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sábado, 6 de abril de 2013

6 de abril - Santo do dia

São Marcelino 
 
São Marcelino era um alto funcionário do Império Romano no século quinto, muito amigo de Santo Agostinho. Inclusive, algumas obras escritas pelo grande teólogo bispo Agostinho, partiram de consultas feitas por Marcelino. 
 
Vivia em Cartago, onde acumulava dois cargos: tabelião e tribuno. Bom pai de família e homem de notável honradez, Marcelino era conhecido pela sua bondade, sendo estimado por todos. Era muito religioso, reconhecido realmente como homem de muita fé e dedicação à Igreja, mas acabou sendo acusado por hereges donatistas.
 
O bispo Donato considerava inválido os sacramentos ministrados por religiosos em pecado. Ele defendia que os sacramentos só podiam ser ministrados por santos, e não por pecadores. Os seguidores do bispo Donato, portanto, se tornaram os donatistas e a Igreja se dividiu.
 
Quando Marcelino se opôs ao movimento donatista foi denunciado  e caluniado como cúmplice do usurpador Heracliano e condenado à morte. Apenas um ano depois da execução da pena é que o erro da justiça romana foi reconhecido pelo próprio imperador Honório. Assim, a acusação foi anulada e a Igreja passou a reverenciar São Marcelino como mártir. 
Seus últimos minutos de vida foram relatados por São Dâmaso, o qual afirma que, quando menino, ouviu do próprio carrasco o relato da morte dos dois mártires: “O perseguidor furioso ordenara que lhe fosse cortada a cabeça no meio de um bosque, para que ninguém soubesse onde estava o corpo. Esta é a história de seu triunfo”.

Reflexão:
Marcelino foi morto porque, mesmo diante de falsas acusações, manteve sua fé em Cristo. Ele sabia que todos nós somos santos e pecadores e que seria impossível querer servir a Deus sendo perfeitamente santo. A santidade é conquistada no dia-a-dia e ninguém nasce santo. Sejamos perseverantes na conquista da santidade e, sobretudo, confiemos na graça de Deus, que distribui largamente o dom da perfeição cristã. 

Oração:
Deus eterno e todo-poderoso, quiseste que São Marcelino governasse todo o vosso povo, servindo-o pela palavra e pelo exemplo. Guardai, por suas preces, os pastores de vossa Igreja e as ovelhas a eles confiadas, guiando-os no caminho da salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. 


São Marcelino, rogai por nós!

sexta-feira, 5 de abril de 2013

5 de abril - Santo do dia

São Vicente Ferrer

Nascido na Espanha em 1350, viveu em tempos difíceis pois, por influência política, havia um cisma na Igreja do Ocidente: por Cardeais foi declarada inválida a eleição de Urbano VI como Papa, e foi escolhido Roberto de Genebra que tomou o nome de Clemente VII. As coroas ibéricas procuraram manter-se neutras entre os dois Papas, mas o de Avinhão esforçou-se por conquistar a obediência delas e mandou como seu legado o Cardeal Pedro de Luna. Este procurou o apoio de Vicente, que lho deu em boa fé e escreveu um tratado sobre o cisma.
São Vicente acompanhou o mesmo legado nalgumas viagens por esses reinos, regressando depois ao ensino e à pregação em Valência. Pouco depois, volta Pedro de Luna a Avinhão e sucede a Clemente VII como Papa, tomando o nome de Bento XIII. E é reclamada a presença de Vicente em Avinhão, onde passa uns anos.

São Vicente Ferrer foi um santo religioso dominicano, grande pregador e fiel ao carisma. Ele pregava sobre a segunda vinda de Jesus, o Juízo Final, mas de uma maneira que provocava uma conversão nas pessoas. Sua pregação, Deus a confirmava com sinais, milagres e conversões.

Um homem de penitência, da verdade, da esperança, que semeava a unidade e essa expectativa do Senhor que voltará.

Vicente pôde contribuir para a eleição do Papa e pôde deixar bem claro, pela sua vida, que a Palavra de Deus precisa ser anunciada com o espírito e com uma vida a serviço da verdade e da Igreja.

São Vicente Ferrer, rogai por nós!

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Bem-Aventurado Francisco Marto - 4 de abril

Francisco Marto
Bem-Aventurado
* 1908 + 1909 

 

O beato Francisco Marto nasceu em Aljustrel, aldeia de Fátima, na diocese de Leiria-Fátima, Portugal, no dia 11 de junho de 1908.

Ainda muito pequeno acompanhou, com sua irmã Jacinta e sua prima Lúcia, também crianças, as aparições de Fátima, onde aprendeu a conhecer e a louvar a Deus e à Virgem Maria.
 

Em 13 de maio de 1917, enquanto pastoreavam o rebanho, eles tiveram a graça singular de ver a Santíssima Mãe de Deus, que, por desígnio divino, veio à procura dos pequeninos privilegiados do Pai na Cova da Iria.

 

Fala-lhes com voz e coração de mãe e convida-os a rezarem pelos pecadores e pela conversão da humanidade.

 

Foi então que das suas mãos maternas saiu uma luz que os penetrou intimamente, sentindo-se imersos em Deus. Mais tarde, Francisco, um dos três privilegiados, exclamava: "Nós estávamos a arder naquela luz que é Deus e não nos queimávamos".
 

A Francisco, o que mais o impressionava e absorvia era Deus naquela luz imensa que penetrara no íntimo dos três. Só a ele, porém, Deus se dera a conhecer, tão triste, como Francisco dizia.
 

Sua vida e das meninas sofre uma transformação radical; certamente não comum para suas idades. Entregam-se a uma vida espiritual intensa, em oração assídua e fervorosa, chegando a uma verdadeira comunhão com o Senhor. Caminham para uma progressiva purificação do espírito através da renúncia aos próprios gostos e até às brincadeiras inocentes de criança.
 

