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domingo, 11 de julho de 2010

Evangelho do dia

15º Domingo do Tempo Comum

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68

Evangelho segundo S. Lucas 10,25-37.

Levantou-se, então, um doutor da Lei e perguntou-lhe, para o experimentar: «Mestre, que hei-de fazer para possuir a vida eterna?» Disse-lhe Jesus: «Que está escrito na Lei? Como lês?» O outro respondeu: «Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todas as tuas forças e com todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.» Disse-lhe Jesus: «Respondeste bem; faz isso e viverás.» Mas ele, querendo justificar a pergunta feita, disse a Jesus: «E quem é o meu próximo?» Tomando a palavra, Jesus respondeu: «Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos dos salteadores que, depois de o despojarem e encherem de pancadas, o abandonaram, deixando o meio morto. Por coincidência, descia por aquele caminho um sacerdote que, ao vê-lo, passou ao largo. Do mesmo modo, também um levita passou por aquele lugar e, ao vê-lo, passou adiante. Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, encheu-se de compaixão. Aproximou-se, ligou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho, colocou-o sobre a sua própria montada, levou-o para uma estalagem e cuidou dele. No dia seguinte, tirando dois denários, deu-os ao estalajadeiro, dizendo: 'Trata bem dele e, o que gastares a mais, pagar-to-ei quando voltar.' Qual destes três te parece ter sido o próximo daquele homem que caiu nas mãos dos salteadores?» Respondeu: «O que usou de misericórdia para com ele.» Jesus retorquiu: «Vai e faz tu também o mesmo.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por: São Severo de Antioquia

«Desceu do Céu» (Credo)


«Certo homem descia de Jerusalém para Jericó». Cristo [...] não disse: «Alguém descia», mas «certo homem descia», porque a passagem diz respeito a toda a humanidade. A mesma que, a seguir ao pecado de Adão, deixou a morada suprema, calma, sem sofrimento e maravilhosa do paraíso, chamada de pleno direito Jerusalém – nome que significa «paz de Deus» –, e desceu para Jericó, país rude e baixo, onde o calor é abrasador. Jericó é a vida febril deste mundo, a vida que nos separa de Deus. [...] Uma vez que a humanidade se desviou do bom caminho para esta vida [...], o bando de demónios selvagens vem atacá-la como um bando de salteadores, que a despojam das vestes da perfeição, não lhe deixando nenhum vestígio da força de alma, nem da pureza, nem da justiça, nem da prudência, nem de nada do que caracteriza a imagem divina (Gn 1, 26); mas, batendo-lhe com as pancadas repetidas dos vários pecados, abatem-na e deixam-na por fim meia morta. [...]

A Lei dada por Moisés passou [...], mas faltou-lhe força, não conduzindo a humanidade a uma cura completa, não levantando a humanidade que jazia por terra. [...] É que a Lei oferecia sacrifícios e oferendas «que de modo algum podiam dar a perfeição àqueles que assistiam aos sacrifícios» porque «é impossível que o sangue dos touros e dos carneiros tire os pecados» (Heb 10, 1.4). [...]

Por fim passou um Samaritano. Cristo dá-Se a Si mesmo, o nome de Samaritano. Porque [...] é Ele mesmo que vem, realizando o desígnio da Lei e fazendo ver, pelas Suas obras, «quem é o próximo» e em que consiste «amar os outros como a si mesmo». .

11 de julho - Santo do dia

São Bento de Nórcia

As informações sobre a vida de Bento nos foram transmitidas pelo seu biógrafo e contemporâneo, papa são Gregório Magno. No livro que enaltece o seu exemplo de santidade de vida, ele não registrou as datas de nascimento e morte. Assim, apenas recebemos da tradição cristã o relato de que Bento viveu entre os anos de 480 e 547.

Bento nasceu na cidade de Nórcia, província de Perugia, na Itália. Pertencia à influente e nobre família Anícia e tinha uma irmã gêmea chamada Escolástica, também fundadora e santa da Igreja. Era ainda muito jovem quando foi enviado a Roma para aprender retórica e filosofia. No entanto, decepcionado com a vida mundana e superficial da cidade eterna, retirou-se para Enfide, hoje chamada de Affile. Levando uma vida ascética e reclusa, passou a se dedicar ao estudo da Bíblia e do cristianismo.

