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sábado, 31 de dezembro de 2022

Papa emérito Bento XVI morre aos 95 anos

Joseph Ratzinger teve a trajetória marcada pela renúncia ao posto, atitude que fez dele o primeiro em 600 anos da Igreja Católica a abdicar do papado

Pope Bento XVI em Veneza, na Itália, em 2011 -

 Pope Bento XVI em Veneza, na Itália, em 2011 -  Barbara Zanon/Getty Images

Morreu neste sábado, 31, o papa Bento XVI, aos 95 anos. “É com pesar que informo que o papa emérito Bento XVI morreu hoje às 9h34 no mosteiro Mater Ecclesiae no Vaticano”, escreveu o perfil de notícias do Vaticano no Twitter. O corpo de Bento XVI será velado na Basílica de São Pedro a partir de segunda-feira, 2. O funeral está marcado para a manhã de quinta-feira, 5, na Praça São Pedro, presidido pelo papa Francisco

Lembrado por sua renúncia em 2013, Bento XVI, o alemão Joseph Ratzinger, vivia recluso nos últimos anos no mosteiro no interior dos Jardins do Vaticano. Reportagem de VEJA de junho de 2018 revelou que Bento sofria de Parkinson e já sentia os sinais da doença quando renunciou.

Renúncia
No dia 11 de fevereiro de 2013, o papa Bento XVI apresentou, durante uma reunião com as Cardeais da Cúria Romana, sua renúncia. O motivo alegado para deixar o Trono de Pedro era que, aos 85 anos, depois de quase oito de pontificado, ele já não tinha mais forças para levar adiante o governo da Igreja.

Eram principalmente três as razões da amargura de Bento XVI, segundo concordavam na época os mais argutos vaticanistas da Itália. Em primeiro lugar, casos de pedofilia afundavam a Igreja na época e colocavam o pontífice em posição cada vez mais difícil.

O segundo motivo que embaraça o papa tem a ver com um escândalo de corrupção envolvendo o Instituto de Obras Religiosas – o banco do Vaticano. A Justiça italiana abriu uma investigação sobre o IOR e bloqueou 23 milhões de euros de suas contas, por suspeita de violação das normas do sistema financeiro contra lavagem de dinheiro.

O terceiro motivo foi originado pelo roubo de documentos comprometedores da Santa Sé, no episódio batizado de Vatileaks que veio à tona no início do ano passado – Paolo Gabriele, que foi mordomo pessoal do papa desde 2006, é acusado de ter vazado as informações para um jornalista italiano. Os documentos eram, basicamente, cartas de um ex-administrador da sede da Igreja que informava o papa sobre corruptos que haviam assinado contratos superfaturados e, desse modo, causado um prejuízo de milhões de euros às finanças da Santa Sé. Gabriele, apelidado de “O Corvo”, foi condenado, preso e perdoado por Bento XVI.

O roubo dos documentos contribuiu para amargurar um papa já cansado de decepções e intrigas, mas os papéis em nada o maculavam do ponto de vista moral. O que, de fato, pesou em sua decisão de renunciar foi o derradeiro relatório da investigação sobre o roubo dos documentos, que revelou conexões de gente muito próxima a ele com o esquema de lavagem de dinheiro no IOR.

Papado
Nascido Joseph Ratzinger, sua trajetória pessoal de antes de chegar ao trono de São Pedro foi cheia de lances surpreendentes, desde sua participação na II Guerra Mundial (quando foi forçado a se juntar aos nazistas) até a batalha ideológica da Guerra Fria. Testemunha de alguns dos fatos mais marcantes do século XX, ele ajudou a moldar a Igreja Católica neste início de século XXI, ao
transformar-se no homem forte do pontificado de João Paulo II.

