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Este Blog se propõe a divulgar o catolicismo segundo a Igreja Católica Apostólica Romana. Os editores do Blog, não estão autorizados a falar em nome da Igreja, não são Sacerdotes e nem donos da verdade. Buscam apenas ser humildes e anônimos missionários na Internet. É também um espaço para postagem de orações, comentários, opiniões.
Defendemos a Igreja conservadora. Acreditamos em DEUS e entregamo-nos nos braços de MARIA. Que DEUS nos ilumine e proteja. AMÉM
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Arnolfo nasceu em Metz, na antiga Gália, atual França, no ano de
582. Era membro de uma família cristã muito importante, que fazia parte
da nobreza. Ele estudou e se casou com uma aristocrata, com a qual teve
dois filhos. Nesta época, a região da Gália, dominada pelos francos, era
dividida em diversos reinos rivais, tendo como consequência grandes
massacres familiares e corrupção.
Um desses reinos era o da Austrásia, do rei Teodeberto II, para o qual
Arnolfo passou a trabalhar. Quando o rei morreu, todos os seus
descendentes e familiares foram assassinados a mando do rei dos francos,
Clotário II, que incorporou a região aos seus domínios.
Era nesse clima que vivia Arnolfo, um homem de fé inabalável, correto e
justo. O rei Clotário II, agora soberano de um extenso território,
conhecendo a fama da conduta cristã de Arnolfo, tornou-o seu
conselheiro. Confiou-lhe, também, a educação de seu filho Dagoberto, que
se formou dentro dos costumes da piedade e do amor cristão. Tal preparo
fez de Dagoberto um dos reis católicos mais justos da história, não
tendo cometido nenhuma atrocidade durante o seu governo.
Em 614, o rei Clotário II o nomeou, embora leigo, bispo de Metz, que
acumulou todas as atribuições da Corte. Uma bela passagem ilustra bem o
caráter daquele que se tornou um dos grandes bispos do seu tempo.
Temendo não ser digno do cargo, por causa dos seus pecados, atirou seu
anel no rio Mosela, dizendo: "Senhor, se me perdoas, faze-o retornar". O
anel retornou dentro do ventre de um peixe. Essa tradição cristã
ilustra bem a realidade de sua época, onde era difícil não pecar,
especialmente para quem estava no poder.
Naquele tempo, as questões dos leigos e do celibato não tinham uma
disciplina rigorosa e uniforme dentro da Igreja, que ainda seguia
evangelizando a Europa. Arnolfo não foi o primeiro pai de família a
ocupar tal posto. Como chefe daquela diocese, participou dos concílios
nacionais de Clichy e de Reims. Mais tarde, seu filho Clodolfo
tornou-se bispo e assumiu a diocese de Metz, enquanto o outro, Ansegiso,
tornou-se um dos primeiros "mestres de palácio" da chamada Era
Carolíngia.
Depois de algum tempo, Arnolfo abandonou o bispado e o cargo na Corte
para ingressar no mosteiro fundado por seu amigo Romarico, outro que
havia abandonado a Corte e o rei. Assim, de maneira serena, Arnolfo
viveu o resto de seus dias, dedicando-se às orações, à penitência e à
caridade.
Arnolfo morreu no dia 18 de julho de 641, naquele mosteiro. Assim que a
notícia chegou em Metz, os habitantes reclamaram-lhe o corpo,
depositando-o na basílica que adotou, para sempre, o seu nome.
Santo Arnolfo, rogai por nós!
São Francisco Solano
Nasceu na Espanha no ano de 1549. Sua formação passou pelo colégio
jesuíta, ingressando mais tarde na Ordem Franciscana. Prestou ali muitos
serviços, mas seu grande desejo era a evangelização para muitos. Foi
quando deixou a Europa e foi para a América Latina.
Chegou
em Lima (Peru), evangelizando também pela Argentina, Chile,
Paraguai, Andes etc. Tudo isso em busca de evangelizar a muitos.
Francisco Solano consumiu-se na evangelização. Por obediência voltou a
Lima para ser, dentro da Ordem, um formador de novos evangelizadores.
Solano faleceu com 61 anos pronunciando palavras de louvor ao Senhor: “Deus seja bendito!” Quem se consome pelas almas, tem a certeza de que Deus foi glorificado.
Bem-aventurado Inácio de Azevedo e companheiros mártires
Quarenta mártires. Entre eles 2 padres, 24 estudantes e 14 irmãos
auxiliares. Portugueses e espanhóis. Todos pertenciam à Companhia de
Jesus.
