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quinta-feira, 15 de abril de 2010

Santo do dia - 15 de abril

Bem-aventurado Cesar de Bus

Cesar de Bus, que desejava seguir a carreira militar, estava quase embarcando para atender ao chamado de seu irmão, capitão a serviço do rei Carlos IX, da França, quando foi impedido por uma enfermidade que o atingiu de maneira fulminante. Foi essa ocasião que o aproximou do bispo de Cavaillon, cidadezinha da Provença, onde ele tinha nascido em 3 de fevereiro 1544.

Os jesuítas de Avignon, um humilde capelão e uma camponesa, que o assistiam durante a convalescença, com as suas palavras e os seus exemplos o reconduziram para a religião cristã, da qual ele havia se afastado. Não perdeu tempo: tão logo se curou, trocou de vida e se pôs a estudar para tornar-se sacerdote. Enquanto se preparava, começou a percorrer os sítios e fazendas ensinando o catecismo. Fundou, com o auxilio de um primo, Romillon, centros de instrução religiosa nos cantos mais escondidos e esquecidos, nos quais começou a experimentar novos métodos de ensino da doutrina às crianças do meio rural.

Cesar de Bus tornou-se sacerdote aos trinta e oito anos de idade e já reunia em torno de si muitos jovens, formando, com a ajuda dos bispos e dos sacerdotes da região, uma numerosa comunidade, que tomou o nome de Congregação dos Padres da Doutrina Cristã, ou Doutrinários, os quais, por não terem pronunciado os votos, viviam todos juntos. Foi neste ponto que surgiu a divergência entre os dois fundadores: Cesar de Bus queria que eles pronunciassem finalmente os votos e Romillon queria que se mantivessem apenas padres. Assim, esse último se transferiu para a casa de Aix-en-Provance, enquanto Cesar permaneceu na sede de Avignon.

Depois de um longo período de sofrimento causado por uma enfermidade, Cesar de Bus morreu no dia 15 de abril de 1607. Foi beatificado, em 1975, pelo papa Paulo VI, que autorizou sua celebração litúrgica para o dia do seu trânsito.

Bem-aventurado Cesar de Bus, rogai por nós

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Homossexualismo tem forte influencia no estímulo à pedofilia

Quase 60% dos padres que cometeram abusos sexuais são gays, diz porta-voz do Vaticano

Após protestos de associações gays, líderes políticos e governos em diversos países, o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, afirmou hoje que as declarações do secretário de Estado, cardeal Tarcísio Bertone, sobre pedofilia e homossexualidade se referiam somente à Igreja Católica. A explicação busca isolar as comparações tecidas pelo cardeal somente ao universo dos padres que são gays e cometeram abusos contra crianças.

De acordo com Lombardi, Bertone abordou apenas a "problemática dos abusos no interior da Igreja, e não na população mundial" quando falou sobre o tema, durante sua visita ao Chile.

Naquela ocasião, o cardeal procurou evitar acusações de que o celibato estaria entre as origens da crise em que a Igreja se encontra, afirmando que "foi demonstrado por muitos psicólogos e psiquiatras que não há ligação entre celibato e pedofilia, enquanto muitos outros estudos demonstraram uma ligação entre homossexualidade e pedofilia".

Lombardi explicou que pesquisas da Igreja Católica apontam que 60% dos casos de abusos sexuais contra crianças são cometidos por padres homossexuais.

Segundo o porta-voz, análises feitas pelas autoridades eclesiásticas e pela Congregação para a Doutrina da Fé "resultam simplesmente no dado estatístico" de que 60% dos casos envolvem indivíduos do mesmo sexo e 30% são de caráter heterossexual".

Comparação isolada

"Se referiria, evidentemente, à problemática dos abusos sexuais da parte dos sacerdotes, e não da população em geral", ratificou ele, referindo-se às declarações de Bertone, que repercutiram entre autoridades políticas e civis, além de organizações de homossexuais.

Ontem, políticos chilenos lamentaram os comentários de Bertone, feitos durante uma visita oficial iniciada há uma semana e encerrada ontem. Por sua vez, a associação italiana GayLib contou acreditar que "o Vaticano deva pedir perdão ao mundo e à história" durante uma Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas.

