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terça-feira, 12 de setembro de 2023

Santíssimo Nome de Maria e São Bernardo - 12 de setembro

Santíssimo Nome de Maria e São Bernardo

História
O culto ao Santíssimo Nome de Maria recorda o amor da Mãe de Deus pelo seu Filho e por cada um dos filhos que o próprio Jesus lhe confiou antes de morrer: “Mulher, eis aí o teu filho… Eis aí a tua Mãe” ( Jo 19,27). O culto difundiu-se ao longo dos séculos por toda a Igreja, e os Papas enriqueceram esta devoção com as indulgências, que já se faziam presentes no século XII para fortalecer o culto ligado a Mãe de Jesus.

Em 1513, o Papa Júlio II concedeu apenas à diocese de Cuenca, na Espanha, uma festa em homenagem ao nome de Maria realizada no dia 15 de setembro. São Pio V suprimiu-a; o Papa Sisto V restaurou-a trazendo-a para 17 de setembro; e somente com o Papa Clemente X, em 1671, a festa foi estendida a toda a Espanha. Depois da vitória conquistada em nome de Maria contra os turcos por João Sobieski, rei da Polônia, em 1683, o beato Papa Inocêncio XI estendeu esta festa a toda a Igreja, marcando-a para 12 de setembro de 1683.

São Bernardo
“Se surgirem os ventos da tentação,
se você tropeçar nas rochas das tribulações,
olha a estrela, invoca Maria.
Se você é sacudido pelas ondas do orgulho,
de detração, de inveja: olha a estrela, invoca Maria.
Seja raiva, ou avareza, ou a tentação da carne
eles sacodem o barco da alma: olhe para Maria.
Se você, perturbado pela enormidade do pecado,
cheio de confusão pela feiura da consciência,
intimidado pelo teor do julgamento,
você começa a ser engolido pelo abismo da tristeza,
do abismo do desespero: pense em Maria.
Nos perigos, nas angústias, nas incertezas,
pense em Maria, invoque Maria.
Ela nunca deixa seu lábio,
nunca deixa seu coração;
e para que você obtenha a ajuda de sua oração,
nunca se esqueça do exemplo de sua vida.
Se você o seguir, não poderá se desviar;
se você orar a ela, não poderá se desesperar;
se você pensa nela, não pode errar.
Se ela o segura, você não cai;
se ela o protege, você não precisa temer;
se ela o guia, não se canse;
se ela o for propícia, alcançará a meta”.


domingo, 27 de junho de 2021

Meditação sobre as Santas Chagas de Jesus

Meditação sobre as Santas Chagas de Jesus

A Chaga do Lado: Lembra a Eucaristia, fonte de Vida, graça, amor e luz. É seguro refúgio para todos nós, e é especialmente reaberta pelos profanadores do Santíssimo Sacramento.

A Chaga da Mão Direita: Por ela Jesus eleva ao Pai as almas que se santificam por força do Amor divino. É reaberta pela ingratidão e falta de amor das almas que fogem aos sacrifícios que Deus lhes pede.

A Chaga da Mão Esquerda: É por ela que Jesus faz chegar ao Pai os anseios das almas dedicadas ao apostolado. Ferem-na os hipócritas que trabalham no reino de Deus apenas por vaidade e ostentação.

A Chaga do Pé Direito: Por ela Jesus promete salvar os pecadores, socorrer os atribulados e aliviar as Almas do Purgatório. É reaberta pela insensibilidade e falta de caridade para com o próximo.

A Chaga do Pé Esquerdo: Por esta Chaga se salvarão os pecadores mais obstinados, se o Senhor lhes der a graça do arrependimento final, pelos Seus infinitos merecimentos e dos balsamizadores desta mesma Chaga. Ferem-na os indiferentes para com a sorte eterna dos seus irmãos.

A Chaga do Ombro: É reaberta pela ingratidão e falta de amor de tantas almas a Deus consagradas.

São Bernardo ouviu de Jesus estas palavras:

“Eu tinha uma Chaga profundíssima no ombro sobre a qual carreguei a Minha pesada Cruz. Essa Chaga era mais dolorosa que as outras. Honra, pois, essa Chaga, e farei tudo o que pedires.”