Após um tempo os dois irmãos, Jacinta e Francisco, contraem pneumonia e são obrigados a permanecer de cama. Nessa ocasião, receberam, novamente, a visita da Virgem Maria, que avisa Jacinta que virá buscar Francisco muito em breve.

Não suportando os grandes sofrimentos da doença, morreu no dia 4 de abril de 1919. Tudo lhe parecia pouco para consolar Jesus, por isso morreu com um sorriso nos lábios.
 

Francisco tinha um profundo desejo de reparar as ofensas dos pecadores, esforçando-se por ser bom e oferecendo sacrifícios e oração.

 

Ele foi enterrado no cemitério de Fátima e, em 1952, foi transferido para a basílica do santuário.

 

No dia 13 de maio de 2001, dia em que se comemora o dia de Nossa Senhora de Fátima, o papa João Paulo II, em visita a Portugal, esteve no Santuário de Fátima para beatificar Francisco Marto, cuja festa determinou para o dia de sua morte.

 

Na cerimônia estava presente irmã Lúcia de Jesus, a prima vidente, morta 13 de fevereiro de 2005.

Santo do dia - 4 de abril

São Caetano Catanoso

São Caetano nasceu em Chorio de San Lorenzo, Itália, no dia 14 de fevereiro de 1879, numa família profundamente cristã. 
 
Com a idade de 10 anos, sentindo a vocação ao sacerdócio, entrou no Seminário Arquiepiscopal de Régio. Foi ordenado sacerdote em 20 de setembro de 1902. Naquele momento, manifestou publicamente o seu desejo de ser um ministro de Cristo digno, fervoroso e incansável.
 

Em 1904, foi nomeado pároco de Pentidattilo, uma vila onde existia somente a pobreza, o analfabetismo e a ignorância religiosa, e as pessoas viviam no silêncio o drama da marginalização e da prepotência.

Dedicou-se inteiramente à missão de pastor, compartilhando com todos as privações, as angústias, as alegrias e as dores do seu povo.
 

O povo identificou nele o carisma da paternidade e espontaneamente começaram a chamá-lo de "pai", o que qualificava a sua personalidade sacerdotal e pastoral.

Foi apaixonado pela devoção à Sagrada Face sofredora do Senhor e abraçou a missão de defender o culto da mesma entre seu povo. Foi diretor espiritual do seminário diocesano, capelão dos hospitais reunidos e confessor em vários institutos religiosos.
 

Em 1934, fundou a Congregação das Irmãs Verônicas da Sagrada Face, aprovada canonicamente em 1953.
 

Morreu santamente em 4 de abril de 1963, em Régio Calábria, na Casa Matriz da Congregação que ele tinha fundado.

 

Hoje, a sua vida doada produz muitos frutos. Foi proclamado santo pelo papa Bento XVI no dia 23 de outubro de 2005.

 São Caetano Catanoso, rogai por nós!


São Caetano Catanoso
 
Santo Isidoro de Sevilha


Sucedeu a seu irmão São Leandro no Bispado de Sevilha. Piedoso e cheio de zelo, era um dos homens mais cultos do tempo e deixou escritos profundos e originais. Sua atividade como bispo foi fecunda e incansável. O VIII Concílio de Toledo se referiu a ele com estas palavras: “doutor insigne do nosso século, novíssimo ornamento da Igreja Católica, o varão mais sábio dos últimos séculos, cujo nome deve ser pronunciado com reverência”.
 
Santo Isidoro, o mais novo de quatro irmãos, nasceu em 560, em Sevilha, capital da Andaluzia, numa família hispano-romana muito cristã. Seu pai, Severiano, era prefeito de Cartagena e comandava sua cidade dentro dos mais disciplinados preceitos católicos. A mãe, Teodora, educou todos os filhos igualmente nas regras do cristianismo. Como fruto, colheu a alegria de ter quatro deles: Isidoro, Fulgêncio, Leandro e Florentina, elevados à veneração dos altares da Igreja.
 
Isidoro começou a estudar a religião desde muito pequeno, tendo na figura do irmão mais velho, Leandro, o pai que falecera cedo. Conta a história que logo que ingressou na escola o menino tinha muitas dificuldades de aprendizagem, chegando a preocupar a família e os professores, mas rapidamente superou tudo com a ajuda da Providência Divina. Formou-se em Sevilha, onde, além do latim, ainda aprendeu grego e hebraico, e ordenou-se sacerdote.

 Tudo isso contribuiu muito para que trabalhasse na conversão dos visigodos arianos, a começar pelo próprio rei. Isidoro também foi o responsável pela conversão dos judeus espanhóis.  Tornou-se arcebispo e sucedeu a seu irmão Leandro, em Sevilha, durante quase quatro décadas. Logo no início do seu bispado, Isidoro organizou núcleos escolares nas casas religiosas, que são considerados os embriões dos atuais seminários. Sua influência cultural foi muito grande, era possuidor de uma das maiores e mais bem abastecidas bibliotecas e seu exemplo levou muitas pessoas a dedicarem seus tempos livres ao estudo e às boas leituras.

Após, retirou-se para um convento, onde poderia praticar suas obrigações religiosas e também se dedicar intensamente aos estudos. 

Por seus profundos conhecimentos, presidiu o II Concílio de Sevilha, em 619, e o IV Concílio de Toledo, em 633, do qual saíram leis muito importantes para a Igreja, de modo que a religiosidade se enraizou no país.
Por isso foi chamado de "Pai dos Concílios" e "mestre da Igreja" da Idade Média.
 

