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segunda-feira, 16 de março de 2009

Santos Reis Magos


Reis Magos, santos esquecidos dentro das tradições do Natal


Das figuras bíblicas mais intimamente ligadas à tradição religiosa do povo destacam-se os Reis Magos, ou melhor, os Santos Reis uma vez que a hagiologia romana considera-os bem aventurados.


O simbolismo dos Reis Magos é amplo e emprestam-lhes os exegetas as mais diversas interpretações. Estão ligados intimamente às festas do Natal e deles nasceu, praticamente, a tradição do Papai Noel, pois os presentes dados nessa ocasião reproduzem que os magos do Oriente, depois de cumprida a rota que lhes indicava a estrela de Belém, prestaram a Jesus na gruta onde ele nascera.


As referências bíblicas são vagas e o episódio quase passa despercebido dos evangelistas, mas as contribuições da tradição patriática são muitas e, como elas têm força de fé e verdade, nelas devemos buscar grande parte das coisas que se contam dos santos Belchior, Gaspar e Baltazar já referidos pelos profetas do Velho Testamento, que vaticinavam a homenagem dos Reis ao humilde filho de Davi que deveria nascer em Belém.


De onde vieram e o que buscavam, pouca gente sabe. Vinham do Oriente e Baltazar, o mago negro talvez viesse de Sabá (terra misteriosa que seria o sul da Península Arábica ou, como querem os etíopes, a Abissínia). Simbolizam também as três unicas raças bíblicas, isso é, os semitas, jafetitas e camitas. Uma homenagem, pois, de todos os homens da Terra ao Rei dos Reis.
Eram magos, isto é, astrólogos e não feiticeiros. Naquele tempo a palavra mago tinha esse sentido, confundindo-se também com os termos sábio e filósofo. Eles prescrutavam o firmamento e sentiram-se chocados com a presença de um novo astro e, cada um deles, deixando suas terras depois de consultar seus pergaminhos e papiros cheios de palavras mágicas e fórmulas secretas, teve a revelação de que havia nascido o novo Rei de Judá e, que ele, como soberano, deveria, também, prestar seu preito ao menino que seria o monarca de todos os povos, embora o seu Reino não fosse deste mundo.


O simbolismo dos presentes
Conta ainda a tradição que, ao chegar a Canaã, indagaram os Magos onde havia nascido o novo Rei de Judá. Essa pergunta preocupou Herodes, que hoje seria considerado um quisting a serviço dos romanos, e que reinava na Judéia.
Os representantes do Império preocupavam-se com o aparecimento de um novo lider do povo de Israel. A revolta dos macabeus ainda não fora esquecida e o povo oprimido esperava, ansioso, pela vinda do Messias que iria libertar o Povo de Deus e cumprir a palavra do salmista: "Disse o Senhor ao meu Senhor — senta-te à minha direita até que ponho os teus amigos como escarbelo aos teus pés".
Os magos procuram — conforme conselho de Herodes — o novo Rei para render-lhe homenagem e para informar o representante romano do lugar onde nascera o Messias a fim de, com falso preito, sequestrá-lo.


No presépio encontramos apenas os animais e os pastores e, inspirados pelo Espírito Santo, curvaram-se diante do filho do carpinteiro de Nazaré e depositaram, ao pé da mangedoura que lhe servia de berço, os presentes: ouro, incenso e mirra, isto é prendas que simbolizavam a realeza, a divindade e a imortalidade do novo Rei, e grão de areia que cresceria e derrubaria o ídolo de pés de barro (simbolo das grandes potências que se sucederam no domínio do mundo), do sonho de Nabucodonosor decifrado pelo profeta Daniel.


Símbolos da humildade
Na tradição cristã os três Reis Magos simbolizavam os poderosos que deveriam curvar-se diante dos humildes na repetição real do canto da Virgem Maria à sua prima Isabel, e "Magnificat", pois sua alma rejubilava-se no Senhor, que exaltaria os pequenos de Israel e humilharia os poderosos.
A igreja cultua os Reis Magos dentro desse simbolismo. Representam os tronos, os potentados, os senhores da Terra que se curvara diante de Cristo, reconhecendo-lhe a divina realeza. É a busca dos poderosos que vêem em Belchior, Gaspar e Baltazar o exemplo de submissão aos designios de Deus e que devem, como os magos, despojar-se de seus bens e depositá-los aos pés dos demais seres humanos, partilhando sua fortuna como dignos despenseiros de Deus.
Os presentes de Natal também têm esse sentido. São as ofertas dos adultos à criança que com a sua pureza representa Jesus. Alguns, dão a essas festas um sentido mitológico pagão, buscando nas cerimônias dos druidas, dos germânicos ou saturnais romanas a pompa das festas natalinas que culminam com a Epifania.


A Bifana
A palavra epifania, usada também como nome de mulher, deu origem a uma corruptela dialetal do sul da Itália, levada depois a Portugal e Espanha, a Bifana. A Bifana, segundo a lenda, era uma velha que, no dia de Reis, saía pelas ruas da cidades a entregar presentes aos meninos que tivessem sido bons durante o ano que findara. Estava intimamente ligada às tradições dos povos mediterrâneos e mais próxima do significado litúrgico das festas natalícias. Os presentes eram somente dados no dia 6 de janeiro e nunca antes. Tanto assim é, que nós mesmos, no Brasil, na nossa infância, recebíamos os presentes nesse dia. Depois, com a influência francesa e inglesa em nossas tradições a Epifania ou Bifana foi substituída pelo Papai Noel, a quem muitos estudiosos atribuem uma origem pagã e outros, para disfarçar o sentido comercial da sua presença no dia de Natal, confundem com São Nicolau.
Hoje, o Santos Reis já não são lembrados. O presépio praticamente não existe e só neles é que podemos ver os Magos de Oriente apresentados. A árvore de Natal, pinheiro que os druidas e os feutos enfeitavam para agradar o terrível deus do inverno Hell, substituíria a representação do nascimento de Jesus, introduzida no costume dos povos por São Francisco de Assis. A festa da Epifania, dia de guarda no calendário litúrgico, já não mais é respeitada e com ela desaparecerem outras tradições da nossa gente, trazidas da Peninsula Ibérica pelos nossos antepassados, como a folia de Reis, Reizados e tantos outros autos folclóricos, cultuados em poucas regiões do país.


