retomou-se então, para prosseguir agora, o desígnio divino que São Paulo expressou assim, como há pouco ouvimos e certamente lembramos: “Deus escolheu-nos em Cristo, antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis, em caridade, na sua presença”.
Não nos pareça desmedido o programa, de sermos santos e irrepreensíveis na caridade e na presença de Deus… Por nós, só por nós, tal seria realmente impossível. Em Cristo e pelo Espírito de Cristo, é caminho aberto e meta atingível, como o verificamos previamente em Maria, para que seja possível na humanidade inteira.
– E porquê previamente em Maria, na sua Imaculada Conceição, como a celebramos hoje? Porque para estar completamente connosco e assim renovar a humanidade de todos, Deus precisou de encontrar um coração que estivesse totalmente com Ele, com disponibilidade e compromisso também totais: para isso preservou Maria de toda a mancha original, ou seja, de toda a resistência ao seu amor, desde o princípio acumulada no coração humano. Graça de Deus que permitiu a incarnação de Cristo em Maria, totalmente assentida e correspondida por Ela. Obra do Espírito, que há de encontrar nos baptizados o idêntico acolhimento e correspondência.
Tudo perpassa no diálogo daquele dia, em Nazaré da Galileia. O Mensageiro divino abeira-se de Maria e saúda-a, com palavras que não nos cansamos de repetir: “Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo!”. Revelava-se nelas a verdade de Maria, a “cheia de graça”, imaculado coração que não tinha nada mais senão graça de Deus e acolhimento da sua vontade. Por isso o encontro entre Deus e o homem, isto é, o nascimento de Cristo na humanidade de nós todos, foi possível em Maria, nova terra para o homem novo. Tudo de Deus, na incarnação de Cristo. Tudo para Deus no coração de Maria: “Eis a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra”. Assim terminou o trecho que ouvimos. Assim e só assim, continua Cristo no mundo, quando os corações dos baptizados estão com o de Maria. 

Por isso mesmo, os autores cristãos, lídimos intérpretes dos corações crentes, não tardaram a olhar a Igreja à luz de Maria, no acolhimento activo da Palavra e da Graça divinas, para a recriação do mundo. Aí se aproximam, sem se confundirem aliás, e sempre por graça divina e em função de Cristo, os dogmas da Imaculada Conceição de Maria e da Conceição Virginal de Jesus, como traz o Catecismo da Igreja Católica, nº 494: “E aceitando de todo o coração, sem que nenhum pecado a retivesse, a vontade divina da salvação, [Maria], entregou-se totalmente à pessoa e à obra do seu Filho para servir, na dependência d’Ele e com Ele, pela graça de Deus, o mistério da redenção. […] Eis porque não poucos Padres afirmam, tal como ele [Santo Ireneu], nas suas pregações, que ‘o nó da desobediência de Eva foi desatado pela obediência de Maria […]’; e, por comparação com Eva, chamam Maria a ‘Mãe dos vivos’ e afirmam muitas vezes: ‘a morte veio por Eva, a vida veio por Maria’”. 

Condiz ainda e sempre, a Imaculada Conceição de Maria, com a nossa missão no mundo, porque a graça que a fez “imaculada” faz dos baptizados nova criação também. E com a mesma finalidade, de salvar a todos pela filiação divina, oferecida em Cristo pelo Espírito: Espírito que O incarnou n’Ela e agora O expande na vida e na missão da Igreja. Vida e missão, que têm na consagração religiosa e no sacramento da Ordem expressões fortíssimas e concretizações admiráveis.
- Como tudo isto condiz perfeitamente, amados irmãos e irmãs, na grande harmonia das verdades católicas! Meditemos nestas verdades, tão definitivas e luminosas elas são. E também para as percebermos melhor, caso persista alguma incompreensão sobre este dogma tão deslumbrante e salutar, da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria. 

Com efeito, alguma teologia “liberal” - que melhor chamaríamos “individual”, por ser feita a partir das ideias de um ou outro autor, mais do que da Tradição da Igreja -, tem tendência a reduzir a verdade cristã àquilo que a mentalidade contemporânea queira admitir como gnoseologia possível… Mas havemos de concordar que, nestes termos, nada de original traria propriamente o Cristianismo, que a especulação humana não afirmasse já. 