Santo Isidoro era tão dedicado à caridade que sua casa vivia cheia de mendigos e necessitados, isso todos os dias.

No dia 4 de abril de 636, sentindo que a morte estava se aproximando, dividiu seus bens com os pobres, publicamente pediu perdão para os seus pecados, recebeu pela última vez a eucaristia e, orando aos pés do altar, ali morreu.
 
Deixou uma obra escrita sobre cultura, filosofia e teologia considerada a mais valorosa do século VII. Nada menos que uma enciclopédia, com vinte e um volumes, chamada Etimologias, considerada o primeiro dicionário escrito, um livro com a biografia dos principais homens e mulheres da Bíblia, regras para mosteiros e conventos, além de muitos comentários acerca de cada um dos livros da Bíblia, estudo que mais lhe agradava.
 
Dante Alighieri cita Isidoro de Sevilha em seu livro A divina comédia, no capítulo do Paraíso, onde vê "brilhar o espírito ardente" nesse teólogo. 

Em 1722, o papa Bento XIV proclamou santo Isidoro de Sevilha doutor da Igreja, e seu culto litúrgico confirmado para o dia de sua morte.
 

Santo Isidoro de Sevilha, rogai por nós!



quarta-feira, 3 de abril de 2013

3 de abril - Santo do dia

São Luís Scrosoppi

Luís nasceu em 4 de agosto de 1804, em Udine, cidade do Friuli, no Norte da Itália. Foi o último dos filhos de Antônia e Domingos Scrosoppi, cristãos fervorosos que educaram os filhos dentro dos preceitos da fé e na caridade. Aos doze anos, Luís ingressou no seminário diocesano de Udine, e, em 1827, foi ordenado sacerdote.

A região do Friuli, a partir de 1800, mergulhou na miséria em conseqüência das guerras e epidemias, o que serviu ao padre Luís de estímulo para cuidar dos necessitados. Dedicou-se, com outros sacerdotes e um grupo de jovens professoras, à acolhida e à educação das "derelitas", as mais sozinhas e abandonadas jovens de Udine e dos arredores. A elas ele disponibilizou todos os seus bens, suas energias e seu afeto, sem economizar nada de si. Quando foi preciso, ele não hesitou em pedir esmolas. A sua vida foi, de fato, uma expressão palpável da grande confiança na Providência Divina.

Com essas senhoras, chamadas de "professoras", hábeis no trabalho de costura e de bordado, que estavam aptas à alfabetização, dispostas a colocarem suas vidas nas mãos do Senhor para servi-lo e optando por uma vida de pobreza, padre Luís Scrosoppi fundou a Congregação das Irmãs da Providência. Mas notou que necessitava de algo mais para dar continuidade a essa obra. Por isso, aos quarenta e dois anos de idade, em 1846, tornou-se um "filho de são Felipe" e, através do santo, aprendeu a mansidão e a doçura, qualidades que lhe deram mais idoneidade na função de fundador e pai da nova família religiosa.

Todas as obras feitas por padre Luís refletiram sua opção pelos mais pobres e necessitados. Ele profetizou certa vez: "Doze casas abrirei antes da minha morte", e sua profecia concretizou-se. Foram, realmente, doze casas abertas às jovens abandonadas, aos doentes pobres e aos anciãos que não tinham família. Porém Luís não se dedicava apenas às suas obras de caridade. Ele também oferecia seu apoio espiritual e econômico a outras iniciativas sociais de Udine, realizadas por leigos de boa vontade. Era dele, também, a missão de sustentar todas as atividades da Igreja, em particular as destinadas aos jovens do seminário de Udine.

Depois de 1850, a Itália unificou-se, num clima anticlerical, e os fatos políticos representaram um período difícil para Udine e toda a região do Friuli. Uma das conseqüências foi o decreto de supressão da "Casa das Derelitas" e da Congregação dos Padres do Oratório, de Udine. Após uma verdadeira batalha, conseguiu salvar as "Casas", mas não conseguiu impedir a supressão da Congregação do Oratório.

Já no fim da vida, padre Luís transferiu a direção de suas obras às irmãs, que aceitaram a missão com serenidade e esperança. Quando sentiu chegar o fim, dirigiu suas últimas palavras às irmãs, animando-as para os revezes que surgiriam, lembrando-as: "... Caridade! Eis o espírito da vossa família religiosa: salvar as almas e salvá-las com a caridade". Morreu no dia 3 de abril de 1884. Toda a população de Udine e das cidades vizinhas foram vê-lo pela última vez e pedir-lhe ajuda do paraíso celeste.

No terceiro milênio, as irmãs da Providência continuam a obra do fundador nos seguintes países: Romênia, Moldávia, Togo, Índia, Bolívia, Brasil, África do Sul, Uruguai e Argentina.
Padre Luís Scrosoppi foi proclamado santo pelo papa João Paulo II em 2001. Nessa solenidade estava presente um jovem sul-africano que foi curado, em 1996, da Aids. Por esse motivo, esse mesmo pontífice declarou São Luis Scrosoppi padroeiro dos portadores do vírus da Aids e de todos os doentes incuráveis. O jovem sul-africano que se curou desse vírus entrou no Oratório de São Felipe Néri, tomando o nome de Luís. 


São Luís Scrosoppi, rogai por nós!


São Ricardo Bachedine


Ricardo Bachedine nasceu na Inglaterra em 1197, já em meio a uma tragédia familiar: os pais, que eram nobres e ricos, de repente caíram na miséria. Logo depois, morreram e deixaram-lhe como herança muitas dívidas e um casal de irmãos. Por isso Ricardo teve de deixar os estudos com os beneditinos em Worcester e voltou para casa para ajudar a restaurar as finanças. A situação melhorou e ele voltou para os estudos, deixando as propriedades aos cuidados de um bom administrador, resguardando, assim, os irmãos de qualquer imprevisto.