Santos Reis Magos, rogai por nós

Sites religiosos - temos que separar o joio do trigo

Clique em “Amém”

A ajuda da INTERNET nas orações

No site do padre Marcelo Rossi chegam cerca de 3.500 pedidos de oração por dia. O padre diz que grava todos os pedidos em CDs e os abençoa durante uma missa, uma vez por semana. A lógica por trás desse expediente é a crença de que quanto maior for o número de pessoas rezando por uma causa maior será a chance de o pedido ser atendido.

padremarcelo.com.br

No site de padre Marcelo Rossi, hospedado no portal Terra, há desde notícias religiosas do mundo todo até contato com organizadores de caravanas para as missas do padre-cantor. O espaço destinado aos pedidos de oração é decorado como uma carta

Outros exemplos

Anadir Romeiro, Maria Cecília dos Santos e Estela Moscardo são cristãs fervorosas. Elas se conheceram nas atividades da igreja que freqüentam, a Adventista do Sétimo Dia, na Vila Maria, zona norte de São Paulo. Juntas, organizavam festas para os fiéis. De tanto se dedicar à programação dos eventos da igreja, foram convidadas pelo pastor para ajudá-lo a formar uma corrente de oração. A idéia era criar uma rede de fiéis que orasse por aflitos quando eles precisassem – e pedissem. Para isso, recorreram a uma ferramenta poderosa: a internet. Com a ajuda de especialistas em informática, criaram um link no site da igreja para receber os pedidos de oração dos fiéis. Nascia assim o Ministério da Oração.

Hoje, o site da igreja repassa os pedidos que recebe para uma rede de devotos formada por 250 pessoas. São fiéis que se cadastram no próprio site ou alunos da escola da igreja. Os oradores solidários são chamados de “intercessores”. Cada intercessor é orientado a orar três vezes por dia pelas causas dos outros. Mas, se o pedido é urgente, como no caso de um seqüestro, acidentes e problemas de saúde grave, o atendimento espiritual é instantâneo. A rede de intercessores é acionada no momento em que o pedido chega.

O plantão da fé ganhou o nome de SOS Oração. “Recebemos pedidos de brasileiros que moram fora do país e também de pessoas que freqüentam outras igrejas”, afirma Anadir, de 50 anos. Em média, o Ministério da Oração recebe 15 pedidos por dia. A maioria para cura de doenças. A identidade de quem pede só é revelada se a pessoa autorizar.
O Ministério da Oração é uma pequena amostra de como a fé dos brasileiros tem se manifestado na internet.

No site Oração e Mensagem, os pedidos de oração ficam expostos, como se fossem “posts” de um blog. Cerca de 300 mensagens, com os mais diferentes temas, formam um quadro das aflições da alma brasileira. A saúde é um tema recorrente. “Por favor, orem por meu pai. Ele está com problemas de coração e será operado em breve”, diz uma mensagem. Outra se refere à vida profissional: “Trabalho em um lugar onde sou perseguida, não tenho meu trabalho reconhecido. Todos com quem eu trabalho estão sendo reconhecidos, promovidos, exceto eu”.
Autora de uma tese sobre “altares on-line”, a professora de Teologia Mabel Salgado, da Arquidiocese de Juiz de Fora, em Minas Gerais, afirma que as redes de oração on-line reinventam uma tradição brasileira, que é pedir graças e agradecer por tê-las recebido. “A diferença é que agora os devotos usam ferramentas modernas”, diz.

“A internet é um veículo cada vez mais importante para a comunicação da Igreja”, diz o padre Antonio Xavier, sacerdote da área de tecnologia da informação da Canção Nova, uma instituição da Igreja Católica voltada para os jovens e que tem por princípio usar os meios de comunicação para evangelizar os fiéis.

Segundo o sacerdote, o portal da Canção Nova recebe cerca de 6 milhões de acessos por mês. Abriga 200 blogs de assuntos variados e tem uma rede própria de relacionamentos virtuais. Em outras religiões, até o dízimo pode ser cobrado pela rede. No site da Igreja Mundial do Poder de Deus – fundada pelo pastor Valdemiro Santiago, dissidente da Igreja Universal do Reino de Deus –, os fiéis conseguem até imprimir um boleto bancário para pagar suas contribuições. Na era da fé on-line, os fiéis nem sequer precisam ir à Igreja para sustentá-la.

Eles oram por você - alguns endereços de sites

oracaoemensagem.com.br
É voltado para receber pedidos de orações. O cadastro exige apenas o nome e o e-mail de quem faz o pedido. Como em um blog, o “post” fica publicado no site e pode ser lido por qualquer internauta cancaonova.com
Para pedir uma oração, basta abrir o link correspondente, escrever o pedido, clicar em “enviar” e esperar a graça

Informação dos editores do Blog: é nossa intenção implantar no Blog, o mais breve possível, um campo específico para pedidos de orações.
Necessitamos de uma maior participação dos nossos visitantes - ainda em número pequeno, mas crescente.
A participação voluntária, sem compromisso, motivada unicamente pela FÉ e pelo DESEJO DE AJUDAR aos que necessitam de orações, de uma palavra amiga é essencial.
Disposição, dedicação e vontade de divulgar a FÉ CATÓLICA e também cumprir com o mandamento da caridade, temos.
Mas, somos apenas três - por enquanto.
Para que tenham uma idéia da não participação dos nossos visitantes - que nos honram com sua visita, mas não oferecem sugestões, comentários, críticas, até elogios - até hoje, com quase 200 POSTs publicados não recebemos um único comentário.

Devoção as Santas Chagas

A Devoção às SANTAS CHAGAS


Há devoções tão antigas como o Calvário e que tiveram pontos altos na vida e na história da Igreja.

Entre estas está a devoção das Santas Chagas

Parece ser da vontade de Deus reavivar tal devoção, como meio de santificação pessoal e reparação pelos pecadores. Perante tanta maldade e desordem, desprezo pelo divino e indiferença pela ofensa ao Criador, só a reparação pode salvar o mundo. Daí a necessidade de almas reparadoras. E a devoção das Santas Chagas é eminentemente reparadora.
Santo Agostinho, São João Crisóstomo, São Bernardo, São Boaventura, São Tomás de Aquino e São Francisco de Assis fizeram desta devoção objeto especial do seu zelo apostólico.


AS SANTAS CHAGAS.
O Senhor, ao manifestar-Se à Irmã Maria Marta Chambon, do Mosteiro da Visitação de Santa Maria Chambery, falecida em odor de santidade em 21 de Março de 1909, encarregou-a de invocar constantemente as Suas Chagas e de avivar esta devoção no mundo.
Aparecendo um dia em toda a beleza da Sua Ressurreição, disse à Sua bem amada:
- "Minha filha, Eu mendigo, como faria um pobre; Chama os Meus filhos um a um. Olho-os com complacência quando vêm a Mim. Eu espero-os!”.
"Minha filha, nunca deveis ter medo de exagerar na devoção às Minhas Chagas, porque nunca sereis confundidos, ainda que as coisas pareçam impossíveis. Concederei tudo o que Me pedirem pela invocação às Santas Chagas.
Obtereis tudo, porque é o Mérito do Meu Sangue, que é de um preço infinito. Com as Minhas Chagas e com o Meu Divino Coração podeis obter tudo! É preciso espalhar esta devoção.
"Encontras Chagas por toda a parte no Corpo do teu Esposo! Quero que também, sejas assim!
Contempla-Me na Cruz: Quando Eu estava lá, não olhava nem para os carrascos, nem para os ultrajes; Olhava para Meu Pai.
É assim que deveis cumprir o vosso dever, fazendo o que Eu quero, sem nenhum olhar para a criatura. Tal como Eu, que olhava unicamente para Meu Pai! .