Nada de original como afirmação e nada de original como prática. Não foi por “lugares comuns” que Cristo morreu por nós e os mártires morreram com Ele; não foi por consensos amenos que se amaram os inimigos e se “deixou tudo” para se fazer próximo dos desconhecidos e contrários… Não foi nem é por mero corolário “religioso” de entendimentos gerais. Da Trindade divina à incarnação do Verbo, da conceição virginal de Jesus à sua realíssima Páscoa – morte real e ressurreição autêntica -, tudo é obra da graça divina, tudo é nova criação do mundo, tudo é novo e novíssimo, não oposto mas estimulante da nossa razão, para que se alargue à realidade inteira, onde finalmente coincidam as aspirações humanas e a própria aspiração divina a ter-nos consigo, totais e eternos. E o que é magnífico no dogma que hoje agradecemos e celebramos é tudo ter começado assim: no coração imenso de Deus e no coração imaculado de Maria. Num lugar recôndito duma Galileia obscura, recriou-se o mundo.

Compreendemos então porque é que a Imaculada Conceição de Maria, a missão da Igreja e o sacramento da Ordem, se unem tão bem nesta única celebração que fazemos. A missão da Igreja não nasce de projectos humanos nem da avaliação de objectivos e meios, no sentido corrente. Implica-os, até certo ponto, mas antecede-os e ultrapassa-os, porque “as coisas de Deus fazem-se com Deus”. 

Da trilogia que João Paulo II nos deixou para a “nova evangelização”, que há-de ser “nova no ardor, nova nos métodos e nova nas expressões”, o mais decisivo é o ardor que tenhamos, em total coincidência com o coração de Deus, que sustenta e salva a criação inteira. – Onde encontraremos um coração assim, fora dos Corações de Jesus e Maria, do Sagrado Coração de Jesus e do Imaculado Coração de Maria? E que é o sacramento da Ordem, que ides receber dentro de momentos, caríssimos irmãos, senão a transformação pela graça do vosso próprio coração no coração pastoral de Cristo?

Tudo se liga, de facto, tudo verdadeiramente condiz. Como em vós todos, irmãos e irmãs, no baptismo comum que aqui nos tem e faz crescer em fé e obras.

Deixai-me fazer ainda uma alusão ao facto de Nossa Senhora da Conceição ser Padroeira de Portugal. Não sai do contexto geral desta reflexão. Aluda-se, por belo exemplo, ao Padre António Vieira, altíssimo expoente de portugalidade e fé, de oratória e missão, neste quarto centenário do seu nascimento. É ele mesmo que aproxima a restauração da independência portuguesa (1640 e seguintes) da Imaculada Conceição de Maria, deixando entender que aquele facto nacional só teria sentido definitivo se servisse a restauração do mundo pela graça de Cristo. 

E deixai-me dizer que esta reflexão de Vieira não se esgota no tempo que viveu, tornando-se exortação para os dias de hoje: se nos queremos “restaurar” como sociedade, ultrapassando tantas coisas que nos fariam duvidar de nós próprios – na vida económica e financeira, na vida política e cultural, no campo da solidariedade, da educação e do apoio concreto à vida em todo o seu arco existencial – retomemos a seiva evangélica, que nos deu os melhores momentos do passado para nos garantir as melhores metas no futuro.
Nascemos “Terra de Santa Maria”: façamos do nome um programa, partamos com Ela em missão!

+ Manuel Clemente

Sé do Porto, 8 de Dezembro de 2008


terça-feira, 28 de abril de 2009

A Mediação da Virgem Santíssima - Parte VII

A MEDIAÇÃO UNIVERSAL DE MARIA SANTÍSSIMA

Parte VII

Na terceira parte da Encíclica “Mediator Dei”, do Papa Pio XII, tratando das festas dos santos, diz sobre MARIA Santíssima o seguinte:

“Entre os santos há um culto proeminente a MARIA Virgem, MÃE de DEUS. A Sua vida, pela missão confiada por DEUS, está estreitamente inserida nos Mistérios de JESUS CRISTO, e ninguém, certamente, mais do que ELA seguiu tão de perto e com maior eficácia as pegadas do VERBO Encarnado; ninguém goza de maior Graça e Poder junto do Coração Sacratíssimo do FILHO de DEUS e, através do FILHO, junto do PAI Celeste. ELA é mais santa do que os Querubins e Serafins e, sem nenhuma comparação, mais Gloriosa do que todos os outros santos, sendo cheia de Graça MÃE de DEUS, e nos tendo dado com o Seu Parto feliz, o REDENTOR. A ELA, que é MÃE de Misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, recorramos todos nós, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. A Sua proteção entreguemo-nos confiante, nós e todas as nossas coisas. ELA se tornou nossa MÃE quando o Divino REDENTOR cumpria o Sacrifício de SI Mesmo e, por isso, ainda por este título, somos Seus filhos. ELA nos ensina todas as virtudes, dá-nos Seu FILHO e com ELE todos os auxílios que nos são necessários, porque DEUS quis que tudo nos viesse por meio de MARIA.”

