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quinta-feira, 13 de maio de 2010

Papa Bento XVI pede a portugueses que rejeitem casamento gay

O papa Bento 16 apontou nesta quinta-feira o casamento homossexual como uma ameaça "insidiosa" à sociedade, pedindo implicitamente que os portugueses se mobilizem contra um projeto de lei que o legaliza no país.

No ponto alto da sua visita a um país onde 90 por cento da população se declara católica, o pontífice rezou uma missa para 500 mil pessoas pela manhã em Fátima, e à tarde falou a voluntários e trabalhadores sociais da Igreja.

Ali, o papa alemão, de 83 anos, disse ter "apreciado profundamente" as iniciativas em prol dos "valores essenciais e primários da vida", entre os quais "a família, fundada no casamento indissolúvel entre um homem e uma mulher" -- o que no jargão do Vaticano é uma condenação ao casamento homossexual.

A plateia aplaudiu quando o papa disse que o aborto -- legalizado em Portugal desde 2007 -- e o casamento homossexual estão "entre os desafios mais insidiosos e perigosos que o bem comum enfrenta hoje."

O Parlamento aprovou em janeiro um projeto que autoriza casamentos entre pessoas do mesmo sexo, e o governo socialista rejeitou propostas da oposição de centro-direita para o estabelecimento de parcerias civis entre homossexuais e um referendo sobre o casamento gay.

O presidente Aníbal Cavaco Silva está sob forte pressão da Igreja e de grupos conservadores para não ratificar o projeto. O Parlamento tem o poder de derrubar o eventual veto, mediante nova votação.

Na manhã de quinta-feira, peregrinos carregando cartazes e bandeiras nacionais enfrentaram uma incômoda garoa para recepcionar o papa em Fátima, um dos santuários mais venerados pelos 1,2 bilhão de católicos do mundo. Ali, três crianças teriam tido visões da Virgem Maria, que teria lhes revelado três segredos, em 1917.

Os dois primeiros segredos, logo revelados, continham uma visão do inferno, uma previsão sobre a 2a Guerra Mundial, um alerta de que a Rússia iria "espalhar os seus erros" e um alerta sobre a necessidade geral de oração e conversão a Deus.

O terceiro segredo intrigou o mundo por meio século, até que em 2000 o Vaticano revelou que se tratava de uma antevisão do atentado que o papa João Paulo 2o sofreria em 1981, no dia 13 de maio, mesma data da primeira aparição da Virgem de Fátima aos meninos pastores em 1917.

O santuário recebe cerca de 5 milhões de visitantes por ano, e o comércio para os peregrinos é a principal atividade econômica da região.

Na sexta-feira, o papa visita o Porto, antes de voltar a Roma.

AS APARIÇÕES DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA - Portugal – 1917.



HISTÓRIA DAS APARIÇÕES.


JESUS CRISTO veio trazer à terra a Mensagem, única e suficiente, que está contida no seu Evangelho e nos ensinamentos oficiais da Igreja.

Mas os homens são muito esquecidos e distraídos e, pelo tempo fora, vão querendo pôr de lado alguns aspectos da Mensagem divina. Então Deus digna-se relembrar tais aspectos menosprezados, mas em perigo de se adulterarem com os costumes e a mentalidade de cada época, ou até mais, contrariados pelo inimigo fundamental que é o demônio.

Umas vezes intervém Nosso Senhor em pessoa para dar a conhecer aos homens estas Mensagens a que podemos chamar de parciais, ou de repetição. É o caso das revelações do Sagrado Coração de Jesus a Santa Margarida Maria.

Outras vezes, mais freqüentes, o Senhor deixa vir sua Mãe.

Mais raro e até talvez único na história da Igreja é ter Nossa Senhora mandado um Anjo à sua frente, para iniciar uma preparação que Ela depois quis continuar, e para dar aos acontecimentos de Fátima um preâmbulo, logo colocou os protagonistas num clima saturado de sobrenatural, e de onde se depreendem já as coordenadas daquilo que viria a constituir o âmago da Mensagem:

Deus ofendido; necessidade de reparação; mudança de vida.

AS APARIÇÕES DO ANJO.

Na primavera de 1916, três pastorzinhos tinham levado o seu rebanho de ovelhas para o pasto perto da aldeia de Fátima. Foi como qualquer dia, como os outros na vida de Lúcia com 09 anos, seu primo Francisco com 08 anos e sua irmãzinha Jacinta de 06 anos.

Transcrevemos em seguida as palavras exatas de Lúcia sobre as três aparições do Anjo, estando presentes apenas ela e os seus dois priminhos, Francisco e Jacinta.


1ª Aparição do Anjo.

Conta a Irmã Lucia.