Para este fim, revelou-lhe com palavras vivas os tesouros que encerram essas feridas abertas na Sua Carne imaculada.
O Meu Pai compraz-Se na oferta das Minhas Sagradas Chagas. Oferecer as Minhas Chagas ao Pai Eterno é oferecer-Lhe a Sua Glória, é oferecer o Céu ao Céu.
A revelação:
"Minhas Chagas repararão as vossas. Os que a honrarem terão verdadeiro conhecimento de Jesus Cristo."
"Minhas Chagas cobrirão as vossas faltas. Meditando nelas encontrareis sempre novo alimento de amor."
"Concederei tudo quanto me pedirem com a invocação de minhas Chagas."
"Obtereis tudo, porque o mérito de meu Sangue é de um preço infinito. Com meu Coração e minhas Chagas podeis conseguir tudo."
"Este Rosário de Misericórdia faz contrapeso à Minha justiça. A cada palavra Eu deixo cair uma gota de Meu Sangue, sobre a alma de um pecador."
"É necessário propagar esta devoção."


Deveis repetir com freqüência, junto aos doentes esta aspiração: "MEU JESUS, PERDÃO E MISERICÓRDIA, PELOS MÉRITOS DE VOSSAS SANTAS CHAGAS."
Esta oração aliviará a alma e o corpo. Muitas pessoas experimentarão a eficácia destas aspirações.
"Desejo que os sacerdotes a dêem com freqüência aos penitentes no Santo Tribunal."
O pecador que disser a oração seguinte, alcançará perdão:
"PAI ETERNO, EU VOS OFEREÇO AS CHAGAS DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, PARA CURAR AS DE NOSSAS ALMAS".
"Oferecei-me com freqüência estas duas aspirações para ganhar-me pecadores, porque tenho fome de almas."
"A devoção às Minhas Chagas é o remédio para este tempo de iniqüidade".
"Sou Eu quem o quer: deveis fazer as vossas invocações com grande fervor."
"Tal como há um exército organizado pelo Mal, também há um exército organizado por Mim. Com esta oração sois mais poderosas que um exército, para travar os Meus inimigos. Vós sois muito felizes, vós a quem ensinei a oração que Me desarma: "MEU JESUS, PERDÃO E MISERICÓRDIA, PELOS MÉRITOS DAS VOSSAS SANTAS CHAGAS".


"Minha filha, onde se fizeram os Santos, senão nas Minhas Chagas? Todos os Meus Santos são fruto das Minhas Chagas.
"Quando as Minhas Santas Chagas foram abertas, houve um "engano" no homem, que julgou que elas terminariam. Mas não, elas serão eternas, e serão eternamente vistas por todas as Minhas criaturas. Digo-te isto para que não as olhes por hábito, mas que as veneres com grande reverência e humildade."

domingo, 15 de março de 2009

Nossa Política de Privacidade

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ABORTO E VATICANO: LEITURAS TORTAS

Vaticano critica excomunhão no caso de aborto no Brasil

Por: Reinaldo Azevedo
Blog Reinaldo Azevedo - Veja

Em artigo publicado pelo jornal da Santa Sé, o Osservatore Romano, nesse sábado, o presidente da Academia Pontifícia para a Vida, Monsenhor Rino Fisichella afirma que os médicos que praticaram o aborto na menina de 9 anos, grávida de gêmeos após ter sido estuprada pelo padrasto, não mereciam a excomunhão.

"São outros que merecem a excomunhão e nosso perdão, não os que lhe permitiram viver e a ajudarão a recuperar a esperança e a confiança, apesar da presença do mal e da maldade de muitos", escreve Monsenhor Rino Fisichella, um dos mais próximos colaboradores do papa Bento 16 e maior autoridade do Vaticano em bioética.

Na avaliação do prelado, o arcebispo de Recife e Olinda, José Cardoso Sobrinho, foi apressado e deveria ter se preocupado primeiro com a menina. "O caso ganhou as páginas dos jornais somente porque o arcebispo de Olinda e Recife se apressou em declarar a excomunhão para os médicos que a ajudaram a interromper a gravidez. Uma história de violência que, infelizmente, teria passado despercebida se não fosse pelo alvoroço e pelas reações provocadas pelo gesto do bispo."

Segundo Monsenhor Fisichella, o anúncio da excomunhão por parte de D. Jose Cardoso Sobrinho colocou em risco a credibilidade da Igreja Católica.
"Era mais urgente salvaguardar a vida inocente e trazê-la para um nível de humanidade, coisa em que nós, homens de igreja, devemos ser mestres. Assim não foi e infelizmente a credibilidade de nosso ensinamento está em risco, pois parece insensível e sem misericórdia", escreve o bispo.

Na avaliação do prelado, a pratica do aborto neste caso não teria sido suficiente para dar um parecer que "pesa como um machado", porque houve uma contraposição entre vida e morte.
Ele reconhece que, devido à idade e às precárias condições de saúde, a menina corria serio risco de vida por causa da gravidez. E justifica os médicos, que em sua opinião, merecem respeito profissional.
"Como agir nesses casos? É uma decisão difícil para os médicos e para a própria lei moral. Não é possível dar parecer negativo sem considerar que a escolha de salvar uma vida, sabendo que se coloca em risco uma outra, nunca é fácil. Ninguém chega a uma decisão dessas facilmente, é injusto e ofensivo somente pensar nisso."
De acordo com o presidente da Academia Pontifícia para a Vida, segundo a moral católica a defesa da vida humana desde sua concepção è um principio imprescindível.

O aborto não espontâneo sempre foi e continua sendo condenado com a excomunhão, que é automática. "Não era, portanto, necessária tanta urgência em dar publicidade e declarar um fato que se atua de forma automática, mas sim um gesto de misericórdia."

Comento

Vocês podem imaginar a alegria dos tontos-maCUTs, não? Invadiram o meu blog:
“E aí? O que você vai dizer agora?”
“Ah, quero ver você defender o bispo agora”.
“O que você tem a dizer sobre isso?”

É duro lidar com analfabetos morais. Pior ainda quando o analfabetismo ele-mesmo potencializa essa condição. O que vou escrever??? Nada mudou.

