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quarta-feira, 15 de abril de 2020

Santo do dia - 15 de abril

São Crescente

São Crescente, foi martirizado por não negar a Jesus Cristo e chorou muitas vezes quando percebeu pessoas que se entregando a religiões politeístas

Nasceu em Mira, na Ásia Menor. Crescente chorou muitas vezes quando percebeu pessoas que se entregando a religiões politeístas, de muitas divindades, longe daquele que é o único Senhor e Salvador: Jesus Cristo.

Seu esforço era o de levar a sua experiência. Primeiro, através de uma oração de intercessão constante pela conversão de todos.

Certa vez, numa festa pagã aos deuses, ele se fez presente e movido pelo Espírito Santo, começou a evangelizar. Inimigos da fé cristã o levaram a um juiz, que propôs que ele “apenas” expressasse exteriormente o culto às divindades pagãs, com o objetivo de preservar sua vida.

Crescente desprezou a proposta, e foi martirizado por não negar a Jesus Cristo.

São Crescente, rogai por nós!

 

terça-feira, 14 de abril de 2020

Santo do dia - 14 de abril

Santa Liduína (Lidvina)
 Padroeira dos doentes incuráveis

 Lidvina ou Liduína, como costuma ser chamada por nós, nasceu em Schiedan, Holanda, em 1380, numa família humilde e caridosa. Ainda criança, recolhia alimentos e roupas para os pobres e doentes abandonados. Até os quinze anos, Liduína era uma menina como todas as demais. Porém, no inverno daquele ano, sua vida mudou completamente. Com um grupo de amigos foi patinar no gelo e, em plena descida da montanha, um deles se chocou violentamente contra ela. Estava quase morta com a coluna vertebral partida e com lesões internas. Imediatamente, foi levada para casa e colocada sobre a cama, de onde nunca mais saiu, até morrer.

Depois do trágico acidente, apareceram complicações e outras doenças, numa seqüência muito rápida. Apesar dos esforços, os médicos declararam que sua enfermidade não tinha cura e que o tratamento seria inútil, só empobrecendo ainda mais a família.

Os anos se passavam e Liduína não melhorava, nem morria. Ficou a um passo do desespero total, quando chegou em seu socorro o padre João Pot, pároco da igreja. Com conversas serenas, o sacerdote recordou a ela que: "Deus só poda a árvore que mais gosta, para que produza mais frutos; e aos filhos que mais ama, mais os deixa sofrer". E pendurou na frente da sua cama um crucifixo. Pediu que olhasse para ele e refletisse: se Jesus sofreu tanto, foi porque o sofrimento leva à glória da vida eterna.

Liduína entendeu que sua situação não foi uma fatalidade sem sentido, ao contrário, foi uma benção dada pelo Senhor. Do seu leito, podia colaborar com a redenção, ofertando seu martírio para a salvação das almas. E disse ao padre que gostaria de receber um sinal que confirmasse ser esse o seu caminho. E ela o obteve, naquela mesma hora. Na sua fronte apareceu uma resplandecente hóstia eucarística, vista por todos, inclusive pelo padre Pot.

A partir daquele momento, Liduína nunca mais pediu que Deus lhe aliviasse os sofrimentos; pedia, sim, que lhe desse amor para sofrer pela conversão dos pecadores e pela salvação das almas. Do seu leito de enferma ela recebeu de Deus o dom da profecia e da cura pela oração aos enfermos. Após doze anos de enfermidade, também começou a ter êxtases espirituais, recebendo mensagens de Deus e da Virgem Maria.

Em 1421, as autoridades civis publicaram um documento atestando que nos últimos sete anos Liduína só se alimentava da sagrada eucaristia e das orações. Sua enfermidade a impossibilitava de comer e de beber, e nada podia explicar tal prodígio. Nos últimos sete meses de vida, seu sofrimento foi terrível. Ficou reduzida a uma sombra e uma voz que rezava incessantemente. No dia 14 de abril de 1433, após a Páscoa, Liduína morreu serena e em paz. Ao padre e ao médico que a assistiam, pediu que fizessem de sua casa um hospital para os pobres com doenças incuráveis. E assim foi feito.

Em 1890, o papa Leão XII elevou santa Liduína ao altar e autorizou o seu culto para o dia da sua morte. A igreja de Schiedan, construída em sua homenagem, tornou-se um santuário, muito procurado pelos devotos que a consideram padroeira dos doentes incuráveis. 


Santa Liduína, rogai por nós!

segunda-feira, 13 de abril de 2020

Santo do dia - 13 de abril

São Hermenegildo

Hermenegildo talvez seja a vítima mais conhecida da invasão da Espanha católica pelos visigodos, por volta do ano 459. Era filho do rei visigodo, mas despertou a ira do pai ao tornar-se católico por causa de sua esposa, uma princesa francesa.

Seu pai era Leovigildo, um impiedoso rei, conquistador de nações e exterminador de inimigos. Após conquistar a terra, ele tratava de acabar com a cultura e a fé locais, para dominar completamente os povos submetidos ao seu poder.

Hermenegildo foi educado, junto com o irmão Recaredo, para pôr em prática esse plano do pai e, para isso, foram ambos nomeados príncipes de Sevilha e Toledo, respectivamente. Mas Hermenegildo casou-se com Ingonda, uma princesa católica de origem francesa, e esta mudou os planos traçados para ele.