"Deve fazer isso devido às dimensões inacreditáveis, em escala mundial, do escândalo de padres pedófilos. Também deve fazer isso pelas aberrações conceituais que prelados, e até mesmo o secretário de Estado, pronunciaram nos últimos dias", pontuou um documento da entidade.

O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, passou oito dias no Chile, e antes de encerrar sua visita celebrou hoje uma missa no Templo Votivo de Maipú, a 20 quilômetros da capital Santiago. A cerimônia contou com a presença dos ministros chilenos da Defesa, Jaime Ravinet, e da Presidência, Cristián Larroulet, além de representantes das Forças Armadas.

Recentemente uma série de denúncias de abusos sexuais que teriam sido cometidos por religiosos recaiu sobre a Igreja Católica. Há casos em diversos países, como Estados Unidos, Irlanda, Suíça, Noruega, África do Sul, Dinamarca, Alemanha, México, Canadá, Áustria, Holanda, Reino Unido, Nova Zelândia, entre outros.

Fonte: ANSA

Santo do dia - 14 de abril

Santa Ludovina

Contemplamos a vida de uma santa holandesa, nascida no ano de 1380, dentro de uma família materialmente pobre, mas riquíssima na espiritualidade.

Ludovina era muito vivaz e cheia de brincadeiras, como qualquer criança, mas trazia em si o chamado a uma consagração total ao Senhor. Antes dos 15 anos de idade recebeu muitas propostas de casamento, mas por amor a Jesus, recusou a todas para ser fiel a Deus, porque sua vocação era uma vida consagrada.

Ela descobriu o dom da virgindade, decidindo-se pelo celibato muito cedo.

Após sofrer um acidente no gelo, com apenas 15 anos, ficou praticamente paralisada. Uma cruz, que com a ajuda da família e de seu diretor, se uniu à cruz gloriosa de nosso Senhor. Ela se deixou instruir pela ciência da cruz.

Incompreendida por muitos, foi acusada de mentirosa e de ser castigada por Deus.

Ludovina deu a mesma resposta que Jesus deu no alto da cruz: a do amor e do perdão.

Passou 7 anos sem comer nem beber nada. Recebia como alimento, Jesus Eucarístico.

Em 1433 recebeu o prêmio da eternidade.
Que na cruz de cada dia, nos unamos cada vez mais à cruz gloriosa de nosso Senhor.

Santa Ludovina, rogai por nós!

terça-feira, 13 de abril de 2010

13 de abril - Santo do dia

São Martinho I

O papa Martinho I sabia que as conseqüências das atitudes que tomou contra o imperador Constante II, no século VII, não seriam nada boas. Nessa época, os detentores do poder achavam que podiam interferir na Igreja, como se sua doutrina devesse submissão ao Estado. Martinho defendeu os dogmas cristãos, por isso foi submetido a grandes humilhações e também a degradantes torturas.

Martinho nasceu em Todi, na Toscana, e era padre em Roma quando morreu o papa Teodoro, em 649. Eleito para sucedê-lo, Martinho I passou a dirigir a Igreja com a mão forte da disciplina que o período exigia. Para deixar isso bem claro ao chefe do poder secular de então, assumiu mesmo antes de ter sua eleição referendada pelo imperador.

Um ano antes, Constante II tinha publicado o documento "Tipo", que apoiava as teses hereges do cisma dos monotelistas, os quais negavam a condição humana de Cristo, o que se opõe às principais raízes do cristianismo. Para reafirmar essa posição, o papa convocou, ainda, um grande Concílio, um dos maiores da história da Igreja, na basílica de São João de Latrão, para o qual foram convidados todos os bispos do Ocidente. Ali foram condenadas, definitivamente, todas as teses monotelistas, o que provocou a ira mortal do imperador Constante II.