A Chaga da Fronte: Por esta Chaga que ensanguentou o rosto triste e machucado de Jesus, o mesmo Jesus promete aceitar os espinhos das almas que trabalham para defender a Sua seara. Os pecados de inveja, ciúme, ódio, derrotismo, entre as almas do santuário, ofendem a Fronte de Jesus.

 Novena de JESUS das SANTAS CHAGAS - Clique e leia

 

domingo, 14 de maio de 2017

Evangelho do Dia



EVANGELHO COTIDIANO



"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68


5º Domingo da Páscoa

Evangelho segundo S. João 14,1-12.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não se perturbe o vosso coração. Se acreditais em Deus, acreditai também em Mim.  Em casa de meu Pai há muitas moradas; se assim não fosse, Eu vos teria dito que vou preparar-vos um lugar?
Quando eu for preparar-vos um lugar, virei novamente para vos levar comigo, para que, onde Eu estou, estejais vós também.  Para onde Eu vou, conheceis o caminho». 
 
Disse-Lhe Tomé: «Senhor, não sabemos para onde vais: como podemos conhecer o caminho?».
Respondeu-lhe Jesus: «Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por Mim.  Se Me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. Mas desde agora já O conheceis e já O vistes». 
Disse-Lhe Filipe: «Senhor, mostra-nos o Pai e isto nos basta».
Respondeu-lhe Jesus: «Há tanto tempo que estou convosco e não Me conheces, Filipe? Quem Me vê, vê o Pai. Como podes tu dizer: ‘Mostra-nos o Pai’?
Não acreditas que Eu estou no Pai e o Pai está em Mim? As palavras que Eu vos digo, não as digo por Mim próprio; mas é o Pai, permanecendo em Mim, que faz as obras.
Acreditai-Me: Eu estou no Pai e o Pai está em Mim; acreditai ao menos pelas minhas obras.  Em verdade, em verdade vos digo: quem acredita em Mim fará também as obras que Eu faço e fará obras ainda maiores, porque Eu vou para o Pai».

Comentário do dia:   São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja
Tratado sobre os graus de humildade.
«Para onde Eu vou, conheceis o caminho»

«Eu sou o caminho, a verdade e a vida». O caminho é a humildade, que conduz à verdade. A humildade é o sofrimento; a verdade é o fruto do sofrimento. Poderás perguntar-me: como sabes que Ele fala de humildade, se apenas diz: «Eu sou o caminho»? Porém, Ele mesmo responde quando acrescenta: «Aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração» (Mt 11,29). Ele apresenta-Se portanto como exemplo de humildade e de mansidão. Se O imitares, não andarás nas trevas, mas terás a luz da vida (Jo 8,12). O que é a luz da vida senão a verdade? Ela ilumina todo o homem que vem a este mundo (Jo 1,9), mostrando-lhe o verdadeiro caminho. [...]

Eu vejo o caminho: é a humildade; eu desejo o fruto: é a verdade. E se a estrada for demasiado difícil para que eu possa chegar onde desejo? Escutai a sua resposta: «Eu sou o caminho, quer dizer o viático que te sustentará ao longo desta estrada». Àqueles que se enganam e não conhecem o caminho, Ele exclama: «Sou eu que sou o caminho»; àqueles que duvidam e não acreditam: «Sou eu que sou a verdade»; aos que já estão em marcha mas se fatigam: «Eu sou a vida». Escutai ainda isto: «Eu te bendigo ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste isto - esta verdade secreta - aos sábios e aos inteligentes, quer dizer aos orgulhosos, e o revelaste aos pequeninos, quer dizer aos humildes» (Lc 10,21). [...]

Escutai a verdade a falar àqueles que a procuram: «Vinde a Mim, vós que Me desejais, e sereis saciados com os meus frutos» (Eccl 24,19); e ainda «Vinde a Mim, vós todos que sofreis e tombais sob o peso do vosso fardo, que Eu vos aliviarei» ( Mt 11,28). Vinde, diz Ele. Mas para onde? A Mim, a verdade. Por onde? Pelo caminho da humildade. 


domingo, 17 de julho de 2016

Evangelho do Dia



EVANGELHO COTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

16º Domingo do Tempo Comum -

Evangelho segundo S. Lucas 10,38-42. 

