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Este Blog se propõe a divulgar o catolicismo segundo a Igreja Católica Apostólica Romana. Os editores do Blog, não estão autorizados a falar em nome da Igreja, não são Sacerdotes e nem donos da verdade. Buscam apenas ser humildes e anônimos missionários na Internet. É também um espaço para postagem de orações, comentários, opiniões.
Defendemos a Igreja conservadora. Acreditamos em DEUS e entregamo-nos nos braços de MARIA. Que DEUS nos ilumine e proteja. AMÉM
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Deus lhe concedeu como a Virgem antes do parto; no parto e depois do parto, como a Mãe de Deus
Hoje, solenemente, celebramos o fato ocorrido na vida de Maria de Nazaré, proclamado como dogma de fé,
ou seja, uma verdade doutrinal, pois tem tudo a ver com o mistério da
nossa salvação. Assim definiu pelo Papa Pio XII em 1950 através da
Constituição Apostólica Munificentissimus Deus:“A
Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida
terrestre foi assunta em corpo e alma à glória celestial.”
Antes,
esta celebração, tanto para a Igreja do Oriente como para o Ocidente,
chamava-se “Dormição”, porque foi sonho de amor. Até que se chegou ao de
“Assunção de Nossa Senhora ao Céu”, isto significa que o Senhor
reconheceu e recompensou com antecipada glorificação todos os méritos da
Mãe, principalmente alcançados em meio às aceitações e oferecimentos
das dores.
Maria
contava com 50 anos quando Jesus subiu ao Céu. Tinha sofrido muito: as
dúvidas do seu esposo, o abandono e pobreza de Belém, o desterro do
Egito, a perda prematura do Filho, a separação no princípio do
ministério público de Jesus, o ódio e perseguição das autoridades, a
Paixão, o Calvário, a morte do Filho e, embora tanto sofrimento, São
Bernardo e São Francisco de Sales é quem nos aponta o amor pelo Filho
que havia partido como motivo de sua morte.
É
probabilíssima, e hoje bastante comum, a crença de a Santíssima Virgem
ter morrido antes que se realizasse a dispersão dos Apóstolos e a
perseguição de Herodes Agripa, no ano 42 ou 44. Teria então uns 60 anos
de idade. A tradição antiga, tanto escrita como arqueológica, localiza a
sua morte no Monte Sião, na mesma casa em que seu Filho celebrara os
mistérios da Eucaristia e, em seguida, tinha descido o Espírito Santo
sobre os Apóstolos.
Esta
a fé universal na Igreja desde tempos remotíssimos. A Virgem Maria
ressuscitou, como Jesus, pois sua alma imortal uniu-se ao corpo antes da
corrupção tocar naquela carne virginal, que nunca tinha experimentado o
pecado. Ressuscitou, mas não ficou na terra e sim imediatamente foi
levantada ou tomada pelos anjos e colocada no palácio real da glória.
Não subiu ao Céu, como fez Jesus, com a sua própria virtude e poder, mas
foi erguida por graça e privilégio, que Deus lhe concedeu como a Virgem
antes do parto, no parto e depois do parto, como a Mãe de Deus.
Tarcísio
foi um mártir da Igreja dos primeiros séculos, vítima da perseguição do
imperador Valeriano, em Roma. A Igreja de Roma contava, então, com 50
sacerdotes, sete diáconos e mais ou menos 50 mil fiéis no centro da
cidade imperial. Ele era um dos integrantes dessa comunidade cristã
romana, quase toda dizimada pela fúria sangrenta daquele imperador.
Tarcísio
era acólito do papa Xisto II, ou seja, era coroinha na igreja, servindo
ao altar nos serviços secundários, acompanhando o santo papa na
celebração eucarística.
Durante o período das perseguições, os
cristãos eram presos, processados e condenados a morrer pelo martírio.
Nas prisões, eles desejavam receber o conforto final da Eucaristia, mas
era impossível para um sacerdote entrar. Numa das tentativas, dois
diáconos, Felicíssimo e Agapito, foram identificados como cristãos e
brutalmente sacrificados. O papa Xisto II queria levar o Pão sagrado a
mais um grupo de mártires que esperavam a execução, mas não sabia como.
Foi
quando Tarcísio pediu ao santo papa que o deixasse tentar, pois não
entregaria as hóstias a nenhum pagão. Ele tinha 12 anos de idade.
Comovido, o papa Xisto II abençoou-o e deu-lhe uma caixinha de prata com
as hóstias. Mas Tarcísio não conseguiu chegar à cadeia. No caminho, foi
identificado e, como se recusou a dizer e entregar o que portava, foi
abatido e apedrejado até morrer. Depois de morto, foi revistado e nada
acharam do sacramento de Cristo. Seu corpo foi recolhido por um soldado,
simpatizante dos cristãos, que o levou às catacumbas, onde foi
sepultado.
Essas informações são as únicas existentes sobre o
pequeno acólito Tarcísio. Foi o papa Dâmaso quem mandou colocar na sua
sepultura uma inscrição com a data de sua morte: 15 de agosto de 257.
Tarcísio
foi, primeiramente, sepultado junto com o papa Stefano nas catacumbas
de Calisto, em Roma. No ano 767, o papa Paulo I determinou que seu corpo
fosse transferido para o Vaticano, para a basílica de São Silvestre, e
colocado ao lado dos outros mártires. Em 1596 seu corpo foi transferido e
colocado definitivamente embaixo do altar principal daquela mesma
basílica.