Ricardo completou sua formação na Universidade de Oxford, onde foi eleito reitor. Desde então, começou sua atuação em prol da Igreja, pois eram anos de grande corrupção moral.

O povo, ignorante e supersticioso, aceitava passivamente a vida devassa dos nobres e do clero, que há muito estava afastado da disciplina monástica. Ricardo, ao contrário, vivia com austeridade e passou a lutar por uma reforma geral nos meios católicos, para com isso elevar o nível de vida do povo, tanto material quanto espiritual. Na universidade, favoreceu a aceitação dos frades franciscanos e dominicanos, que aos poucos instituíram a volta da disciplina e da humildade entre os religiosos e seus agregados.

Essa postura acabou gerando retaliações do rei Henrique III ao bispo da Cantuária, sob a orientação de quem Ricardo agia. Perseguido pelo rei, o bispo buscou exílio na França e Ricardo o acompanhou fielmente até que morresse. Foi neste período que, por insistência do bispo, ordenou-se sacerdote, apesar dos seus quarenta e cinco anos. Os seus talentos e sua dedicação foram recompensados um ano depois, quando o arcebispo da Cantuária consagrou-o bispo de Chichester. Henrique III ficou furioso, apossando-se dos bens da diocese e proibindo Ricardo de assumir seu cargo.

Mas Ricardo não se intimidou, voltou disfarçado de mendigo e, na clandestinidade, atuou durante dois anos, organizando o trabalho pastoral da diocese junto ao povo explorado. Entretanto o papa Inocêncio IV perdeu a calma e ameaçou excomungar o rei, que teve de aceitar Ricardo como bispo de Chichester. Assim, ele pôde atuar com liberdade até morrer, em Dover, no dia 3 de abril de 1253, a caminho de uma cruzada.

Ricardo foi sepultado no cemitério da catedral de Chichester e sua santidade era tanta que, nove anos depois, o papa Ubaldo IV o canonizou. Em 1276, com a presença do casal real dos ingleses e outras cabeças coroadas da Europa, o corpo de são Ricardo foi transferido para um relicário dentro do altar maior da catedral, o qual depois foi destruído pelo cismático rei Henrique VIII, em 1528. Mas suas relíquias foram secretamente levadas para várias igrejas da diocese. Somente em 1990 elas foram reunidas e voltaram para a catedral de Chichester, onde foram depositadas na urna sob o mesmo altar.

São Ricardo é festejado, tanto pelos católicos como pelos anglicanos, no dia 3 de abril, sendo venerado como padroeiro dos cavaleiros e dos cocheiros. 


São Ricardo Bachedine, rogai por nós!
 

terça-feira, 2 de abril de 2013

Santo do dia - 2 de abril

Santa Maria do Egito (Egipicia)
Maria do Egito foi canonizada como penitente porque escolheu essa forma de expiar os pecados cometidos numa vida de vícios mundanos. Entregou-se muito jovem ao mundo dos prazeres, sem regra nem moral.

Ela morreu em 431, mas temos sua confissão feita no deserto, um ano antes de morrer, ao monge Zózimo, também ele canonizado mais tarde. Nessa ocasião, ainda estava vagando penitente pelo deserto, era já uma senhora e contou ao monge sua história. Disse que fugiu de casa aos doze anos e se instalou em Alexandria, no Egito, vivendo de sua beleza e sedução, arrastando dezenas de almas ao torvelinho do vício. Vida que levou durante dezessete anos, até o dia de sua conversão, que ocorreu de forma muito significativa.

Por diversão e curiosidade fútil, Maria decidiu acompanhar os romeiros que se dirigiam à Terra Santa para a "Festa da Santa Cruz". Ao chegar à porta da igreja, entretanto, não conseguiu entrar. A multidão passava por ela e ia para o interior do templo sem nenhum problema, mas ela não conseguia pisar no solo sagrado. Uma força invisível a mantinha do lado de fora e, por mais que tentasse, suas pernas não obedeciam a seu comando.

Ela teve, então, um pensamento que lhe atingiu a mente como um raio. Uma voz lhe disse que seus pecados a tinham tornado indigna de comparecer diante de Deus, o que a fez chorar amargamente. Dali onde estava, podia ver uma imagem de Nossa Senhora. Maria rezou e pediu à Santíssima Mãe que intercedesse por ela. Prometeu viver na penitência do deserto o resto da vida, se Deus a perdoasse naquele momento. No mesmo instante, a força invisível sumiu e ela pôde, enfim, entrar.

Após ter confessado e comungado, a ex-mundana tornou-se totalmente uma penitente religiosa, vivendo já havia quarenta e sete anos no deserto, rezando e se alimentando de sementes, ervas e água. Retirou-se do mundo completamente. Um dia antes de morrer, foi encontrada, pelo monge Zózimo, andando sobre as águas do rio Jordão. Ele inicialmente julgou tratar-se de uma miragem, pois estava cumprindo a penitência da Quaresma, como era seu costume. Mas foi tranqüilizado por essa idosa penitente, Maria, que, depois dessa confissão, lhe pediu a eucaristia. Voltou para o deserto, onde faleceu no dia seguinte.

A morte de Maria só foi descoberta um ano depois, quando o monge, na mesma época, foi visitá-la novamente. Encontrou-a morta na solidão, mas seu corpo estava perfeitamente conservado. Apesar de parecer apenas uma tradição católica, no deserto do Egito foi encontrada uma sepultura contendo um corpo incorrupto de uma certa penitente de nome Maria, justamente no lugar indicado pelo santo monge, com anotações que correspondem a esse episódio.

