Minha oração
“Homem de grande fineza espiritual e inteligência jurídica, rogai por todos os promotores da paz, pelos que lutam pela justiça, pelos meios jurídicos civis e canônicos. Que a Igreja e a sociedade cresçam na precisão moral. Dai-nos uma conduta segundo o coração de Deus. Amém.”
São Ricardo
O santo inglês quis fazer uma peregrinação juntamente com os seus filhos chamados Winebaldo, Wilibaldo e Walberga. Mas, ao saírem da Inglaterra rumo à Terra Santa, passaram por Luca, norte da África, onde São Ricardo adoeceu gravemente e faleceu no ano de 722. Para os filhos, ficou o testemunho, a alegria do pai, a doação, o homem que em tudo buscou a santidade; não apenas para si, mas para os outros e para seus filhos.
São Bonifácio, parente muito próximo, convocou os filhos de São Ricardo para a evangelização na Germânia. Que linda contribuição! Walberga tornou-se abadessa; Wilibaldo, Bispo e Winebaldo fundou um mosteiro. Todos eles, como o pai, viveram a santidade.
São Ricardo foi santo no seu tempo. De família nobre, viveu uma nobreza interior, que precisa ser a de todos os cristãos; aquela que muitos podem nem perceber, mas que Deus está vendo. Os frutos mais próximos que podemos perceber na vida desse santo são seus filhos que, assim como o pai, também foram santos. Ele quis ser santo e batalhou para sê-lo como Nosso Senhor Jesus Cristo foi, é e continuará sendo. Sejamos santos.
São Ricardo, rogai por nós!
São Romualdo abade e fundador (951-1027). O fundador do célebre
Mosteiro de Camaldoli tem sua festa litúrgica comemorada a 9 de junho,
dia de sua morte, mas a 7 de fevereiro se celebra o aniversário do
traslado de seus restos mortais (conservados ainda hoje milagrosamente
incorruptos) em Val de Castro, nos arredores de Camaldoli, em Fabiano.
Romualdo nasceu em Ravena, da nobre família dos Onesti. Esse nome,
entretanto, não foi honrado devidamente pelo pai, pois este — segundo
narram as crônicas — cometeu um crime presenciado involuntariamente por
são Romualdo. O jovem ficou tão abalado pelo ocorrido, que decidiu fugir
de casa e tornar-se monge na abadia beneditina de Classe, nas
proximidades de Ravena.
Eleito abade desse mosteiro, permaneceu pouco tempo no exercício de suas
funções. Aproximava-se o fim do milênio, e muitos cristãos acreditavam
que o final do mundo iria chegar. Por isso, empreendiam extenuantes
peregrinações penitenciais.
Também Romualdo — certamente não porque desse crédito a esse medo
irracional — abandonou a tranquilidade da vida monástica e pôs-se a
caminho, sem um destino preciso, visto ser por natureza inclinado à vida
errática. Onde quer que se detivesse, dava origem a novos mosteiros.
Destes, o mais famoso é precisamente o de Camaldoli, até hoje oásis de
recolhimento religioso para os que — embora por curto espaço de tempo —
desejam escapar do bulício do mundo.
Nesse recanto da província de Arezo, os beneditinos camaldulenses seguem
um gênero de vida eremítica que conjuga a austera solidão dos monges
orientais com o estilo de vida cenobítica observado no Ocidente pela
regra de são Bento.
Contudo, nem mesmo o eremitério de Camaldoli teve o condão de deter o
errático monge. Numerosas foram as etapas de seu eterno peregrinar.
Renunciou, novamente, à função de abade, que lhe fora confiada pelo
imperador Oto III, que o admirava.
Por fim, após haver convencido o pai a tornar-se monge na abadia de São
Severo, procurou para si um refúgio mais seguro — primeiramente em Monte
Cassino, a seguir em Verghereto, Lemo, Roma, Fontebuona, Valumbrosa e,
ao final, Val de Castro, onde o colheu a morte. Mas, mesmo depois desta,
como vimos, não teve moradia permanente.
São Romualdo, rogai por nós!
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