Quem me acompanhou aqui SABE QUE A MINHA POSIÇÃO SEMPRE FOI MUITO PRÓXIMA da de Monsenhor Rino Fisichella , presidente da Academia Pontifícia para a Vida.
Aliás, diria que é a mesma. Está nos arquivos: “O bispo escolheu o caminho do rigor que confunde em vez do da compreensão que esclarece. E eu sou paulino: é preciso distinguir flauta de cítara.”.
Fui eu que escrevi isso, não outro. Não apoiei o comportamento de dom José. Ao contrário: fiz reparos a ele. E, creio, a exemplo de Fisichella, sem ofender a minha fé.

O que critiquei, e sustento sem retirar uma vírgula, é que a demonização de dom José Cardoso Sobrinho é uma estupidez e, vejam que coisa!, um obscurantismo. Ele é uma autoridade eclesiástica e declarou a existência de um código. Não pode ser condenado por isso. Mais ainda: escrevi, e reitero, que o caso está servindo de pretexto para que se defenda o aborto pura e simplesmente. Pois bem: cobrei de dom José que relevasse ainda mais, no caso, compreensão e caridade. Serão a compreensão e a caridade o motor dos que atacam o arcebispo de Olinda e Recife? NÃO! TRATA-SE DE UMA AGENDA. A menina é mero pretexto.

Fisichella escreveu, por acaso, algo diferente do que disse dom José? Ele reitera a excomunhão automática em caso de aborto. E censura, aí sim, a urgência que se confundiu com falta de misericórdia. QUE FOI RIGOROSAMENTE A POSIÇÃO DESTE ESCRIBA NO PRIMEIRO ARTIGO A RESPEITO — e nos demais.

E uma observação importante. É incorreto afirmar que o “Vaticano critica excomunhão”. Por enquanto, quem critica é Monsenhor Rino Fisichella. É uma voz da Igreja, não “a” Igreja. Até porque Gianfranco Grieco, chefe do departamento do Conselho Pontifício para a Família, também do Vaticano, já havia expressado apoio ao bispo. A rigor, mesmo Fisichella faz um reparo que é de procedimento, não de princípio.

Assim, neste particular, os tontos-maCUTs erram de duas maneiras:
A – ao me atribuir o que não escrevi;
B – ao atribuir a Fisichella o que ele não escreveu.

A propósito de uma excomunhão

A propósito de uma excomunhão
Por: IVES GANDRA DA SILVA MARTINS FILHO
Ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST)

Desde que se tornou conhecida, pela divulgação na mídia, a declaração do arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, de que incorreram na pena de excomunhão os que executaram e consentiram no aborto dos gêmeos que esperava a menina de 9 anos de Alagoinha
(PE), estuprada pelo padrasto, têm faltado pedras para atirar no referido prelado e na Igreja Católica.
Chocou o Brasil a notícia da gestação da menina pernambucana. Mas, em relação
ao aborto praticado, o que mais choca é a distorção de fatos, de modo a se justificar a
morte dos gêmeos, aproveitando-se também o episódio para se condenar a Igreja Católica
por sua intransigência.

Interessante notar que os mesmos que defendem ferrenhamente a separação da Igreja
e do Estado,
em nome do laicismo, não admitindo que a Igreja se manifeste em defesa da
vida por ocasião da discussão judicial sobre o aborto, são aqueles que, no presente episódio,
vêm prescrever o que a Igreja deve dizer ou pensar sobre seus dogmas e doutrina,
lembrando muito a incoerência voltariana do Tratado da Tolerância: devemos tolerar todos, menos “a infame” (a Igreja Católica).

Eis os fatos, segundo os testemunhos do Conselho Tutelar de Alagoinha e do pároco da
cidade:
em que pese o parecer unânime do referido conselho, contrário ao aborto, e da
vontade inicialmente manifestada pelo pai e pela mãe da menina pela preservação da vida dos netos, a pressão de uma assistente social, com a transferência da menina para outro hospital, o aborto foi realizado, com a maior rapidez, para evitar discussões, sempre sob o argumento, altamente discutível, de que a gestação levaria fatalmente à morte da mãe e das crianças.
E qual foi a declaração do tão criticado arcebispo?
Que o crime do aborto é mais grave do que o crime do estupro, estando os que o praticaram, e consentiram na sua realização, excomungados “ipso facto”.

Eis o direito aplicável à hipótese:
a) Código Penal Brasileiro —
ainda que seja crime, o aborto não se pune quando a gestação resulta de estupro (art. 128, II);
b) Código de Direito Canônico da Igreja Católica
— a excomunhão “latae sententiae” é aquela na qual incorre o fiel católico pelo simples fato de praticar o aborto, independentemente de processo e sentença expressa, em face da extrema gravidade do delito (cc. 1314, 1318 e 1398); para o fiel católico, a excomunhão significa ficar privado de receber os sacramentos (c. 1331, § 2º); pode ser levantada se estiver arrependido e houver se confessado (cc. 1355, § 2º, 1357, § 1º, e 1358, § 1º).

Ou seja, o que dom Fernando Cardoso Sobrinho fez foi apenas esclarecer que, pelo ato
que praticaram, os que provocaram o aborto da menina de Alagoinha deixaram de participar
da comunhão da Igreja Católica. Podem voltar a ela? Claro, desde que arrependidos do gravíssimo pecado que cometeram e devidamente perdoados pelo sacramento da confissão.

É questão de coerência. Ninguém é obrigado a pertencer à Igreja. Mas se o faz, deve estar
de acordo com sua doutrina, defendida em sua integralidade pela Igreja Católica por
mais de dois milênios. Diante de tantas contemporizações, sempre se buscando atenuar
as exigências do Evangelho, não é demais lembrar, como dizia um santo de nosso tempo,
que não é a doutrina de Cristo que deve se adaptar às épocas históricas, mas os tempos é que se devem abrir à luz do Evangelho.

Diante de tão triste episódio, só podemos nos solidarizar com a dor imensa da menina
estuprada e obrigada a abortar
, lamentar o sacrifício de duas vidas humanas, e nos colocar ao lado de dom José Cardoso Sobrinho, para, junto com ele, receber as pedras
que ainda continuarão a ser atiradas nele e na Igreja Católica pela intransigente defesa
da vida humana.

A FÉ em DEUS supera tudo

A superação pela fé


Como a esperança de renovação simbolizada pelo Natal dá forças para enfrentar tragédias pessoais


Quando os cristãos passaram a celebrar o Natal, instituído pelo papa Libério no ano 354, tomaram emprestada uma data já cultuada em celebrações pagãs. O solstício de inverno, a noite mais longa do ano no Hemisfério Norte, era festejado havia séculos. Entre os persas, comemorava-se o “nascimento do deus sol invencível” – ou Mitra, divindade que, segundo a mitologia, teria se aliado ao astro rei para garantir luz e calor na Terra.