Santa Maria do Egito é celebrada pelos católicos orientais e ocidentais no dia 2 de abril, data que ela deixou anotada como sendo da sua morte, e que corresponde à data indicada também por são Zózimo.

Santa Maria do Egito, rogai por nós!


Santo Abôndio
 Segundo a tradição, Abôndio teria nascido na Tessalônica, Grécia. Alguns estudiosos não aceitam esta informação, porque o seu nome tem raiz latina e, além disso, não existe registro algum sobre sua vida antes de sua ordenação sacerdotal. Entretanto, temos dele uma rica documentação do exercício do seu apostolado e das vitórias que trouxe à Igreja.

Assim, começamos a narrá-lo a partir de 17 de novembro de 440, quando foi consagrado bispo de Como, Itália. Era nesta cidade que Abôndio vivia, exercendo a função de assistente do bispo Amâncio, o qual sucedeu.

Mas dirigiu por pouco tempo essa diocese, pois o papa Leão Magno o chamou para trabalhar a seu lado em Roma. Abôndio era um teólogo muito conceituado, falava com fluência o latim e o grego, por isso foi designado para resolver uma missão delicada, até mesmo perigosa, para a Igreja. Deveria ir para Constantinopla como representante do papa junto ao imperador Teodósio II. Ali sua missão seria restabelecer de modo duradouro a unidade da fé, depois do conflito doutrinal gerado pelo bispo Nestório. Tal heresia, conhecida como nestoriana, estava ocasionando uma séria divisão dentro do clero da Igreja, pois tratava sobre a pessoa humana e divina de Cristo.

Embora as discussões pudessem ser feitas em Roma, um território neutro, como Constantinopla, era mais prudente para evitar algum ataque pessoal mais grave. Mas quando chegou, em 450, o imperador havia morrido e o sucessor era Marciano. Assim, organizou e presidiu um Concílio, no qual defendeu com tenacidade a doutrina católica sobre a natureza de Cristo, tal como estava exposta na carta escrita pelo papa ao bispo Flaviano, patriarca de Constantinopla que havia aderido ao cisma, e da qual Abôndio era seu portador.

Abôndio finalizou com sucesso a sua missão em Constantinopla, com todos os bispos do Oriente, inclusive o imperador Marciano, aceitando e assinando o documento enviado pelo papa, colocando um fim na questão nestoriana. Quando regressou para Roma em 451, foi acolhido com festa pelos fiéis. Cumpriu uma outra missão similar no norte da Itália e foi para a sua diocese em Como. Só então pôde exercer seu episcopado plenamente, sendo reconhecido em toda a região como um eficiente e iluminado pregador.

Abôndio morreu em 2 abril de 469, no dia da Páscoa, e logo após ter feito o sermão. O culto a santo Abôndio se espalhou entre os fiéis, que em certas localidades passaram a homenageá-lo no dia 31 de agosto. Mas sua festa oficial ocorre no dia de sua morte.
 

São Francisco de Paula


Tiago era um simples lavrador que extraia do campo o sustento da família. Muito católico, tinha o costume de rezar enquanto trabalhava, fazia seguidos jejuns, penitências e praticava boas obras. Sua esposa chamava-se Viena e, como ele, era boa, virtuosa e o acompanhava nos preceitos religiosos. Demoraram a ter um filho, tanto que pediram a são Francisco de Assis pela intercessão da graça de terem uma criança, cuja vida seria entregue a serviço de Deus, se essa fosse sua vontade. E foi o que aconteceu: no dia 27 de março de 1416, nasceu um menino que recebeu o nome de Francisco, em homenagem ao Pobrezinho de Assis.

Aos onze anos, Francisco foi viver no convento dos franciscanos de Paula, dois anos depois vestiu o hábito, mas teve de retornar para a família, pois estava com uma grave enfermidade nos olhos. Junto com seus pais, pediu para que são Francisco de Assis o ajudasse a ficar curado. Como agradecimento pela graça concedida, a família seguiu em peregrinação para o santuário de Assis, e depois a Roma. Nessa viagem, Francisco recebeu a intuição de tornar-se um eremita. Assim, aos treze anos foi dedicar-se à oração contemplativa e à penitência nas montanhas da região.


Viveu por cinco anos alimentando-se de ervas silvestres e água, dormindo no chão, tendo como travesseiro uma pedra. Foi encontrado por um caçador, que teve seu ferimento curado ao toque das mãos de Francisco, que o acolheu ao vê-lo ferido.

Depois disso, começou a receber vários discípulos desejosos de seguir seu exemplo de vida dedicada a Deus. Logo Francisco de Paula, como era chamado, estava à frente de uma grande comunidade religiosa. Fundou, primeiro, um mosteiro e com isso consolidou uma nova ordem religiosa, a que deu o nome de "Irmãos Mínimos". As Regras foram elaboradas por ele mesmo. Seu lema era: "Quaresma perpétua", o que significava a observância do rigor da penitência, do jejum e da oração contemplativa durante o ano todo, seguida da caridade aos mais necessitados e a todos que recorressem a eles.

Milhares de homens decidiram abandonar a vida do mundo e foram para o mosteiro de Francisco de Paula, por isso teve de fundar muitos outros. A fama de seus dons de cura, prodígios e profecia chegou ao Vaticano, e o papa Paulo II resolveu mandar um comissário pessoalmente averiguar se as informações estavam corretas. E elas estavam, constatou-se que Francisco de Paula era portador de todos esses dons. Ele previu a tomada de Constantinopla pelos turcos, muitos anos antes que fosse sequer cogitada, assim como a queda de Otranto e sua reconquista pelos cristãos.

