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domingo, 8 de outubro de 2023

Evangelho do Dia

Evangelho Cotidiano

 27º Domingo do Tempo Comum

 Anúncio do Evangelho (Mt 21, 33-43)

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.

  Eu vos escolhi, foi do meio do mundo, a fim de que deis um fruto que dure. Eu vos escolhi, foi do meio do mundo. Amém! Aleluia, aleluia! (cf. Jo 15,16)

 — PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, Jesus disse aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo: 33“Escutai esta outra parábola: Certo proprietário plantou uma vinha, pôs uma cerca em volta, fez nela um lagar para esmagar as uvas, e construiu uma torre de guarda. Depois, arrendou-a a vinhateiros, e viajou para o estrangeiro.

34Quando chegou o tempo da colheita, o proprietário mandou seus empregados aos vinhateiros para receber seus frutos. 35Os vinhateiros, porém, agarraram os empregados, espancaram a um, mataram a outro, e ao terceiro apedrejaram.

36O proprietário mandou de novo outros empregados, em maior número do que os primeiros. Mas eles os trataram da mesma forma.

37Finalmente, o proprietário enviou-lhes o seu filho, pensando: ‘Ao meu filho eles vão respeitar’.

38Os bravateiros, porém, ao verem o filho, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro. Vinde, vamos matá-lo e tomar posse da sua herança!’ 39Então agarraram o filho, jogaram-no para fora da vinha e o mataram.

40Pois bem, quando o dono da vinha voltar, o que fará com esses vinhateiros?”

41Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam: “Com certeza mandará matar de modo violento esses perversos e arrendará a vinha a outros vinhateiros, que lhe entregarão os frutos no tempo certo”.

42Então Jesus lhes disse: “Vós nunca lestes nas Escrituras: ‘A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular; isto foi feito pelo Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos?’

43Por isso, eu vos digo: o Reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que produzirá frutos”.

-    Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

 

MEDITANDO O EVANGELHO
 

«Por fim, enviou-lhes o próprio filho, pensando: ‘A meu filho respeitarão’»


Hoje contemplamos o mistério da recusa de Deus em geral, e de Cristo em particular. Surpreender-nos a reiterada resistência dos homens perante o amor de Deus.

Mas a parábola de hoje refere-se mais especificamente à recusa dos judeus para com Cristo: «Por fim, enviou-lhes o próprio filho, pensando: ‘A meu filho respeitarão’. Os agricultores, porém, ao verem o filho, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro. Vamos matá-lo e tomemos posse de sua herança! ’. Então o agarraram, lançaram-no fora da vinha e o mataram» (Mt 21,37-39). Não é fácil entender isto: porque Cristo veio para redimir o mundo inteiro, e os judeus esperam o seu “messias” particular que lhes dê, a eles, o domínio de todo o mundo…

Quando estive na Terra Santa deram-me um prospeto turístico de Israel sobre o local onde estão os judeus mais famosos da história: desde Moisés, Gedeon e Josué até Bem Gurión, que foi o realizador do Estado de Israel. Mas, pelo contrário, nesse prospeto não está Jesus Cristo. E Jesus foi o judeu mais conhecido da história: hoje em dia conhecem-no no mundo inteiro, e há mais de dois mil anos que morreu…

As grandes personagens, ao cabo do tempo, são admiradas, mas não são amadas. Hoje em dia ninguém ama Cervantes ou Miguel Ângelo. Pelo contrário, Jesus é o mais amado de toda a história. Homens e mulheres dão a vida pelo Seu amor. Uns de repente no martírio, outros “gota a gota”, vivendo apenas para Ele. São milhares e milhares no mundo inteiro.

E Jesus é quem mais influenciou a história. Valores que hoje são aceites em todos os lugares, têm origem cristã. Não apenas isto, mas podemos constatar que existe hoje uma aproximação a Jesus Cristo, também por parte dos judeus (“nossos irmãos mais velhos na fé”, como dissera João Paulo II). Peçamos a Deus, particularmente pela conversão dos judeus, pois este povo, de grandes valores, convertido ao catolicismo, pode trazer em grande benefício a toda a humanidade. (P. Jorge LORING SJ (Cádiz, Espanha)

Pensamentos para o Evangelho de hoje

  • «Amai a Sagrada Escritura, e a sabedoria amar-vos-á; amai-a com ternura, e ela guardar-vos-á; honrai-a, e recebereis as suas carícias. Que ela seja para vós como os vossos colares e os vossos brincos» (São Jerónimo)

  • «Na Cruz, Jesus já não nos fala com comparações: é Ele mesmo» (Bento XVI)

  • «(…) Diante do Sinédrio, à pergunta dos seus acusadores: «Então, tu és o Filho de Deus?» Jesus respondeu: «É como dizeis, sou» (Lc 22, 70) (55). Já muito antes, Ele Se designara como «o Filho» que conhece o Pai (56), diferente dos «servos» que Deus anteriormente enviara ao seu povo (57) (…)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 443)

     


domingo, 17 de setembro de 2023

Evangelho do Dia

 Evangelho  Cotidiano

 24º Domingo do Tempo Comum

 Anúncio do Evangelho (Mt 18, 21-35)

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.