No solstício, tem-se a impressão de que o Sol será vencido. Mas ele ressurge, invencível. No Império Romano, a Saturnália começava em 17 de dezembro e durava 12 dias. Havia grandes jantares, enfeitavam-se as árvores e trocavam-se presentes – símbolos de uma prosperidade vindoura. Ao cristianizar as festas pagãs, a Igreja Católica adotou o dia 25 de dezembro como o do nascimento de Jesus, identificando Cristo com o Sol que os pagãos veneravam.


A idéia associada ao Natal é que o menino Jesus ilumina as pessoas que estão na penumbra, na escuridão, diz Fernando Altemeyer, professor de Teologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo: “Quando as pessoas encontram o amor de Deus, as coisas mais difíceis podem ser amenizadas. Assim, elas podem conseguir reconstruir a sua vida”.
Ao associar a esperança de prosperidade dos cultos pagãos ao nascimento de Cristo e aos ensinamentos que ele deixou, o Natal se converteu numa data carregada de simbologias ligadas à vida, à fé e à perseverança.


A cena reproduzida nesta página, pintada no século XIX pelo francês Jean-Hyppolite Flandrin (1809–1864) na capela de St. Germain-des-Prés, em Paris, transmite essa idéia. Ela mostra a chegada do Cristo a Jerusalém, evento que teria sido previsto pelo profeta Zacarias. Segundo o Antigo Testamento, o Messias entraria em Jerusalém para as festas de Páscoa em cima de um jumento. Jesus é então reconhecido rei, o rei do reino dos céus. É uma comemoração da Paixão.
Durante os primeiros séculos, a Igreja Católica só festejou a Paixão de Cristo na Páscoa. Com o tempo, ficou claro que, para confirmar a ressurreição, era importante celebrar também o nascimento de Jesus. Foi assim que, a partir do século IV, o Natal se tornou a data fundamental do calendário religioso dos católicos. De lá para cá, ela evoca a transcendência fundamentada na crença de que Deus se fez homem para salvar a humanidade. O Natal é o momento em que Deus se “rebaixa” para erguer e resgatar a humanidade.


Para quem viveu uma situação dramática, a chegada do Natal traz a perspectiva de novos sentidos onde só havia escuridão. “Até mesmo uma mãe que perdeu um filho pode perceber o apoio que recebeu das pessoas que jamais imaginou que iriam confortá-la”, afirma o teólogo Altemeyer. Mãe da menina Isabella, que morreu assassinada aos 5 anos, em março, no crime que mais chocou a sociedade brasileira em 2008, Ana Carolina de Oliveira vive o desafio de seguir em frente depois da tragédia. Isso exige uma fé em permanente renovação. “Não tenho como não lembrar dos momentos tão especiais de cumplicidade”, diz Ana Carolina. “Isso me faz muita falta. Eu sempre gostei do Natal e passava todos esses momentos com a minha filha. Montávamos a árvore, escrevíamos a cartinha do Papai Noel. Tentava mostrar para ela o verdadeiro espírito do Natal, nada material, e sim a história do menino Jesus. Imaginar que não tenho mais essas coisas me deixa muito triste.”


Ana Carolina diz que o apoio familiar, as sessões de terapia e sobretudo a fé a ajudam a seguir em frente. “Quando o indivíduo tem religião e acredita que aquela era a hora em que o ente querido tinha de morrer, costuma se recuperar com mais facilidade”, diz Valéria Tinoco, psicóloga de um instituto paulistano especializado em luto. “Elaborar o luto não é sofrer mais. É pensar em projetos futuros, em relações com pessoas novas. É dar mais espaço para a vida do que para a tristeza. Enquanto se está de luto, a vida deixa de ser interessante. Quando a vida volta, a dor pode coexistir. A dor existe, mas ela não é única.”


Assim como a fé, a capacidade de superação deriva do que alguns filósofos chamam de “transcendência”. “Em nossa sociedade, a fé é importante porque, entre outros fatores, ela expressa que as coisas podem ser diferentes e que não é adequado adotar uma postura de resignação diante dos desafios”, afirma o teólogo e filósofo Pedro Lima Vasconcellos, presidente da Associação Brasileira de Pesquisa Bíblica.
Num passado recente, dizia-se que o avanço da ciência e da tecnologia faria as religiões desaparecer. Ainda que o número de ateus possa ter aumentado, vê-se também um ressurgimento da religiosidade. O que explica essa explosão? Para os estudiosos, as pessoas ainda precisam da religião para lidar com as tragédias e acreditar que elas tenham algum propósito, algum sentido.


Foi isso que o professor de futsal Francisco Ludwig, conhecido como Francis, tentou encontrar depois das enchentes que castigaram Santa Catarina. Ele vive em Blumenau, é casado e tem três filhos. Sua vida mudou na noite de 23 de novembro, quando as chuvas destruíram sua casa e a de quase todos os seus vizinhos. Francis levou os desabrigados para o Colégio Shalom, ligado à Igreja Batista, onde ele leciona. “Chegamos a acolher 120 pessoas ao mesmo tempo”, afirma. “Procurei motivá-las. Dizia que Deus quer nos mostrar que devemos ser solidários e humildes.” Segundo ele, o tempo de convivência no abrigo serviu para unir as pessoas. Muitas que se conheceram ali se tornaram amigas e foram morar juntas – seja pela amizade, seja para dividir os gastos enquanto a situação continua precária.


A solidariedade e a humildade evocadas por Francis para consolar os desabrigados reunidos no abrigo estão na base dos ensinamentos de Cristo. São valores que tendem a unir as pessoas para enfrentar situações trágicas. Nos momentos em que a finitude da vida se revela de forma brutal, é comum que elas superem as diferenças e as barreiras religiosas para se ajudar mutuamente. Em muitos casos, a tragédia não apenas aproxima as vítimas umas das outras; também as aproxima da fé. O Natal, celebrado como uma festa em que as famílias se reencontram e os amigos se unem, permite reforçar os laços afetivos, criando a perspectiva de que não se está sozinho. “O fato de centenas de milhões de pessoas estar comemorando juntas uma data, em comunhão, ajuda na superação porque traz a noção de pertencimento”, diz Jacob Goldberg, professor convidado da faculdade de medicina da University College London, da Inglaterra, e autor do livro A Clave da Morte (editora Maltese). “É uma força para superar o luto.”