“As datas não posso precisá-las com certeza, porque, nesse tempo, eu não sabia ainda contar os anos, nem os meses, nem mesmo os dias da semana. Parece-me, no entanto, que deveu ser na Primavera de 1916 que o Anjo nos apareceu a primeira vez na nossa Loca do Cabeço... subimos a encosta em procura dum abrigo e como foi, depois de aí merendar e rezar, que começamos a ver, a alguma distância, sobre as árvores que se estendiam em direção ao Nascente, uma luz mais branca que a neve, com a forma dum jovem, transparente, mais brilhante que um cristal atravessado pelos raios do Sol. À medida que se aproximava, íamos-lhe distinguindo as feições. Estávamos surpreendidos e meios absortos. Não dizíamos palavra.

Ao chegar junto de nós, disse:

– Não temais. Sou o Anjo da Paz. Orai comigo.

E ajoelhando em terra, curvou a fronte até ao chão. Levados por um movimento sobrenatural imitamo-lo e repetimos as palavras que lhe ouvimos pronunciar:

Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam.

Depois de repetir isto três vezes, ergueu-se e disse:

– Orai assim. Os Corações de Jesus e Maria estão atentos à voz das vossas súplicas.

E desapareceu.

A atmosfera do sobrenatural que nos envolveu era tão intensa, que quase não nos dávamos conta da própria existência, por um grande espaço de tempo, permanecendo na posição em

que nos tinha deixado, repetindo sempre a mesma oração.

A presença de Deus sentia-se tão intensa e íntima que nem mesmo entre nós nos atrevíamos a falar.”

Cada uma das palavras do Anjo e até das da narrativa de Lúcia, mereceriam longo e apropriado comentário e dariam lugar para proveitosa meditação. Será feito em ocasião mais oportuna.


2ª Aparição do anjo.

“A segunda deveu ser no pino do Verão, (junho) nesses dias de maior calor, em que íamos com (os) rebanhos para casa, no meio da manhã, para os tornar a abrir só à tardinha. Fomos, pois passar as horas da sesta à sombra das árvores que cercavam o poço já várias vezes mencionado.

De repente, vimos o mesmo Anjo junto de nós.

– Que fazeis? Orai! Orai muito! Os Corações de Jesus e Maria têm sobre vós desígnios de misericórdia. Oferecei constantemente ao Altíssimo orações e sacrifícios.

Como nos havemos de sacrificar? – perguntei.

– De tudo que puderdes, oferecei um sacrifício em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores. Atraí, assim, sobre a vossa Pátria, a paz. Eu sou o Anjo da sua guarda, o Anjo de Portugal.

Sobretudo, aceitai e suportai com submissão o sofrimento que o Senhor vos enviar.

Estas palavras do Anjo gravaram-se em nosso espírito, como uma luz que nos fazia compreender quem era Deus, como nos amava e queria ser amado; o valor do sacrifício, e como o sacrifício Lhe era agradável, como por atenção ao sacrifício oferecido, convertia os pecadores.

Por isso, desde esse momento, começamos a oferecer ao Senhor tudo que nos mortificava, mas sem discorrermos a procurar outras mortificações ou penitências, exceto a de passarmos horas seguidas prostrados por terra, repetindo a oração que o Anjo nos tinha ensinado.


3ª Aparição do anjo.

A terceira aparição parece-me que deveu ser em Outubro ou fins de Setembro, porque já não íamos passar as horas da sesta a casa. Passamos da Prégueira (é um pequeno olival pertencente à meus pais) para a Lapa, dando a volta à encosta do monte pelo lado de Aljustrel e Casa Velha.

Rezamos aí o terço e a oração que na primeira aparição o Anjo nos tinha ensinado. Estando, pois, aí, apareceu-nos pela terceira vez, trazendo na mão um cálice e sobre ele uma Hóstia, da qual caíam, dentro do cálice, algumas gotas de sangue. Deixando o cálice e a Hóstia suspensos no ar, prostrou-se em terra e repetiu três vezes a oração:

– Santíssima Trindade, Padre, Filho, Espírito Santo, adoro-Vos profundamente e ofereço-Vos o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-Vos a conversão dos pobres pecadores.

Depois, levantando-se, tomou de novo na mão o cálice e a Hóstia e deu-me a Hóstia a mim e o que continha o cálice deu-o a beber à Jacinta e ao Francisco, dizendo, ao mesmo tempo:

– Tomai e bebei o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos. Reparai os seus crimes e consolai o vosso Deus.

De novo se prostrou em terra e repetiu conosco mais três vezes a mesma oração:

– Santíssima Trindade... etc.

E desapareceu.

Levados pela força do sobrenatural que nos envolvia, imitávamos o Anjo em tudo, isto é, prostrando-nos como Ele e repetindo as orações que Ele dizia. A força da presença de Deus era tão intensa que nos absorvia e aniquilava quase por completo. Parecia privar-nos até do uso dos sentidos corporais por um grande espaço de tempo.

Nesses dias, fazíamos as ações materiais como que levados por esse mesmo ser sobrenatural que a isso nos impelia. A paz e felicidade que sentíamos era grande, mas só íntima, completamente concentrada a alma em Deus. O abatimento físico, que nos prostrava, também era grande.»