Seu poder dentro do Vaticano era tão avassalador que, na ausência de um papa tão carismático e marcante, foi escolhido para ocupar o posto, mesmo com a idade avançada. Sua escolha como sucessor de João Paulo II, em 2005, foi o auge de um longo caminho desde o seminário, a carreira acadêmica e a entrada na estrutura de poder da Santa Sé.

Quando Joseph Ratzinger foi escolhido no conclave que o tornou papa, suas primeiras palavras foram: “Depois do grande papa João Paulo II, os senhores cardeais elegeram-me, um simples e humilde trabalhador na vinha do Senhor”.

Em pouco menos de oito anos de pontificado, Bento XVI protagonizou triunfos e fracassos, acumulou tropeços e façanhas, errou e acertou – como quase todos os outros ocupantes do trono de Pedro. Mesmo sem a perspectiva histórica necessária para dimensionar sua importância dentro da extensa lista de pontífices do Vaticano, já é possível dizer que o legado de Bento XVI deixou pelo menos uma pessoa decepcionada: o cardeal Joseph Ratzinger, que entrou no conclave de sucessão de João Paulo II como decano do colégio cardinalício e saiu dele, em 19 de abril de 2005, como novo chefe da Igreja Católica. Como papa, o alemão foi, em linhas gerais, o que a maioria já previa: um líder mais discreto e menos midiático que o antecessor, um defensor ferrenho da doutrina católica, um protetor da liturgia da Igreja.

Papa Francisco saúda o Papa emérito Bento XVI após 2 meses de sua renúncia, no mosteiro Mater Ecclesiae, no Castelo de Gandolfo, Vaticano
Papa Francisco saúda o Papa emérito Bento XVI após 2 meses de sua renúncia, no mosteiro Mater Ecclesiae, no Castelo de Gandolfo, Vaticano Osservatore Romano/AFP/VEJA/VEJA

Ratzinger não desejava ser papa. Uma vez escolhido, porém, queria mais do que apenas confirmar as impressões que todos tinham sobre ele. O alemão tinha alguns objetivos muito claros. Ao renunciar, em 2013, teve de sofrer não apenas com o peso dessa controversa decisão, mas também com a impressão de que não atingiu nenhuma de suas grandes metas – e com a conclusão inescapável de que deixa inacabado seu extenso trabalho a serviço da Igreja.

A própria escolha de seu nome papal, uma referência ao padroeiro da Europa, já indicava uma de suas intenções mais fortes: a de reforçar as estruturas da Igreja no continente onde o catolicismo foi construído. Isso não significava necessariamente arrebanhar novos fiéis e expandir a presença da Igreja nos países europeus, mas sim solidificar sua posição e se reaproximar dos seguidores que andavam se desgarrando.

Para Ratzinger, de nada adiantava sair à caça de novos simpatizantes mundo afora se a Igreja perdia espaço e relevância em seu próprio berço. As circunstâncias, no entanto, foram as piores possíveis para que Bento XVI levasse adiante essa reevangelização. Durante quase todo o papado, a revelação de mais escândalos de abusos sexuais cometidos por integrantes da Igreja – na maioria dos casos, em países europeus – foram uma barreira intransponível para seus planos. O número de fiéis nas paróquias europeias não aumentou – e a revolta dos seguidores que restaram, cada vez mais desiludidos por causa da longa lista de escândalos, só cresceu. Em países como Áustria, Holanda, Noruega, Bélgica e a própria Alemanha, a terra do papa, a imagem da Igreja continuou sendo manchada pela revelação dos abusos. A decepção do papa não se resumia aos escândalos em si, mas também ao fato de ele ter sido o principal responsável por conduzir a reação da Igreja aos abusos.