A basílica de São Silvestre é a mais solene do
Vaticano. Nela, todos os papas iniciam e terminam seus pontificados. Sem
dúvida, o lugar mais apropriado para o comovente protetor da
Eucaristia: o mártir e acólito Tarcísio. Ele foi declarado Padroeiro dos
Coroinhas ou Acólitos, que servem ao altar e ajudam na celebração
eucarística.
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
20º Domingo do Tempo Comum
Anúncio do Evangelho (Lc 12, 49-53)
—O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
- PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 49Eu vim para lançar fogo sobre a terra, e como gostaria que já estivesse aceso! 50Devo receber um batismo, e como estou ansioso até que isto se cumpra! 51Vós pensais que eu vim trazer a paz sobre a terra? Pelo contrário, eu vos digo, vim trazer divisão. 52Pois, daqui em diante, numa família de cinco pessoas, três ficarão divididas contra duas 53e
duas contra três; ficarão divididos: o pai contra o filho e o filho
contra o pai; a mãe contra a filha e a filha contra a mãe; a sogra
contra a nora e a nora contra a sogra”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
MEDITANDO O EVANGELHO
A fé transmite-se de pessoa a pessoa, como uma chama se acende noutra chama
REDAÇÃO evangeli.net
(elaborado com base nos textos do Papa Francisco)(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje, quem se abriu ao amor de
Deus, não pode guardar este dom para si mesmo. A luz de Jesus brilha no
rosto dos cristãos como num espelho, e assim se difunde chegando até
nós, para que também nós possamos participar desta visão e refletir para
outros a sua luz. A fé transmite-se por assim dizer sob a forma de
contato, de pessoa a pessoa, como uma chama se acende noutra chama.
Dado que a fé nasce de um encontro que acontece na história e ilumina o
nosso caminho no tempo, a mesma deve ser transmitida ao longo dos
séculos. É através de uma cadeia ininterrupta de testemunhos que nos
chega o rosto de Jesus. Como é possível isto?
—O passado da fé, aquele ato de amor de Jesus que gerou no mundo uma
vida nova, chega até nós na memória de outros, das testemunhas, guardado
vivo naquele sujeito único de memória que é a Igreja; esta é uma Mãe
que nos ensina a falar a linguagem da fé.
São Maximiliano dirigiu-se ao oficial com a decisão própria de um mártir da caridade
Origens Rajmund Kolbe nasceu em Zdunska-Wola (Lodz) no centro da Polônia em 8 de janeiro de 1894 e foi batizado no mesmo dia. A família mudou-se então para Pabianice, onde Raimundo frequentou a escola primária, sentiu um misterioso convite da Virgem Maria para amar generosamente Jesus e sentiu os primeiros sinais de uma vocação religiosa e sacerdotal. Em 1907, Raimundo foi acolhido no Seminário dos Frades Menores Conventuais de são Leopoldo. Em 4 de setembro de 1910 iniciou o noviciado com o nome de Fr.Maximiliano e em 5 de setembro de 1911 fez a profissão simples.
Ordenação e Lema de vida Foi transferido para Roma, onde viveu de 1912 a 1919. Fez a profissão solene em 1º de novembro de 1914. Ordenado sacerdote em 28 de abril de 1918. Uma sólida e segura formação espiritual abriu o espírito de frei Maximiliano a uma aguda penetração e profunda contemplação do mistério de Cristo. Estes sentimentos de fé e resoluções de zelo, que Maximiliano resume no lema: “Renovar tudo em Cristo pela Imaculada Conceição”, estão na base da instituição da “Milícia de Maria Imaculada” (MI).
Polônia e a Milícia da Imaculada Em 1919 o Pe. Maximilian estava de volta à Polônia onde, apesar de uma grave doença que o obrigou a permanecer durante muito tempo no sanatório de Zakopane, dedicou-se com ardor ao exercício do ministério sacerdotal e à organização da MI. Em 1919, em Cracóvia, obteve o consentimento do Arcebispo para imprimir o “Relatório de Registro” da MI e pode recrutar os primeiros soldados da Imaculada Conceição. Em 1922 ele começou a publicação de “Rycerz Niepokalanej” (O Cavaleiro da Imaculada Conceição), a revista oficial da MI; enquanto em Roma o Cardeal Vigário aprova canonicamente a MI como uma “Pia União”.
Posteriormente, a MI encontrará cada vez mais adesões entre sacerdotes, religiosos e fiéis de muitas nações. Entretanto, na Polónia, Pe. Maximilian obtém a possibilidade de instalar um centro editorial autónomo no Convento de Grodno que lhe permita publicar “Il Cavaliere” com edição e difusão mais proveitosas para “trazer a Imaculada Conceição aos lares, para que as almas aproximando-se de Maria recebam a graça da conversão e da santidade”.