E aqui temos, na simplicidade fiel da narradora e protagonista, contada uma das cenas mais portentosas de toda a história humana nas suas relações com o sobrenatural. Tanto as palavras proferidas como o cenário e todos os gestos, são densos de doutrina e de profundo significado que deixamos ao estudo dos entendidos, com vista a conclusões e aplicações práticas.

Citamos apenas umas palavras de Lúcia:

Na terceira aparição, a presença do sobrenatural foi ainda muitíssimo mais intensa. Por vários dias, nem mesmo o Francisco se atrevia a falar. Dizia depois:

– Gosto muito de ver o Anjo; mas o pior é que, depois, não somos capazes de nada. Eu nem andar podia, não sei o que tinha! Apesar de tudo, foi ele quem se deu conta, depois da terceira aparição do Anjo, das proximidades da noite. Foi quem disso nos advertiu e quem pensou em conduzir o rebanho para casa.

Passados os primeiros dias e recuperado o estado normal, perguntou o Francisco:

– O Anjo, a ti, deu-te a Sagrada Comunhão; mas a mim e à Jacinta, que foi o que Ele nos deu?

– Foi também a Sagrada Comunhão? – respondeu a Jacinta, numa felicidade indizível. – Não vês que era o Sangue que caía da Hóstia?

– Eu sentia que Deus estava em mim, mas não sabia como era! E prostrando-se por terra, permaneceu por largo tempo, com a sua Irmã, repetindo a oração do Anjo: Santíssima Trindade..., etc.

AS APARIÇÕES DE NOSSA SENHORA.

Os povos envolvidos em guerra (1ª guerra mundial 1914-1918) espalhavam a morte, medo e a dor. Portugal atravessava uma grave crise, almas desorientadas envolviam-se na descrença, corações com fé suplicavam paz e a salvação para o mundo. Foi nesta atmosfera humana que brilhou o belo e risonho dia 13 de Maio de 1917.

Neste dia as três crianças apascentavam um pequeno rebanho na Cova da Iria, freguesia de Fátima, conselho de Vila Nova de Ourém, hoje diocese de Leiria-Fátima. Chamavam-se Lúcia de Jesus, já com 10 anos, e Francisco e Jacinta Marto, seus primos, de 09 e 07 anos.

Por volta do meio dia, depois de rezarem o terço, como habitualmente faziam, entretinham-se a construir uma pequena casa de pedras soltas, no local onde hoje se encontra a Basílica. De repente, viram uma luz brilhante; julgando ser um relâmpago, decidiram ir-se embora, mas, logo abaixo, outro clarão iluminou o espaço, e viram em cima de uma pequena azinheira (onde agora se encontra a Capelinha das Aparições), uma "Senhora mais brilhante que o sol", de cujas mãos pendia um terço branco.

A Senhora disse aos três pastorinhos que era necessário rezar muito e convidou-os a voltarem à Cova da Iria durante mais cinco meses consecutivos, no dia 13 e àquela hora. As crianças assim fizeram, e nos dias 13 de Junho, Julho, Setembro e Outubro, a Senhora voltou a aparecer-lhes e a falar-lhes, na Cova da Iria. A 19 de Agosto, a aparição deu-se no sítio dos Valinhos, a uns 500 metros do lugar de Aljustrel, porque, no dia 13, as crianças tinham sido levadas pelo Administrador do Conselho, para Vila Nova de Ourém.

Na última aparição, a 13 de Outubro, estando presentes cerca de 70.000 pessoas, a Senhora disse-lhes que era a "Senhora do Rosário" e que fizessem ali uma capela em Sua honra.

Depois da aparição, todos os presentes observaram o milagre prometido às três crianças em Julho e Setembro: o sol, assemelhando-se a um disco de prata, podia fitar-se sem dificuldade e girava sobre si mesmo como uma roda de fogo, parecendo precipitar-se na terra.

Posteriormente, Nossa Senhora apareceu só a Lúcia uma 7ª vez em 15 de Junho de 1921 na cova da Iria como ela mesma conta em seu diário, indicando o caminho que Lúcia deveria seguir.

Após sendo Lúcia já religiosa de Santa Doroteia, Nossa Senhora apareceu-lhe novamente em Espanha (10 de Dezembro de 1925 e 15 de Fevereiro de 1926, no Convento de Pontevedra, e na noite de 13/14 de Junho de 1929, no Convento de Tuy), pedindo a devoção dos cinco primeiros sábados (rezar o terço, meditar nos mistérios do Rosário, confessar-se e receber a Sagrada Comunhão, em reparação dos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria) e a Consagração da Rússia ao mesmo Imaculado Coração. Este pedido já Nossa Senhora o anunciara em 13 de Julho de 1917, na parte já revelada do chamado "Segredo de Fátima".