  Eu vos dou este novo Mandamento, nova ordem, agora, vos dou; que, também, vos ameis uns aos outros como eu vos amei, diz o Senhor. (cf. Jo 13,34)

 — PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 21Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?”

22Jesus respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23Porque o Reino dos Céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. 24Quando começou o acerto, levaram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna. 25Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida.

26O empregado, porém, caiu aos pés do patrão e, prostrado, suplicava: ‘Dá-me um prazo, e eu te pagarei tudo!’ 27Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida.

28Ao sair dali, aquele empregado encontrou um de seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’.

29O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: ‘Dá-me um prazo, e eu te pagarei!’ 30Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia.

31Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo.

32Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: ‘Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. 33Não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’

34O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida.

35É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”.

-    Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

 

MEDITANDO O EVANGELHO

 «Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim?»

Hoje, no Evangelho, Pedro consulta Jesus sobre um tema muito concreto que continua guardando no coração de muitas pessoas: pergunta pelo limite do perdão. A resposta é que esse limite não existe: «Digo-te, não até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes» (Mt 18,22). Para explicar esta realidade, Jesus utiliza uma parábola. A pergunta do rei centra o tema da parábola: «Não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?» (Mt 18,33).

O perdão é um dom, uma graça que procede do amor e da misericórdia de Deus. Para Jesus, o perdão não tem limites, sempre e quando o arrependimento seja sincero e veraz. Mas exige abrir o coração à conversão, quer dizer, obrar com os outros segundo os critérios de Deus.

O pecado grave afasta-nos de Deus (cf. Catecismo da Igreja Católica n. 1470). O veiculo ordinário para receber o perdão desse pecado grave da parte de Deus é o sacramento da penitência, e o ato do penitente que o coroa é a sua satisfação. As obras próprias que manifestam essa satisfação são o signo do compromisso pessoal —que o cristão assumiu perante Deus— de começar uma existência nova, reparando, na medida do possível, os danos causados ao próximo.

Não pode haver perdão do pecado sem algum tipo de satisfação, cujo fim é: 1. Evitar deslizar-se a outros pecados mais graves; 2. Recusar o pecado (pois as penas satisfatórias são como o feno e tornam o penitente mais cauto e vigilante); 3. Tirar com os atos virtuosos os maus hábitos contraídos pelo mau viver; 4. Assemelhar-nos a Cristo.

Como explicou S. Tomás de Aquino, o homem é devedor perante Deus, tanto pelos benefícios recebidos, como pelos pecados cometidos. Pelos primeiros deve tributar-lhe adoração e ação de graças; e pelo segundo, satisfação. O homem da parábola não esteve disposto a realizar o segundo, pelo que se tornou incapaz de receber o perdão. - Rev. P. Anastasio URQUIZA Fernández MCIU (Monterrey, México)

Pensamentos para o Evangelho de hoje

  • «O perdão atesta que no mundo está presente o amor mais forte que o pecado» (São João Paulo II)

  • «Perante a gravidade do pecado, Deus responde com a plenitude do perdão. A misericórdia será sempre maior do que qualquer pecado, e ninguém pode colocar um limite ao amor de Deus que perdoa» (Francisco)

  • «(…) É aí, de facto, «no fundo do coração», que tudo se ata e desata. Não está no nosso poder deixar de sentir e esquecer a ofensa; mas o coração que se entrega ao Espírito Santo muda a ferida em compaixão e purifica a memória, transformando a ofensa em intercessão» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.843)

     

domingo, 10 de setembro de 2023

Evangelho do Dia

 Evangelho do Dia Cotidiano

 23º Domingo do Tempo Comum

 Anúncio do Evangelho (Mt 18,15-20)

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.

— O Senhor reconciliou o mundo em Cristo, confiando-nos sua Palavra; a Palavra da reconciliação, a Palavra que hoje, aqui, nos salva. (cf. 2Cor 5,19)

 — PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos: 15“Se o teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, mas em particular, a sós contigo! Se ele te ouvir, tu ganhaste o teu irmão. 16Se ele não te ouvir, toma contigo mais uma ou duas pessoas, para que toda a questão seja decidida sob a palavra de duas ou três testemunhas.

17Se ele não vos der ouvido, dize-o à Igreja. Se nem mesmo à Igreja ele ouvir, seja tratado como se fosse um pagão ou um pecador público.

18Em verdade vos digo, tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu.

19De novo, eu vos digo: se dois de vós estiverem de acordo na terra sobre qualquer coisa que quiserem pedir, isso lhes será concedido por meu Pai que está nos céus. 20Pois, onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou aí, no meio deles”.

-    Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

 

MEDITANDO O EVANGELHO

«Se teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, tu e ele a sós!»

Hoje, o Evangelho propõe-nos que consideremos algumas recomendações de Jesus aos seus discípulos de então e de sempre. Na comunidade dos primeiros cristãos também havia faltas e comportamentos contrários à vontade de Deus.

O versículo final oferece-nos a chave para resolver os problemas que se apresentam na Igreja ao longo da história: «Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles» (Mt, 18,20). Jesus está presente em todos os períodos da vida da sua Igreja, seu “Corpo místico” animado pela ação incessante do Espírito Santo. Somos sempre irmãos, quer a comunidade seja grande, quer seja pequena.