Inácio de Azevedo nasceu no Porto em 1526. Aos 23 anos, já tinha
entrado na Companhia de Jesus ocupando vários serviços. Era ardoroso
pelas missões além fronteiras. Foi quando o Superior Geral o enviou para o Brasil e, ao retornar,
testemunhou a necessidade de mais missionários. Saíram por isso, 3 naus
missionárias. Em uma delas estavam Inácio de Azevedo e os 39
companheiros. A nau foi interceptada por 5 navios de inimigos da fé
católica que queriam a morte de todos.
Por amor à Igreja ele aceitou o martírio, exortou e consolou seus
filhos espirituais. Foi morto e lançado ao mar e todos foram
martirizados, alcançando a coroa da glória na eternidade.
Inácio e seus companheiros foram assassinados por serem católicos e
missionários. Estamos no tempo das novas missões, a começar na nossa
casa e onde convivemos. Ali, é o primeiro lugar onde devemos testemunhar
o amor a Cristo e, se preciso, sofrer por Ele.
Bem-aventurado Inácio de Azevedo e companheiros mártires, rogai por nós!
Devemos colocar em primeiro lugar a devoção do escapulário de Nossa Senhora do Carmo
Ao olharmos para a história da Igreja encontramos uma linda página
marcada pelos homens de Deus, mas também pela dor, fervor e amor à
Virgem Mãe de Deus: é a história da Ordem dos Carmelitas, da qual
testemunha o cardeal Piazza: “O Carmo existe para Maria e Maria é
tudo para o Carmelo, na sua origem e na sua história, na sua vida de
lutas e de triunfos, na sua vida interior e espiritual”.
Carmelo (em hebraico, “carmo” significa vinha; e “elo” significa
senhor; portanto, “Vinha do Senhor”): este nome nos aponta para a famosa
montanha que fica na Palestina, donde o profeta Elias e o sucessor
Elizeu fizeram história com Deus e com Nossa Senhora, que foi
prefigurada pelo primeiro numa pequena nuvem (cf. I Rs 18,20-45).
Estes profetas foram “participantes” da Obra Carmelita, que só vingou
devido à intervenção de Maria, pois a parte dos monges do Carmelo que
sobreviveram (século XII) da perseguição dos muçulmanos, chegaram
fugidos na Europa e elegeram São Simão Stock como seu superior geral;
este, por sua vez, estava no dia 16 de julho intercedendo com o Terço,
quando Nossa Senhora apareceu com um escapulário na mão e disse-lhe: “Recebe,
meu filho, este escapulário da tua Ordem, que será o penhor do
privilégio que eu alcancei para ti e para todos os filhos do Carmo. Todo
o que morrer com este escapulário será preservado do fogo eterno”.
Vários Papas promoveram o uso do escapulário e Pio XII chegou a escrever: “Devemos
colocar em primeiro lugar a devoção do escapulário de Nossa Senhora do
Carmo – e ainda – escapulário não é ‘carta-branca’ para pecar; é uma
‘lembrança’ para viver de maneira cristã, e assim, alcançar a graça duma
boa morte”.
Neste dia de Nossa Senhora do Carmo, não há como não falar da
história dos Carmelitas e do escapulário, pois onde estão os filhos aí
está a amorosa Mãe.
Santo Aleixo
Aleixo, filho único do senador italiano Eufemiano, nasceu em Roma,
no ano de 350. Herdeiro de uma considerável fortuna, cresceu dentro da
religião cristã. Desde a infância, ficou famoso por sua natural
caridade, possuindo todas as graças e virtudes. Os pais, como era
costume na época, cuidaram do seu enlace com uma jovem de excelente
família cristã e ele acabou se casando.
Porém, na noite de núpcias, sem consumar a união e após conversar com a
esposa, abandonou tudo para aproximar-se de Deus. Como peregrino, vagou
de cidade em cidade até chegar em Edessa, na Síria, onde ficou por algum
tempo. Vivia como um piedoso mendigo ao lado da basílica do Apóstolo
Tomé, repartindo com os pobres as esmolas que recebia. Diversos
prodígios aconteciam com a sua presença, por isso passou a ser chamado
de "o homem de Deus" e venerado por sua santidade. Mas, para continuar
no anonimato, abandonou a cidade.
Retornou para a vida de peregrino. Sofreu tanto que ficou transfigurado.
Quando em Roma, bateu na casa do pai e disse: "Tende compaixão deste
pobre de Jesus Cristo e permita-me ficar em algum canto do palácio". Não
tendo reconhecido o próprio filho, ele o acolheu e mandou que o levasse
para cuidar da cocheira dos animais. Viveu assim durante 17 anos, na
cocheira do seu próprio palácio, sendo maltratado pelos seus próprios
criados e sem ser identificado pelos pais.