Deus olhou para o mundo com bondade e misericórdia no silêncio da Cova da Iria.


1ª APARIÇÃO13 de Maio de 1917.

Lúcia descreve com exatidão o primeiro encontro com a Virgem da carrasqueira:

Andando a brincar com a Jacinta e o Francisco, no cimo da encosta da Cova da Iria a fazer uma paredezita em volta de uma moita, vimos de repente como que um relâmpago.

– É melhor irmos embora para casa. Disse a meus primos:

– Estão a fazer relâmpagos e pode vir trovoada.

E começamos a descer a encosta, tocando as ovelhas em direção à estrada. Ao chegar mais ou menos a meio da encosta quase junto de uma azinheira grande que aí havia, vimos outro relâmpago e dado alguns passos mais adiante vimos sobre uma carrasqueira uma Senhora vestida toda de branco mais brilhante que o Sol, espargindo luz mais clara e intensa que um copo de água cristalina atravessado pelos raios do sol mais ardente.

Paramos surpreendidos pela aparição. Estávamos tão perto que ficávamos dentro da luz que a cercava ou que Ela espargia, talvez a metro e meio, mais ou menos.

Então Nossa Senhora disse-nos:

– Não tenhais medo, hei não vos faço mal.

– De onde é Vossemecê? Lhe perguntei.

– Sou do Céu!

– E que é que Vossemecê me quer?

– Vim para vos pedir que venhais aqui seis meses seguidos, no dia e a esta mesma hora, depois vos direi quem sou e o que quero. Depois voltarei aqui ainda uma sétima vez.

– E eu também vou para o Céu?

– Sim, vais!

– E a Jacinta?

– Também.

– E o Francisco?

– Também, mas tem que rezar muitos terços...

Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido, e de súplica pela conversão dos pecadores?

– Sim queremos!

– Ides, pois, ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto.

Foi ao pronunciar estas palavras (a graça de Deus, etc...) que abriu pela primeira vez as mãos, comunicando-nos uma luz tão intensa, como que reflexo que delas expedia, que penetrando-nos no peito e no mais íntimo da alma, fazia-nos ver a nós mesmos em Deus, que era essa luz; mais claramente que nos vemos no melhor dos espelhos.

Então por um impulso íntimo, também comunicado, caímos de joelhos e repetíamos intimamente: "Ó Santíssima Trindade, eu Vos adoro, Meu Deus, Meu Deus, eu Vos amo no Santíssimo Sacramento."

Passados os primeiros momentos, Nossa Senhora acrescentou:

– Rezem o terço todos os dias, para alcançarem a paz do mundo e o fim da guerra.

Em seguida começou a elevar-se serenamente subindo em direção ao nascente até desaparecer na imensidade da distância. A luz que A circundava ia como que abrindo um caminho no cerrado dos astros, motivo porque algumas vezes dissemos que vimos abrir-se o Céu.

Nossa Senhora de Fátima

Santo do dia - 13 de maio

Nossa Senhora de Fátima

No dia 5 de maio de 1917, o mundo ainda vivia os horrores da Primeira Guerra Mundial, então o papa Bento XV convidou todos os católicos a se unirem em uma corrente de orações para obter a paz mundial com a intercessão da Virgem Maria. Oito dias depois ela respondeu à humanidade através das aparições em Fátima, Portugal.
Foram três humildes pastores, filhos de famílias pobres, simples e profundamente católicas, os mensageiros escolhidos por Nossa Senhora. Lúcia, a mais velha, tinha dez anos, e os primos, Francisco e Jacinta, nove e sete anos respectivamente. Os três eram analfabetos.

Contam as crianças que brincavam enquanto as ovelhas pastavam. Ao meio-dia, rezaram o terço. Porém rezaram à moda deles, de forma rápida, para poder voltar a brincar. Em vez de recitar as orações completas, apenas diziam o nome delas: "ave-maria, santa-maria" etc. Ao voltar para as brincadeiras, depararam com a Virgem Maria pairando acima de uma árvore não muito alta. Assustados, Jacinta e Francisco apenas ouvem Nossa Senhora conversando com Lúcia. Ela pede que os pequenos rezem o terço inteirinho e que venham àquele mesmo local todo dia 13 de cada mês, desaparecendo em seguida. O encontro acontece pelos sete meses seguintes.

As crianças mudam radicalmente. Passam a rezar e a fazer sacrifícios diários. Relatam aos pais e autoridades religiosas o que se passou. Logo, uma multidão começa a acompanhar o encontro das crianças com Nossa Senhora.

As mensagens trazidas por ela pediam ao povo orações, penitências, conversão e fé. A pressão das autoridades sobre os meninos era intensa, pois somente eles viam a Virgem Maria e depois contavam as mensagens recebidas, até mesmo previsões para o futuro, as quais foram reveladas nos anos seguintes e, a última, o chamado "terceiro segredo de Fátima", no final do segundo milênio, provocando o surgimento de especulações e histórias fantásticas sobre seu conteúdo. Agora divulgado ao mundo, soube-se que previa o atentado contra o papa João Paulo II, ocorrido em 1981.