Ingonda era profundamente cristã. Suas orações e explicações do Evangelho converteram Hermenegildo. Leovigildo, irado, ameaçou cassar seu cargo se não abandonasse a nova fé, porém ele não se dobrou. Sua resposta está registrada para a posteridade: "Nada me custa renunciar à coroa terrestre, se já tenho garantida a celeste".
O pai dirigiu, pessoalmente, o cumprimento da ameaça, liderando enorme exército que marchou contra Sevilha.

Prendeu o filho, esperando que os suplícios do cárcere o fizessem abandonar o catolicismo, mas nada conseguiu. Mandou decepar a cabeça de Hermenegildo, que pouco antes se recusara a receber a santa eucaristia das mãos de um bispo ariano, em 13 de abril de 585.

Entretanto o crime contra o próprio filho acabou por encher Leovigildo de profundo remorso. Revendo suas posições anos depois, converteu-se também, e a Igreja da Espanha alcançou, definitivamente, a paz.

Em 1586, o papa Sixto V declarou a festa de são Hermenegildo para o dia do seu martírio e o indicou como padroeiro da Espanha. 


São Hermenegildo, rogai por nós!

Santa Ida

Ida nasceu em 1040, descendente do grande conquistador francês Carlos Magno, filha de Godofredo, duque de Lorraine, e de Doda, também oriunda da nobreza católica reinante. Assim sendo, recebeu educação cristã, mas também teve de cumprir obrigações sociais da corte, e só por esse motivo não seguiu a vida inteiramente dedicada à Deus, vestindo o hábito de religiosa.

Por vontade dos pais, teve de casar-se aos dezessete anos com Eustáquio II, conde de Bolonha, também católico praticante. Juntos, tiveram muitos filhos: Eustáquio III, herdeiro do condado de Bolonha; Godofredo de Bulhões, , que conquistou e foi rei de Jerusalém; e Balduíno, que sucedeu o irmão no trono da Terra Santa. Tiveram também filhas, uma das quais tornou-se imperatriz ao casar-se com o imperador Henrique IV.

Entretanto, além da formação nas atividades políticas e sociais, Ida e seu marido educaram todos os filhos dentro dos rigorosos preceitos cristãos. O que surtiu um bom efeito, pois, tornaram-se bons exemplos, promoveram dezenas de obras de caridade, à altura das posses que tinham, socorrendo doentes, pobres abandonados, estrangeiros, viúvas e órfãos.

O grande passatempo de Ida era fazer, com as próprias mãos, as toalhas e enfeites dos altares e ornamentos sacros para os sacerdotes. Enquanto Eustáquio era vivo, o casal restaurou quase todas as igrejas de seus estados e domínios, inclusive o célebre santuário de Nossa Senhora de Bolonha. Seu diretor espiritual era o sacerdote Alberto, naquela época chamado, ainda, de monge de Bec, região da Normandia, porque, mais tarde, também foi elevado aos altares da Igreja.

Ao se tornar viúva, Ida diminuiu sua participação nas atividades sociais, porém na vida da Igreja só fez aumentá-la. Ela vendeu parte de seus bens e fundou vários mosteiros com o dinheiro arrecadado, como o de Santo Wulner de Bolonha; o de Wast, a duas milhas da cidade; o de Nossa Senhora da Capela, perto de Calais; e o mosteiro de Samer, que se encontrava praticamente destruído e arruinado, mas foi totalmente recuperado, voltando à franca atividade nas mãos dos beneditinos.


Há relatos de muitas graças realizadas por ela ainda em vida. Sentindo aproximar-se o fim, santa Ida previu a data exata de sua morte: 13 de abril de 1113. Os milagres e graças por intercessão de seu nome continuaram a acontecer com as crescentes romarias ao seu túmulo. Seu culto foi autorizado para o dia do seu trânsito, em 1808, quando suas relíquias foram transferidas da catedral de Arras para a de Bayeux.     

Santa Ida, rogai por nós!


São Martinho I

O papa Martinho I sabia que as conseqüências das atitudes que tomou contra o imperador Constante II, no século VII, não seriam nada boas. Nessa época, os detentores do poder achavam que podiam interferir na Igreja, como se sua doutrina devesse submissão ao Estado. Martinho defendeu os dogmas cristãos, por isso foi submetido a grandes humilhações e também a degradantes torturas.

Martinho nasceu em Todi, na Toscana, e era padre em Roma quando morreu o papa Teodoro, em 649. Eleito para sucedê-lo, Martinho I passou a dirigir a Igreja com a mão forte da disciplina que o período exigia. Para deixar isso bem claro ao chefe do poder secular de então, assumiu mesmo antes de ter sua eleição referendada pelo imperador.

Um ano antes, Constante II tinha publicado o documento "Tipo", que apoiava as teses hereges do cisma dos monotelistas, os quais negavam a condição humana de Cristo, o que se opõe às principais raízes do cristianismo. Para reafirmar essa posição, o papa convocou, ainda, um grande Concílio, um dos maiores da história da Igreja, na basílica de São João de Latrão, para o qual foram convidados todos os bispos do Ocidente. Ali foram condenadas, definitivamente, todas as teses monotelistas, o que provocou a ira mortal do imperador Constante II.