Naquele tempo, Jesus entrou em certa povoação, e uma mulher chamada Marta recebeu-O em sua casa. 
Ela tinha uma irmã chamada Maria, que, sentada aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra.  Entretanto, Marta atarefava-se com muito serviço. Interveio então e disse: «Senhor, não Te importas que minha irmã me deixe sozinha a servir? Diz-lhe que venha ajudar-me». 
O Senhor respondeu-lhe: «Marta, Marta, andas inquieta e preocupada com muitas coisas,  quando uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada».
Comentário do dia:  São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja
3.º Sermão sobre a Assunção
Marta e Maria

Quem melhor do que os que estão encarregados de uma comunidade merece que se lhes apliquem estas palavras: «Marta, Marta, andas inquieta e preocupada com muitas coisas»? Quem são os que se inquietam com muitas coisas, senão aqueles a quem incumbe cuidar de Maria, a contemplativa, de seu irmão Lázaro, e de muitos outros? Marta inquieta e preocupada com mil assuntos é o apóstolo, que tem o «cuidado de todas as igrejas» (2Cor 11,28), que vela para que os pastores cuidem das suas ovelhas: «Quem é fraco, sem que eu também o seja? Quem tropeça, que eu não me consuma com febre?» (29). Que Marta receba, pois, o Senhor em sua casa, dado que lhe foi confiado o cuidado do lar. […] Que os que partilham as suas tarefas recebam igualmente o Senhor, cada um segundo o seu ministério particular; que acolham a Cristo e O sirvam, e que O assistam nos seus membros, os doentes, os pobres, os viajantes e os peregrinos.

Enquanto eles realizam estas atividades, que Maria permaneça em repouso, que conheça «como é bom o Senhor» (Sl 33,9). Que tenha o cuidado de se deitar aos pés de Jesus, com o coração cheio de amor e a alma em paz, sem dele desviar os olhos, atenta a todas as suas palavras, admirando o seu belo rosto e a sua linguagem. «És o mais belo entre os filhos do homem; em teus lábios se derramou a graça» (Sl 44,3), mais belo ainda do que os anjos na sua glória. Conhece a tua alegria e dá graças, Maria, tu que escolheste a melhor parte. Felizes os olhos que veem o que tu vês e os ouvidos que merecem ouvir o que tu ouves! (Mt 13,16) Como és feliz, sobretudo por ouvir bater o coração de Deus, nesse silêncio onde convém ao homem esperar o seu Senhor! 


quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

As misericórdias de Deus são de sempre e para sempre

Onde abundou o delito, superabundou a graça…Conheça essa belíssima meditação de São Bernardo, doutor da Igreja:

Onde encontrar repouso tranquilo e firme segurança para os fracos, a não ser nas chagas do Salvador? Ali permaneço tanto mais seguro, quanto mais poderoso é ele para salvar. O mundo agita, o corpo dificulta, o demônio arma ciladas; não caio, porque estou fundado sobre rocha firme. Pequei e pequei muito; a consciência abala-se, mas não se perturba, pois me lembro das chagas do Senhor. Ele foi ferido por causa de nossas iniquidades. Que pecado tão mortal que a morte de Cristo não apague? Se vier à mente tão poderoso e eficaz remédio, não haverá mal que possa aterrorizar.

Por isso, muito errou quem disse: Tão grande é o meu pecado que não merece perdão. Mostra com isso não ser membro de Cristo nem lhe interessar o mérito de Cristo, por apoiar-se no próprio merecimento, declarar coisa sua o que pertence a outro, como acontece com um membro em relação à cabeça.

Assista também: É preciso estar em Deus e confiar em sua misericórdia – Eclo 2,7-23

Quanto a mim, vou buscar o que me falta confiadamente nas entranhas do Senhor, tão cheias de misericórdia, que não lhe faltam fendas por onde se derrame. Cavaram suas mãos e seus pés, traspassaram seu lado; por estas fendas é-me permitido sugar o mel da pedra, o óleo do rochedo duríssimo, quero dizer, provar e ver quão suave é o Senhor.

Ele alimentava pensamentos de paz e eu não sabia. Pois quem conheceu o pensamento do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? Mas o cravo que penetra tornou-se-me a chave que abre a fim de ver a vontade do Senhor. Que verei através das fendas? Clama o cravo, clama a chaga que Deus está em Cristo reconciliando o mundo consigo. A espada atravessou sua alma e tocou seu coração; é-lhe agora impossível deixar de compadecer-se de minhas misérias.

Leia também:
 Abra-se à Misericórdia!