Diz a tradição que os poderosos da época tinham receio de suas palavras proféticas, por isso, sempre que Francisco solicitava ajuda para suas obras de caridade, era prontamente atendido. Quando não o era, ele dizia que não deviam esquecer que Jesus dissera que depois da morte eles seriam inquiridos sobre o tipo de administração que fizeram aqui na terra, e só essa lembrança era o bastante para receber o que havia pedido para os pobres.
Depois, o papa Sixto IV mandou que Francisco de Paula fosse à França, pois o rei, Luís XI, estava muito doente e desejava preparar-se para a morte ao lado do famoso monge. A conversão do rei foi extraordinária. Antes de morrer, restabeleceu a paz com a Inglaterra e com a Espanha e nomeou Francisco de Paula diretor espiritual do seu filho, o futuro Carlos VIII, rei da França.

Francisco de Paula teve a felicidade de ver a Ordem dos Irmãos Mínimos aprovada pela Santa Sé em 1506. Ele morreu aos noventa e um anos de idade, no dia 2 de abril de 1507, na cidade francesa de Plessis-les-Tours, onde havia fundado outro mosteiro. A fama de sua santidade só fez aumentar, tanto que doze anos depois, em 1519, o papa Leão X autorizou o culto de são Francisco de Paula, cuja festa litúrgica ocorre no dia de sua morte.


São Francisco de Paula, rogai por nós! 

segunda-feira, 1 de abril de 2013

O Padre Helmut Schüller deve ser afastado; os valores da Igreja Católica são perenes, eternos e não podem ser contestados

Com novo papa, atenção se volta a padre 'suavemente' rebelde

Com sua aparência gentil e profundos olhos azuis, o reverendo Helmut Schüller nem de longe parece desobediente em pessoa. Ele tem a presença calma e segura dos melhores padres paroquiais quer esteja de hábito ou, como em uma tarde recente, usando roupas comuns.

Com sua aparência gentil e profundos olhos azuis, o reverendo Helmut Schüller nem de longe parece desobediente em pessoa. Ele tem a presença calma e segura dos melhores padres paroquiais quer esteja de hábito ou, como em uma tarde recente, usando roupas comuns.

Porém, como um dos organizadores de um grupo com mais de 400 sacerdotes e diáconos que, em 2011, lançou o "Apelo à Desobediência", Schüller, 60 anos, granjeou a reputação de ser um dos principais rebeldes dentro da igreja austríaca. E isso não é um pequeno feito nesta pequena nação alpina, talvez o país mais indisciplinado no mundo católico, um laboratório de ideias liberais e tentativas de reforma.

Entre os setes pontos do Apelo, o grupo disse que "aproveitaria toda oportunidade para falar publicamente a respeito da admissão de mulheres e pessoas casadas no sacerdócio". O grupo foi censurado pelo papa Bento XVI durante sermão no ano passado e Schüller perdeu oficialmente o título honorífico de "monsenhor" poucos meses mais tarde.

Porém, ao contrário de muitos padres que se viram em discordância profunda com o Vaticano, ele prefere continuar trabalhando como sacerdote. Antes vigário-geral da arquidiocese de Viena, Schüller agora trabalha como padre paroquial comum em Probstdorf, a cerca de meia hora de carro da catedral de Santo Estevão, na cidade velha de Viena.

Segundo Schüller, a Iniciativa dos Pregadores começou com um grupo pequeno de padres conversando sobre os problemas enfrentados nas paróquias, a falta de sucessores para assumir seus lugares e a fusão de congregações em resposta ao número declinante de padres e paroquianos.

Ele quase parecia fatigado quando o assunto passou a ser o fim do celibato obrigatório, como se a imprensa sempre quisesse falar sobre sexo quando assuntos menos chocantes, como liturgia, ecumenismo e a concessão de permissão para leigos pregarem nas paróquias sem padres suficientes, eram igualmente prementes. "A igreja está fundamentada na congregação. Não se pode reduzir o fiel a um consumidor que recebe um serviço", disse o padre.

A recente eleição do primeiro papa latino-americano foi saudada com empolgação, um sinal de mudança e evidência tangível de que a igreja global havia se transformado em realidade. Se o papa Francisco pode planejar concentrar os esforços de seu papado nas regiões de crescimento rápido e nos problemas que preocupam seus paroquianos mais pobres, ele muito provavelmente terá de lidar com os novos desafios dos dissidentes em seu próprio quintal, como Schüller.

Pedidos de um papel maior dos leigos nas decisões da igreja, mulheres no sacerdócio e o fim do celibato obrigatório para padres cresceram nos setores liberais da Europa e dos Estados Unidos. Francisco terá de enfrentar as exigências divergentes de uma igreja mundial.

'Em países com fome extrema e violência, onde crianças são roubadas, essas não são as questões principais', disse Hans Peter Hurka, diretor da iniciativa leiga Nós Somos a Igreja, da Áustria. 'Porém, assim que tais necessidades são atendidas, essas questões surgem muito, muito rapidamente.' Todavia, ele alertou contra a atenção concentrada em Schüller. 'Não se resume a uma pessoa só.'

Especialistas apontam as raízes da dissidência na Áustria à época da Reforma, que varreu os territórios austríacos e foi brutalmente reprimida pela casa dos Habsburgo durante a Contrarreforma, transformando o país novamente em católico, mas deixando ressentimento duradouro e desconfiança da hierarquia e das imposições eclesiásticas. 'Nós o transformaremos novamente em católico' é uma expressão antiga ainda empregada ocasionalmente, com o significado de colocar alguém em seu devido lugar.

Schüller ouviu o chamado da igreja em tenra idade, talvez influenciado pelo nascimento à véspera de Natal. Nascido e criado aqui em Viena, ele ficava encantado pelo aspecto místico, os sons do órgão e as orações melífluas. E o menino se tornou coroinha.