Os doutores da Igreja ao falarem de MARIA Santíssima, poucas coisas encarecem tanto, quanto a imensa plenitude de Graças que recebem, por Seu intermédio, todos os homens:

Santo Efrem (morreu em 373), chamado o Sírio, invoca a Santíssima Virgem com a seguinte e comovedora oração (rezemos todos):

“Oh! Minha Santíssima SENHORA, Santa MÃE de DEUS, cheia de Graças e Favores Divinos, Distribuidora de todos os bens! Vós Sois, depois da Santíssima Trindade, a Soberana de todos; depois do Divino Consolador, a Consoladora, e depois do Medianeiro, a Medianeira do Universo, Ponte do mundo inteiro para os Céus. Olhai benigna para a minha fé e meu desejo que me foram inspirados por DEUS. De vós, única Imaculada, receberam, recebem e hão de receber toda a glória, toda honra e santidade, desde o primeiro Adão até o fim dos séculos, os apóstolos, profetas, mártires, justos e mansos de coração, e em Vós rejubila toda a criação, oh cheia de Graça!” (1ª lição do 2º noturno do Ofício da Festa da Medianeira).

São Germano, Bispo de Constantinopla (morreu em 733), citado na 2ª lição do 2º noturno da mesma festa:

“Ninguém, ó Santíssima, conhece a DEUS, senão por Vós; ninguém recebe Graça por Misericórdia, senão por Vós; ninguém se salva senão por Vós, ó MÃE de DEUS. Vós, com o vosso poder Maternal que tendes sobre DEUS, Vosso FILHO, obtendes aos pecadores, até aos maiores, a Graça do Perdão, pois é impossível que não sejais ouvida, porque DEUS Vos faz a vontade por serdes SUA verdadeira MÃE Imaculada.”

Santo Anselmo, arcebispo de Canterbury (1109):

“O minha SENHORA, sou tão grande pecador como não há, nem pode haver pior no mundo, por isto necessito ajuda tão grande, que depois de Vosso FILHO não há nem maior, nem melhor; e este, é o Vosso.

Sim, o mundo possue apóstolos, patriarcas, profetas, mártires, confessores e virgens, sem dúvida, bons e até muito bons auxiliadores.

Vós, porém, Sois melhor e mais sublime que todos eles juntos, porque Sois a sua Soberana. O que eles podem em união Convosco, isto Vós podeis sem eles: Se calardes, nenhum pede, nenhum ousa socorrer-nos; mas se rogardes, todos rogam, todos ajudam. Quem se separa de MARIA e de quem ELA tirar o Seu meigo olhar, estará perdido; mas para quem MARIA volver Seus olhos, é impossível que ele pereça.”

São Bernardo, falecido em 1153, é autor da célebre sentença de que “DEUS quis que recebamos tudo por MARIA”; sentença esta que através dos séculos se transformou em senha Mariana. Este santo doutor assim se exprime no “sermão do Aqueduto”:

“Considerai com que Devoção afetuosa DEUS quis que fosse por nós honrada MARIA, pois que NELA pos a plenitude de todo bem. De modo que se em nós há esperança, graça e salvação, saibamos que tudo isso vem DELA, que se nos apresenta superabundante de delicias.

Verdadeiramente ELA é um jardim de delicias, sobre o qual soprou aquela divina aragem, para fazer surgir e espalharem-se por toda a parte os seus aromas, quer dizer, os dons da Graças. Tira este sol que ilumina o mundo: onde fica o dia? Tira MARIA, esta estrela do mar de um mar deveras grande extenso: que fica senão escuridão, sombra mortal e densíssimas trevas?

Com toda a alegria de nosso Coração, todo o afeto, devemos venerar a MARIA Santíssima, porque é esta a Vontade DAQUELE que quis que tivéssemos tudo por MARIA. Esta, digo, é a Vontade DELE, mas para o nosso bem, pois em todas as coisas, e por tudo, se mostra solícito de nós míseros, acalmando as ansiedades, despertando a confiança, fortificando a fé, afastando a desconfiança e dando-nos coragem. Não ousavas dirigir-te ao PAI Celeste, só ao ouvi-lo fugistes aterrado aos bosques?