Ainda não satisfeito, aos vinte anos isolou-se numa gruta do monte Subiaco, sob orientação espiritual de um velho monge da região chamado Romano. Assim viveu por três anos, na oração e na penitência, estudando muito. Depois, agregou-se aos monges de Vicovaro, que logo o elegeram seu prior. Mas a disciplina exigida por Bento era tão rígida, que esses monges indolentes tentaram envenená-lo. Segundo seu biógrafo, ele teria escapado porque, ao benzer o cálice que lhe fora oferecido, o mesmo se partiu em pedaços.

Bento abandonou, então, o convento e, na companhia de mais alguns jovens, entre eles Plácido e Mauro, emigrou para Nápoles. Lá, no sopé do monte Cassino, onde antes fora um templo pagão, construiu o seu primeiro mosteiro.

Era fechado dos quatro lados como uma fortaleza e aberto no alto como uma grande vasilha que recebia a luz do céu. O símbolo e emblema que escolheu foram a cruz e o arado, que passaram a ser o exemplo da vida católica dali em diante.

As regras rígidas não poderiam ser mais simples: "Ora e trabalha". Acrescentando-se a esse lema "leia", pois, para Bento, a leitura devia ter um espaço especial na vida do monge, principalmente a das Sagradas Escrituras. Desse modo, estabelecia-se o ritmo da vida monástica: o justo equilíbrio, do corpo, da alma e do espírito, para manter o ser humano em comunhão com Deus. Ainda, registrou que o monge deve ser "não soberbo, não violento, não comilão, não dorminhoco, não preguiçoso, não detrator, não murmurador".

A oração e o trabalho seriam o caminho para edificar espiritual e materialmente a nova sociedade sobre as ruínas do Império Romano que acabara definitivamente. Nesse período, tão crítico para o continente europeu, este monge tão simples, e por isto tão inspirado, propôs um novo modelo de homem: aquele que vive em completa união com Deus, através do seu próprio trabalho, fabricando os próprios instrumentos para lavrar a terra. A partir de Bento, criou-se uma rede monástica, que possibilitou o renascimento da Europa.

Celebrado pela Igreja no dia 11 de julho, ele teria profetizado a morte de sua irmã e a própria. São Bento não foi o fundador do monaquismo cristão, que já existia havia três séculos no Oriente. Mas merece o título de "Pai do Monaquismo Ocidental", que ali só se estabeleceu graças às regras que ele elaborou para os seus monges, hoje chamados "beneditinos". Além disto, são Bento foi declarado patrono principal de toda a Europa pelo papa Paulo VI, em 1964, também com justa razão.

São Bento de Nórcia, rogai por nós !

sábado, 10 de julho de 2010

10 de julho - Santo do dia

Santo Antônio Percierskij

Antônio, que antes se chamava Antipas, nasceu na Ucrânia no ano de 983. Percierskij, na realidade, não é o seu sobrenome, mas sim um apelido e tem um significado: "da gruta". Trata-se de uma referência à cela, escavada por ele mesmo, no vale de Dnjepr, próximo a Kiev, que deu origem à vida monástica russa.

Antônio "da gruta", desde a adolescência, sempre buscou a solidão das cavernas, típicas de sua região, para suas orações contemplativas. Depois viveu, até os quarenta e cinco anos de idade, peregrinando solitário pelos inúmeros mosteiros do monte Athos, na Grécia. Os registros indicam que ele permaneceu alguns anos no mosteiro de Esphigmenon, quando decidiu continuar a vida de penitência e oração na sua pátria. Foi assim que escavou a primeira gruta em Kiev.

Logo surgiram muitos seguidores, e curiosos, que se sentiam atraídos pelos ensinamentos e pela fama de santidade daquele homem de oração e penitência. Todos queriam aprender com o monge sábio e justo, que nunca se mostrava irritado. Era um homem manso e silencioso, pleno de misericórdia com todos. Essa sua personalidade foi muito bem retratada pelo fiel discípulo Nestor, ao escrever "Histórias dos tempos passados".

Contudo Antônio insistia em viver solitário, enquanto os seus seguidores formavam uma comunidade. Com sua permissão, foram construindo várias celas pela região e, depois, uma primeira igreja. Assim, em 1051, surgiu o "Mosteiro das Grutas", cuja arquitetura foi projetada integrando as grutas escavadas por esses monges primitivos.

Esse mosteiro se tornou um dos centros religiosos mais importantes de toda a Rússia. A sua comunidade se tornou famosa pela caridade, instrução, prestígio cultural e pelo esplendor da liturgia ortodoxa cristã. Além das belas igrejas que iam surgindo, consideradas verdadeiras obras de arte da arquitetura eslava. Antônio não desejava dirigir todo esse movimento, mas tinha noção exata do que ocorria. Por isso manteve-se como o exemplo da comunidade e a direção ele confiou ao seu discípulo Teodósio, que sedimentou e estabeleceu as regras da vida monástica.