Em 2001, João Paulo II entregou à Congregação para a Doutrina da Fé, comandada por Ratzinger, a responsabilidade de lidar com o assunto. O cardeal, que sempre sofreu muito com os relatos e testemunhos que teve de ouvir, estava convicto de que era um imperativo moral agir contra os pedófilos – ainda que a estrutura da Igreja não facilitasse o processo de investigação e punição. O assunto marcou profundamente o futuro papa. “Quanta imundície há na Igreja”, disse, pouco antes do conclave. Ainda como cardeal, ele tomou medidas inequívocas no sentido de combater o problema. De acordo com os críticos, entretanto, faltou firmeza ao alemão, apesar de apelidos como “papa panzer” e “o rottweiler de Deus”.

A ausência de reformas específicas e eficazes para impedir que pedófilos entrassem no clero foi uma das principais queixas dos grupos que reúnem as vítimas de abusos. Esperava-se ainda que Bento XVI conduzisse uma reorganização da Cúria Romana, que administra a Igreja. Se João Paulo II não tinha o perfil ideal para reformar a estrutura administrativa do Vaticano, o alemão, metódico e profundo conhecedor dessa máquina, seria perfeito para a tarefa. Poucos lembraram, porém, que Bento XVI é essencialmente um acadêmico – e, portanto, não tem nas relações pessoais e no carisma seus pontos fortes. Fazer política não era com ele. Diante da resistência dos integrantes da Cúria, sempre avessos às tentativas de modernização das engrenagens do Vaticano, o papa foi ficando isolado e impotente. Ele fracassou em duas tentativas práticas de reduzir a burocracia interna através da fusão de diferentes departamentos. A criação de um novo Conselho Pontifício, dedicado à “nova evangelização”, fez com que a máquina administrativa do Vaticano ficasse ainda maior do que já era quando seu pontificado começou.

Ainda assim, Bento XVI deixa um legado admirável. Mais do que pelas três encíclicas, ele notabilizou-se, no que se refere à difusão da fé, pela trilogia magistral que escreveu sobre a vida de Jesus – o terceiro tomo, a respeito da infância do Nazareno, ratifica a hipótese de que Ele nasceu antes do que veio a ser datado como o primeiro ano da era cristã – e pelas entrevistas que concedeu publicadas em forma de livro. Dono de uma cultura vasta, que vai muito além da teologia, ele era capaz de ser didático sobre temas espinhosos.

A rainha Elizabeth durante encontro com o Papa Bento XVI, no Reino Unido - 16/09/2010
A rainha Elizabeth durante encontro com o Papa Bento XVI, no Reino Unido – 16/09/2010 Dylan Martinez - WPA/Getty Images
Vida até o papado
Bento nasceu em 16 de abril de 1927 em Marktl am Inn, no estado da Baviera, Alemanha. Seu pai, Joseph Ratzinger, um comissário de polícia alemã, encontrou a sua esposa por meio de um anúncio no jornal. A mensagem dizia que policial procurava por uma moça virtuosa para se casar.

Ao anúncio, respondeu aquela que seria então, a mãe de Ratzinger, a senhora Maria Peintner. Desse casamento nasceram 3 filhos: Georg, Joseph e Maria. Joseph e Georg se encaminharam desde muito cedo à vocação sacerdotal. Maria não se casou e dedicou-se aos cuidados dos pais e, depois, mais tarde, dos dois irmãos.

Bento era apaixonado por música clássica. Seu gosto foi influenciado pelos seus pais que, ainda criança, lhe apresentaram a obra de Wolfgang Amadeus Mozart. Entre suas brincadeiras preferidas da infância estavam celebrar missas de faz de conta ao som de Mozart e tocar piano. O religioso também cultivou um amor especial pelos gatos ao longo de sua vida. Até seus últimos dias de vida, seus ajudantes e secretários contam que Bento alimentava e brincava com os felinos que passavam pelo Mosteiro Mater Ecclesiae.