Expansão
Em 1927 o P. Kolbe iniciou a construção de uma cidade-convento perto de Varsóvia, a que chamou “Niepokalanów” (Cidade da Imaculada Conceição). Desde o início Niepokalanów assumiu a fisionomia de uma autêntica “fraternidade franciscana” pela importância primordial dada à oração, pelo testemunho de vida evangélica e pela vivacidade do trabalho apostólico. Os frades, formados e orientados por Pe. Maximiliano, vivem em conformidade com a Regra de São Francisco no espírito de consagração à Imaculada Conceição, e todos colaboram na atividade editorial e no uso de outros meios de comunicação social para o aumento do Reino de Cristo e a difusão da devoção à Santíssima Virgem. O Pe. Kolbe, autêntico apóstolo de Maria, gostaria de fundar outras “Cidades da Imaculada” em várias outras partes do mundo; mas em 1936 ele teve que retornar à Polônia para reassumir a liderança de Niepokalanów.
Guerra Ele acolhe refugiados, feridos, fracos, famintos, desanimados, cristãos e judeus no convento, a quem oferece todo conforto espiritual e material. Em 19 de setembro, a polícia nazista deportou o pequeno grupo de frades de Niepokalanów para o campo de concentração de Amtitz, na Alemanha, onde Pe. Maximiliano encorajou os irmãos a transformar a prisão em uma missão de testemunho. Todos puderam regressar livres a Niepokalanów em dezembro. Em 17 de fevereiro de 1941 o P. Maximiliano foi encarcerado na prisão de Pawiak, onde sofreu as primeiras torturas pelos guardas nazistas; e em 28 de maio foi transferido para o infame campo de concentração de Oswiipcim.
A presença do padre Kolbe nos vários quarteirões do campo da morte foi a do sacerdote católico testemunha da fé, pronto a dar a vida pelos outros, a do religioso franciscano, testemunha evangélica da caridade e mensageiro da paz e do bem para os irmãos, a do cavaleiro de Maria Imaculada que confia todos os homens ao amor da Mãe divina. Envolvido nos mesmos sofrimentos infligidos a tantas vítimas inocentes, ele reza e faz rezar, suporta e perdoa, ilumina e fortalece na fé, absolve os pecadores e infunde esperança.
Martírio A fé fê-lo com extremo entusiasmo de amor oferecer-se livremente para substituir um irmão prisioneiro condenado, juntamente com outros nove em represália injusta, a passar fome. No bunker da morte, Pe. Maximiliano fez ressoar com a oração o canto da vida redimida que não morre, o canto do amor que é a única força criadora, o canto da vitória prometida à fé em Cristo. Em 14 de agosto de 1941, véspera da festa da Assunção de Maria Santíssima, faleceu com uma injeção de ácido carbônico.
A minha oração
Ao santo amigo da Cruz e de Jesus,
que destes sua vida no lugar dos inocentes e a eles dedicou-se todo o
tempo, pedimos a graça de crescer nas virtudes da coragem e da defesa
dos mais necessitados. Que nosso Senhor nos eduque nesse mistério do
martírio diário. Amém!
Ao tornar-se religiosa na Congregação das Irmãs Missionárias da
Imaculada Conceição da Mãe de Deus, passou a ser chamada de Irmã Dulce,
em homenagem a sua mãe. Irmã Dulce era popularmente conhecida como o
“Anjo bom da Bahia”.
Determinada e com uma fé inabalável, consagrou sua vida a Deus servindo
aos mais necessitados. Irmã Dulce andava pelas ruas do centro de
Salvador em busca de doações para aqueles que não tinham dignidade e
direitos reconhecidos. No ano de 1949, Irmã Dulce improvisou, no
galinheiro do convento, um abrigo para acolher os doentes que eram
resgatados por ela nas ruas de Salvador.
No ano de 1959, um terreno foi doado para a construção do Albergue Santo
Antônio. Anos mais tarde, ao lado do albergue, foi fundado o Hospital
Santo Antônio, coração das Obras Sociais de Irmã Dulce.
Sofrendo com problemas respiratórios, Irmã Dulce foi internada no dia 11
de novembro de 1990. Deixando-nos grandes lições de vida como a
humildade, a caridade, o serviço, a solidariedade e a partilha, motivada
pela fé em Cristo e animada por uma vida intensa de oração, faleceu no
dia 13 de março de 1992, em sua casa, no Convento Santo Antônio.
Sua beatificação foi realizada no dia 22 de maio de 2011. A celebração
reuniu mais de 70 mil fiéis para a coroação da primeira beata nascida na
Bahia. A freira passou a se chamar “Bem-Aventurada Dulce dos Pobres”,
tendo o dia 13 de agosto como data oficial de celebração de sua festa
litúrgica.
No dia 13 de outubro de 2019, em uma cerimônia presidida pelo Papa
Francisco, no Vaticano, Irmã Dulce foi proclamada “Santa Dulce dos
Pobres”, tornando-se a primeira santa brasileira.
Minha oração
“Ó mãe dos pobres, cuidai do povo
brasileiro e olhai com mais atenção aos excluídos, assim como fizestes
em toda a tua vida. Do mesmo modo, ensina-nos a viver sem indiferença
para estes pequeninos. Por Cristo Nosso Senhor. Amém! “
Santa Dulce dos Pobres, rogai por nós!