Amar a Deus pelo que Ele é
Milagres da Confiança

Abre-se o íntimo do coração pelas chagas do corpo, abre-se o magno sacramento da piedade, abrem-se as entranhas de misericórdia de nosso Deus que induziram o Oriente, vindo do alto a visitar-nos. Qual o íntimo que se revela pelas chagas? Como poderia brilhar de modo mais claro do que em vossas chagas, que vós, Senhor, sois suave e manso e de imensa misericórdia? Maior compaixão não há do que entregar sua vida por réus de morte e condenados.

Em vista disso, meu mérito é a misericórdia do Senhor. Nunca me faltam méritos enquanto não lhe faltar a comiseração. Se forem numerosas as misericórdias do Senhor, eu muitos méritos terei. Que acontecerá se me torno bem consciente dos meus muitos pecados? Onde abundou o delito, superabundou a graça. E se as misericórdias de Deus são de sempre e para sempre, também eu cantarei eternamente as misericórdias do Senhor. Acaso é minha a justiça? Senhor, lembrar-me-ei unicamente de vossa justiça. Vossa, sim, e minha; porque vós vos fizestes para mim justiça de Deus.

Dos Sermões sobre o Cântico dos Cânticos, de São Bernardo, abade (Séc. XII)
(Sermão 61,3-5: Opera omnia 2,150-151)

segunda-feira, 8 de julho de 2013

8 de julho - Santo do dia


Santo Eugênio

Um dado importante é que de cada três Papas, praticamente, um foi oficialmente declarado santo. Assim aconteceu com Santo Eugênio, que se tornou para a Igreja o homem certo para o tempo devido. Eugênio III nasceu no fim do século XI, em Pisa na Itália e, depois de ordenado, consagrou-se a Deus como sacerdote, até que abandonou todas suas funções para viver como monge.
 
O grande reformador da vida monástica – São Bernardo – o acolheu a fim de ajudá-lo na busca da santidade, assim como no governo da Igreja, pois inesperadamente o simples monge foi eleito para sucessor na Cátedra de Pedro. A Roma da época sofria com a agitação de Arnaldo de Bréscia, que reclamava instituições municipais com eleições diretas dos senadores, talvez por isso chegou a impedir a ordenação e posse de Eugênio, já que tinha sido eleito pelo Espírito Santo numa instituição de origem divina.

O Papa Eugênio teve muitas dificuldades no governo da Igreja, tanto assim que, teve de sair várias vezes de Roma, mas providencialmente aproveitou para evangelizar em outras locais como Itália e França. Além de promover quatro Concílios e lutar pela restauração dos santos costumes, Santo Eugênio zelou pela salvação das almas, com tanta dedicação, que passou por inúmeros sofrimentos.

Santo Eugênio, rogai por nós!

terça-feira, 28 de abril de 2009

A Mediação da Virgem Santíssima - Parte VII

A MEDIAÇÃO UNIVERSAL DE MARIA SANTÍSSIMA

Parte VII

Na terceira parte da Encíclica “Mediator Dei”, do Papa Pio XII, tratando das festas dos santos, diz sobre MARIA Santíssima o seguinte:

“Entre os santos há um culto proeminente a MARIA Virgem, MÃE de DEUS. A Sua vida, pela missão confiada por DEUS, está estreitamente inserida nos Mistérios de JESUS CRISTO, e ninguém, certamente, mais do que ELA seguiu tão de perto e com maior eficácia as pegadas do VERBO Encarnado; ninguém goza de maior Graça e Poder junto do Coração Sacratíssimo do FILHO de DEUS e, através do FILHO, junto do PAI Celeste. ELA é mais santa do que os Querubins e Serafins e, sem nenhuma comparação, mais Gloriosa do que todos os outros santos, sendo cheia de Graça MÃE de DEUS, e nos tendo dado com o Seu Parto feliz, o REDENTOR. A ELA, que é MÃE de Misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, recorramos todos nós, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. A Sua proteção entreguemo-nos confiante, nós e todas as nossas coisas. ELA se tornou nossa MÃE quando o Divino REDENTOR cumpria o Sacrifício de SI Mesmo e, por isso, ainda por este título, somos Seus filhos. ELA nos ensina todas as virtudes, dá-nos Seu FILHO e com ELE todos os auxílios que nos são necessários, porque DEUS quis que tudo nos viesse por meio de MARIA.”