Na época, muitos duvidavam das visões das crianças. As aparições só começaram a ser reconhecidas oficialmente pela Igreja na última delas, em 13 de outubro, quando sinais extraordinários e impressionantes foram vistos por todos no céu, principalmente no disco solar. Poucos anos depois, os irmãos Francisco e Jacinta morreram. A mais velha tornou-se religiosa de clausura, tomando o nome de Lúcia de Jesus, e permaneceu sem contato com o mundo por muitos anos.

O local das aparições de Maria foi transformado num santuário para Nossa Senhora de Fátima. Em 1946, na presença do cardeal representante da Santa Sé e entre uma multidão de católicos, houve a coroação da estátua da Santíssima Virgem de Fátima. Em 13 de maio de 1967, por ocasião do aniversário dos cinqüenta anos das aparições de Fátima, o papa Paulo VI foi ao santuário para celebrar a santa missa a mais de um milhão de peregrinos que o aguardavam, entre eles irmã Lúcia de Jesus, a pastora sobrevivente, que viu e conversou com Maria, a Mãe de Deus.

Esta mensagem de Fátima foi um apelo à conversão, alertando a humanidade para não travar a luta entre o bem e o mal deixando Deus de lado, pois não conseguirá chegar à felicidade, pois, ao contrário, acabará destruindo-se a si mesma. Na sua solicitude materna, a Santíssima Virgem foi a Fátima pedir aos homens para não ofender mais a Deus Nosso Pai, que já está muito ofendido. Foi a dor de mãe que a fez falar, pois o que estava em jogo era a sorte de seus filhos. Por isso ela sempre dizia aos pastorzinhos: "Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores, que vão muitas almas para o inferno por não haver quem se sacrifique e peça por elas".

Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós !

quarta-feira, 12 de maio de 2010

12 de Maio - Santo do dia

São Pancrácio

As catacumbas romanas atraem devotos e turistas de todo o mundo. Ali estão enterrados os santos dos primeiros anos do catolicismo. Entre eles, do adolescente Pancrácio, com as inscrições confirmando o seu martírio.

Pancrácio nasceu em Roma, filho de pais cristãos, nobres, ricos e amigos do imperador Diocleciano. Órfão, ainda muito criança foi morar com um tio chamado Dionísio. Com o seu apoio conseguiu estudar em Roma, indo morar na mesma casa onde fazia seu retiro o papa Marcelino, que respeitava Pancrácio por sua modéstia, doçura, piedade e profunda fé.

Mas como a perseguição de Diocleciano não dava tréguas a cristão nenhum, Pancrácio, então com catorze anos de idade, e seu tio Dionísio foram denunciados e levados a júri.

O tio foi imediatamente morto. Pancrácio ainda mereceu uma certa consideração do imperador. Afinal, estava na flor da idade e era filho de alguém que havia sido seu amigo. Diocleciano tentou envolver Pancrácio com promessas, astúcias e, finalmente, ameaças. Nada deu resultado. Como o adolescente respondia a tudo afirmando que não temia a morte, pois a levaria direto a Deus, o imperador perdeu a paciência e mandou logo decapitá-lo. Era o dia 12 de maio de 304.

O seu túmulo se encontra numa das estradas mais famosas de Roma, a Via Aurélia, no cemitério de Ottavilla, onde, no século VI, o papa Símaco mandou erguer uma igreja em sua homenagem, existente até hoje. Há muitas outras igrejas em louvor a são Pancrácio na Itália, França, Inglaterra e Espanha, onde seu culto se difundiu. A ele também foram dedicados os mosteiros de Roma, fundado por são Gregório Magno, e o de Londres, fundado por santo Agostinho de Canterbury.

A fama de santidade de são Pancrácio se espalhou e sua devoção é muito intensa até hoje. Ele é o padroeiro dos enfermos na Itália, padroeiro dos trabalhadores na Espanha e padroeiro da Juventude da Ação Católica na América Latina.

São Pancrácio, rogai por nós !

terça-feira, 11 de maio de 2010

Santa Maria Bertilla Boscardin

Hoje, lembramos a vida de santidade de Santa Maria Bertilla, que nasceu em Vicenza, na Itália, em 1888, numa família de camponeses. Quando jovem serviu a Igreja como catequista de crianças. Chamada por Deus, entrou para as Irmãs Dorotéias dos Sagrados Corações.

Na sua comunidade ocupou trabalhos de limpeza, lavanderia, cozinha e outros, que foram instrumentos de santidade para si e aos outros, já que assumiu tudo com amor.
Formada como enfermeira, pôde colocar em ação a sua caridade, uma vez que teve que enfrentar a Primeira Guerra Mundial.