São João Crisóstomo
João
Crisóstomo foi um grande orador do seu tempo. Todos os escritos dizem
que multidões se juntavam ao redor do púlpito onde estivesse
discursando. Tinha o dom da oratória e muita cultura, uma soma muito
valiosa para a pregação do cristianismo. João
nasceu no ano 309, em Antioquia, na Síria, Ásia Menor, procedente de
família muito rica, considerada pela sociedade e pelo Estado. Seu pai
era comandante de tropas imperiais no Oriente, um cargo que cedo causou
sua morte. Mas a sua mãe, Antusa, piedosa e caridosa, agora santa,
providenciou para o filho ser educado pelos maiores mestres do seu
tempo, tanto científicos quanto religiosos, não prejudicando sua
formação. O
menino, desde pequeno, já demonstrava a vocação religiosa, grande
inteligência e dons especiais. Só não se tornou eremita no deserto por
insistência da mãe. Mas, depois que ela morreu, já conhecido pela
sabedoria, prudência e pela oratória eloquente, foi viver na companhia
de um monge no deserto durante quatro anos. Passou mais dois retirado
numa gruta sozinho, estudando as Sagradas Escrituras e, então,
considerou-se pronto. Voltou para Antioquia e ordenou-se sacerdote. Sua
cidade vivia a efervescência de uma revolta contra o imperador Teodósio
I. O povo quebrava estátuas do imperador e de membros de sua família.
Teodósio, em troca, agia ferozmente contra tudo e contra todos. Membros
do senado estavam presos, famílias inteiras tinham fugido e o povo só
encontrava consolo nos discursos e pregações de João, chamado por eles
de Crisóstomo, isto é, "boca de ouro". Tanto que foi o incumbido de dar à
população a notícia do perdão imperial. Alguns
anos se passaram, a fama do santo só crescia e, quando morreu o bispo
de Constantinopla, João foi eleito para sucedê-lo. Constantinopla era a
grande capital do Império Romano, que havia transferido o centro da
economia e cultura do mundo de então para a Ásia Menor. Entretanto,
para João, era apenas um local onde o clero estava mais preocupado com
os poderes e luxos terrenos do que os espirituais. Lá reinavam a
ambição, a avareza, a política e a corrupção moral. Como bispo,
abandonou, então, os discursos e dispôs-se a enfrentar a luta e, como
consequência, a perseguição. Arrumou
inimigos tanto entre o clero quanto na Corte. Todos, liderados pela
imperatriz Eudóxia, conseguiram tirar João Crisóstomo do cargo, que foi
condenado ao exílio. Mas essa expulsão da cidade provocou revolta tão
intensa na população que o bispo foi trazido de volta para reassumir seu
cargo. Entretanto, dois meses depois, foi exilado pela segunda vez.
Agora, já com a saúde muito debilitada, ele não resistiu e morreu. Era
14 de setembro de 407. Sua
honra só foi limpa quando morreu a família imperial e voltou a paz
entre o clero na Igreja. O papa ordenou o restabelecimento de sua
memória. O corpo de João Crisóstomo foi trazido de volta a
Constantinopla em 438, num longo cortejo em procissão solene. Mais
tarde, suas relíquias foram trasladadas para Roma, onde repousam no
Vaticano. Dos seus numerosos escritos, destaca-se o pequeno livro "Sobre
o sacerdócio", um clássico da espiritualidade monástica. São João
Crisóstomo é venerado um dia antes da data de sua morte, em 13 de
setembro, com o título de doutor da Igreja, sendo considerado um modelo
para os oradores clérigos.
São João Crisóstomo, rogai por nós!
São Maurílio de Angers
Maurílio
nasceu na segunda metade do século IV, em Milão, na Itália. Na
juventude, viajou para a Gália, agora França, atraído pela fama do bispo
mais ilustre de sua época, Martinho de Tours.
Naquela época, a
região da Gália tinha muito pouco conhecimento do Evangelho. Já existiam
vários bispos destacados pelas cidades, mas o cristianismo era um
fenômeno particularmente urbano e poucos camponeses tinham acesso aos
ensinamentos. A finalidade da missão de Maurílio era essa. Após sua
ordenação sacerdotal, saiu em missão para evangelizar os camponeses dos
campos mais distantes das cidades.
Então, Maurílio entregou-se,
de corpo e alma, à vida de pregação, sempre pronto a ajudar os pobres e
doentes. Seu esforço teve muito êxito, pois, em 423, chegou à sua região
uma delegação de camponeses, que lhe pediram para ser o bispo de sua
localidade. Maurílio recebeu, então, a sua consagração episcopal e
iniciou um ministério que durou cerca de 30 anos.
Foi assim que
Maurílio tornou-se muito respeitado e amado pelos humildes lavradores. A
voz da tradição popular conta-nos as histórias de vários prodígios
ocorridos por sua intercessão. Com isso, ganhou fama de santidade, que
foi passada, ao longo do tempo, para as gerações cristãs.
O que
fez com que Maurílio se tornasse padroeiro dos jardineiros foi a sua
demora para batizar um menino, que acabou falecendo sem o sacramento.
Sentindo-se culpado, abandonou a diocese e foi para a Inglaterra, onde
se transformou num jardineiro. Mas ele foi chamado de volta e aceitou
continuar seu episcopado.