Morreu em 17 de julho e foi enterrado num cemitério coletivo para
criados. Porém, antes de morrer, entregou um pergaminho ao criado que o
socorreu, na qual revelava sua identidade. Os pais, quando souberam,
levaram o caso ao conhecimento do bispo, que autorizou sua exumação.
Aleixo foi levado, então, para um túmulo construído na propriedade do
senador. A fama de sua história e de "homem de Deus" espalhou-se entre
os cristãos romanos e orientais, difundindo rapidamente o seu culto.
Segundo uma antiga tradição romana, a casa do senador ficava no monte
Aventino. Em 1217, durante a construção da igreja dedicada a São
Bonifácio, foram encontradas, neste local, as relíquias de Santo Aleixo.
Por esse motivo, o papa Honório III decidiu que ela seria dedicada a
Santo Aleixo. Outro grande devoto deste santo foi o bispo Sérgio de
Damasco, que viveu em Roma no final do século X. Ele acabou fundando o
Mosteiro de Santo Aleixo, destinado aos monges gregos.
No século XV, os Irmãos de Santo Aleixo elegeram-no como patrono. Em
1817, a Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e Maria nomeou-o seu
segundo patrono, como exemplo de paciência, humildade e de caridade a
ser seguido. A Igreja manteve o dia de sua festa no dia 17 de julho,
como sempre foi celebrada pela antiga tradição cristã.
Santo Aleixo, rogai por nós!
Santa Generosa
No século II da era cristã, Scili era uma pequena província romana
do norte da África, não muito distante da capital Cartago, onde residia
Saturnino, o procônsul designado pelo imperador Cômodo.
Cômodo governou o Império Romano por doze anos. Era um tirano cruel e
vaidoso. Para divertir-se, usava roupas de gladiador e matava seus
opositores desarmados no Anfiteatro Flávio, atualmente conhecido como
Coliseu. Durante o seu reinado, determinou que os cristãos voltassem a
ser sacrificados.
A Cartago romana deveu seu resplendor principalmente ao cristianismo,
bem depressa aceito por seus habitantes. Consta que foi o apóstolo são
Marcos que a evangelizou. Logo foi elevada à condição de diocese e
tornou-se a pátria de grandes santos, como Cipriano, Agostinho e muitos
outros. Mas também foi o local onde inúmeros cristãos morreram
martirizados, após serem julgados e condenados pelo procônsul Saturnino,
que obedecia às ordens de Roma.
Nessa ocasião, na pequena vila de Scili, doze fiéis professavam,
tranquilos, o cristianismo. Eram todos muito humildes e foram
denunciados por serem cristãos. Foram, então, presos e levados pelos
oficiais do procônsul a Cartago, para serem julgados.
Naquela cidade, no dia 17 de julho, na sala de audiências, Saturnino
começou dizendo aos acusados que a religião dele mandava que os súditos
jurassem pela "divindade" do imperador e que, se eles fizessem tal
juramento, o soberano os "perdoaria". Assim, foram todos interrogados,
entre os quais Generosa. Eles confessaram a fé em Cristo e disseram que
nenhum tipo de morte faria com que desistissem dela.
Outra vez Saturnino ordenou que renegassem a fé cristã, que adorassem ao
imperador. Esperato, em nome de seus companheiros, respondeu que não
reconheciam a divindade do imperador e que serviriam unicamente a Deus,
que era o Rei dos reis e o Senhor de todos os povos. Não temiam a
ninguém, a não ser ao Senhor Deus, que está nos céus. E que desejavam
continuar fiéis a ele e perseverar na fé: sim, eram cristãos.
Diante de tão clara e direta confissão, o procônsul sentenciou. "Ordeno
que sejam lançados no cárcere, pregados em cepos e decapitados:
Generosa, Vestina, Donata, Januária, Segunda, Esperato, Narzal, Tino,
Vetúrio, Félix, Acelino e Letâncio, que se declaram cristãos e se
recusam a tributar honra e reverência ao imperador".
Assim está descrito o martírio de santa Generosa e seus companheiros no
catálogo oficial dos santos, também chamado Martirológio Romano. A
veneração litúrgica de santa Generosa é celebrada no dia de seu trânsito
para a vida eterna.
Santa Generosa, rogai por nós!
Santa Maria Madalena Postel
No dia 28 de novembro de 1758, nasceu a filha primogênita do casal
Postel, camponeses de uma rica fazenda em Barfleur, na Normandia,
França. A criança foi batizada com o nome de Júlia Francisca Catarina,
tendo como padrinho aquele rico proprietário.