«Se teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, tu e ele a sós! Se ele te ouvir, terás ganho o teu irmão» (Mt, 18,15). Que bonita e leal é a relação de fraternidade que Jesus nos ensina! Perante uma falta contra mim, ou contra outro, hei-de pedir ao Senhor a sua graça para perdoar, para compreender e, finalmente, para tratar de corrigir o meu irmão.

Hoje não é tão fácil como quando a Igreja era menos numerosa. Mas, se pensamos as coisas em diálogo com o nosso Pai Deus, Ele nos iluminará para encontrar o tempo, o lugar e as palavras oportunas para cumprir o nosso dever de ajudar. É importante purificar o nosso coração. São Paulo anima-nos a corrigir o próximo com retidão de intenção: «Irmãos, no caso de alguém ser surpreendido numa falta, vós que sois espirituais, corrigi esse tal, em espírito de mansidão, mas não descuides de ti mesmo, para não seres surpreendido, tu também, pela tentação» (Gal 6,1).

O afeto profundo e a humildade nos levarão a procurar a suavidade. «Fazei-o com mãos maternais, com a infinita delicadeza das nossas mães, quando nos curavam as feridas, grandes ou pequenas, provocadas pelas nossas brincadeiras e pelas nossas quedas da infância» (São Josemaria). Assim nos corrige a Mãe de Jesus e nossa Mãe com inspirações para amar mais a Deus e aos irmãos. - Prof. Dr. Mons. Lluís CLAVELL (Roma, Italia)

Pensamentos para o Evangelho de hoje

  • «Nos casos mais graves, é melhor rezar a Deus com humildade do que lançar uma torrente de palavras, porque elas ofendem quem as ouve, sem servir para nada aos culpados» (S. João Bosco)

  • « É preciso, antes de mais, evitar o clamor da crónica e os mexerico na comunidade. Esta é a primeira coisa a ser evitada, evitando palavras que podem ferir e matar o irmão» (Francisco)

  • «As palavras ligar e desligar significam: aquele que vós excluirdes da vossa comunhão, ficará também excluído da comunhão com Deus; aquele que de novo receberdes na vossa comunhão, também Deus o acolherá na sua. A reconciliação com a Igreja é inseparável da reconciliação com Deus» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.445)

 

domingo, 2 de julho de 2023

Evangelho do Dia

Evangelho Cotidiano

São Pedro e São Paulo Apóstolos - Solenidade - Domingo

Anúncio do Evangelho (Mt 16,13-19)

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.

Tu és Pedro e sobre esta pedra eu irei construir a minha Igreja; e as portas do inferno não irão derrotá-la. (Mt 16,18)

PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 13Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?”14Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”. 15Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?”16Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. 17Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”.

- Palavra da Salvação 

— Glória a vós, Senhor.


domingo, 4 de junho de 2023

Evangelho do Dia

 Evangelho Cotidiano

Solenidade da Santíssima Trindade - Domingo

Anúncio do Evangelho (Jo 3,16-18)

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.

— Glória a vós, Senhor.

 16Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. 17De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. 18Quem nele crê, não é condenado, mas quem não crê, já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

 

MEDITANDO O EVANGELHO
 
 «Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho único»  
 

Hoje voltamos a escutar que «Deus amou tanto o mundo…» (Jo 3,16) porque, na festa da Santíssima Trindade, Deus é adorado e amado e servido, porque Deus é Amor. Nele há relações que são de amor, e tudo o que faz, ativamente, o faz por Amor. Deus ama. Ama-nos. Esta grande verdade é daquelas que nos transformam que nos fazem melhores. Porque penetram no entendimento, e tornam-se evidentes. E penetram na nossa ação, e a vão aperfeiçoando para uma ação toda de amor. E como mais puro, torna-se maior e mais perfeito.

São João da Cruz pode escrever: «Põe amor onde não há amor, e encontrarás amor». E isto é certo, porque é o que Deus faz sempre. Ele «enviou o seu Filho ao mundo (…) para que o mundo seja salvo» (Jo 3,17) graças à vida e ao amor até a morte na cruz de Jesus Cristo. Hoje o contemplamos como o único que nos revela o amor autêntico.

Fala-se tanto do amor, que talvez se perca a sua originalidade. Amor é o que Deus nos tem. Ama e serás feliz! Porque amor é dar a vida por aqueles que amamos. Amor é gratuidade e simplicidade. Amor é esvaziar-se de si mesmo, para esperar tudo de Deus. Amor é acudir com diligência ao serviço do outro que precisa de nós. Amor é perder para recuperar cem por um. Amor é viver sem passar contas do que se está a fazer. Amor é o que faz com que nos pareçamos com Deus. Amor — e só o amor — é a eternidade já no meio de nós!