Ele ordenou a seu representante em Ravena, Olímpio, que prendesse o papa Marinho I. Querendo agradar ao poderoso imperador, Olímpio resolveu ir além das ordens: planejou matar Martinho. Armou um plano com seu escudeiro, que entrou no local de uma missa em que o próprio papa daria a santa comunhão aos fiéis. Na hora de receber a hóstia, o assassino sacou de seu punhal, mas ficou cego no mesmo instante e fugiu apavorado. Impressionado, Olímpio aliou-se a Martinho e projetou uma luta armada contra Constantinopla. Mas o papa perdeu sua defesa militar porque Olímpio morreu em seguida, vitimado pela peste que se alastrava naquela época.

Com o caminho livre, o imperador Constante II ordenou a prisão do papa Martinho I pedindo a sua transferência para que o julgamento se desse em Bósforo, estreito que separa a Europa da Ásia, próximo a Istambul, na Turquia. A viagem tornou-se um verdadeiro suplício, que durou quinze  meses e acabou com a saúde do papa. Mesmo assim, ao chegar à cidade, ficou exposto, desnudo, sobre um leito no meio da rua, para ser execrado pela população. Depois, foi mantido incomunicável num fétido e podre calabouço, sem as mínimas condições de higiene e alimentação.

Ao fim do julgamento, o papa Martinho I foi condenado ao exílio na Criméia, sul da Rússia, e levado para lá em março de 655, em outra angustiante e sofrida viagem que durou dois meses. Ele acabou morrendo de fome quatro meses depois, em 16 de setembro daquele ano. Foi o último papa a ser martirizado e sua comemoração foi determinada pelo novo calendário litúrgico da Igreja para o dia 13 de abril. 


São Martinho I, rogai por nós!


domingo, 12 de abril de 2020

Evangelho do Dia

EVANGELHO COTIDIANO  

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68


Domingo da Páscoa na Ressurreição do Senhor  


Anúncio do Evangelho  (Jo 20, 1-9)


— O Senhor esteja convosco.
 Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
 Glória a vós, Senhor.

No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro e viu a pedra retirada do sepulcro. 
Correu então e foi ter com Simão Pedro e com o discípulo predileto de Jesus e disse-lhes: «Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde O puseram».
Pedro partiu com o outro discípulo e foram ambos ao sepulcro.
Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo antecipou-se, correndo mais depressa do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro.
Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou.
Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no sepulcro e viu as ligaduras no chão  e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não com as ligaduras, mas enrolado à parte. 
Entrou também o outro discípulo que chegara primeiro ao sepulcro: viu e acreditou. Na verdade, ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

A Luz venceu as trevas!

As cordas, os açoites, os espinhos, os cravos, a
pedra rolada para fechar o sepulcro — tudo isto de
nada valeu, senão para dar maior realce à força
com a qual Jesus saiu triunfante da sepultura.
  



A constância com que se sucedem os vários tempos do Calendário Litúrgico, perene em contraste com os rumos dos acontecimentos históricos, tanto na esfera social como na política e financeira, é uma demonstração da grandeza da Igreja, sobranceira ao ondular das humanas vicissitudes.  

Mas esta superioridade não significa distância ou insensibilidade. Em cada fase do Ano Litúrgico, a Santa Igreja se inclina sobre seus filhos e os estimula à prática de determinadas virtudes, sobretudo aquelas que eles mais tendem a esquecer. Assim, nos dias da Quaresma, de modo especial no Tríduo Pascal, procura ela reacender em nós o senso da abnegação, da dor, do espírito de renúncia, enquanto no mundo tantos
procuram fugir de todo e qualquer sofrimento.

Em seguida, a Santa Igreja comemora o triunfo final de nosso Salvador.
O júbilo da Páscoa nos conduz à esperança, mesmo em meio às aflições
e tristezas hodiernas, pois Cristo ressuscitado venceu definitivamente
o pecado e a morte, esmagou o demônio e reina por todos os séculos,
como Senhor soberano do universo.

Jesus amava a glória da Cidade Santa
Para termos ideia do grau do triunfo de Cristo em sua Ressurreição,
precisamos levar em conta o abandono e a tragédia da Paixão.
E quando meditamos nesses fatos, constatamos como tudo na vida de
nosso Redentor é cheio de significado e de insondável profundidade.

No episódio da Agonia no Horto das Oliveiras, por exemplo, Ele deixa
a cidade de Jerusalém e Se dirige “para além da torrente do Cedron”
(Jo 18, 1). Esta saída de Jerusalém parecia um evento da vida comum,
seguida logo de um retorno, como tantas vezes acontecera. Nessa noite,
porém, tratava-se de uma definitiva separação.

Esta cidade tão amada pelo Homem-Deus foi alvo de um pungente lamento:“Jerusalém, Jerusalém! Tu matas os profetas e apedrejas os
que te foram enviados! Quantas vezes Eu quis reunir teus filhos como
a galinha reúne os pintainhos debaixo das asas, mas tu não quiseste!” (Lc 13, 34).

Jesus amava a glória da Cidade Santa com suas altas muralhas, seu altaneiro Templo e seus habitantes. Por esta razão, ali ensinou com especial empenho, empregando todos os meios possíveis para convertê-los. Mas, como a todos os profetas, também a Ele recusaram. Não prestaram ouvidos às suaves e divinas palavras saídas de seus adoráveis lábios. Por isso Ele abandonava, naquela tenebrosa noite, a cidade amaldiçoada.