Júlia Postel teve os estudos patrocinados pelo padrinho, que, como seus
pais, queria que seguisse a vida religiosa. Ela foi aluna interna do
colégio da Abadia Real das Irmãs Beneditinas, em Volognes, onde se
formou professora. No início, não pensou na vida religiosa, sua
preocupação era com a grande quantidade de jovens que, devido à pobreza,
estavam condenadas à ignorância e à inferioridade social.
De volta à sua aldeia natal, Júlia Postel, com determinação e
dificuldade, criou uma escola onde lecionava e catequizava crianças,
jovens e adultos abandonados à ignorância, até do próprio clero da
época, que desconhecia a palavra "pastoral". Era solicitada sempre pelos
mais infelizes: pobres, órfãos, enfermos, idosos, viúvas, que a viam
como uma mãe zelosa, protetora, que não os abandonava, sempre cheia de
fé em Cristo. Aos ricos pedia ajuda financeira e, quando não tinha o
suficiente, ia pedir esmolas, pois a escola e as obras não podiam parar.
Em 1789, a Revolução Francesa chegou arrasadora, declarando guerra e
ódio ao trono e à Igreja, dispersando o clero e reduzindo tudo a ruínas.
Júlia Postel fechou a escola, mas, a pedido do bispo, escondeu em sua
casa os livros sagrados e o Santíssimo Sacramento e foi autorizada a
ministrar a comunhão nos casos urgentes. Organizou missas clandestinas e
instruiu grupos de catequistas para depois da Revolução. Sua vocação
religiosa estava clara.
A paz com a Igreja foi restabelecida em 1802. Juntamente com duas
colegas e a ajuda do padre Cabart, Júlia Postel fundou a Congregação das
Filhas da Misericórdia, em Cherbourg.
Ao proferir seus votos, escolheu o
nome de Maria Madalena. A princípio, a formação das religiosas ficou
voltada para o ensino escolar e foi baseada nos mesmos princípios dos
irmãos das escolas cristãs, já que na época era grande essa necessidade.
Essas religiosas, aos poucos, foram se espalhando por todo o território
francês. Depois, a pedido de Roma, a formação foi mudada, quando
passaram a servir como enfermeiras.
Em 1832, madre Maria Madalena, junto com suas irmãs, estabeleceu-se nas
ruínas da antiga Abadia Beneditina de Saint-Sauveur-le-Vicomte. Foi
reconstruída com dificuldade e tornou-se a Casa-mãe da congregação.
Madre Maria Madalena Postel morreu com noventa anos de idade, em 16 de
julho de 1846. A fama de sua santidade logo se espalhou pelo mundo
cristão.
Foi beatificada em 1908 e depois canonizada pelo papa Pio XI, em 1925.
Está sepultada em Saint-Sauveur-le-Vicomte. A sua festa acontece no dia
17 de julho e a sua obra, hoje, chama-se Congregação das Irmãs de Santa
Maria Madalena Postel.
Eles
produziram “O Rei Leão”, mas, pelo visto, não aprenderam nada: saiba
como é possível que a Disney, ao mesmo tempo que defenda a preservação
dos leões africanos, esteja numa guerra feroz pelo “aborto legal” nos
EUA.
A Disney lançará nos próximos dias a tão aguardada versão live action do clássico infantil “O Rei Leão”. Para alavancar a empolgação (ou o hype) da turma, o estúdio encampou recentemente uma campanha pela proteção dos leões africanos,
em vista da queda no número desses felinos. Segundo relatórios, hoje no
mundo existem cerca de 20 mil leões selvagens, metade do que havia
quando a história de Simba, Timão e Pumba foi vista pela primeira vez
nos cinemas, 25 anos atrás. Com a campanha Protect the Pride (Proteja os Leões), a Disney pretende reverter esse quadro e conscientizar as pessoas a preservarem mais o meio ambiente.
Nada contra. O cuidado com os animais é uma causa nobre e merece
nossa atenção, sobretudo quando alguma espécie se acha em risco. A Criação não é — atenção — um objeto qualquer sobre o qual o homem pode exercer um domínio arbitrário e irresponsável. Como “obra boa de Deus” (Gn
1, 4), o meio ambiente deve ser acolhido como um dom, pois dele os
homens retiram seu sustento, nele trabalham e edificam a sua “casa
comum”.
A variedade das espécies, a beleza dos biomas e a vida que brota
desses lugares refletem a onipotência divina, que livremente se dispôs a
criar tudo isso. Daí que Santo Agostinho apontasse a Criação como uma
das provas da existência de Deus: “Essas belezas sujeitas à mudança,
quem as fez senão o Belo, que não está sujeito à mudança?” [1]
A reflexão da Igreja dedica, por isso mesmo, todo um capítulo da
doutrina social ao cuidado com o ambiente. Baseado no testemunho das
Escrituras, o Magistério afirma que “a natureza, obra da criação divina, não é uma perigosa concorrente”
[2] ou uma ameaça ao ser humano, como postulam algumas ideologias
modernas. Em vez disso, a Providência divina criou “tudo com medida,
quantidade e peso” (Sb 11, 20), a fim de que cada organismo desempenhasse o seu papel, segundo a sua própria natureza dentro do cosmos.