Vivamos a Eucaristia que é o sacramento do Amor, já que nos dá o Amor de Deus feito carne. Faz-nos participar do fogo que queima no coração de Jesus, e nos perdoa e refaz, para que possamos amar com o mesmo Amor com que somos amados.(Mons. Joan Enric VIVES i Sicília Bispo de Urgell - Lleida, Espanha)



Pensamentos para o Evangelho de hoje

  • «Vós, Trindade eterna, sois como um mar profundo no qual quanto mais procuro, mais encontro, e quanto mais encontro, mais vos procuro» (Santa Catarina de Siena)

  • «Se na criação o Pai nos deu a prova do seu imenso amor dando-nos a vida, na paixão e morte do seu Filho deu-nos a prova das provas: Ele ama-nos e perdoa-nos sempre» (Francisco)

  • «O Verbo fez-Se carne, para que assim conhecêssemos o amor de Deus: Assim se manifestou o amor de Deus para connosco: Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigénito, para que vivamos por Ele´ (I Jo 4, 9).Porque Deus amou tanto o mundo, que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita n'Ele não pereça, mas tenha a vida eterna´ (Jo 3, 16)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 458)

 

domingo, 27 de novembro de 2022

Evangelho do Dia

Evangelho Cotidiano

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68 

1º Domingo do Advento

Anúncio do Evangelho (Mt 24,37-44)

Aleluia, Aleluia, Aleluia.

Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade e a vossa salvação nos concedei! (Sl 84,8)

 - O Senhor esteja convosco.

Ele está no meio de nós.

-   PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos37“A vinda do Filho do Homem será como no tempo de Noé. 38Pois nos dias, antes do dilúvio, todos comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. 39E eles nada perceberam, até que veio o dilúvio e arrastou a todos. Assim acontecerá também na vinda do Filho do Homem.

40Dois homens estarão trabalhando no campo: um será levado e o outro será deixado. 41Duas mulheres estarão moendo no moinho: uma será levada e a outra será deixada.

42Portanto, ficai atentos, porque não sabeis em que dia virá o Senhor.

43Compreendei bem isto: se o dono da casa soubesse a que horas viria o ladrão, certamente vigiaria e não deixaria que a sua casa fosse arrombada.

44Por isso, também vós ficai preparados! Porque, na hora em que menos pensais, o Filho do Homem virá”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

MEDITANDO O EVANGELHO 

«Vigiai, portanto, pois não sabeis em que dia virá o vosso Senhor»

Hoje, «como no tempo de Noé», as pessoas comem e bebem, homens e mulheres casam-se, com a agravante de se “casarem” homem com homem e mulher com mulher (cf. Mt 24,37-38). Mas, como no tempo do patriarca Noé, também há santos no mesmo escritório e à mesma secretária que os outros. Um deles será levado e o outro deixado porque virá o Juiz Justo.

Devemos vigiar porque «só quem está acordado não será apanhado de surpresa» (Bento XVI). Devemos estar preparados com o amor aceso no coração, como a lamparina das virgens prudentes. Trata-se precisamente disto: chegará o momento em que se ouvirá: «Aí vem o noivo!» (Mt 25,6), Jesus Cristo!

A sua chegada é sempre motivo de alegria para quem leva a lamparina acesa no coração. A sua vinda é parecida com a de um pai de família que mora num país distante e escreve aos seus: - Quando menos esperarem, eu apareço por aí. A partir desse dia tudo é alegria naquele lar: Vem aí o Papá! Os nossos modelos, os Santos, viveram assim, “à espera do Senhor”.

O Advento é para aprender a esperar, com paz e com amor, o Senhor que vem. Nada do desespero ou impaciência que caracteriza o homem deste tempo. Santo Agostinho dá uma boa receita para esperar: «Como for a sua vida, assim será a sua morte». Se esperarmos com amor, Deus encherá o nosso coração e saciará a nossa esperança.

Vigiai, portanto, pois não sabeis em que dia virá o vosso Senhor (cf. Mt 24,42). Casa limpa, coração puro, pensamentos e afectos ao estilo de Jesus. Bento XVI explica: «Vigiar significa seguir o Senhor, escolher o que Cristo escolheu, amar o que Ele amou, ajustar a própria vida à sua». Então virá o Filho do homem... E o Pai acolher-nos-á em seus braços por nos parecermos com o seu Filho.Mons. José Ignacio ALEMANY Grau, Bispo Emérito de Chachapoyas (Chachapoyas, Peru)

Pensamentos para o Evangelho de hoje

  • «Como seja sua vida, assim será sua morte» (Santo Agostinho)

  • «” Vigiai!”. É uma exortação saudável a recordar-nos que a vida não tem só a dimensão terrena, mas está projetada para um “além”, como uma pequena planta que germina da terra e se abre para o céu» (Bento XVI)

  • «A Igreja, particularmente no Advento, na Quaresma e, especialmente, na noite de Páscoa, relê e revive todos esses grandes acontecimentos da história da salvação no “hoje” de sua liturgia» (Catecismo da Igreja Católica, n° 1095)

 

domingo, 25 de setembro de 2022

Evangelho do Dia

Evangelho Cotidiano

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68 

26º Domingo do Tempo Comum

Anúncio do Evangelho (Lc 16,19-31)

O Senhor esteja convosco.

Ele está no meio de nós.

-   PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

Glória a vós, Senhor.

 Naquele tempo, Jesus disse aos fariseus: 19 “Havia um homem rico, que se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os dias.

20Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, estava no chão, à porta do rico. 21Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico. E, além disso, vinham os cachorros lamber suas feridas.

22Quando o pobre morreu, os anjos levaram-no para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi enterrado.

23Na região dos mortos, no meio dos tormentos, o rico levantou os olhos e viu de longe a Abraão, com Lázaro ao seu lado.

24Então gritou: ‘Pai Abraão, tem piedade de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas’.