No tempo do amado cardeal Franz König, muitos austríacos ficaram particularmente entusiasmados com as mudanças promovidas pelo Concílio Vaticano II. Após décadas de retrocesso, é difícil lembrar a explosão de ideias frescas que surgiram durante o Concílio, ocorrido entre 1962 e 1965, e nos anos logo depois dele.

Entre os estudantes que decidiram entrar para o sacerdócio durante essa época de efervescência intelectual estavam Schüller. A igreja era um lugar estimulante em termos intelectuais à época, com debates não apenas sobre questões teológicas, mas também sobre o futuro da igreja e as questões de justiça social levantadas pelo movimento conhecido como teologia da libertação.

Ele foi ordenado em 1977, ainda esperando a continuidade das reformas e modernizações na igreja. No ano seguinte, a igreja teria três papas na sequência das mortes de Paulo VI e de João Paulo I, sucedido pelo cardeal polonês Karol Wojtyla, que adotou o nome João Paulo II. 'No começo, eu estava fascinado', disse Schüller a respeito de João Paulo II. 'O grande assunto da Europa Oriental era o foco.'

Além da nova ênfase nos países atrás da Cortina de Ferro, outras mudanças se tornaram aparentes. Aconteceu uma reação adversa contra a teologia da libertação e o afastamento do espírito de reforma personificado pelo Concílio Vaticano II. As expectativas de uma igreja modernizada terminaram sendo contidas por um contramovimento tradicionalista. O Vaticano enviou bispos extremamente conservadores para a Áustria, entre eles o cardeal Hans Hermann Groër para o lugar de König, provocando grande discórdia.

Schüller se ocupou durante esses anos trabalhando com jovens e com a instituição beneficente católica Caritas, onde passou alegremente quase uma década, tornando-se diretor austríaco em 1991. Até mesmo seu papel na instituição não foi livre de controvérsias. Ele não tinha papas na língua ao defender imigrantes e pessoas em busca de asilo, fazendo parte de um grupo de austríacos proeminentes que receberam cartas-bomba pelo correio.

A fagulha que transformou o descontentamento em oposição organizada se deu em 1995, quando Groër foi acusado de abusar sexualmente de seminaristas. Groër nunca admitiu a culpa nem foi acusado, mas milhares de austríacos abandonaram a igreja em resultado do escândalo. As acusações de abuso contra Groër também levaram à fundação do Nós Somos a Igreja, que coletou mais de 500 mil assinaturas num pedido de referendo por mudanças na igreja.

 'Desde 1995, a igreja na Áustria nunca mais encontrou a paz', disse Heiner Boberski, correspondente religioso do jornal 'Wiener Zeitung' e autor de livros sobre o Vaticano.
Neste momento de agitação, Christoph Schönborn sucedeu Groër, que caíra em desgraça, como arcebispo de Viena. Ele pediu para Schüller assumir como vigário-geral, espécie de diretor de operações da diocese. Schüller granjeara a reputação de bom administrador na chefia da instituição beneficente e teria preferido ficar nela durante a carreira inteira, mas aceitou o convite quando este chegou.

No ano seguinte, 1996, Schüller se tornou o chefe de um novo grupo encarregado das alegações de abuso. Ele descreveu o processo de aprender mais a respeito do abuso infantil como significativo para a compreensão geral da igreja, quase um despertar. O ato de confrontar o abuso sexual também começou a cristalizar certas ideias sobre o poder centralizado da igreja que nunca antes haviam sido ventiladas.

'Não é apenas abuso sexual, mas abuso sistemático de poder', disse Schüller. 'O sistema ganhou matizes adversos.' Schönborn demitiu abruptamente Schüller do cargo de vigário-geral em 1999. Os problemas cotidianos de sua paróquia foram modelando seu pensamento. Em abril de 2006, ele ajudou a fundar a Iniciativa dos Pregadores, pedindo reformas na igreja. 'Ele é bastante receptivo a ideias novas de nossa parte', afirmou Maria Todling-Weiss, 42 anos, que trabalha com Schüller na administração da igreja em Probstdorf. 'Ele sempre fala: 'Vamos tentar'.'

'Tem a ver com a igreja vinda de baixo', ele afirmou levantando as palmas para cima da mesa, um gesto literalmente edificante, 'ou igreja de cima'. Com essas palavras, ele aperta para baixo. Não existe sombra de dúvida sobre de qual lado ele está.

The New York Times News Service/Syndicate


 Nota dos Editores do Blog Catolicismo:

Nenhum cristão, especialmente se padre, pode ou deve, questionar os valores da Santa Igreja Católica Apostólica Romana e a infabilidade papal deve ser sempre considerada.

o católico que questiona a doutrina da Santa Madre Igreja, fará mil vezes melhor se deixar o catolicismo.

Não devemos esquecer que Martinho Lutero questionou dogmas da Igreja Católica e o nefasto resultado está nas cidades e mesmo nas ruas.

Ou se é católico ou não.  Os valores da Igreja Católica Apostólica Romana, são eternos e não devem ser mudados ao sabor do comportamento da sociedade.   

Para a Igreja Católica não existe, e nem deve existir, o 'politicamente correto'.