Transferida para perto de Milão, Santa Maria voltou para seus trabalhos em Vêneto, onde viveu para os outros e glorificando a Deus, até pegar uma doença e da misericórdia do Senhor recebeu a recompensa da Glória, isto com apenas 34 anos.


Santa Maria Bertilla Boscardin, rogai por nós!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

EUCARISTIA OU NADA

Uma afirmação destas só tem sentido para os crentes, que não são, nem os ateus que não crêem em Deus, nem os Hebreus e os Muçulmanos, que não crêem em Cristo, nem os Protestantes, que não crêem na Igreja Católica, Apostólica, Romana.

Dirijo-me, pois, aos membros desta, eclesiásticos e leigos, para concluir, com uma série de considerações radicais, próprias para fazer pensar a sério, para decidir de uma vez para sempre, qual deve ser o comportamento de cada um nos seus confrontos com o Cristianismo, de adesão ou de rejeição.

O dogma eucarístico, tal como é proposto, explicado, definido e vivido na Igreja, desde a sua origem, implica a fé na verdadeira, real e substancial PRESENÇA DE CRISTO.

É este o ponto de que parto. Trata-se do dogma mais conhecido e discutido, tendo empenhado a reflexão teológica há mais de um milênio... Para o mesmo convergem todos os atos de culto. Verdade é que ele é o fundamento insuprimível da vida espiritual dos fiéis, o Centro de que irradiam todas as iniciativas e formas do dinamismo eclesial.

E então: se a presença de Cristo nos nossos sacrifícios não é real, no sentido defendido pelo Magistério contra o Protestantismo, A Igreja Católica não tem nenhuma razão de existir. Nas hipóteses, esta seria o produto da mais colossal impostura.

- Aludindo à presença real, derivada unicamente da transubstanciação, o pão consagrado reduzir-se-ia a um símbolo de Cristo e o pão ficaria apenas pão, mesmo que as palavras da consagração lhe tivessem conferido um significado e uma virtude que ele antes não tinha.

- Negada a transubstanciação, não se daria a real presença de Cristo, COMO PRINCIPAL SACERDOTE OFERENTE A PRINCIPAL VÍTIMA OFERCIDA. A Missa, por isso, não seria a celebração sacramental do único, perfeito e irrepetível Sacrifício da Cruz. Através do simbolismo do pão consagrado, a Missa não seria senão a memória daquilo que aconteceu no Calvário. O rito, nessa hipótese, não seria celebrado por Cristo-Cabeça; mas pela Igreja-Corpo, que se limita a recordar aquilo que fez Cristo-Cabeça.

- A Missa, se não é idêntico Sacrifício da Cruz, sacramentalmente oferecido, não exige nenhum sacerdote que a celebre na Pessoa de Cristo... concluir-se-ia que todos os fiéis seriam ou estariam autorizados a reevocá-lo, mesmo que sob a direção de alguém, digno e capaz de fazer as funções de presidente da assembléia.

- Na Igreja Católica, a Hierarquia é fundada no Sacerdócio Ministerial. Todos os seus poderes, de fato brotam daquilo que, em virtude do Sacramento da Ordem, torna o presbítero capaz de realizar ou atualizar a obra expiadora e redentora realizada por Cristo com o Sacrifício da Cruz, suprema fonte de todo o bem, ou seja, de toda a luz da verdade e de toda a graça necessária para viver santamente e salvar-se: a faculdade de ensinar e de governar não tende para outra coisa.

- Por conseguinte, se não se desse O SACERDÓCIO MINISTERIAL, não se daria sequer Hierarquia: aquela que, na Igreja, para além de dirigir, resolve infalivelmente, em nome de Cristo, todos os fundamentais problemas da fé e da moral.

- Em tal hipótese, à supressão do sacerdócio e da hierarquia, seguir-se-ia o toldar ou apagar-se a luz da Revelação positiva, desde sempre interpretada e proposta pelo magistério infalível da Igreja, assistida pelo Espírito de Sua Cabeça invisível, Cristo, Sacerdote e Vítima, Pastor e Mestre da Verdade.

- Faltando o magistério da Igreja, termos o verdadeiro ocaso da civilização cristã, pelo que o mundo voltaria à condição espiritual em que vivia antes de Cristo, e na qual, depois, se veio a encontrar, sempre que tem rejeitado a Sua mediação redentora, contando apenas consigo, ou seja, esbracejando na escuridão, na ignorância e na angústia da dúvida, que têm gerado interpretações, as mais contraditórias e absurdas, dos máximos problemas da existência... Ficando inteiramente subjugado ou esmagado sob a tempestade de paixões que o aviltam, até ao próximo embrutecimento, o exaltam até a loucura e à violência, que tudo desagrega e aniquila.