E, no meio desse cosmos, o homem foi especialmente desejado por Deus,
que o criou “à sua imagem e semelhança” para governar sabiamente todas
as coisas, como um verdadeiro rei (cf. Gn 1, 26-27). A dignidade do homem sobre a natureza, portanto, não se fundamenta em uma ideologia especista, mas corresponde à lei natural,
que rege as coisas deste mundo. Sendo uma criatura “semelhante” a Deus,
o homem precisa agir com sabedoria, usar sua inteligência e vontade
para o bem, para a realização do projeto divino. Disso depende, em
grande parte, a harmonia da Criação.
O filme do “Rei Leão” defende a mesma coisa, através da metáfora.
Durante um passeio pelo reino, o pai de Simba ensina-lhe que um rei, no
exercício de sua tarefa, nunca deve fazer simplesmente o que quiser,
nunca pode realizar “o que lhe dá na telha”. Ao contrário, um verdadeiro rei deve reinar sabiamente, preservando a ordem das coisas, que fazem parte de um “delicado equilíbrio”. Isso significa que todos estamos ligados ao “ciclo da vida”.
Mas há um rei, e ele precisa exercer esse reinado justamente para
manter o equilíbrio do mundo. “O Rei Leão” deixa bem claro que, quando
um rei não exerce a sua vocação, não assume a sua dignidade a pretexto
de uma vida mansa e hippie — esquecendo-se, assim, de sua própria identidade —, então tudo se perde, tudo se corrompe, tudo vira anarquia.
Sem dúvida, a iniciativa da Disney tem o seu mérito. Mas há um
problema, um enorme problema. É que o estúdio, o mesmíssimo estúdio que
já fez a cabeça de milhões de crianças e agora luta pela preservação dos
leões africanos, está, ao mesmo tempo, numa guerra feroz pelo “aborto legal” nos Estados Unidos.
Sim, é isso mesmo. A Walt Disney Pictures, cujo público é majoritariamente formado por crianças, decidiu advogar o pseudodireito de matar bebês no ventre das mães,
depois que o governador da Geórgia assinou a chamada “lei do batimento
cardíaco”, proibindo abortos quando forem reconhecidos os sinais vitais
do feto. Numa entrevista, o CEO da Disney, Bob Iger, ameaçou deixar de
filmar nesse estado americano enquanto a lei estiver em vigor.
Não é estranho? Não é escandaloso? Não é absurdo?
Disney, Netflix, Warner e tantas outras empresas que embarcaram nessa
“barca furada” pelo direito ao aborto apenas estão servindo, mesmo que
inconscientemente, a um projeto macabro de desconstrução da natureza
humana. Após cederem ao lobby de ONGs e outras organizações, esses estúdios agora precisam formar a mentalidade de seu público para o ecocentrismo, segundo o qual a vida de um leão na selva tem mais valor que a de um bebê no ventre de suas mães.
Afinal de contas, no dizer de alguns teólogos, o homem seria uma
“célula cancerígena”, da qual a “Mãe Terra” deveria necessariamente se
livrar.
Numa perspectiva ecológica sadia, o ventre materno é o mais indefeso dos ecossistemas
e, portanto, o mais necessitado de proteção. No feto está a esperança
para as futuras gerações, um pequeno irmão da nossa sociedade. Os
ecoideólogos, porém, nivelam por baixo a natureza humana como se nela
não houvesse uma dignidade singular, advinda de sua “imagem e
semelhança” com Deus. Para os defensores dessa ideia, aliás, o Deus
cristão não passa de uma invenção medieval que deve ser superada por um
novo tipo de religião naturalista, que não reconhece a dignidade humana.
Não haveria, pois, Deus algum acima dos céus, tampouco um homem à sua
“imagem e semelhança” na terra. Em vez disso, devemos buscá-los na Gaia
“Mãe Terra”, nos espíritos das florestas e em outras entidades pagãs.
O Magistério da Igreja tem rejeitado esse tipo de ecologia porque, na
verdade, o que ela propõe é “eliminar a diferença ontológica e
axiológica entre o homem e os outros seres vivos, considerando a
biosfera como uma unidade biótica de valor indiferenciado”, onde se
chega a “eliminar a superior responsabilidade do homem, em favor de uma consideração igualitária da ‘dignidade’ de todos os seres vivos” [3].