O bispo Maurílio morreu em Angers, na
França, em 13 de setembro de 453, onde foi sepultado na igreja que
recebeu seu nome. Em 1239, suas relíquias foram colocadas em uma nova
urna, mas depois de muitos séculos acabaram se perdendo, quando, em
1791, a igreja foi demolida. Entretanto uma pequena parte foi salva e
encontra-se, hoje, sob a guarda da Catedral de Angers, da qual são
Maurílio é o padroeiro, sendo celebrado no dia de sua morte.
São Maurílio de Angers, rogai por nós!
Santos Ponciano e Hipólito
Tiveram caminhos que se chocaram durante a vida, no entanto, Ponciano e Hipólito se reconciliaram quando enfrentaram o exílio
Ponciano foi o zeloso Papa da Igreja de Cristo, eleito em 230, enquanto Hipólito, um fecundo escritor e orador.
Aconteceu
que, naquele tempo, rompeu um cisma na Igreja, onde Hipólito defendia
um tal rigorismo que os adúlteros, fornicadores e apóstatas não
mereceriam perdão, mesmo diante de arrependimento. Ponciano, o Papa da
Misericórdia, não concordava com este duro princípio e nem outras
reflexíveis cheias de boa fé, porém que não revelavam o coração do Pai, o
qual escolheu a Igreja como instrumento deste amor que perdoa e salva.
Ponciano,
que confirmava a fé nos cristãos, diante do clima de perseguição criado
pelo imperador Maximiano, foi denunciado e, por isso, preferiu
prudentemente renunciar ao serviço de Papa, visando o bem da Igreja e
acolheu o exílio. Na ilha da Sardenha encontrou exilado também o
sacerdote Hipólito e, em meio aos trabalhos forçados, se reconciliaram,
sendo que Hipólito renunciou aos seus erros, antes de colherem em 235 o
“passaporte” do Céu, ou seja o martírio.
Nascido
em Brabante, Bélgica, Guido de Anderlecht viveu entre os séculos X e
XI. Desde a infância, já demonstrava seu desapego pelos bens terrenos,
tanto que, na juventude, distribuiu aos pobres tudo o que possuía e
ganhava. Na ânsia de viver uma vida ascética, Guido abandonou a casa dos
pais, que eram bondosos cristãos camponeses, e foi ser sacristão do
vigário de Laken, perto de Bruxelas, pois assim poderia ser mais útil às
pessoas carentes e também dedicar-se às orações e à penitência.
Quando
ficou órfão, decidiu ser comerciante, pois teria mais recursos para
auxiliar e socorrer os pobres e doentes. Mas seu navio repleto de
mercadorias afundou nas águas do Sena. Então, o comerciante Guido teve a
certeza de que tinha escolhido o caminho errado, de modo que se
convenceu do equívoco cometido ao abandonar sua vocação religiosa para
trabalhar no comércio, mesmo que sua intenção fosse apenas ajudar os
mais necessitados.
Sendo assim, Guido deixou a vida de
comerciante, vestiu o hábito de peregrino e pôs-se novamente no caminho
da religiosidade, da peregrinação e assistência aos pobres e doentes.
Percorreu, durante sete anos, as inseguras e longas estradas da Europa
para visitar os maiores santuários da cristandade.
Depois da
longa peregrinação, que incluiu a Terra Santa, Guido voltou para o seu
país de origem, já fraco e cansado. Ficou hospedado na casa de um
sacerdote na cidade de Anderlecht, perto de Bruxelas, de onde herdou o
sobrenome. Pouco tempo depois, morreu, com fama de santidade. Foi
sepultado naquela cidade e sua sepultura tornou-se um polo de
peregrinação. Assim, com o passar do tempo, foi erguida uma igreja
dedicada a ele, para guardar suas relíquias.
Ao longo dos
séculos, a devoção a são Guido de Anderlecht cresceu, principalmente
entre os sacristãos, trabalhadores da lavoura, camponeses e cocheiros.
Aliás, ele é tido como protetor das cocheiras, em especial dos cavalos.
Diz a tradição que Guido não resistiu a uma infecção que lhe provocou
forte desarranjo intestinal, muito comum naquela época pelos poucos
recursos de saneamento e higiene das cidades. Seu nome até hoje é
invocado pelos fiéis para a cura desse mal.
A sua festa
litúrgica, tradicionalmente celebrada no dia 12 de setembro, traz uma
carga de devoção popular muito intensa. Na cidade de Anderlecht, ela é
precedida por uma procissão e finalizada com uma bênção especial,
concedida aos cavalos e seus cavaleiros.
Saiba Mais São Guido de Anderlecht, rogai por nós!
Santa Joana Francisca de Chantal
Filha
de um político bem posicionado na França, Joana recusou matrimônio com
um fidalgo milionário, por ser ele protestante calvinista. Casou-se,
então, com o barão de Chantal, católico fervoroso, com quem levou uma
vida profundamente religiosa e feliz.
Joana nasceu em Dijon,
França, em 28 de janeiro de 1572, filha de Benigno Frèmiot, presidente
do parlamento de Borgonha. Após seu casamento, foi morar no castelo de
Bourbillye, e sua primeira ordem na nova casa sinalizou qual seria o
estilo de vida que se viveria ali. Mandou que, diariamente, fosse rezada
uma missa e que todos os servidores domésticos participassem.
Ocupou-se, pessoalmente, da educação religiosa dos serviçais,
ajudando-os em todas as suas necessidades materiais.