Há tragédias pessoais que questionam as crenças mais profundas. “A fé que dispensa a dúvida vira extremismo”, afirma Oneide Bobsin, teólogo, professor de Ciências da Religião e reitor das Faculdades EST (antiga Escola Superior de Teologia) de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Para ele, “certeza e incerteza são os dois lados da mesma moeda do poder da fé”. Esse parece ser o caso de Luiz Alberto de Vasconcellos Filho, de 53 anos. Nascido no Recife, Lulinha, como é conhecido, é dono de uma imobiliária no Guarujá, litoral paulista. Casado há 28 anos, ele descobriu ter hepatite C em 1992. “Tinha mal-estar, fraqueza. Fiquei ‘para baixo’. Passei a beber e piorei. O meu organismo já não agüentava mais o tratamento. Eu estava muito debilitado”, diz Lulinha. Só neste ano, ele foi internado oito vezes. “Às vezes, fico um pouco depressivo. Sem paciência. Mas vou vivendo, aos trancos e barrancos. Nunca pensei em desistir.” Lulinha afirma confiar no médico que o acompanha, doutor Sergio Mies. “Sabe o apelido que eu dei a ele? Deus. Não tenho religião. Tenho inveja de quem tem fé numa religião. Estudei em colégio de padre. s


Temo a Deus. O doutor Sergio é o meu Deus”. Salete, a mulher de Lulinha, diz que, embora afirme não ter religião, o marido anda com uma santinha pendurada no pescoço, presente da mãe. “Eu tenho muita fé”, diz Salete. “Sou católica. Rezo. A mãe dele também reza muito. Acho que essa corrente de orações e pensamentos positivos em torno dele ajuda”, diz Salete. “Neste Natal, o nosso pedido é muita saúde. Vamos abrir a Bíblia, fazer uma oração e pedir a Deus que arrume um fígado para o Lulinha o mais rápido possível.”


A perseverança que leva Lulinha a lutar pela vida (ele afirma ter gastado R$ 600 mil em tratamentos desde que descobriu a doença) é uma característica das pessoas resilientes, que conseguem enfrentar situações difíceis sem se desestruturar. “Resiliência é quando a pessoa supera uma tragédia ou uma crise e consegue voltar para o trabalho, para as relações sociais e afetivas”, diz Kátia Monteiro de Benedetto Pacheco, psicóloga do Instituto de Reabilitação do Hospital das Clínicas de São Paulo. “Não significa que a pessoa não sofra. Ela sofre. Mas consegue continuar desempenhando os papéis de antes. Às vezes, até revê seus valores.” Para Esdras Guerreiro Vasconcellos, psicólogo e professor de pós-graduação do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, o resiliente torna-se mais humano após passar por uma grande dificuldade. “Ele tem uma crença inabalável na vida”, diz Esdras. “O resiliente passa por crises. Mas se renova e se revitaliza na própria crise.”


O caso do ex-caminhoneiro Luiz Paciani, de 58 anos, ilustra essa situação. Ele sofreu um acidente na estrada, no interior de São Paulo, no dia 14 de março. Sofreu duas amputações na perna direita. “Pelo jeito que ficou o caminhão, acho que tive muita sorte nesse acidente. Não pensei que fosse morrer. Também não tive medo. Nunca senti medo da morte. Nem penso nisso”, diz. O acidente impôs limitações a sua vida. Ele não pode dirigir. Também foi obrigado a abandonar as partidas de futebol que disputava quase todo domingo. “Substituí o futebol por baralho. Todo domingo vou ao clube. Os meus amigos perguntam: ‘Vai jogar futebol?’. Eu respondo: ‘Não. Esqueci a chuteira’.” Luiz diz não se importar com a aparência. “Não estou nem aí se as pessoas ficam olhando. Vou à praia, à piscina, ao sítio, festa, casamento, ando de shorts. Não tenho vergonha nenhuma”, afirma. “Tenho fé. Acredito em Deus. A fé me ajudou. Não imaginei que eu fosse reagir bem depois do acidente. Olho mais para o futuro. Não fico pensando no passado. Estou abismado comigo mesmo. Penso em seguir a vida. Colocar prótese, comprar um carro adaptado e voltar a dirigir.”


Para os especialistas em resiliência, desenvolver a capacidade de vislumbrar o que pode ser feito para se adaptar à nova realidade independe da fé – mas, quando existe, a fé pode ajudar a enfrentar situações difíceis de maneira mais positiva. “A pessoa que usa a religião como um apoio, para se fortalecer e procurar superar os obstáculos, terá um melhor resultado na resiliência”, diz Kátia Pacheco, do Hospital das Clínicas.


A trabalhadora rural Cacilda Galante Ferreira, de 37 anos, ficou conhecida no Brasil inteiro por sua obstinada luta para preservar a vida da filha, Marcela. A menina nasceu sem o córtex cerebral, mas permaneceu viva por 1 ano e 8 meses. Depois da morte da filha, em agosto, o diagnóstico de anencefalia foi questionado e alguns médicos disseram que Marcela sofria, na verdade, de merocrania, malformação rara em que há apenas resquícios do tecido cerebral. Qualquer que seja a verdade científica, ela não diminui em um milímetro a força do exemplo de Cacilda. “Não chorei nem um segundo desde que recebi a notícia de que ela tinha uma doença rara”, diz ela. “Fui eu quem consolou a família quando ela foi embora. Sinto muitas saudades. Mas tristeza não.” Cacilda vive hoje num sítio na área rural de Patrocínio Paulista, no interior de São Paulo. Quando Marcela estava viva, ela e a mãe moravam na cidade.


O quarto da menina, com seu berço e brinquedos, até hoje não foi desmontado. “Quero passar o Natal lá para me sentir mais perto dela. Quando sinto saudades da Marcela, aperto o peito bem forte, respiro fundo e começo a sentir o cheiro dela. Para mim, a Marcela não morreu. Ela continua viva dentro do meu peito”, diz.

Católica, Cacilda afirma que a fé foi fundamental para superar os momentos mais delicados. “Aceitei de coração e sabia que Deus me recompensaria de alguma maneira. Essa foi a vida que Deus deu para ela, mesmo que durasse um minuto. Deus foi muito bom de deixar ela viver comigo tanto tempo. Eu costumo dizer que a Marcela é a minha pedra preciosa, que eu lapidei com muito carinho e entreguei bonitinha para Deus. Um dia a gente vai se reencontrar.”
A esperança de Cacilda, que acredita num reencontro com a filha em outro plano, é o alimento para aceitar uma situação sobre a qual ela não tinha controle algum. “Isso ajuda a pessoa a suportar e até a vencer situações”, diz o teólogo Oneide Bobsin. “A pessoa acolhe a vontade divina, seja ela qual for. Nessa perspectiva, é possível superar as adversidades a partir da fé. Mas não há uma garantia de sucesso.”


Embora alguns religiosos afirmem que a atual celebração do Natal, com sua vertente consumista ofuscando o teor espiritual, tenha perdido parte do significado, é inegável que a data preserva o sentimento de esperança. “A consciência do mistério, o respeito àquilo que desconhecemos, pode significar alegria, renascimento e esperança”, afirma o psicólogo Jacob Goldberg. “O espírito natalino é fundamentalmente a esperança”, diz o padre Juarez Pedro de Castro, da Arquidiocese de São Paulo. “É uma força que Deus coloca dentro da gente que faz com que nós possamos nos levantar, nos reerguer.”