25Mas Abraão respondeu: ‘Filho, lembra-te que tu recebeste teus bens durante a vida e Lázaro, por sua vez, os males. Agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado.26E, além disso, há um grande abismo entre nós; por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até nós’.

27O rico insistiu: ‘Pai, eu te suplico, manda Lázaro à casa do meu pai, 28porque eu tenho cinco irmãos. Manda preveni-los, para que não venham também eles para este lugar de tormento’.

29Mas Abraão respondeu: ‘Eles têm Moisés e os Profetas, que os escutem!’

30O rico insistiu: ‘Não, Pai Abraão, mas se um dos mortos for até eles, certamente vão se converter’.

31Mas Abraão lhe disse: ‘Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas, eles não acreditarão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos’”.

— Palavra da Salvação.

Glória a vós, Senhor.

MEDITANDO O EVANGELHO

«Filho, lembra-te de que durante a vida recebeste teus bens e Lázaro, por sua vez, seus males»

Hoje, Jesus confronta-nos com a injustiça social que nasce das desigualdades entre ricos e pobre. Como se se tratasse de uma das imagens angustiantes que estamos habituados a ver na televisão, o relato de Lázaro comove-nos, consegue o efeito sensacionalista de remover os sentimentos: «Até os cães vinham lamber suas feridas» (Lc 16,21). A diferença é clara: o rico vestia-se de púrpura; o pobre tinha como vestido as chagas.

A situação de igualdade chega seguidamente: morreram os dois. Porém, ao mesmo tempo, acentua-se a diferença: um chegou ao seio de Abraão; ao outro se limitaram a sepultá-lo. Se nunca tivéssemos ouvido esta história e lhe aplicássemos os valores da nossa sociedade, podíamos concluir que quem ganhou o prêmio devia ser o rico, e o que foi abandonado no sepulcro, era o pobre. Está claro, logicamente.

A sentença chega-nos pela boca de Abraão, o pai na fé, e esclarece-nos quanto ao desenlace: «Filho, lembra-te de que durante a vida recebeste teus bens e Lázaro, por sua vez, seus males» (Lc 16,25). A justiça de Deus inverte a situação. Deus não permite que o pobre permaneça para sempre no sofrimento, na fome e na miséria.

Este relato sensibilizou milhões de corações de ricos ao longo da história e levou multidões à conversão; porém, que mensagem será necessária neste nosso mundo desenvolvido, hiper-comunicado, globalizado, para nos fazer tomar consciência das injustiças sociais de que somos autores ou, pelo menos, cúmplices? Todos os que escutavam a mensagem de Jesus tinham o desejo de descansar no seio de Abraão, mas, no nosso mundo quantas pessoas se contentam com ser sepultados quando morrerem, sem querer receber o consolo do Pai do céu? A autêntica riqueza consiste em chegar a ver Deus, e o que faz falta é o que afirmava Sto. Agostinho: «Caminha pelo homem e chegarás a Deus». Que os Lázaros de cada dia nos ajudem a encontrar Deus. Rev. D. Valentí ALONSO i Roig (Barcelona, Espanha)

Pensamentos para o Evangelho de hoje

  • «Aprendei a ser ricos e pobres, tanto os que têm algo neste mundo como os que não têm nada. Pois também vós encontrareis o mendigo que se enaltece e o abastado que se humilha. Deus observa o interior!» (Santo Agostinho)

  • «Face a uma cultura de indiferença, que muitas vezes acaba por ser impiedosa, o nosso modo de vida deve estar cheio de piedade, empatia, compaixão, misericórdia, que tiramos diariamente do poço da oração» (Francisco)

  • «(...) O drama da fome no mundo chama os cristãos que oram com sinceridade a assumir uma responsabilidade efectiva em relação aos seus irmãos, tanto nos seus comportamentos pessoais como na solidariedade para com a família humana (...)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.831)

 

domingo, 4 de setembro de 2022

Evangelho do Dia

Evangelho Cotidiano

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68 

23º Domingo do Tempo Comum

Anúncio do Evangelho (Lc 14, 25-33)

O Senhor esteja convosco.

Ele está no meio de nós.

-   PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 25grandes multidões acompanhavam Jesus. Voltando-se, ele lhes disse: 26“Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. 27Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo.

28Com efeito, qual de vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário, 29ele vai lançar o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso começarão a caçoar, dizendo: 30‘Este homem começou a construir e não foi capaz de acabar!’

31Ou ainda: Qual o rei que, ao sair para guerrear com outro, não se senta primeiro e examina bem se com dez mil homens poderá enfrentar o outro que marcha contra ele com vinte mil? 32Se ele vê que não pode, enquanto o outro rei ainda está longe, envia mensageiros para negociar as condições de paz.

33Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!”

   — Palavra da Salvação.

Glória a vós, Senhor.

 

MEDITANDO O EVANGELHO

«Qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!»

Hoje, Jesus indica-nos o lugar que deve ocupar o próximo na nossa hierarquia de amor e fala-nos sobre o seguimento a sua pessoa, que é o que deve caracterizar a vida cristã, um itinerário que transcorre por diferentes períodos no qual acompanhamos Jesus Cristo com nossa cruz: «Quem não carrega sua cruz e não caminha após mim, não pode ser meu discípulo» (Lc 14,27).