O que a Disney e as outras fundações não percebem é que a violação da
natureza humana, com o propósito de fazer um controle populacional —
que visa a construção de uma “nova era”, de uma “nova religião” e de uma
sociedade onde os homens vivam simbioticamente com o planeta — em nada
contribui com a preservação de leões, baleias e outras espécies em
extinção.
Se não podemos fechar os ouvidos à linguagem do meio ambiente, existe, por outro lado, “uma ecologia do homem”, e ele também “possui uma natureza, que deve respeitar e não pode manipular como lhe apetece”
[4]. Porque se o homem é privado da sua eminente dignidade, e se isso
acontece já desde a concepção, então é assim que sua ação no mundo
perderá o sentido, perderá o respeito pelo “delicado equilíbrio” da
natureza. O rei precisa reinar.
Parece incrível que a Disney despreze as lições do próprio filme que
produziu. Em “O Rei Leão”, o vilão Scar não só assassina seu irmão, o
rei Mufasa, mas também planeja a morte de Simba, seu sobrinho. Depois,
ele usurpa a Pedra do Reino com a promessa de uma “nova era”, onde leões
e hienas estariam juntos, num “grande e glorioso futuro”. Scar dispensa
os conselhos do “sacerdote” Rafki, rompe com a natureza e a tradição,
instaurando uma nova ideologia igualitária e progressista.
Mas Scar é tão falso quanto sua própria ideologia. E
o resultado de seu governo é o total desequilíbrio, de modo que todas
as espécies padecem: as manadas se retiram para outras savanas, as
fontes e os rios secam, faltam alimentos para os leões e as hienas. É o
caos.
Apenas quando Simba retorna e recupera a sua dignidade real é que a
natureza toda retoma o equilíbrio. E esse despertar de Simba veio pela
intervenção de Rafki, que lhe desferiu um golpe na fronte, fazendo-o
recordar-se do que havia aprendido com seu pai. Ele era o verdadeiro rei e deveria assumir essa dignidade para que as outras criaturas também tivessem a sua redenção.
Ao militar pelo aborto e a política do controle populacional, ao
defender essa “nova era” de uma política igualitária e de uma religião
naturalista, a Disney se coloca ao lado de Scar e seus sequazes, ou
seja, ao lado dos falsos líderes da história humana, passando do rei do
Egito até chegar a Herodes, Nero e os ditadores do último século, todos
sanguinários que não respeitaram a lei natural das coisas, impondo
falsos deuses e matando os primogênitos, seja nas águas do rio Nilo, seja nos campos de concentração, seja nas clínicas da Planned Parenthood.
Vale a pena recordar o que dizia o então Cardeal Ratzinger a respeito
de sua infância à sombra do Terceiro Reich, na Alemanha dos anos 1930.
Naquela época, a família Ratzinger já notava como o cristianismo era
substituído por um novo culto à “santa natureza”, com festejos aos
solstícios e outros fenômenos naturais. O propósito do governo era,
afinal, abandonar a “estranha religião judaico-cristã”, com suas ideias
sobre pecado e redenção, e no lugar colocar a cultura germânica natural.
Na sua cidade, os símbolos do ano litúrgico foram trocados por uma
“Árvore de Maio”, que simbolizava a vida. O resto todos conhecem.
Todos sabem como esse culto pagão, essa falsa defesa da natureza, essa
ideia equivocada sobre vida, levou milhões à morte, num dos crimes mais
bárbaros da história.
Hoje em dia, diz Ratzinger, “quando ouço as críticas ao cristianismo
pela destruição da identidade cultural de um local, invadido por valores
europeus, percebo como as argumentações são semelhantes, e muitas
frases floreadas me soam familiares” [5]. E soam familiares porque se
trata das mesmas ideias, embora estejam com um novo verniz.
Por trás de todo esse ecologismo, esse igualitarismo, esse
neopaganismo, existe um desprezo diabólico por Deus e pelo homem.
Existe, no fundo, um desejo de poder, de dominação irresponsável,
incrédula, que precisa destronar o verdadeiro Deus para colocar-se a si
mesmo no lugar, como Scar fez no filme “O Rei Leão”. E precisa matar os herdeiros, e matá-los já no ventre.
Aliás, a cena em que Scar planeja o assassinato de Mufasa e de Simba
foi toda inspirada nas marchas nazifascistas. Ele queria a “nova era”.