Odiaram a Jesus por ser Ele o sumo Bem
Parecia uma noite como outra qualquer. Tudo estava como sempre na aparência. A atmosfera de despreocupação reinava em toda parte. As casas eram cenários de animadas conversas. Ninguém pensava em Jesus, apesar de sua divina sabedoria. Tudo estava tão bem… por que iriam lembrar-se d’Ele?

Assim, ninguém percebeu quando Ele saiu da cidade. E se alguém O tivesse visto passar, mais provavelmente O olharia com indiferença. Aqueles homens, que haviam sido objeto de tanto amor e bondade, não sentiam necessidade de Jesus. Preferiam ter como mestres os sumos sacerdotes, dos quais Anás e Caifás eram as figuras proeminentes. Com “mestres” desse jaez, poderiam continuar a levar sua vida dissoluta, acalmando depois a consciência com um sacrifício oferecido no Templo…

Em tais circunstâncias, Jesus não era bem-vindo: falando de temas como o juízo ou o inferno, Ele mexia a fundo nas almas dos habitantes de Jerusalém, desejosos de seguir as modas vigentes. Muitas vezes o Messias os deixava numa situação desconfortável. Com argumentos impossíveis de serem refutados, Ele os increpava por sua hipocrisia
em querer conciliar a Religião com seus costumes mundanos. Além disto, confirmava seu divino ensinamento com numerosos e incontestáveis milagres.

Em resumo, para aqueles judeus transviados, Jesus vinha perturbar
a paz. Não “a tranquilidade da ordem” — como Santo Agostinho define
a verdadeira paz —, mas a estagnação na desordem, ou seja, a possibilidade de viverem afastados de Deus sem os remorsos da consciência. 



Este é o motivo pelo qual Cristo suscitou tanto ódio. Não O odiavam
por algum defeito ou mal, impossível de haver no Homem-Deus, mas por ser Ele o sumo Bem. Profundo mistério da iniquidade humana! E esse ódio cresceu a ponto resultar numa estrepitosa explosão. Através do suborno e do falso testemunho, seus inimigos conseguiram aquilo que não haviam logrado pela difamação. Como desfecho final, satanás penetrou no coração do mais asqueroso dos homens, levando-o a, por meio de um beijo, entregar aos esbirros o Mestre, do qual recebeu um derradeiro convite à conversão, manifestado por esta suave censura: “Judas, com um ósculo trais o Filho do Homem?” (Lc 22, 48).

Essa inqualificável revolta, movida em grande parte por aqueles que
foram os mais beneficiados pelo Salvador, causou como supremo resultado o deicídio, o maior crime da História.

Só Maria conservou íntegra a Fé
Depois da morte de Jesus, José de Arimateia e Nicodemos baixaram
da Cruz seu sacrossanto Corpo, envolveram-no em finos tecidos com aromas e o depositaram num sepulcro novo, no qual ninguém ainda fora sepultado (cf. Jo 19, 40-42).

Vendo a sepultura lacrada e guardada por soldados, até os mais fiéis de seus discípulos julgaram estar tudo acabado. Deles se apoderou uma perturbação cheia de abatimento, temor e desânimo. Naquela terrível hora, esqueceram-se de que Jesus mesmo havia predito sua Ressurreição.

A confiança e a certeza da vitória haviam desaparecido. Com sua apoucada fé, nada viam a não ser a tragédia e a derrota. Maria Santíssima, pelo contrário, deu-nos magnífico exemplo de tranquila certeza no poder de Jesus Cristo, de uma tranquilidade cheia
de espírito sobrenatural. Naquele momento, quando tudo parecia perdido, Ela sozinha conservou integra a Fé.

Ela contemplou pendente da Cruz — reduzido a uma só chaga “desde a planta dos pés até o alto da cabeça” (Is 1, 6) — aquele adorável Corpo que antes da Paixão resplandecia de uma perfeição absoluta. Viu verter de seu lado, aberto pela lança do soldado, a última gota de sangue misturado com água. Constatou com seus próprios olhos a morte e presenciou o sepultamento. Contudo, permaneceu serena como durante toda a sua vida, sem duvidar um instante sequer: Jesus ressuscitará!

O episódio que fundamenta toda a Religião Católica
Os Evangelhos registram quatro passagens nas quais nosso Salvador
faz com toda clareza aos Apóstolos esta previsão: o Filho do Homem será rejeitado pelos anciãos, escribas e sumos sacerdotes, padecerá muitos tormentos, morrerá, mas ao terceiro dia ressuscitará (cf. Mt 16, 2; 20, 19; Mc 8, 31; Lc 9, 22). Cumpriu-se plenamente esta divina profecia. E até mesmo na fixação do prazo — “ao terceiro dia” —, vemos fulgurar sua infinita perfeição.

Conforme nos ensina São Tomás, 1 convinha que a Ressurreição de Jesus ocorresse ao terceiro dia, ou seja, após uma permanência no sepulcro durante um prazo prudencial. Por um lado, para confirmar nossa Fé na sua divindade, era preciso que Ele ressuscitasse logo. Por outro lado, se a Ressurreição se desse logo após a morte, poderiam alguns levantar dúvidas sobre se Ele teria morrido de fato. Assim, “para mostrar a  excelência do poder de Cristo, foi conveniente que Ele ressuscitasse no terceiro dia”.2 Inclusive neste detalhe, parece bem claro o objetivo de Deus Pai: dar a seu Divino Filho a maior glória possível.