Ele ordenou a seu representante em Ravena, Olímpio, que prendesse o papa Marinho I. Querendo agradar ao poderoso imperador, Olímpio resolveu ir além das ordens: planejou matar Martinho. Armou um plano com seu escudeiro, que entrou no local de uma missa em que o próprio papa daria a santa comunhão aos fiéis. Na hora de receber a hóstia, o assassino sacou de seu punhal, mas ficou cego no mesmo instante e fugiu apavorado. Impressionado, Olímpio aliou-se a Martinho e projetou uma luta armada contra Constantinopla. Mas o papa perdeu sua defesa militar porque Olímpio morreu em seguida, vitimado pela peste que se alastrava naquela época.

Com o caminho livre, o imperador Constante II ordenou a prisão do papa Martinho I pedindo a sua transferência para que o julgamento se desse em Bósforo, estreito que separa a Europa da Ásia, próximo a Istambul, na Turquia. A viagem tornou-se um verdadeiro suplício, que durou quinze meses e acabou com a saúde do papa. Mesmo assim, ao chegar à cidade, ficou exposto, desnudo, sobre um leito no meio da rua, para ser execrado pela população. Depois, foi mantido incomunicável num fétido e podre calabouço, sem as mínimas condições de higiene e alimentação.

Ao fim do julgamento, o papa Martinho I foi condenado ao exílio na Criméia, sul da Rússia, e levado para lá em março de 655, em outra angustiante e sofrida viagem que durou dois meses. Ele acabou morrendo de fome quatro meses depois, em 16 de setembro daquele ano. Foi o último papa a ser martirizado e sua comemoração foi determinada pelo novo calendário litúrgico da Igreja para o dia 13 de abril.

São Martinho I, rogai por nós

segunda-feira, 12 de abril de 2010

12 de abril - Santo do dia

São Júlio I

O Martirológio Romano enumera nove santos e oito santas com esse nome e quase todos são mártires do primeiro século do cristianismo. Mas, hoje, celebramos Júlio, o primeiro papa a tomar este nome, e que dirigiu a Igreja de 337 a 352.

Júlio era de origem romana, filho de um certo cidadão chamado Rústico. Viveu no período em que a Igreja respirava a liberdade religiosa concedida pelo imperador Constantino, o Magno, em 313. Essa liberdade oferecia ao cristianismo melhores condições de vida e expansão da religião. Por outro lado, surgiram as primeiras heresias: donatismo, puritanismo na moral e o arianismo, negando a divindade de Cristo.

Com a morte de Constantino, os sucessores, infelizmente, favoreceram os partidários do arianismo. O papa Júlio I tomou a defesa e hospedou o patriarca de Alexandria, Atanásio, o grande doutor da Igreja, batalhador da fé no concílio de Nicéia e principal alvo do ódio dos arianos, que o tinham expulsado da sede patriarcal. O papa Júlio I convocou dois sínodos de bispos em que, com a condenação do semi-arianismo, Atanásio foi reabilitado, recebendo cartas do papa que se felicitava com a Igreja de Alexandria, baluarte da ortodoxia cristã.

O papa Júlio I construiu várias igrejas em Roma: a dos Santos Apóstolos, a da Santíssima Maria de Trastévere, e três mandou construir nos cemitérios das vias Flavínia, Aurélia e Portuense, respectivamente as igrejas de São Valentim, de São Calisto e de São Félix. Cuidou da organização eclesiástica e da catequese catecumenal, ou seja, dos adultos e mais velhos.

Morreu em 352, após quinze anos de pontificado. Foi sepultado no cemitério de Calepódio, na via Aurélia, numa igreja que ele também havia mandado edificar. Sua veneração começou entre os fiéis a partir do século VII. Suas relíquias, segundo a tradição, foram transladadas para a basílica de São Praxedes a pedido do papa Pascoal I. O seu culto, que já fora autorizado, refloresceu em 1505, quando do seu translado para a basílica da Santíssima Maria de Trastévere, em Roma.