Joseph Ratzinger prestou serviço obrigatório no Exército Alemão entre 1943 e 1945. Na época, ele havia acabado de entrar no seminário preparatório, mas não conseguiu evitar ser convocado pelo nazismo. Desde 1941, quando fazer parte da Juventude de Hitler se tornou obrigatório, o jovem já frequentava o grupo. Ele só foi convocado oficialmente, contudo, aos 16 anos, para realizar trabalhos auxiliares ao lado dos soldados. Em 1944, ele e seus companheiros de seminário foram transferidos para as unidades regulares do Exército.

Em entrevistas, Ratzinger contou que viu judeus húngaros sendo levados para campos de concentração quando sua base era próxima da Hungria. O papa chegou a ser dispensado, mas acabou convocado novamente e desertou em abril de 1945. Ele foi capturado por soldados americanos e mantido prisioneiro de guerra por alguns meses.

Bento voltou ao seminário na Universidade de Munique em 1945 e foi ordenado padre em 1951. Se tornou doutor pela mesma instituição e, em 1958, conquistou sua licenciatura e se tornou professor de dogma e teologia da Freising College.

Nos anos seguintes ensinou nas Universidades de Bonn, Muenster, Tübingen e Regensburg. Em março de 1977 se tornou arcebispo de Munique e Freising e, três meses depois, foi nomeado cardeal pelo papa Paulo VI.

Em 1981, o papa João Paulo II nomeou Ratzinger prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé. Em 1998, tornou-se vice-reitor do Colégio de Cardeais e foi eleito reitor em 2002. Ratzinger defendeu e reafirmou a doutrina católica, incluindo o ensino de temas como controle de natalidade, homossexualidade e diálogo inter-religioso. Foi eleito o 265º papa pelo conclave de 2005, com 78 anos de idade, após a morte de João Paulo II.

Revista VEJA

 


sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Perguntas e respostas rápidas

Como responder a algumas “inverdades” que são espalhadas sobre os Papas?

Nas discussões sobre o Papado, surgem questões comuns que exigem apenas respostas curtas, pois, simplesmente, se tratam de inverdades.                                                                                Na maioria dos casos, são mal-entendidos, lendas populares e outras coisas semelhantes. 

1. Os católicos acham que o Papa não tem pecados.

Não, nós não achamos isso. O atual Papa se confessa, pelo menos uma vez por semana, bem como o fizeram os últimos Papas da história recente. É presumível que eles confessem seus pecados, pois, do contrário, o sacramento não seria válido. Não é bom confessarmos as próprias virtudes de uma pessoa ou os pecados de outra. No Novo Testamento, Pedro mostrou-se ser um pecador e, no mínimo, isso não diminui a sua autoridade.

2. Os católicos acham que o Papa não comete erros.

Não, não achamos isso. Como todas as pessoas, os Papas têm um conhecimento imperfeito, além de outras limitações humanas. No seu dia a dia, os Papas cometem erros, como todos nós. Alguns desses erros são pequenos como enganar-se no degrau de uma escada. Outros erros têm graves consequências como falhar num problema de diploma internacional. A graça da infalibilidade Papal diz respeito somente a assuntos de fé e moral cristãs.

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A Infalibilidade da Igreja e do Papa
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O que significa a palavra Papa?

3. Os católicos inventaram a ideia da infalibilidade no século XIX.
De fato, esta doutrina foi formulada nesta época, mas estava fundamentada na Igreja desde o começo, como no primeiro século, quando São Clemente de Roma, um discípulo de Pedro e Paulo disse que o Espírito Santo falava através dele. Também os protestantes acreditam que Deus dotou certos homens de infalibilidade, quando, por exemplo, Ele inspirou os autores sagrados para escrever as Escrituras. Com o dom da infalibilidade, os Apóstolos e Evangelistas escreveram obras que eram isentas de erros. E todos nós estamos de acordo sobre isso. Católicos e Protestantes discordam apenas sobre se o carisma da infalibilidade foi estendido para além da primeira geração de cristãos.