Os doutores da Igreja ao falarem de MARIA Santíssima, poucas coisas encarecem tanto, quanto a imensa plenitude de Graças que recebem, por Seu intermédio, todos os homens:

Santo Efrem (morreu em 373), chamado o Sírio, invoca a Santíssima Virgem com a seguinte e comovedora oração (rezemos todos):

“Oh! Minha Santíssima SENHORA, Santa MÃE de DEUS, cheia de Graças e Favores Divinos, Distribuidora de todos os bens! Vós Sois, depois da Santíssima Trindade, a Soberana de todos; depois do Divino Consolador, a Consoladora, e depois do Medianeiro, a Medianeira do Universo, Ponte do mundo inteiro para os Céus. Olhai benigna para a minha fé e meu desejo que me foram inspirados por DEUS. De vós, única Imaculada, receberam, recebem e hão de receber toda a glória, toda honra e santidade, desde o primeiro Adão até o fim dos séculos, os apóstolos, profetas, mártires, justos e mansos de coração, e em Vós rejubila toda a criação, oh cheia de Graça!” (1ª lição do 2º noturno do Ofício da Festa da Medianeira).

São Germano, Bispo de Constantinopla (morreu em 733), citado na 2ª lição do 2º noturno da mesma festa:

“Ninguém, ó Santíssima, conhece a DEUS, senão por Vós; ninguém recebe Graça por Misericórdia, senão por Vós; ninguém se salva senão por Vós, ó MÃE de DEUS. Vós, com o vosso poder Maternal que tendes sobre DEUS, Vosso FILHO, obtendes aos pecadores, até aos maiores, a Graça do Perdão, pois é impossível que não sejais ouvida, porque DEUS Vos faz a vontade por serdes SUA verdadeira MÃE Imaculada.”

Santo Anselmo, arcebispo de Canterbury (1109):

“O minha SENHORA, sou tão grande pecador como não há, nem pode haver pior no mundo, por isto necessito ajuda tão grande, que depois de Vosso FILHO não há nem maior, nem melhor; e este, é o Vosso.

Sim, o mundo possue apóstolos, patriarcas, profetas, mártires, confessores e virgens, sem dúvida, bons e até muito bons auxiliadores.

Vós, porém, Sois melhor e mais sublime que todos eles juntos, porque Sois a sua Soberana. O que eles podem em união Convosco, isto Vós podeis sem eles: Se calardes, nenhum pede, nenhum ousa socorrer-nos; mas se rogardes, todos rogam, todos ajudam. Quem se separa de MARIA e de quem ELA tirar o Seu meigo olhar, estará perdido; mas para quem MARIA volver Seus olhos, é impossível que ele pereça.”

São Bernardo, falecido em 1153, é autor da célebre sentença de que “DEUS quis que recebamos tudo por MARIA”; sentença esta que através dos séculos se transformou em senha Mariana. Este santo doutor assim se exprime no “sermão do Aqueduto”:

“Considerai com que Devoção afetuosa DEUS quis que fosse por nós honrada MARIA, pois que NELA pos a plenitude de todo bem. De modo que se em nós há esperança, graça e salvação, saibamos que tudo isso vem DELA, que se nos apresenta superabundante de delicias.

Verdadeiramente ELA é um jardim de delicias, sobre o qual soprou aquela divina aragem, para fazer surgir e espalharem-se por toda a parte os seus aromas, quer dizer, os dons da Graças. Tira este sol que ilumina o mundo: onde fica o dia? Tira MARIA, esta estrela do mar de um mar deveras grande extenso: que fica senão escuridão, sombra mortal e densíssimas trevas?

Com toda a alegria de nosso Coração, todo o afeto, devemos venerar a MARIA Santíssima, porque é esta a Vontade DAQUELE que quis que tivéssemos tudo por MARIA. Esta, digo, é a Vontade DELE, mas para o nosso bem, pois em todas as coisas, e por tudo, se mostra solícito de nós míseros, acalmando as ansiedades, despertando a confiança, fortificando a fé, afastando a desconfiança e dando-nos coragem. Não ousavas dirigir-te ao PAI Celeste, só ao ouvi-lo fugistes aterrado aos bosques?