De maneira paradoxal, o Natal pode ser também uma fonte de frustrações. Segundo o psiquiatra Sérgio Felipe Oliveira, professor de Medicina e Espiritualidade da Universidade de São Paulo, é a época do ano com maior número de surtos psicóticos, suicídios e situações de violência. Como as festas de final de ano são datas que costumam ser alegres, quem está de luto tende a se sentir excluí­do. “É importante encontrar um espaço para a dor nesses momentos”, diz a psicóloga Valéria Tinoco. “É bom falar da pessoa querida, marcar a ausência ajuda. Fingir que nada aconteceu é ruim.” Para evitar sentimentos extremados, Sérgio Oliveira, que é espírita, recomenda buscar a renovação em si próprio, nos gestos que estão ao alcance de cada um. “Quem perdeu um parente querido pode se envolver com projetos de caridade”, afirma. “Procurar uma causa social ajuda muito: fazer o Natal num orfanato, num asilo. É uma idéia que tem muito mais afinidade com Cristo e que traz um consolo.”

O Natal pode ser também o momento de exercer o perdão, como fazem, ou tentam fazer, alguns dos personagens que aparecem nesta reportagem. A fé não precisa se expressar numa linguagem religiosa. Já no século XVI, o pai da Reforma Protestante, Martinho Lutero, dizia que aquilo em que se põe o coração pode se transformar em seu Deus – religioso ou não.


LUTO
“Todo momento é difícil”A família e a religião ajudam Ana Carolina a suportar a dor pela perda de Isabella
“Já se foram quase nove meses e a cada dia é mais difícil acreditar, e entender, o que aconteceu. Todos os momentos são difíceis, desde o amanhecer até o anoitecer. Nossas rotinas foram quebradas. Estarei em casa, com minha família, mas será um ano diferente. Eu sempre gostei de Natal e passava todos esses momentos com a minha filha. Montávamos a árvore, escrevíamos a cartinha do Papai Noel. Tentava mostrar para a Isabella o verdadeiro espírito do Natal, nada material, e sim a história do menino Jesus. É triste demais saber que mais um dia vai passar e ela nunca mais vai voltar.”
ESPERA
“Meu médico é Deus”Na fila do transplante de fígado, Luiz Alberto jamais perdeu a vontade de lutar pela vida
“Quem tem hepatite C vai vivendo e sabe que, um dia, vai precisar fazer um transplante. Quem não consegue matar o vírus morre. Só neste ano, fui internado oito vezes por causa de infecções no pulmão e no abdome. Já me acostumei a sofrer. Mas fico na expectativa do transplante. Às vezes, fico pensando se esse é o meu carma. Se sou um predestinado. Mas uma batalha eu já ganhei: estou vivo. Confio muito no meu médico. Sabe o apelido que eu dei a ele? Deus. Ele vai me salvar.”
UNIÃO
“Deus nos quer solidários”O professor Francis Ludwig fez de uma escola um abrigo que uniu os flagelados de SC
“Chovia demais em 23 de novembro. Acolhi mais de 25 pessoas na minha casa, num dos bairros mais atingidos de Blumenau, a 50 metros do Colégio Shalom, onde trabalho. O barranco atrás da casa cedeu e derrubou o muro. Passei a coordenar um abrigo no colégio. Procurei motivar as pessoas, apresentar uma vida que é possível. Isso aconteceu porque Deus queria nos mostrar que devemos ser solidários e humildes. Se a gente não tiver sonhos, não pensar no futuro, a tendência é desanimar. O Natal é um período de reflexão. Temos de traçar metas e correr atrás. Muitas pessoas saíram do abrigo fortalecidas.”


RESILIÊNCIA
“A fé me ajudou”Vítima de um acidente, o ex-caminhoneiro Luiz Paciani segue otimista
Perdi muito sangue. Para me tirar dali, foram uns 40 minutos. Mas sabe que não fiquei desesperado? Pelo jeito que ficou o caminhão, tive muita sorte nesse acidente. Não sei de onde tiro forças. Minha família é muito boa. Muito unida. Não imaginei que eu fosse reagir bem depois do acidente. Estou abismado comigo mesmo. Penso em seguir a vida. Colocar a prótese. Voltar a dirigir. Comprar um carro adaptado. Tenho planos. Este é o primeiro Natal depois do acidente, A comemoração vai ser legal. Eu sempre fazia uma farra. Vou inventar alguma coisa.”

O CRUCIFIXO - A Força da Fé



O CRUCIFIXO.

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Este crucifixo está entre os sacramentais da Igreja Católica, é um símbolo Sagrado cujos efeitos são obtidos graças à oração da Igreja.
ORAÇÃO DE ADORAÇÃO DIANTE AO CRUCIFIXO:
Eis me, aqui ó bom e dulcíssimo Jesus! De joelhos ante a vossa divina presença, eu Vos peço e suplico, com o mais ardente fervor de minha alma, que Vos digneis gravar em meu coração profundos sentimentos de fé, de esperança e de caridade, de verdadeiro arrependimento de meus pecados e vontade firmíssima de me emendar, enquanto com sincero afeto e íntima dor de coração considero e medito em vossas cinco chagas, tendo bem presentes aquelas palavras que o Profeta Davi já dizia de Vós, ó bom Jesus: Traspassaram as minhas mãos e os meus pés, e contaram todos os meus ossos.
OREMOS:
“Oh! Deus, que vos dignastes alegrar o mundo com a Ressurreição de Vosso Filho JESUS CRISTO, Senhor Nosso, concedei-nos, Vo-lo suplicamos, que por sua Mãe, a Virgem Maria, alcancemos os prazeres da vida eterna. Pelo mesmo Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém. Rogai por nós a Deus, aleluia... Exultai e alegrai-vos, ó Virgem Maria, aleluia...”




(Indulgência plenária para os que tendo feito a confissão e a comunhão, recitarem esta Oração diante de um Crucifixo, rezando pelas necessidades da Santa Igreja, ao menos um Pai Nosso, uma Ave Maria e o Gloria ao Pai. O Papa Pio XI concedeu ainda uma indulgência de 10 anos, cada vez que se rezar, de coração contrito, esta oração. 19 de janeiro de 1934.)



ORAÇÃO DE SÃO BENTO DIANTE DA CRUZ.



"A CRUZ SAGRADA SEJA MINHA LUZ".
"NÃO SEJA O DRAGÃO MEU GUIA".
"RETIRA-TE, SATANÁS.”
“NUNCA ME ACONSELHES COISAS VÃS!"
"É MAU O QUE ME OFERECES.”
“BEBE TU MESMO O TEU VENENO!".



O CRUCIFIXO DE SÃO BENTO
A Cruz de São Bento não é um símbolo mágico que cancela cada dificuldade da nossa vida, mas um meio que pode ajudar a superá-la.
Para tirar os benefícios deste crucifixo não basta fazê-lo benzer ou usá-lo como talismã, mas são proporcionais ao grau da nossa fé e da confiança que colocamos em Deus e em São Bento.
Todo Cristão, a exemplo de Jesus Cristo, deve carregar a sua cruz. Pois, é necessário que nossas faltas sejam expiadas; nossa fé seja; provada; e nossa caridade purificada, para que aumentem nossos méritos.