4. A autoridade Papal foi desacreditada e penalizada pelo comportamento de maus Papas.

Não foi. Em sua própria época, Jesus enfrentou uma religiosidade corrupta estabelecida; mas Ele sempre afirmou a Sua autoridade dada por Deus em matéria de doutrina e prática religiosa: “Os doutores da Lei e os fariseus têm autoridade para interpretar a Lei de Moisés. Por isso, vocês devem fazer e observar tudo o que eles dizem. Mas não imitem suas ações, pois eles falam e não praticam” (Mt 23,2-3). Mesmo Caifás, o sumo sacerdote perverso, não podia ajudar, mas pronunciou uma profecia infalível, enquanto tramava o assassinato de Jesus (cf. Jo 11,49-51). Devemos ter a certeza de saber que em dois mil anos, muito poucos Papas abusaram de seu poder. Dentre 266 homens até hoje, houve apenas uma pequena parte de desonestos – e Deus nunca permitiu que esses desonestos ensinassem algum erro em matéria de fé e de moral.

5. Se o Papado fosse realmente o que os católicos dizem ser, não teria havido nenhum Papa ruim.
Não é verdade. Jesus deu aos Apóstolos a graça da autoridade. Ele mesmo escolheu os Doze. No entanto, Ele sabia que um deles O haveria de trair. Se o Apostolado foi, de fato, o que Jesus disse que era, como poderia haver um mau Apóstolo? Jesus deixa cada um livre para escolher entre o bem ou o mal, mesmo aqueles a quem Ele chama para o sagrado ofício.


Retirado do livro: “Razões Para Crer”. Scott Hahn. Ed. Cléofas.

Transcrito de texto do Prof. Felipe Aquino


quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Papa Francisco desperta a ira de grupos ultraconservadores



Ao optar por se distanciar de ortodoxos, Pontífice desperta a revolta de tradicionalistas
A recente viagem para o Brasil durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) foi um grande êxito para o Papa Francisco, avaliam analistas de todo mundo. Quase cinco meses depois de ter sido eleito para o trono de Pedro, o argentino está no pico da sua popularidade graças à proximidade com o povo, sua informalidade, humildade, austeridade, determinação em fazer uma limpeza no poder central da Igreja e, sobretudo, por sua mensagem a favor dos pobres.


Francisco é criticado por grupos minoritários por sua aversão à formalidade e à pompa Fabiano Rocha / Agência O Globo

Mas ele também está sendo atacado duramente por setores tradicionalistas conservadores minoritários. Desde o começo do pontificado, quando se negou a sair na sacada central da Basílica de São Pedro com a mozeta (capa vermelha usada pelos pontífices) e a cruz peitoral de ouro, foi acusado de dessacralizar o papado.

Críticas surgem também por sua aversão à formalidade e à pompa, por não ter ido viver no apartamento pontifício do Palácio Apostólico e por outros gestos pouco ortodoxos. A tudo isso se somou a declaração inédita e conciliadora sobre os gays, pronunciada durante uma entrevista coletiva no avião que o trazia de volta a Roma. - Se uma pessoa é gay, busca o Senhor e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la? - perguntou Francisco, primeiro pontífice a pronunciar a palavra gay e a defender os homossexuais como irmãos.

A declaração causou tamanho rebuliço em ambientes conservadores que fez Francisco ser vítima de um anátema, ou seja, de uma excomunhão por parte de Elias, líder de um grupo dissidente que se autoproclama o Patriarcado Católico Bizantino, proclamado por sete bispos da Igreja Ortodoxa Grega Católica Ucraniana em 2011. Eles afirmam que Francisco violou as leis de Deus. - Ele promove uma mentalidade imoral da homossexualidade, que é contrária à essência do Evangelho, e destrói todos os valores morais. Francisco Bergoglio está excluído, portanto, do Corpo Místico de Cristo. Cada bispo e sacerdote, como cada católico, está obrigado a se afastar do que ele propôs - disse Elias, num anátema lançado na última segunda-feira.