Quando o
barão feriu-se gravemente durante uma caçada, no castelo só se rezava
por sua saúde. Mas logo veio a falecer. Joana ficou viúva aos 28 anos de
idade, com os filhos para criar. Dedicou-se inteiramente à educação das
suas crianças, abrindo espaço em seus horários apenas para a oração e o
trabalho. Nessa época, conheceu o futuro são Francisco de Sales, então
bispo de Genebra. Escolheu-o para ser seu diretor espiritual e fez-se
preparar para a vida de religiosa.
Passados nove anos de viuvez e
depois de ter muito bem casado as filhas, deixou o futuro barão de
Chantal, então um adolescente de 15 anos, com o avô Benigno no castelo
de Dijon e retirou-se em um convento. No ano seguinte, em 1610, junto
com Francisco de Sales, fundou a Congregação da Visitação de Santa
Maria, destinada à assistência aos doentes. Nessa empreitada
juntaram-se, à baronesa de Chantal, a senhora Jacqueline Fabre e a
senhorita Brechard.
Joana, então, professou os votos e foi a
primeira a vestir o hábito da nova Ordem. Eleita a madre superiora,
acrescentou Francisca ao nome de batismo e dedicou-se exclusivamente à
Obra, vivendo na sua primeira sede, em Anecy. Fundou mais 75 Casas para
suas religiosas com toda a sua fortuna. Mas não sem dificuldades e
sofrimentos, e sofrendo muitas perseguições em Paris, sem nunca
esmorecer.
Depois de uma dura agonia motivada por uma febre que
pôs fim à sua existência, morreu em Moulins no dia 13 de dezembro de
1641. Atualmente, as Irmãs da Visitação estão espalhadas em todos os
continentes e celebram, no dia 12 de agosto, santa Joana Francisca de
Chantal, que foi canonizada em 1767 para ser venerada como modelo de
perfeição evangélica em todos os estados de vida.
Santa Joana Francisca de Chantal, rogai por nós!
Conheça 10 fatos sobre Santa Joana Francisca de Chantal. Assista ao vídeo!
São João Berchmans
Fez de sua vida comum sua maior penitência, pegou uma grave enfermidade a qual aceitou com alegria
Hoje,
lembramos o jovem que viveu, durante apenas vinte e dois anos, numa
total entrega e amor ao Cristo. São João Berchmans nasceu na Bélgica, em
1599, de família pobre, porém, rica na vida e nas virtudes cristãs.
Tocado
pelo testemunho de paciência heróica da mãe diante da fatal enfermidade
e, motivado pelo pai viúvo, o qual abraçou o Sacerdócio Católico, ele
começou a estudar em um Colégio dos Jesuítas até entrar na Companhia. Ao
ser encaminhado para os estudos de Filosofia e Teologia de Malines para
Roma, João mostrou com a vida seu amor a Mãe de Deus lutando contra o
pecado: “Antes, mil vezes morrer, do que cometer o mais leve pecado ou transgredir uma regra da Ordem”.
São
João Berchmans que fez de sua vida comum sua maior penitência, pegou
uma grave enfermidade a qual aceitou com alegria; por isso deitou-se no
chão, em sinal de humildade e recebeu os últimos Sacramentos.
Testemunha-se que – com o crucifixo, o livro da Regra e o terço
apertados sobre o peito – disse: “São estes os meus três tesouros, em cuja companhia quero morrer”, desta maneira é que despedido de todos, foi para a Eternidade repetindo: “Jesus! Maria!”.
Destacou-se desde cedo pela sua caridade e respeito
para com os pequenos “Clara
de nome, mais clara de vida e claríssima de virtudes!” Neste dia,
celebramos a memória da jovem inteligente e bela que se tornou a ‘dama
pobre’.
Clara
nasceu em Assis, no ano 1193, no seio de uma família da nobreza
italiana, muito rica, onde possuía de tudo. Porém o que a menina mais
queria era seguir os ensinamentos de Francisco de Assis. Aliás, foi
Clara a primeira mulher da Igreja a entusiasmar-se com o ideal
franciscano. Sua família, entretanto, era contrária à sua resolução de
seguir a vida religiosa, mas nada a demoveu do seu propósito.
No
dia 18 de março de 1212, aos 19 anos de idade, fugiu de casa e, humilde,
apresentou-se na igreja de Santa Maria dos Anjos, onde era aguardada
por Francisco e seus frades. Ele, então, cortou-lhe o cabelo, pediu que
vestisse um modesto hábito de lã e pronunciasse os votos perpétuos de
pobreza, castidade e obediência.
Depois disso, Clara, a conselho
de Francisco, ingressou no Mosteiro Beneditino de São Paulo das
Abadessas, para ir se familiarizando com a vida em comum. Pouco depois,
foi para a Ermida de Santo Ângelo de Panço, onde Inês, sua irmã de
sangue, juntou-se a ela.
Pouco tempo depois, Francisco levou-as
para o humilde Convento de São Damião, destinado à Ordem Segunda
Franciscana, das monjas. Em agosto, quando ingressou Pacífica de
Guelfúcio, Francisco deu às irmãs sua primeira forma de vida religiosa.
Elas, primeiramente, foram chamadas de "Damianitas", depois, como Clara
escolheu, de "Damas Pobres", e finalmente, como sempre serão chamadas,
de "Clarissas".