São Júlio I, rogai por nós

domingo, 11 de abril de 2010

O Santo Sudário - Manto de mistérios

Exposto novamente à visitação pública, o Santo Sudário continua dividindo as opiniões de especialistas do mundo todo. Enquanto alguns dizem acreditar que o tecido realmente envolveu o corpo de Jesus Cristo, outros estão convencidos de que se trata de uma fraude

“José tomou o corpo, envolveu-o em um pano de linho limpo e colocou-o em sua própria nova tumba, cortada na rocha. Ele rolou uma grande pedra na entrada da tumba e partiu.” Mateus, o coletor de impostos que se tornou um dos 12 apóstolos, assim escreveu em seu evangelho sobre o misterioso tecido que teria coberto Jesus Cristo após sua morte. Os livros de Marcos e Lucas trazem passagens quase idênticas. Desde ontem, uma suposta mortalha na qual está impregnado o contorno do corpo de um homem de barba e cabelos compridos é exibida ao público na Catedral de Turim, no norte da Itália. Até 23 de maio, cerca de 2 milhões de pessoas terão a oportunidade de ver de perto a relíquia reverenciada pelos católicos como a única prova do milagre da ressurreição. No próximo dia 2, o papa Bento XVI também estará diante da peça.
O Santo Sudário, como é chamado o tecido de linho egípcio de 4,36m de comprimento por 1,1m de largura, alimenta a polêmica entre cientistas do mundo inteiro. Na semana passada, um documentário de duas horas transmitido pelo History Channel — canal de TV a cabo — divulgou os resultados de uma pesquisa segundo a qual especialistas em computação gráfica criaram uma imagem tridimensional do rosto impresso no Santo Sudário.
O físico John P. Jackson, diretor de Pesquisas do Centro do Sudário de Turim no Colorado, foi quem produziu, pela primeira vez, um “retrato” em 3D do suposto Cristo, em 1989. “Parece-me que as imagens que obtive são muito diferentes, na estrutura facial geométrica, do que a criação de Ray Downing (o artista em computação que realizou a recente façanha)”, afirmou ao Correio, por e-mail.

Para Rebecca Jackson, mulher de John e diretora de operações do instituto, a obra de Downing se parece mais com um rosto grego-semítico do que com o de um homem de ascendência judia. O casal de cientistas norte-americanos acredita que o Sudário é o mesmo tecido visto pelos cruzados em 1203, na cidade de Constantinopla. “Constatamos que o pano é datado de uma época anterior ao século 14. Também investigamos um possível mecanismo pelo qual a datação por radiocarbono teria sido alterada por meio do acúmulo de carbono C-14 proveniente do monóxido de carbono da atmosfera”, disse Rebecca.

Por sua vez, John aposta que o tecido realmente envolveu o corpo de Jesus e, por isso, abre uma série de possibilidades científicas. “Se o Sudário de Turim é a mortalha de Jesus, então também seria o tecido histórico da ressurreição. Isso equivaleria a um sítio arqueológico de onde surgiu o cristianismo e nos permitiria explorar cientificamente o que aconteceu dentro da sepultura de Cristo, 2 mil anos atrás”, acrescentou o especialista.

Peter J. Shield, autor de À imagem de seu Deus — o curso do Sudário, estudou pessoalmente o tecido em 1987. “Jamais saberemos se a imagem no Sudário de Turim é a de Cristo. Não existe DNA que possa ser comparado ao sangue no tecido”, disse à reportagem, também por e-mail. “O melhor que seremos capazes de afirmar é que se trata da representação de um homem de 1,82m, que foi crucificado e torturado da mesma maneira que Cristo, segundo os registros bíblicos”, assegurou.

De acordo com o especialista, a imagem do suposto Jesus é “mais precisa e incontestável do que a transmitida pelos textos da Bíblia”. Shield lembra que os relatos dos evangelhos sofreram várias interpretações e traduções ao longo dos anos. “Acreditamos que o Sudário é um pano do século 1, ainda em condições originais”, afirmou. O Santo Sudário resistiu até mesmo a um incêndio na Catedral de Chapelle, em 4 de dezembro de 1532, onde estava guardado sob as ordens do papa Clemente VII.

Algumas conclusões das recentes análises sobre o estudo impressionaram Shield. “A imagem com certeza pertence a um homem que foi torturado com o flagrum romano (instrumento de tortura da época de Cristo), com marcas de perfuração no crânio”, explicou. “Trata-se de um homem que provavelmente sangrou no alto da cruz e sofreu a maior parte de suas feridas ainda quando estava vivo. Há sinais de sujeira sobre a impressão dos joelhos no pano”, acrescentou.