Mas o rei verdadeiro deve regressar. E aqui está o papel profético
dos católicos, de todos os cristãos. Nós, como o “sacerdote” Rafki,
devemos despertar as consciências dos homens, trazendo-os de volta à
dignidade de batizados, de filhos de Deus, e, ao mesmo tempo,
denunciando toda essa artimanha contra a vida, toda essa cultura da
morte, que tolhe a existência humana desde a sua base. “Reconhece, ó cristão, a tua dignidade”,
dizia São Leão Magno [6]. Somente desse modo o “delicado equilíbrio” da
natureza pode ser verdadeiramente salvo, somente assim os leões
africanos terão seu habitat protegido.
Somente quando o homem, filho de Deus, assumir a sua vocação e
respeitar a dignidade de todos os seus irmãos homens, desde o feto até o
ancião, é que haverá uma verdadeira ecologia.
Cena surpreendeu fiéis que assistiam à celebração do religioso em Cachoeira Paulista, no interior de São Paulo
Uma mulher invadiu uma missa realizada pelo padre Marcelo Rossi neste
domingo, 14, e o empurrou do palco. A celebração acontecia na
comunidade católica Canção Nova, na cidade de Cachoeira Paulista (SP).
Apesar da queda, o padre não ficou ferido. A mulher foi contida pela
Polícia Militar.
Marcelo Rossi estava no local para a missa de encerramento
do acampamento “Por Hoje Não vou mais pecar ” (PHN). Por volta das 14h50, a mulher, que
participava do evento, conseguiu furar a segurança, invadiu o palco por
trás e empurrou o padre, que caiu da estrutura. Veja vídeo abaixo:
Frei Boaventura era italiano, nasceu no ano de 1218, na cidade de
Bagnoregio, em Viterbo, e foi batizado com o nome de João de Fidanza. O
pai era um médico conceituado, mas, como narrava o próprio Boaventura,
foi curado de uma grave enfermidade ainda na infância por intercessão de
são Francisco.
Aos vinte anos de idade, ingressou no convento franciscano, onde vestiu o
hábito e tomou o nome de Boaventura dois anos depois. Estudou filosofia
e teologia na Universidade de Paris, na qual, em 1253, foi designado
para ser o catedrático da matéria. Também foi contemporâneo de Tomás de
Aquino, outro santo e doutor da Igreja, de quem era amigo e
companheiro.
Boaventura buscou a Ordem Franciscana porque, com seu intelecto
privilegiado, enxergou nela uma miniatura da própria Igreja. Ambas
nasceram contando somente com homens simples, pescadores e camponeses.
Somente depois é que se agregaram a elas os homens de ciências e os de
origem nobre. Quando frei Boaventura entrou para a Irmandade de São
Francisco de Assis, ela já estava estabelecida em Paris, Oxford,
Cambridge, Estrasburgo e muitas outras famosas universidades européias.
Essa nova situação vivenciada pela Ordem fez com que Boaventura
interviesse nas controvérsias que surgiam com as ordens seculares.
Opôs-se a todos os que atacavam as ordens mendicantes, especialmente a
dos franciscanos. Foi nesta defesa, como teólogo e orador, que teve sua
fama projetada em todo o meio eclesiástico.
Em 1257, pela cultura, ciência e sabedoria que possuía, aliadas às
virtudes cristãs, foi eleito superior-geral da Ordem pelo papa Alexandre
IV. Nesse cargo, permaneceu por dezoito anos. Sua direção foi tão
exemplar que acabou sendo chamado de segundo fundador e pai dos
franciscanos. Ele conseguiu manter em equilíbrio a nova geração dos
frades, convivendo com os de visão mais antiga, renovando as Regras, sem
alterar o espírito cunhado pelo fundador. Para tanto dosou tudo com a
palavra: para uns, a tranqüilizadora; para outros, a motivadora.
Alicerçado nas teses de santo Agostinho e na filosofia de Platão,
escreveu onze volumes teológicos, procurando dar o fundamento racional
às verdades regidas pela fé. Além disso, ele teve outros cargos e
incumbências de grande dignidade. Boaventura foi nomeado cardeal pelo
papa Gregório X, que, para tê-lo por perto em Roma, o fez também
bispo-cardeal de Albano Laziale. Como tarefa, foi encarregado de
organizar o Concílio de Lyon, em 1273.
Nesse evento, aberto em maio de 1274, seu papel foi fundamental para a
reconciliação entre o clero secular e as ordens mendicantes. Mas, em
seguida, frei Boaventura morreu, em 15 de julho de 1274, ali mesmo em
Lyon, na França, assistido, pessoalmente, pelo papa que o queria muito
bem.
Foi canonizado em 1482 e recebeu o honroso título de doutor da Igreja. A
sua festa litúrgica ocorre no dia se sua passagem para a vida eterna.
São Boaventura, rogai por nós!
São Vladimir de Kiev
No final do século IX, o povo russo começava a viver sob a
influência do Cristianismo, depois da conversão da futura santa Olga de
Kiev.