1º de abril - Santo do dia

São Hugo


Hugo nasceu numa família de condes, em 1053, em Castelnovo de Isère, sudoeste da França. Seu pai, Odilon de Castelnovo, foi um soldado da corte que, depois de viúvo, se casou de novo. Hugo era filho da segunda esposa. Sua mãe preferia a vida retirada à da corte, e se ocupava pessoalmente da educação dos filhos, conduzindo-os pelos caminhos da caridade, oração e penitência, conforme os preceitos cristãos.
Aos vinte e sete anos, Hugo ordenou-se e foi para a diocese de Valence, onde foi nomeado cônego. Depois, passou para a arquidiocese de Lião, como secretário do arcebispo. Nessa época, recebeu a primeira de uma série de missões apostólicas que o conduziriam para a santidade. Foi designado, por seu superior, para trabalhar na delegação do papa Gregório VII. Este, por sua vez, reconhecendo sua competência, inteligência, prudência e piedade, nomeou-o para uma missão mais importante ainda: renovar a diocese de Grenoble.

Grenoble era uma diocese muito antiga, situada próxima aos Alpes, entre a Itália e a França, que possuía uma vasta e importante biblioteca, rica em códigos e manuscritos antigos. A região era muito extensa e tinha um grande número de habitantes, mas suas qualidades terminavam aí. Havia tempos a diocese estava vaga, a disciplina eclesiástica não mais existia e até os bens da Igreja estavam depredados.

Hugo foi nomeado bispo e começou o trabalho, mas eram tantas as resistências que renunciou ao cargo e retirou-se para um mosteiro. Mas sua vida de monge durou apenas dois anos. O papa insistiu porque estava convencido de que ele era o mais capacitado para executar essa dura missão e fez com que o próprio Hugo percebesse isso também, reassumindo o cargo.

Cinco décadas depois de muito trabalho, árduo mas frutífero, a diocese estava renovada e até abrigava o primeiro mosteiro da ordem dos monges cartuchos. O bispo Hugo não só deixou a comunidade organizada e eficiente, como ainda arranjou tempo e condições para acolher e ajudar seu antigo professor, o famoso monge Bruno de Colônia, que foi elevado aos altares também, na fundação dessa ordem. Planejada sobre os dois pilares da vida monástica de então, oração e trabalho, esses monges buscavam a solidão, a austeridade, a disciplina pelas orações contemplativas, pelos estudos, mas também a prática da caridade pelo trabalho social junto à comunidade mais carente, tudo muito distante da vida fútil, mundana e egoísta que prevalecia naquele século.

Foram cinqüenta e dois anos de um apostolado profundo, que uniu o povo na fé em Cristo.

Já velho e doente, o bispo Hugo pediu para ser afastado do cargo, mas recebeu do papa Honório II uma resposta digna de sua amorosa dedicação: ele preferia o bispo à frente da diocese, mesmo velho e doente, do que um jovem saudável, para o bem do seu rebanho.

Hugo morreu com oitenta anos de idade, no primeiro dia 1132, cercado pelos seus discípulos monges cartuchos que o veneravam pelo exemplo de santidade em vida. Tanto assim que, após seu trânsito, muitos milagres e graças foram atribuídos à sua intercessão. O culto a são Hugo foi autorizado dois anos após sua morte, pelo papa Inocente II, sendo difundido por toda a França e o mundo católico.

São Hugo, rogai por nós!


São Valério


Valério nasceu no ano 565, em Auvergne, na França. Sua família era muito pobre e ele trabalhava no campo. Ainda pequeno, tinha uma enorme sede de saber e, para aprender a ler e escrever, ele mesmo foi procurar um professor, e pediu que lhe ensinasse o alfabeto.

Mais depressa do que qualquer outro de sua idade, Valério já dominava a escrita e a leitura. Após conhecer a Sagrada Escritura, procurou um parente sacerdote que vivia num mosteiro próximo. Passou ali alguns dias, percebeu sua vocação para a vida religiosa e pediu seu ingresso naquela comunidade. Depois de um bom tempo realizando várias tarefas internas, foi aceito e recebeu as ordens sacerdotais.

Pouco depois, mudou-se para um mosteiro sob a direção espiritual de Columbano, o grande evangelizador da Gália, atual França, que depois foi canonizado, onde aconteceu seu primeiro prodígio. Designado para cuidar da horta do convento, sem nenhum produto a não ser com o trabalho de suas próprias mãos, acabou com as pragas que assolavam anualmente as plantações. Tornou-se tão conhecido na região e tão respeitado internamente que foi testado em sua humildade. Com autorização do abade Columbano, procurou o rei Clotário, conseguindo dele um grande terreno para construir um mosteiro, em Leuconai, na França. Logo depois o local já contava, também, com uma igreja e várias celas para religiosos.

A fama do sacerdote Valério se propagou ainda mais, de modo que dezenas de homens, jovens e idosos, procuravam o convento para ingressarem na vida religiosa sob a sua orientação. Mas novamente sentiu-se impelido ao trabalho de evangelização. Na companhia de seu auxiliar Valdolem, viajou por todo o país pregando e convertendo pagãos.

Diz a tradição que o monge Valério possuía o dom da cura e há vários relatos sobre elas. Como a de um paralítico que voltou a andar ao toque de suas mãos e muitos doentes desenganados que se curavam na hora, na presença da população. Além disso, tinha o dom da profecia e um dom especial sobre os animais. Conta-se que, quando passava pela floresta, os pássaros vinham ao seu encontro, seguiam-no, pousavam em suas mãos, braços e ombros, parecia que "conversavam" com ele.

Valério morreu no dia 1o de abril de 619, no mosteiro de Leuconai, depois de converter milhares de pagãos, ter feito muitos discípulos e ter entregado sua vida à Deus, através do seu vigoroso e intenso apostolado. O culto de são Valério se propagou rapidamente, até mesmo porque o rei Hugo, seu devoto, dizia que o santo costumava orientá-lo em sonho, sendo muito festejado, além da França, na Itália, Alemanha e Inglaterra, no dia de sua morte.
 
 São Valério, rogai por nós!