Por perseguição política, Antônio foi obrigado a abandonar Kiev em 1055. Foi refugiar-se próximo a Cernigov, onde criou um outro mosteiro, conservando a regras de vida do anterior, imprimindo a sua marca pelo exemplo na oração, penitência e caridade. Mas no mosteiro de Kiev, haviam permanecido alguns religiosos, guiados pelo discípulo Teodósio, que é considerado co-fundador do mosteiro. Por isso Antônio conseguiu retornar clandestinamente e lá permaneceu recluso até a sua morte, no dia 10 de julho de 1073.

Do Mosteiro da Gruta de Kiev original restou uma parte não muito grande, pois nos anos de 1299 e 1316 foi quase destruído pelas invasões dos tártaros. Em1926, foi fechado pelo regime comunista. Só em 1988 ele foi reaberto definitivamente. Hoje, ele faz parte do patrimônio da humanidade, como um monumento tombado e conservado pela Unesco.

Santo Antônio Percierskij, rogai por nós !

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Papa nomeia especialista em direito para endireitar Legionários de Cristo

O Papa Bento XVI nomeou nesta sexta-feira o arcebispo Velasio de Paolis, especialista em direito e economia, comissário dos Legionários de Cristo, com a finalidade de endireitar a influente congregação e desmontar o controvertido sistema de poder de seu fundador, o falecido mexicano Marcial Maciel, afastado por pedofilia.

O novo "delegado pontifício" da congregação mexicana é de nacionalidade italiana, tem 74 anos e ocupava o cargo de presidente da Prefeitura para Assuntos Econômicos da Santa Sé, um espécie de Ministério da Economia do Vaticano.

O anúncio de sua nomeação foi feito na sala de imprensa do Vaticano, em um comunicado de duas linhas, que também anunciou que o pontífice se encontra de férias em Castel Gandolfo, em Roma. De Paolis, que durante cinco anos, até 2008, foi secretário do Supremo Tribunal da Santa Sé, conta com uma notável experiência no campo jurídico e econômico e deverá colocar em ordem o enorme patrimônio econômico da entidade religiosa, cujo fundador, o mexicano Marcial Maciel, foi acusado de abusos sexuais.

Pouco conhecido pela imprensa, ele figura entre os religiosos próximos ao secretário de Estado, Tarcisio Bertone, e terá o espinhoso trabalho de controlar diretamente a congregação ultraconservadora, presente em quase todos os países latino-americanos, além da Espanha e Itália.

O Papa anunciou em maio que iria nomear um delegado externo para os Legionários com o objetivo de "acompanhar e ajudar" a congregação "no caminho da purificação", depois de ter comprovado o "comportamento objetivamente imoral" de seu fundador.

O padre Maciel, morto em 2008, aos 87 anos, foi denunciado por abusos sexuais de menores e manteve relacionamentos com duas mulheres, com as quais teve vários filhos. Maciel, que até a sua morte dirigiu com mão de ferro os Legionários de Cristo, congregação fundada em 1941 no México, era pai de uma menina, fruto de um relacionamento secreto, cuja existência foi reconhecida em 2009.

De Paolis substitui o superior geral, o mexicano Álvaro Corcuera, cujo futuro não foi definido no comunicado. Não se exclui a possibilidade de outros altos dirigentes da Legião, muitos deles mexicanos, sejam substituídos.

Em 1º de maio deste ano, Bento XVI anunciou a reformulação da Legião e de sua ala laica, o Regnum Christi, e condenou firmemente a vida "sem escrúpulos" de Marcial Maciel depois de receber o informe dos bispos que realizaram a inspeção. Entre os assuntos que De Paolis deverá encarar estão os regulamentos autoritários da entidade e a total obediência imposta pelo fundador aos membros. O Vaticano advertiu em maio que vai redefinir o carisma da congregação, "revisar o exercício da autoridade, que tem que estar a par da verdade" e "preservar a fé entusiasta e o zelo missionário dos jovens".

A Santa Sé destaca que "grande parte" dos membros da congregação desconhecia os danos causados pelo fundador que "criou a seu redor um mecanismo de defesa que fez dele uma pessoa quase impossível de atingir durante muito tempo". Em maio de 2006, Bento XVI obrigou Maciel a "renunciar a qualquer Ministério Público" e "a retirar-se a uma vida de oração e penitência".