Entra Jesus em conflito com a Lei de Deus, que nos ordena honrar os nossos pais e amar ao próximo, quando diz: «Se alguém vem a mim, mas não me prefere a seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs, e até à sua própria vida, não pode ser meu discípulo?» (Lc 14,26) Naturalmente que não. Jesus Cristo disse que não veio para derrogar a Lei, mas para levá-la a sua plenitude; por isso Ele lhe dá a interpretação justa. Ao exigir um amor incondicional, próprio de Deus, declara que Ele é Deus, que devemos amá-lo sobre todas as coisas e que devemos ordená-lo em seu amor. Em nosso amor a Deus, que leva-nos a entregar-nos confiadamente a Jesus Cristo, amaremos ao próximo com um amor sincero e justo. Diz Santo Agostinho: «Te arrasta o afã pela verdade de Deus e de perceber sua vontade nas Santas Escrituras».

A vida cristã é uma constante viagem com Jesus. Hoje, muitos acreditam, teoricamente, ser cristãos, mas não viajam com Jesus: ficam no ponto de partida e não começam o caminho, ou o abandonam em seguida, ou fazem outra viagem com outros parceiros. A bagagem para viajar nesta vida com Jesus é a Cruz, cada um com a sua; mas junto à porção de dor que corresponde aos seguidores de Cristo, inclui-se também, o consolo com o qual Deus conforta suas testemunhas em qualquer classe de prova. Deus é a nossa esperança e nele está a fonte de vida.- Rev. D. Joaquim MESEGUER García (Rubí, Barcelona, Espanha)

Pensamentos para o Evangelho de hoje

  • «Aproveita ainda mais os pequenos sofrimentos do que os grandes. Deus não olha tanto para o que se sofre, mas para a maneira como se sofre. Sofrer pouco ou muito, sofrer por Deus, é sofrer como santo» (São Luís Mª Grignion de Montfort)

  • «Há sempre este caminho que Ele fez primeiro: o caminho da humildade, o caminho também da humilhação, de negar-se a si mesmo e depois ressuscitar. Este é o caminho!» (Francisco)

  • «(…) Desde o princípio, os primeiros discípulos arderam no desejo de anunciar Cristo: ‘Nós é que não podemos deixar de dizer o que vimos e escutamos' (Act 4, 20). E convidam os homens de todos os tempos a entrar na alegria da sua comunhão com Cristo» (Catecismo da Igreja Católica, nº 425)

 

domingo, 28 de agosto de 2022

Evangelho do Dia

Evangelho Cotidiano

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68 

22º Domingo do Tempo Comum

Anúncio do Evangelho (Lc 14,1.7-14)

O Senhor esteja convosco.

Ele está no meio de nós.

-   PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

Glória a vós, Senhor.

Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. E eles o observavam. 7Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares. Então contou-lhes uma parábola:8“Quando tu fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar. Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu, 9e o dono da casa, que convidou os dois, venha te dizer: ‘Dá o lugar a ele’. Então tu ficarás envergonhado e irás ocupar o último lugar.

10Mas, quando tu fores convidado, vai sentar-te no último lugar. Assim, quando chegar quem te convidou, te dirá: ‘Amigo, vem mais para cima’. E isto vai ser uma honra para ti diante de todos os convidados. 11Porque quem se eleva, será humilhado e quem se humilha, será elevado”.

12E disse também a quem o tinha convidado: “Quando tu deres um almoço ou um jantar, não convides teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizinhos ricos. Pois estes poderiam também convidar-te e isto já seria a tua recompensa. 13Pelo contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. 14Então tu serás feliz! Porque eles não te podem retribuir. Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos”.

   — Palavra da Salvação.

Glória a vós, Senhor.

 

MEDITANDO O EVANGELHO

 

«Os convidados escolhiam os primeiros lugares»

Hoje, Jesus nos dá uma lição magistral: Não busqueis o primeiro lugar. «Quando fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar» (Lc 14,8). Jesus Cristo sabe que gostamos de situar-nos no primeiro lugar: nos atos públicos, nas reuniões, em casa, na mesa… Ele conhece da nossa tendência a sobrevalorizar-nos por vaidade e, ainda pior, por orgulho mal dissimulado. Estejamos prevenidos com os honores!, Já que «o coração fica encadeado aí onde encontra possibilidade de fruição» (São Leão Magno).

Quem nos disse que, não existem colegas com mais méritos ou categoria pessoal? Não se trata, pois, de algo esporádico, mas de uma atitude assumida de nos sentir melhores, mais importantes, com mais méritos, os que sempre temos razão; isso é uma pretensão que supõe uma visão estreita sobre nós e sobre o que nos rodeia. De fato, Jesus convida-nos a praticar uma humildade perfeita, que consiste em não nos julgar nem julgar aos outros e, de conscientizar-nos sobre a nossa insignificância individual respeito ao cosmos e à vida.

Então, o Senhor, propõe que, por precaução, escolhamos o último lugar, porque se bem desconhecemos a realidade íntima dos outros, sabemos que nós somos irrelevantes se comparados com o espetáculo do universo. Por conseguinte, situar-nos no ultimo lugar, é atuar com certeza. Não seja que o Senhor, que nos conhece a todos desde nossa intimidade, deva disser-nos: «‘Cede o lugar a ele’. ‘Então irás cheio de vergonha ocupar o último lugar´» (Lc 14,9).