Farsa

Especialista em química orgânica da Universidade de Pavia, a 35km de Milão, o italiano Luigi Garlaschelli também estudou o tecido de linho e criou uma cópia do Sudário de Turim. Ele insiste que a relíquia católica não passaria de uma farsa. Ao Correio, Garlaschelli apontou uma série de motivos que o levariam a crer nessa tese. “As mortalhas provenientes da Palestina daquela época eram totalmente diferentes: usava-se lã e não linho, e os corpos eram amarrados ao tecido”, revela. “Além disso, o Sudário de Turim apareceu na França, em 1355, sem que houvesse indícios dele antes disso”, garantiu, questionando a exposição da peça aos cruzados, no século 13.

Segundo ele, um bispo francês daquela época atestou a farsa e chegou a indicar o artista responsável pela confecção. “Um corpo real não deixa esse tipo de impressão sobre um tecido, mas uma imagem distorcida. Além disso, as marcas de sangue são totalmente impossíveis”, acrescentou. O químico lembra que o Sudário foi submetido a um exame por datação de carbono em 1988. “Por coincidência, ele foi fabricado por volta de 1300, segundo o teste”, disse.

Rebecca Jackson discorda de Garlaschelli e assegura que o Santo Sudário guarda muitas características importantes, entre elas a qualidade de seu negativo — que realça ainda mais a face do suposto Cristo — e sua tridimensionalidade. Tanto que a Igreja Católica precisou intervir para proibir a venda de óculos para visão em 3D às portas da Catedral de Turim. “A importância dessas características está em sua habilidade de testar várias hipóteses científicas em relação à origem da imagem, bem como sua autenticidade”, concluiu a norte-americana.


Se o Sudário de Turim é a mortalha de Jesus, então também seria o tecido histórico da ressurreição (...) e nos permitiria explorar cientificamente o que aconteceu dentro da sepultura de Cristo, 2 mil anos atrás”
John P. Jackson, diretor de Pesquisas do Centro do Sudário de Turim

Evangelho do dia - Divina Misericórdia

2º Domingo da Páscoa (Domingo da Divina Misericórdia)

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68

Evangelho segundo S. João 20,19-31.

Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, com medo das autoridades judaicas, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!» Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o peito. Os discípulos encheram-se de alegria por verem o Senhor. E Ele voltou a dizer-lhes: «A paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós.» Em seguida, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ficarão retidos.»

Tomé, um dos Doze, a quem chamavam o Gémeo, não estava com eles quando Jesus veio. Diziam-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor!» Mas ele respondeu-lhes: «Se eu não vir o sinal dos pregos nas suas mãos e não meter o meu dedo nesse sinal dos pregos e a minha mão no seu peito, não acredito.» Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez dentro de casa e Tomé com eles. Estando as portas fechadas, Jesus veio, pôs-se no meio deles e disse: «A paz seja convosco!» Depois, disse a Tomé: «Olha as minhas mãos: chega cá o teu dedo! Estende a tua mão e põe-na no meu peito. E não sejas incrédulo, mas fiel.» Tomé respondeu-lhe: «Meu Senhor e meu Deus!» Disse-lhe Jesus: «Porque me viste, acreditaste. Felizes os que crêem sem terem visto». Muitos outros sinais miraculosos realizou ainda Jesus, na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e, acreditando, terdes a vida nele.

Comentário ao Evangelho do dia feito por: Gregório de Narek (c. 944-c. 1010), monge e poeta arménio .

«Recebei o Espírito Santo»



Omnipotente, Benfeitor, Amigo dos homens, Deus de todos,
Criador dos seres visíveis e invisíveis,
Tu que salvas e fortaleces,
Tu que curas e pacificas,
Espírito poderoso do Pai [...],
Tu participas no mesmo trono e na mesma glória,
e na acção criadora do Pai [...].
Por meio de Ti nos foi revelada
a trindade das Pessoas, na unidade da natureza da Divindade;
e Tu és uma destas Pessoas,
Tu, o Incompreensível. [...]