O símbolo da nossa redenção, a Cruz, gravada na medalha, não tem por fim nos livrar da prova; no entanto, a virtude da cruz de Jesus e a intercessão de São Bento produzirão efeitos salutares em muitas circunstâncias, a medalha concede, também, graças especiais para hora da morte, pois, São Bento com São José são padroeiros da boa morte.
Para se ficar livre das ciladas do demônio é preciso, acima de tudo, estar na graça e amizade com Deus. Portanto, é preciso servi-lo e amá-lo, cumprindo, todos os deveres religiosos: Oração, Missa dominical, recepção dos Sacramentos, cumprimento dos deveres de justiça; em uma palavra, cumprimento de todos os mandamentos da lei de Deus e da Igreja.
Nem o demônio, nem alguma criatura, tem o poder de prejudicar verdadeiramente uma alma unida a Deus.



Trazer consigo o CRUCIFIXO.
Podemos trazê-lo ao pescoço como sinal de amor a nossa FÉ e TESTEMUNHO a JESUS CRISTO.
Numerosos são os benefícios atribuídos ao crucifixo de São Bento, de fato se usado com fé e com o Patrocínio do Santo; protege:
Das epidemias;
Dos venenos;
De alguns tipos de doenças especiais;
Dos malefícios;
Dos perigos espirituais e materiais que possam causar o Demônio;
A Santa Sé a enriqueceu com numerosas indulgências: Indulgência Plenária em ponto de morte; Indulgência Parcial.



Explicação:
São Bento servia-se do Sinal da Cruz para fazer milagres e vencer as tentações. Daí veio o costume, muito antigo, de representá-lo com uma cruz na mão.
Através dos séculos, foram cunhadas medalhas de São Bento de várias formas. Desde o século XVII, começaram-se a cunhar medalhas, tende de um lado a imagem do Santo com um cálice do qual sai uma serpente e um corvo com um pedaço de pão no bico, lembrando as duas tentativas de envenenamento das quais São Bento saiu milagrosamente ileso.



O QUE ESTÁ ESCRITO NA CRUZ MEDALHA DE SÃO BENTO



SÃO BENTO É O PATRONO DOS EXORCISTAS



Na frente da medalha são apresentados uma cruz e entre seus braços estão gravadas as letras C S P B, cujo significado é, do latim: Cruz Sancti Patris Benedicti - "Cruz do Santo Pai Bento".
Na haste vertical da cruz lêem-se as iniciais C S S M L: Crux Sacra Sit Mihi Lux - "A cruz sagrada seja minha luz".
Na haste horizontal lêem-se as iniciais N D S M D: Non Draco Sit Mihi Dux - "Não seja o dragão meu guia".
No alto da cruz está gravada a palavra PAX ("Paz"), que é lema da Ordem de São Bento. Às vezes, PAX é substituído pelo monograma de Cristo: I H S.
À partir da direita de PAX estão as iniciais: V R S N S M V: Vade Retro Sátana Nunquam Suade Mihi Vana - "Retira-te, satanás, nunca me aconselhes coisas vãs!" e S M Q L I V B: Sunt Mala Quae Libas Ipse Venena Bibas - "É mau o que me ofereces, bebe tu mesmo os teus venenos!".



Nas costas da medalha está São Bento, segurando na mão esquerda o livro da Regra que escreveu para os monges e, na outra mão, a cruz. Ao redor do Santo lê-se a seguinte jaculatória ou prece: EIUS - IN - OBITU - NRO - PRAESENTIA - MUNIAMUR - "Sejamos confortados pela presença de São Bento na hora de nossa morte".



É representado também a imagem de um cálice do qual sai uma serpente e um corvo com um pedaço de pão no bico, lembrando as duas tentativas de envenenamento, das quais São Bento saiu, milagrosamente, ileso.



Oração a São Bento para alcançar alguma graça:
Ó glorioso Patriarca São Bento, que vos mostrastes sempre compassivo com os necessitados, fazei que também nós, recorrendo à vossa poderosa intercessão, obtenhamos auxílio em todas as nossas aflições, que nas famílias reine a paz e a tranqüilidade; que se afastem de nós todas as desgraças tanto corporais como espirituais, especialmente o mal do pecado. Alcançai do Senhor a graça... que vos suplicamos, finalmente, vos pedimos que ao término de nossa vida terrestre possamos ir louvar a Deus convosco no Paraíso. Amém.



Depois que se curou, São Francisco desejava ardentemente saber os planos de Deus para sua vida. Por isso, começou a passar horas em solidão diante do Crucifixo e rezou esta prece diante do Crucifixo, quando estava em oração diante do altar da abandonada igreja de São Damião em Assis, quando esta ainda estava em ruínas.
Foi, então, que ouviu o Crucificado mandá-lo reconstruir sua Igreja.Francisco interpretou tais palavras como se referindo à igreja e de São Damião e não à Igreja Católica, a qual precisava de uma reforma religiosa.


“-Senhor, que queres que eu faça???”
Até que um dia percebeu que Ele lhe respondia:
“-Vai, Francisco! Reconstrói a minha Igreja!”
A Oração
Senhor, quem sois vós e quem sou eu? Vós o Altíssimo Senhor do céu e da terra e eu um miserável vermezinho, vosso ínfimo servo.
Grande e magnífico Deus, meu Senhor Jesus Cristo,iluminai o meu espíritoe dissipai as trevas de minha alma;dai-me uma fé íntegra,uma esperança firme e uma caridade perfeita.
Concedei, meu Deus,que eu vos conheça muito,para poder agir sempre segundo os vossos ensinamentos e de acordo com a vossa santíssima vontade.
Absorvei, Senhor, eu vos suplico, o meu espírito,e pela suave e ardente força do vosso amor,desafeiçoai-me de todas as coisas que debaixo do céu existem,a fim de que eu possa morrer por vosso amor, ó Deus,que por meu amor vos dignastes morrer.



Ajoelhados: Ajoelhar-se perante alguém era sinal de homenagem a um soberano. Hoje significa adoração a Deus. São Paulo diz: “Ao nome de Jesus, se dobre todo o joelho, no céu, na terra e debaixo da terra” (Fl 2,10). Rezar de joelhos é mais comum nas orações individuais. “Pedro, tendo mandado sair todos, pôs-se de joelhos para orar” (Cf. At 9,40).
Genuflexão: É dobrar os joelhos, num gesto de adoração a Jesus , Também fazemos genuflexão diante do crucifixo, em sinal de adoração. (Não é adoração à cruz objeto, mas a Jesus que nela foi pregado).