A Religião Católica se fundamenta na autenticidade da Ressurreição do Homem-Deus. Ensina-nos o Apóstolo: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa Fé” (I Cor 15, 14. Isto é para nós motivo de grande esperança, pois, vendo Cristo ressuscitado — cabeça do Corpo Místico, do qual todos somos membros —, esperamos também nós ressuscitar um dia como Ele.

Maria foi a primeira pessoa a contemplar Cristo ressuscitado
Quando lemos nos Evangelhos o relato da Ressurreição, das aparições
e dos prodígios operados por Ele com seu corpo glorioso, salta do fundo de nossos corações uma questão: nenhum dos evangelistas relata uma aparição de Cristo ressuscitado à sua Mãe Santíssima; ter-Se-ia Ele esquecido, justo naquele momento, d’Aquela que foi a única a conservar a fé na sua Ressurreição? Decerto, não. De acordo com a tradição cristã unânime, foi Ela a primeira pessoa a contemplar seu Filho ressuscitado.

Provavelmente os evangelistas tenham considerado supérfluo narrar o fato, por ser algo muito evidente. Isto afirma o destacado teólogo dominicano José Maria Lagrange:
“A piedade dos filhos da Igreja tem por certo que Cristo ressuscitado apareceu primeiro à sua Santíssima Mãe. Ela O alimentou com seu leite, guiou durante sua infância, por assim dizer, O apresentou ao mundo nas Bodas de Caná, e não tornou a aparecer senão aos pés da Cruz. Mas Jesus consagrou só a Ela e a São José trinta anos de sua vida oculta: como não dedicaria só a Ela o primeiro instante de sua vida oculta em Deus? Não havia interesse em divulgar esse dado nos Evangelhos; Maria pertence a uma ordem transcendente, na qual está associada, como Mãe, à paternidade do Pai, em relação a Jesus. Submetamo-nos à disposição do Espírito Santo, deixando esta primeira aparição de Jesus às almas contemplativas”

Portas fechadas não são barreiras para um corpo glorioso
Causa admiração também o modo como Nosso Senhor penetrou na sala
fechada e Se apresentou aos Apóstolos (cf. Lc 24, 36-43). Explica-nos o Doutor Angélico: “Não por milagre, mas por sua condição gloriosa entrou na sala onde estavam seus discípulos, apesar de estarem as portas trancadas, ocupando assim ao mesmo tempo o mesmo lugar com outro corpo”. E acrescenta pouco adiante, citando Santo Agostinho: “Portas trancadas não foram obstáculo à grandeza de um corpo no qual estava presente a divindade; e, de fato, pôde entrar pelas portas não abertas aquele corpo que, ao nascer, deixou inviolada a virgindade de sua Mãe”.



Além do aspecto teológico, este fato tem um aspecto simbólico. Assim como não há paredes materiais capazes de impedir a passagem de Nosso Senhor, pois Ele as transpõe sem destruir, não há barreiras que
detenham a ação da graça nas almas. É a graça que abre para nós o caminho da virtude, tornando possível na Terra a verdadeira felicidade, a qual não nasce do pecado, mas do equilíbrio, da austeridade e da santidade.

São Tomé viu e acreditou
Muito se tem comentado, talvez até com algum exagero, sobre
a relutância de São Tomé em crer na Ressurreição de Jesus. Por toda
parte, porém, nos deparamos com exemplos de uma incredulidade muito mais radical do que a sua. De fato, ao ouvir dos Apóstolos a notícia dessa Ressurreição, teve uma reação categórica: não creria se não visse e tocasse em suas chagas. Quando, porém, o Mestre apareceu pela segunda vez, estando ele presente, viu e acreditou talvez antes mesmo de tocar.

Não deixa de ser providencial o fato de ter havido um Apóstolo com
fé vacilante: sua exigência de provas concretas serve de esteio para as almas de pouca fé, que houve e haverá semper et ubique. São Tomé viu e acreditou. Quantos há hoje em dia que veem e não creem?

Uma glória exclusiva do Filho de Deus
Analisando a vida de Jesus — desde seu nascimento até sua Ascensão
aos Céus — nada encontramos que não excite a mais extraordinária admiração. Tudo nela nos leva a este altíssimo sentimento. Por isso mesmo — embora objeto do ódio criminoso dos fariseus —, Nosso Senhor foi também muito amado.

Prova eloquente desse amor dão as multidões que O seguiam e por
vezes O comprimiam a ponto de ser necessário tomar medidas para protegê-Lo. Mais ainda o fato de milhares de pessoas O seguirem deserto
adentro, sem a menor preocupação com a alimentação, tão encantadas
estavam com suas palavras. E, como corolário, a sua entrada triunfal em
Jerusalém, precedido e seguido por uma entusiástica multidão aclamando: “Hosana ao filho de Davi!” (Mt 21, 9).

Nessas manifestações de amor, há uma forma particular de glória. Essa glória, o Filho de Deus encarnado a teve em proporções que nenhuma criatura recebeu antes, nem receberá nos séculos futuros.

A única glória autêntica
Os homens de outrora compreendiam os admiráveis valores morais contidos neste curto vocábulo. Movidos pelo desejo da glória, grandes personagens da História fizeram os mais desmedidos esforços. Mas esta palavra perdeu hoje muito de seu significado. Para alguns, a glória consiste em ser bem visto pelos outros, em proceder de acordo com a moda e o espírito do mundo; para outros, em ter uma grande fortuna, em ser famoso a qualquer título. A esses tais, bem se pode aplicar o dito do Apóstolo: “seu Deus é o próprio ventre”  (cf. Fl 3, 19).