Na mesma linha de pensamento, o Mestre convida-nos a colocar-nos com humildade ao lado dos preferidos de Deus: pobres, inválidos, coxos, cegos, e a nos igualar com eles até nos encontrar no meio de aqueles que Deus ama com especial ternura e, a superar toda repugnância e vergonha em compartir a mesa e amizade com eles - .Rev. D. Enric PRAT i Jordana (Sort, Lleida, Espanha)

Pensamentos para o Evangelho de hoje

  • «Honras a ti, meu Senhor Jesus Cristo que, com todo o teu glorioso corpo ensanguentado, foste condenado à morte da cruz, carregaste sobre os teus ombros o madeiro, foste levado inhumanamente ao lugar do suplicio» (Santa Brígida)

  • «Cristo ocupou o ultimo lugar no mundo —a cruz—, e foi precisamente com essa humildade radical que nos redimiu» (Benedito XVI)

  • «(...) A inveja nasce do orgulho; o baptizado exercitar-se-á a viver na humildade» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.540)

     

domingo, 14 de agosto de 2022

Evangelho do Dia

Evangelho Cotidiano

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68 

20º Domingo do Tempo Comum

Anúncio do Evangelho (Lc 12, 49-53)

O Senhor esteja convosco.

Ele está no meio de nós.

-   PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 49Eu vim para lançar fogo sobre a terra, e como gostaria que já estivesse aceso! 50Devo receber um batismo, e como estou ansioso até que isto se cumpra! 51Vós pensais que eu vim trazer a paz sobre a terra? Pelo contrário, eu vos digo, vim trazer divisão. 52Pois, daqui em diante, numa família de cinco pessoas, três ficarão divididas contra duas 53e duas contra três; ficarão divididos: o pai contra o filho e o filho contra o pai; a mãe contra a filha e a filha contra a mãe; a sogra contra a nora e a nora contra a sogra”.

  — Palavra da Salvação.

Glória a vós, Senhor.

 MEDITANDO O EVANGELHO

 

A fé transmite-se de pessoa a pessoa, como uma chama se acende noutra chama

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos do Papa Francisco) (Città del Vaticano, Vaticano) Hoje, quem se abriu ao amor de Deus, não pode guardar este dom para si mesmo. A luz de Jesus brilha no rosto dos cristãos como num espelho, e assim se difunde chegando até nós, para que também nós possamos participar desta visão e refletir para outros a sua luz. A fé transmite-se por assim dizer sob a forma de contato, de pessoa a pessoa, como uma chama se acende noutra chama.

Dado que a fé nasce de um encontro que acontece na história e ilumina o nosso caminho no tempo, a mesma deve ser transmitida ao longo dos séculos. É através de uma cadeia ininterrupta de testemunhos que nos chega o rosto de Jesus. Como é possível isto?

—O passado da fé, aquele ato de amor de Jesus que gerou no mundo uma vida nova, chega até nós na memória de outros, das testemunhas, guardado vivo naquele sujeito único de memória que é a Igreja; esta é uma Mãe que nos ensina a falar a linguagem da fé. 


domingo, 31 de julho de 2022

Evangelho do Dia

Evangelho Cotidiano

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68 

18º Domingo do Tempo Comum

Anúncio do Evangelho (Lc 12,13-21)

O Senhor esteja convosco.

Ele está no meio de nós.

-   PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 13alguém, do meio da multidão, disse a Jesus: “Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança comigo”14Jesus respondeu: “Homem, quem me encarregou de julgar ou de dividir vossos bens?

15E disse-lhes: “Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de bens”.

16E contou-lhes uma parábola: “A terra de um homem rico deu uma grande colheita. 17Ele pensava consigo mesmo: ‘O que vou fazer? Não tenho onde guardar minha colheita’.

18Então resolveu: ‘Já sei o que fazer! Vou derrubar meus celeiros e fazer maiores; neles vou guardar todo o meu trigo, junto com os meus bens. 19Então poderei dizer a mim mesmo: Meu caro, tu tens uma boa reserva para muitos anos. Descansa, come, bebe, aproveita!’20Mas Deus lhe disse: ‘Louco! Ainda esta noite, pedirão de volta a tua vida. E para quem ficará o que tu acumulaste?’21Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico diante de Deus”.

  — Palavra da Salvação.

Glória a vós, Senhor.

  MEDITANDO O EVANGELHO

 

«A vida não consiste na abundância de bens»

Hoje, Jesus situa-nos face a face com aquilo que é fundamental para a nossa vida cristã, nossa vida de relação com Deus: fazer-se rico diante Dele. Ou seja, encher nossas mãos e nosso coração com os bens sobrenaturais, espirituais, de graça e não de coisas materiais.

Por isso, à luz do Evangelho de hoje, podemos nos perguntar: De que enchemos nosso coração? O homem da parábola sabia bem: «Descansa, come, bebe, goza a vida» (Lc 12,19. Mas isso não é o que Deus espera de um bom filho seu. O Senhor não colocou nossa felicidade nas heranças, boas comidas, carros último modelo, férias em lugares exóticos, casas de campo, o sofá, a cerveja ou o dinheiro. Todas essas coisas podem ser boas, mas em si mesmas não podem saciar o desejo de plenitude da nossa alma e, portanto, devemos usá-las bem, como meios que são.