Em 1216, sempre orientada por Francisco, Clara
aceitou para a sua Ordem as regras beneditinas e o título de abadessa.
Mas conseguiu o "privilégio da pobreza" do papa Inocêncio III, mantendo,
assim, o carisma franciscano. O testemunho de fé de Clara foi tão
grande que sua mãe, Ortolana, e mais uma de suas irmãs, Beatriz,
abandonaram seus ricos palácios e foram viver ao seu lado, ingressando
também na nova Ordem fundada por ela.
A partir de 1224, Clara
adoeceu e, aos poucos, foi definhando. Em 1226, Francisco de Assis
morreu, e Clara teve visões projetadas na parede da sua pequena cela.
Lá, via Francisco e os ritos das solenidades do seu funeral que estavam
acontecendo na igreja. Anteriormente, tivera esse mesmo tipo de visão
numa noite de Natal, quando viu, projetado, o presépio, e pôde assistir
ao santo ofício que se desenvolvia na igreja de Santa Maria dos Anjos.
Por essas visões, que pareciam filmes projetados numa tela, santa Clara é
considerada Padroeira da Televisão e de todos os seus profissionais.
Depois
da morte de são Francisco, Clara viveu mais 27 anos, dando continuidade
à obra que aprendera e iniciara com ele. Outro feito de Clara ocorreu
em 1240, quando, portando nas mãos o Santíssimo Sacramento, defendeu a
cidade de Assis do ataque do exército dos turcos muçulmanos.
No
dia 11 de agosto de 1253, algumas horas antes de morrer, Clara recebeu
das mãos de um enviado do papa Inocêncio IV a aguardada bula de
aprovação canônica, deixando, assim, as sua "irmãs clarissas"
asseguradas.
Na hora de sua morte ela disse: Vá segura, minha alma, porque você
tem uma boa escolha para o caminho. Vá, porque Aquele que a criou também
a santificou. E, guardando-a sempre como uma mãe guarda o filho, amou-a
com eterno amor. E Bendito sejais Vós, Senhor que me criastes.
Dois anos após sua morte, o papa Alexandre IV a proclamou
santa Clara de Assis.
Oração a Santa Clara
Clara, santa cheia de claridade, Irmã de São Francisco de Assis, Intercede pelos teus devotos Que querem ser puros e transparentes. Teu nome e teu ser Exalam o perfume das coisas inteiras E o frescor do que é novo e renovado. Clareia os caminhos tortuosos Daqueles que se embrenham Na noite do próprio egoísmo E nas trevas do isolamento. Clara, irmã de São Francisco, Coloca em nossos corações A paixão pela simplicidade, A sede pela pobreza, A ânsia pela contemplação.Te suplico, Irmã Lua, Que junto ao Sol de Assis No mesmo céu refulge, Alcança-nos a graça que, Confiantes vos pedimos. Santa Clara, ilumina os passos Daqueles que buscam a claridade! Amém!
Santa Clara de Assis, rogai por nós!
Conheça 10 fatos sobre Santa Clara de Assis. Assista ao vídeo!
Santa Filomena
"Filomena
era filha dos reis de um pequeno Estado da Grécia. Ela nasceu após seus
pais converterem-se ao cristianismo, no dia 10 de janeiro. Foi uma
bênção de Jesus, pois a rainha era estéril. No batismo, recebeu o nome
de Filomena, que significa 'filha da luz da fé'. Aos 12 anos, fez os
votos de virgindade e tornou-se esposa de Jesus.
Tinha 13 anos
quando o imperador romano Diocleciano declarou guerra a seu pai. O rei
decidiu viajar para Roma, com a esposa e a filha, e suplicar ao
imperador pelo seu povo. O imperador encantou-se com a beleza da jovem e
prometeu desistir da guerra se o rei lhe desse a linda filha em
casamento. Os reis, com alegria, logo aceitaram, mas Filomena contestou,
porque já tinha compromisso com Jesus, seu divino esposo. E ninguém
conseguiu convencê-la do contrário. O imperador, humilhado, mandou
prendê-la e torturá-la com chicotadas durante 37 dias.
Nossa
Senhora apareceu-lhe na prisão e revelou que dentro de três dias
voltaria com seu amado Filho e a levariam para o céu. O imperador, cada
vez mais cego pelo ódio, mandou flechá-la, mas as flechas voltaram e
mataram os arqueiros; então ele mandou jogá-la no rio Tibre com uma
âncora no pescoço, mas veio um anjo e cortou a corda. Diante disso, o
tirano ordenou que ela fosse decapitada. E assim sua alma voou
gloriosamente para o céu, no dia 10 de agosto, numa sexta-feira, às 3
horas da tarde, como seu divino esposo Jesus." Este relato está no
livro "Revelações", de madre Maria Luiza de Jesus, fundadora da Ordem
Religiosa das Irmãs da Imaculada e de Santa Filomena.