Ora, a verdadeira glória não consiste na posse dos bens materiais, menos ainda em gozar de um efêmero e balofo prestígio junto aos homens, os quais se estimam uns aos outros de acordo com seus egoísticos interesses. Ao contrário, ela é a imagem da única glória autêntica: a glória de Deus no mais alto dos Céus.

O esplendor desta Luz inaugurou uma magnífica aurora
Esta é a glória conquistada por Nosso Senhor Jesus Cristo na sua
Ressurreição. As cordas com as quais O amarraram, os açoites, os espinhos, os cravos, a lançada do soldado romano, a pedra rolada para fechar o sepulcro — tudo isto de nada valeu, senão para dar maior realce à força com a qual Ele reduziu a nada os vínculos da morte e saiu triunfante da sepultura guardada por homens armados. Nada conseguiu retê-Lo.

Ele é a Luz que venceu as trevas, triunfou sobre o pecado. Sua vitória
acarretou a fundação de uma nova ordem baseada na Fé, e será a causa do advento do Reino de Cristo sobre a Terra. Essa Luz continuará fulgurante por todos os séculos.
* * * *
O silêncio do Evangelho em relação a Nossa Senhora
Depois do sábado, quando amanhecia o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o túmulo” (Mt 28, 1).



Eram três Marias. Onde se encontra a terceira? Nossa Senhora onde está? Vê-se que tão grande era sua dor, seu recolhimento e sua esperança, que Ela pairava por cima de todas as circunstâncias e de todas as providências concretas, mesmo as mais augustas, até as que mais diziam respeito ao Corpo de seu Divino Filho. Ela estava recolhida, fora e acima de todos os acontecimentos. Por isso, as outras A serviam e faziam por Ela, por mediação d’Ela, por instigação d’Ela, pelas ordens d’Ela, aquilo que Ela mesma quisera fazer.

Devemos imaginar Nossa Senhora num estado excelso de recolhimento, no qual se concentravam toda a dor, todo o júbilo, toda a esperança da Igreja, para serem depois distribuídos para todos os fiéis ao longo de todos os tempos. Por esse motivo, Aquela que, depois de Jesus Cristo, é o centro da Ressurreição — pois sobre Ela todas as alegrias e glórias da Ressurreição convergiram de Nosso Senhor como sobre um foco central —, d’Ela não se diz sequer uma palavra, porque Ela é superior a todo louvor, a toda referência, a qualquer menção. Ela paira acima de tudo.

Cabe-nos apenas pensar nisso e continuar reverentes a narração. Porque na soleira da porta do quarto onde Se encontrava a Virgem Maria não penetrou o cronista do Evangelho, e também nós não somos dignos de penetrar.

Ressurreição do Senhor
         
Resta-nos somente, do lado de fora, sentir esse perfume da devoção de Nossa Senhora, nos enlevarmos e passarmos adiante. Esta é a razão do silêncio deste trecho do Evangelho a respeito de Nossa Senhora. (CORRÊA DE OLIVEIRA, Plinio. Palestra. São Paulo, 5 abr. 1969). (Pe. Leandro Cesar Ribeiro, EP; Revista Arautos do Evangelho, Abril/2014, n. 148, p. 28 à 33)



DOMINGO DA PÁSCOA DA RESSUREIÇÃO DO SENHOR - ALELUIA !!! CRISTO RESSUCITOU !!! ALELUIA !!!

Domingo de Páscoa

O Domingo de Páscoa, ou a Vigília Pascal, é o dia em que até mesmo a mais pobre igreja se reveste com seus melhores ornamentos, é o ápice do ano litúrgico. É o aniversário do triunfo de Cristo. É a feliz conclusão do drama da Paixão e a alegria imensa depois da dor. E uma dor e alegria que se fundem pois se referem na história ao acontecimento mais importante da humanidade: a redenção e libertação do pecado da humanidade pelo Filho de Deus.


ALELUIA! ALELUIA!



O SENHOR RESSUSCITOU!
  ALELUIA! ALELUIA!

São Paulo nos diz : "Aquele que ressuscitou Jesus Cristo devolverá a vida a nossos corpos mortais". Não se pode compreender nem explicar a grandeza da Páscoa cristã sem evocar a Páscoa Judaica, que Israel festejava, e que os judeus ainda festejam, como festejaram os hebreus há três mil anos. O próprio Cristo celebrou a Páscoa todos os anos durante a sua vida terrena, segundo o ritual em vigor entre o povo de Deus, até o último ano de sua vida, em cuja Páscoa aconteceu na ceia e na instituição da Eucaristia.

Cristo, ao celebrar a Páscoa na Ceia, deu à comemoração tradicional da libertação do povo judeu um sentido novo e muito mais amplo. Não é um povo, uma nação isolada que Ele liberta, mas o mundo inteiro, a quem prepara para o Reino dos Céus. A Páscoa cristã - cheia de profunda simbologia - celebra a proteção que Cristo não cessou nem cessará de dispensar à Igreja até que Ele abra as portas da Jerusalém celestial. A festa da Páscoa é, antes de tudo, a representação do acontecimento chave da humanidade, a Ressurreição de Jesus depois de sua morte consentida por Ele para o resgate e a reabilitação do homem caído. Este acontecimento é um dado histórico inegável. Além de que todos os evangelistas fizeram referência. São Paulo confirma como o historiador que se apoia, não somente em provas, mas em testemunhos.