Por isso, descartou-se um juízo canônico pela idade avançada e o precário estado de saúde do religioso. A organização está presente em 22 países e reivindica 800 sacerdotes, 2.500 seminaristas e 70 mil membros laicos. Além disso, administra 12 universidades.

9 de julho - Santo do dia

Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus

Hoje comemoramos a santidade de vida da naturalizada brasileira Amábile Lúcia Visintainer que nasceu no ano de 1865 e partiu para a Glória em 1942. Nascida em Vigolo Vattaro (Itália), com apenas 10 anos de idade emigrou com seus pais para o Brasil dirigindo-se para o Estado de Santa Catarina, no sul do país.

Santa Paulina, antes de entrar para a vida consagrada, dedicou-se religiosamente em cuidar de uma senhora com câncer e a partir desta experiência caridosa deu-se a descoberta do Carisma que fora reconhecido em 1895 pelo Bispo de Curitiba, Paraná, com o nome de Filhas da Imaculada Conceição.

Na oração litúrgica da Igreja é pedido a Deus para nós fiéis a virtude do serviço, motivado pelo amor, a qual mais brilhou no coração da virgem Paulina do Coração Agonizante de Jesus.

Santa Paulina, rogai por nós!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

8 de julho - Santo do dia

Bem-aventurado Eugênio III

O papa Eugênio III nasceu em Montemagno, numa família cristã, rica e da nobreza italiana. Foi batizado com o nome de Píer Bernardo Paganelli, estudou e recebeu a ordenação sacerdotal na diocese de Pisa, centro cultural próximo da sua cidade natal.

Possuía um temperamento reservado, era inteligente, muito ponderado e calmo. Segundo os registros da época, em 1130 ele teve um encontro com o religioso Bernardo de Claraval, fundador da Ordem dos Monges Cistercienses e hoje um santo da Igreja. A afinidade entre ambos foi tão grande que, cinco anos depois, Píer Bernardo ingressou no mosteiro dirigido pelo amigo e vestiu o hábito cisterciense.

Através da convivência com Bernardo de Claraval, ele se tornou conhecido, pois foi escolhido para abrir um outro mosteiro da Ordem em Farfa, diocese de Viterbo, sendo consagrado o abade pelo papa Inocêncio II. Quando esse papa morreu, o abade Píer Bernardo foi eleito sucessor.

Isto ocorreu não por acaso, ele era o homem adequado para enfrentar a difícil e delicada situação que persistia na época. Roma estava agitada e às voltas com graves transtornos provocados, especialmente, pelo líder político Arnaldo de Bréscia e outros republicanos que exigiam que fosse eleito um papa que forçasse a entrega do poder político ao seu partido. Muitas casas de bispos e cardeais já tinham sido saqueadas. Por isso os cardeais resolveram escolher o abade Píer Bernardo, justamente porque ele estava fora do colégio cardinalício, portanto isento das pressões dos republicanos.

Ele assumiu o pontificado com o nome de papa Eugênio III. Mas teve de fugir de Roma à noite, horas após sua eleição, para ser coroado no mosteiro de Farfa, em Viterbo. Era o dia 18 de fevereiro de 1145. Como a situação da cidade não era segura, o novo papa e seus cardeais decidiram mudar para Viterbo. Quando a população romana foi informada, correu para pedir sua volta. Foi assim, apoiado pelo povo, que o papa Eugênio III retornou para Roma e assumiu o controle da cidade, impondo a paz. Infelizmente, durou pouco.

Em 1146, Arnaldo passou a exigir a destruição total de Trívoli. Novamente o papa Eugênio III teve de fugir. Como se recusou a comandar o massacre, ele corria risco de morte. Teve de atravessar os Alpes para ingressar na França, onde permaneceu exilado por três anos.

Os conflitos não paravam, o povo estava sempre nas ruas, liderado por Arnaldo, e o papa teve de ser duro com os insubordinados da Igreja que se aproveitavam da situação. Nesse período, convocou quatro concílios para impor disciplina. Também depôs os arcebispos de York e Mainz; promoveu uma séria reforma na Igreja e na Cúria Romana em defesa da ortodoxia nos estudos eclesiásticos. Enviou o cardeal Breakspear, o futuro papa Adriano IV, para divulgá-la na Escandinávia, enquanto ele próprio ainda o fazia percorrendo o norte da Itália.

Só retornou a Roma depois de receber ajuda do imperador alemão Frederico Barba-Roxa, contra os republicanos de Arnaldo. Ainda pôde defender a Igreja contra os invasores turcos e iniciar a construção do palácio pontifício. Morreu no dia 8 de julho de 1153, depois de governar a Igreja por oito anos e cinco meses, num período tão complicado e violento da história. O papa Eugênio III foi beatificado em 1872.