Estas reflexões são destinadas a todos os fiéis, mas, sobretudo ao Clero: aquilo que costuma fazer boa figura na teologia protestante, que invade os centros católicos de estudo, propaga-se através de revistas e jornais, incarna-se numa prática litúrgica que insensivelmente, por culpa de pastores desprevenidos, vai cada vez mais escurecendo a consciência do povo, ao redor do mais sublime de todos os mistérios cristãos. Escrevi, não tanto como crente e teólogo, mas como historiador devidamente informado de dados absolutamente certos e definidos pela lógica que os coordena de um modo irrefutável.

Dirijo-me, repito, sobretudo aos sacerdotes:

- Que tratam Cristo-Eucarístico como um objeto, reduzindo-lhe a realidade substancial e pessoal a um vazio “símbolo”;

- Que rejeitam o caráter sacrificial da Missa, para celebrar triunfalisticamente uma Ressurreição de Cristo que é apenas efeito da Sua morte;

- Que jamais compreenderam nem apreciaram o seu próprio sacerdócio, cuja dignidade os faz salientar-se ou elevar-se acima de todos os fiéis, com os quais, pelo contrário, demagogicamente, se comprazem em apresentar-se como sendo do mesmo nível; não aceitam a Hierarquia Eclesiástica, fundada na Ordem sagrada, pela qual os seus membros são autorizados a representar, como Seus ministros, Cristo-Cabeça do Corpo Místico e continuar assim a Sua obra redentora, ensinado, santificando e governando.

A todos estes, digo:

“Vós, não acreditando no vosso sacerdócio, não tendes autoridade alguma sobre os fiéis, pelo que deveis renunciar ao vosso ministério e deixar assim de enganar o povo que vos segue, apenas porque vos considera ministros de Cristo, membros da Hierarquia. Se, não acreditando no vosso sacerdócio, vos pondes ao nível de todos os comuns crentes e por isso mesmo não podeis constituir uma categoria de pessoas de respeito, com privilégios e isenções perante o Estado, sem que vos distingas dos outros cidadãos, ou de seguidores ou sequazes de outras confissões religiosas...”.

Se não estais conscientes, nem ciosos do vosso sacerdócio ministerial, o estudo da teologia como ciência de Deus que é, não é um dever para vós; pelo que podeis e deveis procurar uma outra via de cultura, pelo menos para salvar o vosso decoro pessoal e assim encontrardes com que descortinardes um outro meio de subsistência, como todos os honestos e honrados cidadãos.

“Vós, se presumis ensinar em nome da Igreja Católica, ficai sabendo que as vossas convicções podem apenas arruína-la ou destruí-la, fazendo-a atacar como a mais iníqua sociedade humana, que há milênios, abusando da ignorância e da boa fé de milhões de criaturas, teria humilhado a todos, a ponto de impor que se preste um culto de latria a humildes alimentos da mesa humana.

Foi por isso que a Igreja, por culpa vossa, sofreu, no decurso dos séculos, a repressão dos Governos, decididos a atingir-vos principalmente a vós, como os mais ignóbeis charlatães e parasitas da sociedade civil. Se vós disserdes, ou fizerdes compreender, ao público, que no Sacramento do altar, não está ninguém, todos ficarão autorizados a condenar-vos como os mais ímpios mistificadores da história.

DESPEDIDA

Termino um livro de estudo, não de caráter devocional, mesmo que o assunto me tenha obrigado às vezes a deter-me para refletir e adorar.

Mas isso foi deveras provocado pela persistente ação agressiva atirada contra o Ministério Eucarístico, por alguns pretensos teólogos e liturgistas católicos, seguidos por uma corrente do Clero que contagia fiéis menos avisados ou informados e feverosos, defendendo a pior interpretação e aplicação da reforma litúrgica.

O tom francamente decidido do escrito, corresponde à sua obra subversiva, o mais possível insidiosa ou astuta, insinuante e gradual, aparentemente respeitadora e delicada.

Para torná-la mais eficaz junto da opinião pública, costumam ou escolheram eles mesmos classificar de tendências direitistas, tradicionalistas e lefebristas, todos quantos os contestam, presumindo ser apenas eles os únicos sábios, moderados, abertos ao espírito do Vaticano II, informados do seu ecumenismo.

Mesmo que o Concílio, de índole prevalentemente pastoral, se tenha limitado a confirmar a anterior magistério solene e ordinário da Igreja, os novos profetas mostram não saber que, na área da única verdade autêntica, não se dá, nem direita nem esquerda... Mas sim que a Tradição por nós invocada é fonte da Palavra de Deus... Que verdadeiro ecumenismo é apenas abertura aos não crentes orientada no sentido de propagar a fé sempre propagada pela Igreja Católica..., e que a pessoa e obra de Mons. Lefebre não tem nada senão a ver com uma exposição doutrinal empenhada unicamente a defender a Verdade e a sintonizar com a Tradição.

De todos aceito e agradeço apenas a indicação de algum involuntário desvio da via indicada pelo Magistério, à luz de uma documentação de tal modo conhecida, que me pareceu até supérfluo citar uma vez ou outra.