Páscoa é vitória, é o homem chamado a sua maior dignidade. Como não se alegrar pela vitória d'Aquele que tão injustamente foi condenado à paixão mais terrível e à morte de cruz?, pela vitória d'Aquele que anteriormente foi flagelado, esbofeteado, cuspido, com tanta desumana crueldade.


Este é o dia da esperança universal, o dia em que em torno ao ressuscitado, unem-se e se associam todos os sofrimentos humanos, as desilusões, as humilhações, as cruzes, a dignidade humana violada, a vida humana respeitada.

A Ressurreição nos revela a nossa vocação cristã e nossa missão: aproximá-la a todos os homens. O homem não pode perder jamais a esperança na vitória do bem sobre o mal. Creio na Ressurreição?, a proclamo?; creio em minha vocação e missão cristã, a vivo?; creio na ressurreição futura? , é alento para esta vida?, são perguntas que devem ser feitas.
A mensagem redentora da Páscoa não é outra coisa que a purificação total do homem, a libertação de seus egoísmos, de sua sensualidade, de seus complexos, purificação que, ainda que implique em uma fase de limpeza e saneamento interior, contudo se realiza de maneira positiva com dons de plenitude, com a iluminação do Espírito, a vitalização do ser por uma vida nova, que transborda alegria e paz - soma de todos os bens messiânicos-, em uma palavra, a presença do Senhor ressuscitado. São Paulo o expressou com incontida emoção neste texto: " Se ressuscitastes com Cristo, então vos manifestareis gloriosos com Ele".



São Guido de Anderlecht - protetor contra as doenças do aparelho digestivo - 12 de setembro

São Guido é o protetor contra as doenças do aparelho digestivo,  

sua festa é celebrada em 12 de setembro,  

mas, é sempre lembrado, comemorado,  por seus devotos no dia 12 de cada mês.  


 São Guido de Anderlecht


Nascido em Brabante, Bélgica, Guido de Anderlecht viveu entre os séculos X e XI. Desde a infância, já demonstrava seu desapego pelos bens terrenos, tanto que, na juventude, distribuiu aos pobres tudo o que possuía e ganhava. Na ânsia de viver uma vida ascética, Guido abandonou a casa dos pais, que eram bondosos cristãos camponeses, e foi ser sacristão do vigário de Laken, perto de Bruxelas, pois assim poderia ser mais útil às pessoas carentes e também dedicar-se às orações e à penitência.




Quando ficou órfão, decidiu ser comerciante, pois teria mais recursos para auxiliar e socorrer os pobres e doentes. Mas seu navio repleto de mercadorias afundou nas águas do Sena. Então, o comerciante Guido teve a certeza de que tinha escolhido o caminho errado, de modo que se convenceu do equívoco cometido ao abandonar sua vocação religiosa para trabalhar no comércio, mesmo que sua intenção fosse apenas ajudar os mais necessitados.

Sendo assim, Guido deixou a vida de comerciante, vestiu o hábito de peregrino e pôs-se novamente no caminho da religiosidade, da peregrinação e assistência aos pobres e doentes. Percorreu, durante sete anos, as inseguras e longas estradas da Europa para visitar os maiores santuários da cristandade.

Depois da longa peregrinação, que incluiu a Terra Santa, Guido voltou para o seu país de origem, já fraco e cansado. Ficou hospedado na casa de um sacerdote na cidade de Anderlecht, perto de Bruxelas, de onde herdou o sobrenome. Pouco tempo depois, morreu, com fama de santidade. Foi sepultado naquela cidade e sua sepultura tornou-se um polo de peregrinação. Assim, com o passar do tempo, foi erguida uma igreja dedicada a ele, para guardar suas relíquias.

Ao longo dos séculos, a devoção a são Guido de Anderlecht cresceu, principalmente entre os sacristãos, trabalhadores da lavoura, camponeses e cocheiros. Aliás, ele é tido como protetor das cocheiras, em especial dos cavalos. Diz a tradição que Guido não resistiu a uma infecção que lhe provocou forte desarranjo intestinal, muito comum naquela época pelos poucos recursos de saneamento e higiene das cidades. Seu nome até hoje é invocado pelos fiéis para a cura desse mal.

A sua festa litúrgica, tradicionalmente celebrada no dia 12 de setembro, traz uma carga de devoção popular muito intensa. Na cidade de Anderlecht, ela é precedida por uma procissão e finalizada com uma bênção especial, concedida aos cavalos e seus cavaleiros. 



São Guido de Anderlecht, rogai por nós!

Agradecendo por graça alcançada. 


Santo do dia - 12 de abril

São José Moscati
 José Moscati era de uma família ilustre e muito rica. Seu pai, Francisco, era presidente do Tribunal de Justiça e sua mãe, Rosa de Luca, pertencia à nobreza. Ele nasceu na cidade de Benevento, Itália, no dia 25 de julho de 1880, e foi batizado em casa num dia de festa, a de santo Inácio de Loyola.