Entretanto,
o corpo de santa Filomena só foi encontrado nas escavações das
catacumbas de Priscila, em Roma, no dia 25 de maio de 1802. A sepultura
estava intacta, fato realmente raríssimo, e foi aberta na presença de
autoridades civis, religiosos da Igreja e peritos leigos. Durante as
escavações, ainda encontraram três placas de terracota com as seguintes
inscrições: "Paz te Cum Fi Lumena", ou seja "A paz esteja contigo,
Filomena". O caixão tinha os entalhes de uma palma, três flechas, uma
âncora, um chicote e um lírio, indicando a forma de seu martírio e
morte. Dentro dele estavam as relíquias do corpo de uma jovem e um
pequeno frasco com um líquido vermelho ressequido. Os peritos
verificaram que o corpo era de uma jovem com cerca de 13 anos, que tinha
o crânio fraturado e que teria vivido no século IV. Assim, finalmente,
foram encontradas as relíquias da jovem mártir santa Filomena, que
ficaram sob os cuidados da Igreja Católica.
Essas relíquias foram
transferidas para a Igreja de Nossa Senhora das Graças, em Nápoles,
onde muitas graças e milagres foram alcançados por intercessão da santa,
bem como ocorreram em muitas outras partes do mundo cristão. O seu
santuário tornou-se um centro de intensa e frequente peregrinação.
O
dominicano monsenhor Mastai Ferretti, que se tornou o papa Pio IX em
1849, foi ao santuário de Santa Filomena, em Nápoles, e celebrou uma
missa na igreja em agradecimento à graça e intercessão da santa, que o
curou de uma doença grave. Outros pontífices declararam-se fiéis devotos
de santa Filomena, entre eles o papa Leão XII, que a proclamou "a
grande milagrosa do século XIX". Foi o papa Gregório XVI que a nomeou
"Padroeira do Rosário Vivente" e escolheu o dia 11 de agosto para a sua
festa.
Entretanto as sequências dos estudos e descobertas
posteriores mostraram que a sepultura de santa Filomena havia sido
utilizada, ao longo dos séculos, para abrigar outros mártires. Diante de
tal conclusão, a Igreja, durante a reforma universal dos ritos
litúrgicos, em 1961, suprimiu-a do calendário. Mas os reconhecimentos
oficiais dos milagres por intercessão de santa Filomena, a legião de
fiéis e peregrinos, a própria devoção particular de papas e muitos
santos continuam dando vida a esta celebração como marca da grande e
intensa manifestação de fé que o povo tem pelo Redentor.
Nem chicotes, algozes, chamas, tormentos e correntes puderam contra sua fé e amor ao Cristo
São Lourenço que sofreu o martírio em 258, não parava de interceder por todos
Seu
martírio, diz o poeta Prudêncio, assinalou o declínio dos deuses de
Roma. Sinal, portanto, de que a morte do jovem diácono Lourenço
provocara na cidade uma grande impressão, a ponto dos pagãos — vendo tão
serena coragem diante da tortura — começarem a se interrogar sobre a
religião professada pelo heroico mártir. Sua imagem, cingida de lenda (o relato da paixão de São Lourenço, que data de um século após sua morte, é pouco confiável) já
na obra dos escritores próximos a sua época, como Prudêncio, Dâmaso e
Ambrósio, está ligada à sua tortura. O mártir, posto em uma grelha sobre
carvões ardentes, encontra um modo de gracejar: "Vede, deste lado já
estou bem cozido; virai-me do outro". Mas a maioria dos escritores
modernos julga que Lourenço tenha sido decapitado como o papa Sisto II —
do qual era diácono e o havia precedido por três dias no martírio. O
papa Dâmaso, por outro lado, parece convalidar a tradição dos carvões
ardentes e recorda o heroico testemunho de fé com eficaz síntese:
"Verbera, carnífices, flammas, tormenta, catenas..."- açoites,
carrascos, chamas, tormentos, cadeias, nada prevaleceu contra sua
fidelidade a Cristo.
Ele
fora, de fato, encarregado de dirigir outros diáconos de Roma. Pode-se,
pois, julgar que, na iminência da prisão, o papa o tenha encarregado de
distribuir aos pobres o pouco que a Igreja possuía. Quando
o imperador Valeriano — lê-se na paixão — impôs-lhe a entrega do
tesouro do qual ouvira falar, Lourenço teria reunido diante dele um
grupo de mendigos: "Eis o nosso tesouro", disse-lhe, "podeis encontrá-lo
por toda a parte". Foi sepultado na via Mas
ao lado desta imagem de sofrimento aceito, há outra, de modo algum
lendária, referente ao diácono encarregado de distribuir aos pobres a
coleta dos cristãos Tiburtina,
no Campus Veranus — Verano —,e sobre seu sepulcro foi erigida a
basílica que leva seu nome, a primeira das igrejas que Roma dedicou ao
seu popular mártir.
Sentindo-se iludido, o prefeito sujeitou o santo a diversos
tormentos, até colocá-lo sobre um braseiro ardente; São Lourenço que
sofreu o martírio em 258, não parava de interceder por todos, e mesmo
assim encontrou no Espírito Santo força para dizer no auge do sofrimento
na grelha: “Vira-me que já estou bem assado deste lado”.
A Roma cristã venera o santo espanhol com a mesma veneração e
respeito com que honra seus primeiros Apóstolos. Depois de São Pedro e
São Paulo, a festa de São Lourenço foi a maior da antiga liturgia
romana. O que foi Santo Estevão em Jerusalém, isso mesmo o foi São
Lourenço em Roma.