É a experiência de São Inácio de Loyola, cuja celebração temos próxima. Assim, o reconhecia em sua autobiografia: «Quando se voltava para as coisas mundanas, sentia grandíssimo prazer; mas, ao deixá-las por cansaço, via-se descontente e árido. Ao contrário, quando pensava na vida rigorosa que notava nos santos, não só no momento em que as resolvia no pensamento, se enchia de gozo, mas quando o abandonava, encontrava-se alegre». Também pode ser a experiência de cada um de nós.

E acontece que as coisas materiais, terreais, caducam e passam; por contraste, as coisas espirituais são eternas, imortais, duram para sempre e, são as únicas que podem encher nosso coração e dar sentido pleno à nossa vida humana e cristã.

Jesus o diz bem claro: «Tolo!» (Lc 12,20), assim qualifica quem tem apenas objetivos materiais, terreais, egoístas. Que em qualquer momento da nossa existência podamo-nos apresentar diante Deus com as mãos e o coração cheios de esforço por ter buscado ao Senhor e, aquilo que a Ele gosta, que é o único que nos levará ao céu.- Rev. D. Jordi PASCUAL i Bancells (Salt, Girona, Espanha)

Pensamentos para o Evangelho de hoje

  • «O homem tem um dever honroso e uma obrigação: orar e amar. Quem ora e ama, tem encontrado a felicidade neste mundo» (San Juan Mª Vianney)

  • «Tu és importante! E Deus conta contigo pelo que és, não pelo que tens: perante ele, nada vale a roupa que vestes nem o telemóvel que utilizas; não lhe importa se vas à moda, importas-lhe, tal qual és. Aos olhos de Deus, vales, e aquilo que vales não tem preço» (Francisco)

  • «O décimo mandamento condena a avidez e o desejo duma apropriação desmesurada dos bens terrenos; e proíbe a cupidez desregrada, nascida da paixão imoderada das riquezas e do seu poder (…)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.536)

     

domingo, 3 de julho de 2022

Evangelho do Dia

Evangelho Cotidiano

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68 

Solenidade de São Pedro e São Paulo - Domingo

Anúncio do Evangelho (Mt 16,13-19)

O Senhor esteja convosco.

Ele está no meio de nós.

-   PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 13Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” 14Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”. 15Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” 16Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. 17Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”.

  — Palavra da Salvação.

Glória a vós, Senhor.

  MEDITANDO O EVANGELHO

«Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo»

Hoje, celebramos a solenidade de São Pedro e São Paulo, que foram fundamentos da Igreja primitiva e, portanto, da nossa fé cristã. Apóstolos do Senhor, testemunhas da primeira hora, viveram aqueles momentos iniciais de expansão da Igreja e selaram com o seu sangue a fidelidade a Jesus. Oxalá nós, cristãos do séc. XXI, saibamos ser testemunhas credíveis do amor de Deus no meio dos homens, tal como o foram estes dois Apóstolos e como têm sido tantos e tantos dos nossos conterrâneos.

Numa das suas primeiras intervenções, o Papa Francisco, dirigindo-se aos cardeais, disse-lhes que temos de «caminhar, edificar e confessar». Ou seja, temos de avançar no nosso caminho da vida, edificando a Igreja e confessando o Senhor. O Papa advertiu: «Podemos caminhar tanto quanto quisermos, podemos edificar muitas coisas, mas se não confessamos Jesus Cristo, alguma coisa não funciona. Acabaremos por ser uma ONG assistencial, mas não a Igreja, esposa do Senhor».

Escutámos no Evangelho da missa de hoje um facto central para a vida de Pedro e da Igreja. Jesus pede àquele pescador da Galileia um acto de fé na sua condição divina e Pedro não duvida em afirmar: «Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo» (Mt 16,16). Imediatamente a seguir, Jesus institui o Primado, dizendo a Pedro que será a rocha firme sobre a qual será edificada a Igreja ao longo dos tempos (cf. Mt 16,18) e dando-lhe o poder das chaves, a suprema potestade.

Embora Pedro e os seus sucessores sejam assistidos pela força do Espírito Santo, necessitam igualmente da nossa oração, porque a missão que têm é de grande transcendência para a vida da Igreja: têm de ser fundamento seguro para todos os cristãos ao longo dos tempos; portanto, todos os dias temos de rezar também pelo Santo Padre, pela sua pessoa e pelas suas intenções.Mons. Jaume PUJOL i Balcells, Arcebispo Emérito de Tarragona (Tarragona, Espanha)

Pensamentos para o Evangelho de hoje

  • «Como não há que se opor a vontade do Senhor quem decide, tem respondido com obediência para o que tem querido fazer de mim a mão misericordiosa do Mestre» (São Gregório Magno)

  • « E você, tem sentido alguma vez essa mirada de amor infinito que, mais além de todos seus pecados, limitações e fracassos, continua se fiando em você e mirando sua existência com esperança?» (Francisco)

  • « “(...) E logo começou a proclamar nas sinagogas que Jesus era o Filho de Deus” (Act 9,20). Será este, desde o princípio, o núcleo da fé apostólica, primeiramente professada por Pedro como fundamento da Igreja» (Catecismo da Igreja Católica, n° 442)