Neto de Santa Olga, Vladimir era o filho mais novo de Sviatoslav de
Kiev, com sua empregada Malusha. Malusha, era uma profetisa que viveu
até os 100 anos de idade e fora trazida de sua caverna ao palácio para
prever o futuro.
O irmão de Malusha, Dobrynya, era tutor de Vladimir e seu conselheiro
mais fiel. Uma tradição hagiográfica, liga sua infância ao nome de sua
avó, Olga Prekrasa, que era cristã e governava a capital durante as
freqüentes campanhas militares de Esviatoslav, seu filho.
Com a morte do pai, o príncipe Vladimir, hábil e audacioso, começou a
governar as terras que herdara. Guerreou contra o irmão que estava em
Kiev e o venceu. Subiu ao trono de Kiev em 980. No início, idólatra e
animado por um zeloso ardor pelos deuses vikings, chegou a dedicar um
templo ao deus do trovão e do relâmpago, Perun, onde sacrifícios humanos
eram realizados.
O príncipe levava uma vida devassa. Ao retornar de uma campanha
vitoriosa contra os Jatvagues (983), ele decidiu dar graças aos deuses,
por meio de um sacrifício. As vítimas escolhidas foram um mercador
varegue, chamado Teodoro, e seu filho João, cristãos, parentes de sua
avó Olga. As circunstâncias dessas mortes e a firmeza no testemunho da
fé de ambos impressionaram Vladimir.
A maneira como eles se entregaram à morte, surpreendeu o príncipe
Vladimir, tocando-lhe, fortemente, a consciência. Após haver consultado
seus conselheiros, ele enviou embaixadores a diversos países, para obter
informações de como os povos viviam a religião. Quando os emissários,
enviados à capital bizantina assistiram às diversas cerimônias que eram
realizadas na Igreja de Santa Sofia, ficaram impressionados: "Nós não
conseguíamos entender se estávamos no Céu ou na Terra. Pois, não existe,
aqui na Terra, um espetáculo como aquele, nem tamanha beleza. Nós não
somos capazes de definir tal magnificência. Sabemos, apenas, que é lá
que Deus vive com os homens e que sua cultura ultrapassa a de todos os
outros países. Jamais esqueceremos o que vimos em beleza e compreendemos
que, doravante, será impossível, para nós, viver na Rússia de forma
diferente!"
Convencido de que a glória manifestada através das celebrações e das
liturgias era o resplendor da Verdade, o príncipe Vladimir decidiu
tornar-se cristão. Aceitou a Fé Cristã e mudou completamente sua
atitude. A mudança ocorreu de forma rápida, mas gradual. Primeiro,
ordenou aos sábios da corte que viajassem a diversos países para
verificarem qual era a religião verdadeira. Em seguida, chamou
religiosos dos diversos países muçulmanos, judeus, budistas e cristãos. O
próprio Vladimir questionou todos eles, ouvindo, atento, suas
pregações. O que mais o impressionou foi o grego que pregou o evangelho
de Cristo. Os sábios voltaram tocados pela graça, com toda a
manifestação de fé em Cristo que viram em Constantinopla, no templo de
Sofia. Então eles disseram a Vladimir: "Se a religião de Cristo não
fosse a verdadeira, então sua avó Olga, que era sábia, não a teria
aceitado".
Vladimir começou a estudar o Evangelho e foi batizado em 989. Logo em
seguida, recebeu o sacramento do matrimonio com a princesa Ana, filha de
Basílio de Constantinopla. Desde então, chegavam cada vez mais
sacerdotes missionários que percorriam seus domínios catequizando o povo
e ministrando o batismo. O Cristianismo consolidou-se ainda mais quando
Vladimir casou-se com a piedosa neta do imperador da Germânia, após o
falecimento da princesa Ana.
Modificando completamente seu caráter, e adotando a doçura e singeleza
das atitudes evangélicas, Vladimir suprimiu a pena de morte e passou a
levar uma vida agradável a Deus, que fez com que seu povo passasse a
defini-lo como o "Sol resplandecente". Ele substituiu os templos pagãos
por Igrejas e mandou erigir um esplêndido santuário dedicado à Dormição
da Mãe de Deus, exatamente no local onde foram martirizados São Teodoro e
o filho, João.
Vladimir morreu em Berestovo, perto de Kiev, em 1015. Seu corpo foi
desmembrado em várias partes que foram distribuídas entre numerosas
fundações sagradas onde são veneradas como relíquias. Uma das maiores
catedrais de Kievan é dedicada a ele.
As igrejas romanas católicas e ortodoxas orientais comemoram no dia 15 de julho a festa de São Vladimir.