Deu-te então a JESUS por Mediador. Que não há de alcançar FILHO tão bom, junto de PAI tão bondoso? Será ouvido por causa de SUA reverência, porque o PAI ama ao FILHO. Ou tens medo também diante do FILHO? ELE é teu irmão e tua carne, tentado em todas as coisas, exceto o pecado, para que pudesse ser compreensivo. Este irmão MARIA te deu. Mas talvez ainda te amedronte a Majestade Divina, porque, embora se fizesse Homem, não deixou de ser DEUS. Queres ter uma advogada junto DELE? Recorre a MARIA, pois MARIA é puramente humana, Pura, não há nada que não seja humano. E sem vacilar digo, que também ELA será ouvida por causa de Sua reverência, pois o FILHO ouvirá a Mãe, e o PAI ouvirá o FILHO. (S. Bernardo In nativ. B. M. V. 6,7)

São Boaventura (1274) solidariza-se com a doutrina de São Bernardo, amplificando-a da seguinte maneira: “DEUS depositou a Plenitude de todo o bem em MARIA, para que nisto conhecêssemos que tudo que temos de esperança, graça a salvação, DELA deriva até nós.”

Santo Alberto Magno (1280) exalta a plenitude de graça que a Santíssima Virgem recebeu para SI e para todos os homens: “É anunciada à Santíssima Virgem tal Plenitude de Graça, que se tornou por isso a Fonte e o Canal de transmissão de toda a Graça a todo o gênero Humano.”

São Pedro Canísio (1597) rebatendo os protestantes, afirma que só depois de DEUS e de CRISTO é que em MARIA depositamos toda a nossa esperança, pois ELA é a MÃE de CRISTO Medianeiro. Citando as palavras de São Bernardo, as faz suas: O FILHO atenderá sua MÃE e o Eterno PAI ouvirá SEU próprio FILHO: Eis o fundamento de toda a nossa esperança.”

São Roberto Belarmino (1861), diz: “Todos os dons, todas as Graças espirituais que de CRISTO, como Cabeça, descem para o corpo, passam por MARIA que é como o Colo deste corpo místico.”

Nota: Todos os textos dos santos Padres e Doutores da santa Igreja aqui inseridos, para provar que MARIA santíssima é a Distribuidora de todas as Graças, foram tiradas do livro: “Die selige Jungfrau MARIA, die Vermitelerin aller Gnaden”, Christian Pesch S.J – Herder, 1923.

No primeiro sermão do Rosário, o grande pregador Padre Antônio Vieira expõe magistralmente a intercessão da Virgem Santíssima:

“A intercessão, como significa o mesmo nome, é um meio entre dois extremos e, para ser poderosa e eficaz, há de tocar a ambos: aquele com quem intercede, que neste caso é DEUS, e aquele por quem intercede, que são os pecadores. E a SENHORA, posta entre DEUS e os pecadores, quão chegada é a UM e outro extremo!

É tão chegada a DEUS, com quem intercede, que só Lhe falta o ser DEUS: é tão chegada aos pecadores, por quem intercede, que só Lhe falta o pecado.

São Mateus, tecendo a genealogia de MARIA, o faz com tal artifício, que pos a SENHORA entre DEUS e os pecadores, fazendo-A FIHA de pecadores e MÃE de DEUS, como verdadeiramente é. É filha de pecadores por natureza, e MÃE de DEUS por Graça; mas de tal modo de Graça, que a mesma natureza que recebeu dos pecadores para ser Sua FILHA, foi a segunda natureza que deu a DEUS para ser Sua MÃE.

E sendo Intercessora e Medianeira entre DEUS, de quem é MÃE, e entre os pecadores, de quem é FILHA, vede que graça se poderá negar a uma intercessão tão estreita por natureza?

Essa foi a ventura de um ladrão e a desgraça de outro, no Calvário. CRISTO estava no meio de ambos, mas em meio da Cruz de CRISTO e da cruz do bom ladrão, estava a SENHORA. Em meio da Cruz de CRISTO e da cruz do mau ladrão, não estava. E onde entre o pecador e DEUS mediou a MÃE de DEUS, salvou-se o pecador; onde não mediou não se salvou. E esta é a força da Mediação de que nos valemos, esta a Intercessão Altíssima que pedimos, quando dizemos: “Sancta MARIA, MATER DEI, ora pro nobis peccatoribus.”

“Louvado seja nosso SENHOR JESUS CRISTO e SUA Santíssima MÃE e SENHORA nossa!”