A excomunhão contra Francisco não é grave. Trata-se do líder de um grupo minúsculo, que já excomungou e lançou anátemas contra Bento XVI; João Paulo II; cardeais e bispos que participaram da reunião entre religiões de Assis de 1986 e 2011; o patriarca ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I; o patriarca ortodoxo de Moscou, Kiril; entre outros religiosos. - Alguns creem que este grupo se relaciona com os serviços secretos ucranianos. Dificilmente pode ser levado a serio - disse um prelado católico especialista no assunto. O jornal "La Repubblica" destacou a proliferação na internet de blogs conservadores que também não ocultam sua ira contra o papa latino-americano amigo dos gays. "Suas palavras são um sinal tangível de uma desorientação existencial que faz tremer as pernas e o coração dos fiéis", dispara o blog messainlatino.it. Nele, os tradicionalistas se mostram escandalizados com fotos da missa final da JMJ em Copacabana, que mostram sacerdotes dando a comunhão em vasilhas plásticas. As imagens, que deram a volta ao mundo, confirmaram que Francisco é um Papa único, com popularidade altíssima e sem oposição séria e visível no momento.

Nota dos Editores do Blog Catolicismo: 
Manter amizade com gays, ou assemelhados, ou qualquer tipo de relacionamento de amizade é inaceitável para um Papa ou mesmo para qualquer católico.
Mas reconhecer que um gay tem o direito de frequentar uma Igreja Católica e nela ser tratado como qualquer cristão, ou seja, de modo formal é algo inquestionável.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

 Santo Aniceto

 Seu Papado durou 11 anos. Isso no século II.
Deparou-se com a heresia do Gnosticismo, o racionalismo cristão, uma supervalorização do conhecimento, onde bastava isso para a Salvação. Com isso, os méritos de Cristo, os sacramentos e a graça do Senhor ficavam de lado.

Contou muito com a ajuda do filósofo cristão São Justino e do bispo Policarpo. Auxiliado por esses doutores e, com a graça de Deus, combateram esse racionalismo.

A fé e a razão são duas asas que nos levam para a Salvação, Jesus Cristo. Ele que é Caminho, Verdade e Vida. E a vida do santo de hoje demonstrou que aí está a fonte da felicidade.

Santo Aniceto, rogai por nós!

 

São  Roberto de Turlande

Também conhecido como Roberto Abade e  Roberto de Chaise-Dieu. Nasceu em Auvergne , França e foi um canôn na igreja de Santa Juliana em Brioude. Ele era notável pela sua capacidade de pregar e pelo seu amor aos pobres. Depois de muito trabalho ele conseguiu  fundar um hospital e um hospício para os necessitados. Após passar muitos anos em Cluny sob a orientação de Santo Odilon ele fez uma peregrinação a Roma. Após o seu retorno ele se retirou para contemplação perto de Brioude em Auvergne, mas sus  fama já havia  precedido em varias pessoas iam pedir ao seu conselho espiritual e ele  onde acabou reunindo vários seguidores. Ele ajudou um nobre penitente chamado Stephen a fundar Chaise-Dieu.  

Outras casas foram construídas  para acomodar os discípulos de São Roberto. Diz a tradição que ele curava os doentes apenas com sua benção e oração e fazia milagres sempre que os presentes não acreditavam no poder de Jesus. Mais tarde eles  ampliaram as casas a transformaram em uma grande Abadia chamada Chair-Dieu (Cadeira de Deus). A Abadia chegou a ter 300 monges sob a Regra Beneditina. Foi também a casa mãe de uma importante Congregação Negra Beneditina. Foi professor espiritual de Santo Adelemus.
São Roberto faleceu em 1087 de causas naturais . Seu túmulo logo se tornou local de peregrinação e vários milagres foram creditados a sua intercessão. Foi canonizado em 1095. 

São Roberto de Turlande, rogai por nós!