E não menos agradecerei algum revelo crítico a respeito da elaboração especulativa do dogma. Não me bastou acreditar, tendo também querido compreender, pelo menos quanto basta para não embater ou chocar contra evidentes princípios da razão.

É precisamente a “fides quaerenes intelectun”, em que Santo Agostinho me precedeu (Sermão 43,c.7,n.9 PL38,258). O seu mesmo ardor na procura da verdade me estimulou a enfrentar problemas particularmente árduos: “Rapinur amoe indagandar veritatis” (De Trinit. I c.5, n.8, PL42, 825).

E na fadiga, ás vezes duríssima, ajudaram-me as grandes asas da autoridade e da razão: “Nulli autem dubium est gemino pondere nos impelli ad discendum, AUCTORITATIS ATQUERATIONIS”. (Contra Academ. III c. 20, PL 32 957).

Finalmente, não hesito em declarar que, para conduzir a investigação com a devida seriedade no sulco da tradição patrística, preferi manter-me fiel ao mais genuíno tomismo, segundo a recomendação do Vaticano II.

A falta de citações de São Tomás, em preciosos textos que lhe são bem próprios, mas que teriam alongado e sobrecarregado a exposição, é substituída pelas notas acrescentadas a este texto, que seguidamente publico a jeito de apêndice, oferecendo aos mais motivados e empenhados a possibilidade de ampliar e aprofundar a investigação.

O sóbrio e límpido estilo de São Tomás consentirá a todos a surpresa de descer ao próprio CORAÇÃO do Corpo Místico, e perder-se na dimensão infinita do seu amor:

“Ó pastor e pastagem,

Sacerdote e Sacrifício,

Alimento e Bebida dos eleitos,

Pão e Vinho, alimento do espírito,

Remédio na Enfermidade quotidiana,

Mesa suavíssima!...”. (Sermão da festa do Corpo de Cristo)

Não surpreende que os adversários do dogma eucarístico sejam ainda, na pista de Lutero, sobretudo os teólogos mais irredutivelmente hostis a São Tomás

10 de maio - Santo do dia

Santo Antonino de Florença

Antonino Pierozzi nasceu em Florença, na Itália, em 1389. Seu pai era tabelião e sua mãe dona de casa, ambos muito religiosos. Sendo filho único e obedecendo ao desejo dos pais, fez o curso de direito e se tornou um perito na matéria. Mas, seu sonho era entregar-se à vida religiosa e, para tanto, Antonino procurou ingressar na Ordem Dominicana.

Foi recusado, pois o superior não confiou em seu corpo pequeno e magro, aparentemente fraco. Disse a Antonino que só seria aceito se ele decorasse completamente todo o Código de Direito Canônico, coisa julgada impossível e que ninguém fizera até então. Mas Antonino não se deu por vencido e, poucos meses depois, procurou novamente o superior e provou que cumprira a tarefa.

Foi admitido de imediato e se fez um modelo de religioso, apesar de poucos acreditarem que ele pudesse resistir à disciplina e aos rígidos deveres físicos que a Ordem exigia. Ordenado sacerdote, ocupou cargos muito importantes. Foi superior em várias casas, provincial e vigário-geral da Ordem. Deixou escritos teológicos de grande valor. Entretanto, mais do que seus discursos, seu exemplo diário é que angariava o respeito de todos, que acabavam por naturalmente imitá-lo numa dedicada obediência às regras da Ordem.

Quando ficou vaga a Sé Episcopal de Florença, o papa Eugênio IV decidiu nomear Antonino para o cargo. Entretanto ele fugiu para não ter de assumir o posto, mas afinal foi encontrado pelo amigo beato Frà Angélico e teve, por força, de aceitá-lo. A Igreja, até hoje, comemora o quanto a fé ganhou com isso. Antonino de Florença, em todos os registros, é descrito como pastor sábio, prudente, enérgico e, sobretudo, santo.

Combateu o neopaganismo renascentista e defendeu o papado no Concílio de Basiléia. Conseguiu tanto apoio popular que acabou com o jogo de azar na diocese. No palácio episcopal, todos os que o procuravam encontravam as portas abertas, principalmente os pobres e necessitados. Havia ordem expressa sua para que nenhum mendigo fosse afastado dali antes de ser atendido.

A fama de sua santidade era tanta que, certa vez, o papa Nicolau V declarou em público que o julgava tão digno de ser canonizado ainda em vida quanto Bernardino de Sena, que acabava de ser inscrito no livro dos santos da Igreja. Antonino resistiu até os setenta anos, quando o trabalho ininterrupto o derrotou. Morreu no dia 2 de maio de 1459.

O papa Adriano VI canonizou santo Antonino de Florença em 1523 Seu corpo incorrupto é venerado na basílica dominicana de São Marco, em Florença. A Ordem Dominicana o celebra no dia 10 de maio.

Santo Antonino de Florença, rogai por nós