Em 1884, seu pai foi promovido e mudou-se para Nápoles com a família. Lá, o pequeno José fez seu primeiro encontro com Jesus eucarístico, aos oito anos. Naquele dia, foram lançadas as bases de sua vida eucarística, um dos segredos da sua santidade. Devoto de Maria e da Eucaristia, com apenas dezessete anos obrigou-se ao voto de castidade perpétua. Ativo participante da vida paroquial, participava da missa e comungava diariamente. Sua generosidade e caridade eram dedicadas aos pobres e doentes, especialmente aos incuráveis.

Quando seu irmão Alberto passou a sofrer de epilepsia, José passava várias horas cuidando dele. Foi então que decidiu seguir os estudos de medicina. No ambiente universitário, Moscati destacou-se pelo cuidado e  empenho e, em 1903, recebeu doutorado de medicina com uma tese brilhante. Desde então, a universidade, o hospital e a Igreja se tornaram um único campo para suas atividades. Tornou-se médico do Hospital dos Incuráveis, onde logo ganhou admiração e o prestígio no domínio científico. Mas o luto atingiu Moscati, quando, em 1904, seu irmão Alberto morreu.

A reputação de Moscati como mestre e médico era indiscutível. Por isso foi nomeado, oficialmente, médico responsável da terceira ala masculina do Hospital dos Incuráveis, justamente a ala daqueles doentes pelos quais ele se empenhava e trabalhava com afinco.

No dia 12 de abril de 1927, como de hábito, depois de ter participado da missa e recebido Cristo eucarístico, foi para o hospital. Voltou para casa à tarde e, enquanto atendia os pacientes, sentiu-se mal e pouco depois morreu serenamente. A notícia de sua morte espalhou-se imediatamente e a dor se espalhou pela cidade.

No dia 16 de novembro de 1975, o papa Paulo VI proclama José Moscati  bem-aventurado. A devoção a Moscati vai aumentando cada dia mais. As graças obtidas por sua intercessão são muitas.

De 1o. a 30 de outubro de 1987, em Roma, houve a VII Assembléia do Sínodo dos Bispos, cujo tema era: "Vocação e missão dos leigos na Igreja e no mundo, vinte anos após o Concílio Vaticano II". José Moscati foi um leigo que cumpriu sua missão na Igreja e no mundo. No Sínodo, após longos exames, a Igreja comunicou que ele seria canonizado, como um homem de fé e caridade, que assistia e aliviava os sofrimentos dos incuráveis.

No dia 25 de outubro de 1987, na praça São Pedro, em Roma, o papa João Paulo II colocou, oficialmente, José Moscati entre os santos da Igreja.
Sua festa litúrgica foi indicada para o dia 12 de abril. Seu corpo repousa na igreja do Menino Jesus, em Nápoles, Itália. 


São José Moscati, rogai por nós!

São Júlio I
O Martirológio Romano enumera nove santos e oito santas com esse nome e quase todos são mártires do primeiro século do cristianismo. Mas, hoje, celebramos Júlio, o primeiro papa a tomar este nome, e que dirigiu a Igreja de 337 a 352.

Júlio era de origem romana, filho de um certo cidadão chamado Rústico. Viveu no período em que a Igreja respirava a liberdade religiosa concedida pelo imperador Constantino, o Magno, em 313. Essa liberdade  oferecia ao cristianismo melhores condições de vida e expansão da religião. Por outro lado, surgiram as primeiras heresias: donatismo, puritanismo na moral,e o arianismo, negando a divindade de Cristo.

Com a morte de Constantino, os sucessores, infelizmente, favoreceram os partidários do arianismo. O papa Júlio I tomou a defesa e hospedou o patriarca de Alexandria, Atanásio, o grande doutor da Igreja, batalhador da fé no concílio de Nicéia e principal alvo do ódio dos arianos, que o tinham expulsado da sede patriarcal. O papa Júlio I convocou dois sínodos de bispos em que, com a condenação do semi-arianismo, Atanásio foi reabilitado, recebendo cartas do papa que se felicitava com a Igreja de Alexandria, baluarte da ortodoxia cristã.

O papa Júlio I construiu várias igrejas em Roma: a dos Santos Apóstolos,  a da Santíssima Maria de Trastévere, e três mandou construir nos cemitérios das vias Flavínia, Aurélia e Portuense, respectivamente as igrejas de São Valentim, de São Calisto e de São Félix. Cuidou da organização eclesiástica e da catequese catecumenal, ou seja, dos adultos e mais velhos.

Morreu em 352, após quinze anos de pontificado. Foi sepultado no cemitério de Calepódio, na via Aurélia, numa igreja que ele também havia mandado edificar. Sua veneração começou entre os fiéis a partir do  século VII. Suas relíquias, segundo a tradição, foram transladadas para a  basílica de São Praxedes a pedido do papa Pascoal I. O seu culto, que já fora autorizado, refloresceu em 1505, quando do seu translado para a basílica da Santíssima Maria de Trastévere, em Roma. 


São Júlio I, rogai por nós!


São Vitor
Nasceu na aldeia de Passos, perto de Braga (Portugal), onde viveu toda sua juventude para Deus. Era catecúmeno, e se preparava para receber a graça do Batismo.
Jovem muito dado, encontrou um grupo de pagãos que prestava culto a um ídolo. Eles o chamavam a adorar este ídolo, e ele se recusou. Então, Vitor foi levado diante do governador e questionado.

Por não renunciar a sua fé, foi preso numa árvore e flagelado. E em seguida, decapitado. São Vitor foi fiel a Cristo em todos os momentos, entregando-se a Jesus desde a juventude.

São Vitor, rogai por nós!