Deu-te então a JESUS por Mediador. Que não há de alcançar FILHO tão bom, junto de PAI tão bondoso? Será ouvido por causa de SUA reverência, porque o PAI ama ao FILHO. Ou tens medo também diante do FILHO? ELE é teu irmão e tua carne, tentado em todas as coisas, exceto o pecado, para que pudesse ser compreensivo. Este irmão MARIA te deu. Mas talvez ainda te amedronte a Majestade Divina, porque, embora se fizesse Homem, não deixou de ser DEUS. Queres ter uma advogada junto DELE? Recorre a MARIA, pois MARIA é puramente humana, Pura, não há nada que não seja humano. E sem vacilar digo, que também ELA será ouvida por causa de Sua reverência, pois o FILHO ouvirá a Mãe, e o PAI ouvirá o FILHO. (S. Bernardo In nativ. B. M. V. 6,7)

São Boaventura (1274) solidariza-se com a doutrina de São Bernardo, amplificando-a da seguinte maneira: “DEUS depositou a Plenitude de todo o bem em MARIA, para que nisto conhecêssemos que tudo que temos de esperança, graça a salvação, DELA deriva até nós.”

Santo Alberto Magno (1280) exalta a plenitude de graça que a Santíssima Virgem recebeu para SI e para todos os homens: “É anunciada à Santíssima Virgem tal Plenitude de Graça, que se tornou por isso a Fonte e o Canal de transmissão de toda a Graça a todo o gênero Humano.”

São Pedro Canísio (1597) rebatendo os protestantes, afirma que só depois de DEUS e de CRISTO é que em MARIA depositamos toda a nossa esperança, pois ELA é a MÃE de CRISTO Medianeiro. Citando as palavras de São Bernardo, as faz suas: O FILHO atenderá sua MÃE e o Eterno PAI ouvirá SEU próprio FILHO: Eis o fundamento de toda a nossa esperança.”

São Roberto Belarmino (1861), diz: “Todos os dons, todas as Graças espirituais que de CRISTO, como Cabeça, descem para o corpo, passam por MARIA que é como o Colo deste corpo místico.”

Nota: Todos os textos dos santos Padres e Doutores da santa Igreja aqui inseridos, para provar que MARIA santíssima é a Distribuidora de todas as Graças, foram tiradas do livro: “Die selige Jungfrau MARIA, die Vermitelerin aller Gnaden”, Christian Pesch S.J – Herder, 1923.

No primeiro sermão do Rosário, o grande pregador Padre Antônio Vieira expõe magistralmente a intercessão da Virgem Santíssima:

“A intercessão, como significa o mesmo nome, é um meio entre dois extremos e, para ser poderosa e eficaz, há de tocar a ambos: aquele com quem intercede, que neste caso é DEUS, e aquele por quem intercede, que são os pecadores. E a SENHORA, posta entre DEUS e os pecadores, quão chegada é a UM e outro extremo!

É tão chegada a DEUS, com quem intercede, que só Lhe falta o ser DEUS: é tão chegada aos pecadores, por quem intercede, que só Lhe falta o pecado.

São Mateus, tecendo a genealogia de MARIA, o faz com tal artifício, que pos a SENHORA entre DEUS e os pecadores, fazendo-A FIHA de pecadores e MÃE de DEUS, como verdadeiramente é. É filha de pecadores por natureza, e MÃE de DEUS por Graça; mas de tal modo de Graça, que a mesma natureza que recebeu dos pecadores para ser Sua FILHA, foi a segunda natureza que deu a DEUS para ser Sua MÃE.

E sendo Intercessora e Medianeira entre DEUS, de quem é MÃE, e entre os pecadores, de quem é FILHA, vede que graça se poderá negar a uma intercessão tão estreita por natureza?

Essa foi a ventura de um ladrão e a desgraça de outro, no Calvário. CRISTO estava no meio de ambos, mas em meio da Cruz de CRISTO e da cruz do bom ladrão, estava a SENHORA. Em meio da Cruz de CRISTO e da cruz do mau ladrão, não estava. E onde entre o pecador e DEUS mediou a MÃE de DEUS, salvou-se o pecador; onde não mediou não se salvou. E esta é a força da Mediação de que nos valemos, esta a Intercessão Altíssima que pedimos, quando dizemos: “Sancta MARIA, MATER DEI, ora pro nobis peccatoribus.”

“Louvado seja nosso SENHOR JESUS CRISTO e SUA Santíssima MÃE e SENHORA nossa!”