Bem-aventurado Eugênio III, rogai por nós

quarta-feira, 7 de julho de 2010

7 de julho - Santo do dia

Santo Adriano

Adriano viveu no século IV. Era casado com Natália. Recebia oração e via o testemunho de sua esposa nas pequenas coisas, na fidelidade, no amor a Deus e a ele.

Adriano pertencia à chefia da guarda romana, onde o Imperador Diocleciano perseguia duramente os cristãos. Numa ocasião, foram presos 22 cristãos, que testemunharam Jesus perante os tribunais. O coração de Adriano se decidiu por Cristo naquele momento e quis pertencer ao número daqueles heróis do Senhor. Decidiu-se por Cristo, foi preso, sofreu todas as pressões para negar a fé em Cristo e na Igreja.

Natália acompanhou tudo e orava pela fidelidade de seu esposo a Cristo. Adriano teve uma última chance de declarar seu amor à esposa e foi martirizado, queimado vivo, juntamente com os outros 22 cristãos.

Santo Adriano, rogai por nós!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Corte de Direitos Humanos de Estrasburgo decide recurso contra proibição de crucifixos em escolas públicas italianas

1. A Corte de Direitos Humanos da União Europeia, com sede em Estrasburgo (França), começa a decidir hoje, em sessão plenária (Grande Conselho), o recurso interposto pelo governo italiano sobre poder manter os crucifixos nas escolas públicas.

Como já informado com exclusividade neste espaço Sem Fronteiras de Terra Magazine, uma das câmaras da chamada Corte de Estrasburgo (Corte de Direitos Humanos da União Europeia), em reclamação apresentada pela mãe de um estudante, vetou a possibilidade de manutenção do crucifixo em todas as escolas públicas italianas. Para a Câmara, vale a regra do “Estado laico”, consagrada pela União Europeia.
O Estado italiano, pelo presidente Giorgio Napolitano (o premiê Berlusconi é só chefe do governo), apresentou recurso ao Grande Conselho da Corte de Estrasburgo. No recurso, em resumo, fala-se da tradição cultural, ou seja, o crucifixo, nas salas de aula dos estabelecimentos públicos de ensino, representa um símbolo, o emblema a exprimir o “elevado fundamento dos valores civis no ordenamento do Estado”.
Como bem colocado no recurso do Estado italiano, não se trata de símbolo a revelar escolha devocional. Nem imposição aos alunos de uma religião. Muito menos fonte de conflito com a educação ministrada pelos genitores, pois não se impõe e nem se sugere religião em escola pública.
No caso em exame pelo Grande Conselho, o pai do aluno não subscreveu a reclamação. Dizendo-se ateu, deixou para a mãe, não italiana (apenas residente na Itália), a propositura da reclamação. E a mãe fala em símbolo perturbador, a confundir entre o ensinado em casa (liberdade de escolha) e o “mostrado nas paredes da escola”.

Muitos juristas europeus revelam preocupação com uma eventual violação à soberania nacional. Isto é muito claro. Afinal, existe a questão da identidade cultural de uma nação. Uma corte europeia jamais decidiu sobre tema, a se intrometer em questão soberana. Como ensinava a minha saudosa mãe Lydia Fanganiello (os seus pais eram italianos de Molise), a Europa, e não só a Itália, tem raiz judaico-cristã. De se acrescentar, e o país tem, como nós, uma carteira de identidade e ela estampa a origem greco-romana.

Com efeito, por traz da reclamação por uma mãe que fala em direito de educar o filho segundo as suas convicções, existe uma questão de soberania nacional. Conforme a decisão da Corte de Direitos Humanos, essa soberania poderá ser enterrada. A propósito, a Corte Constitucional da Itália e o Conselho de Estado italiano já decidiram, muito antes da reclamação formulada à Corte de Estrasburgo, que era legítima a manutenção de crucifixos nas salas de aula de escolas públicas.

PANO RÁPIDO.
A questão não é simples e o Grande Conselho da Corte de Direitos Humanos da União Europeia poderá levar muito tempo para chegar a uma decisão final.

Com o devido respeito, foram precipitados os membros da Câmara que entenderam o crucifixo, em escola pública, como um fato de transgressão europeia ao princípio da laicidade e à lei, que estabelece a igualdade.

Por mais paradoxal, o crucifixo, na Itália (e vale para o Brasil), é um ato laico de uma República, pois simboliza a sua tradição cultural.

Por: Wálter Fanganiello Maierovitch - IBGF