Moisés Te proclamou Espírito de Deus (Gn 1, 2):
a Ti, que planavas sobre as águas,
com protecção envolvente, temível e cheia de solicitude;
Tu abriste as asas como sinal de auxílio compadecido aos recém-nascidos,
revelando-nos assim o mistério da fonte baptismal. [...]
Tu criaste, ó Omnipotente, enquanto Senhor,
todas as naturezas de tudo quanto existe,
todos os seres a partir do nada.
Por Ti se renovam pela ressurreição
todos os seres por Ti criados,
nesse momento que é o último dia da vida nesta terra
e o primeiro dia da vida na Terra dos Vivos.

Aquele que tem a mesma natureza que Tu,
Aquele que é consubstancial ao Pai, o Filho Unigénito,
obedeceu-Te, na nossa natureza, como a Seu Pai,
unindo a Sua vontade à Tua.
Ele Te anunciou como Deus verdadeiro,
igual e consubstancial a Seu Pai omnipotente [...]
e calou aqueles que a Ti resistiam,
esses que combatiam Deus (cf Mt 12, 28),
perdoando embora àqueles que se Lhe opunham.

Ele é o Justo e o Imaculado, o Salvador de todos,
que foi entregue por causa dos nossos pecados,
e que ressuscitou para nossa justificação (Rom 4, 25).
A Ele a glória por Ti,
e a Ti o louvor pelo Pai omnipotente,
pelos séculos dos séculos,
Ámen.

11 de abril - Santo do dia

Santa Gema Galgani

Ao nascer, em 12 de março de 1878, na pequena Camigliano, perto de Luca, na Itália, Gema recebeu esse nome, que em italiano significa jóia, por ser a primeira menina dos cinco filhos do casal Galgani, que foi abençoado com um total de oito filhos. A família, muito rica e nobre, era também profundamente religiosa, passando os preceitos do cristianismo aos filhos desde a tenra idade.

Gema Galgani teve uma infância feliz, cercada de atenção pela mãe, que lhe ensinava as orações e o catecismo com alegria, incutindo o amor a Jesus na pequena. Ela aprendeu tão bem que não se cansava de recitá-las e pedia constantemente à mãe que lhe contasse as histórias da vida de Jesus. Mas essa felicidade caseira terminou aos sete anos. Sua mãe morreu precocemente e sua ausência também logo causou o falecimento do pai. Órfã, caiu doente e só suplantou a grave enfermidade graças ao abrigo encontrado no seio de uma família de Luca, também muito católica, que a adotou e cuidou de sua formação.

Conta-se que Gema, com a tragédia da perda dos pais, apegou-se ainda mais à religião. Recebeu a primeira eucaristia antes mesmo do tempo marcado para as outras meninas e levava tão a sério os conceitos de caridade que dividia a própria merenda com os pobres. Demonstrava, sempre, vontade de tornar-se freira e tentou fazê-lo logo depois que Nossa Senhora lhe apareceu em sonho. Pediu a entrada no convento da Ordem das Passionistas de Corneto, mas a resposta foi negativa. Muito triste com a recusa, fez para si mesma os juramentos do serviço religioso, os votos de castidade e caridade, e fatos prodigiosos começaram a ocorrer em sua vida.

Quando rezava, Gema era constantemente vista rodeada de uma luz divina. Conversava com anjos e recebia a visita de são Gabriel, de Nossa Senhora das Dores passionista, como ela desejara ser. Logo lhe apareceram no corpo os estigmas de Cristo, que lhe trouxeram terríveis sofrimentos, mas que era tudo o que ela mais desejava.
Entretanto, fisicamente fraca, os estigmas e as penitências que se auto-infligia acabaram por consumir sua vida. Gema Galgani morreu muito doente, aos vinte e cinco anos, no Sábado Santo, dia 11 de abril de 1903.

Imediatamente, começou a devoção e veneração à "Virgem de Luca", como passou a ser conhecida. Estão registradas muitas graças operadas com a intercessão de Gema Galgani, que foi canonizada em 1940 pelo papa Pio XII, que a declarou modelo para a juventude da Igreja, autorizando sua festa litúrgica para o dia de sua morte.

Santa Gema Galgani, rogai por nós