Santa Elisabete Ana Bayley Seton
Fazia parte da Congregação das Irmãs de São José, com o objetivo de formar as crianças numa fé cristã e católica
Seja bem-vindo! Este Blog se propõe a divulgar o catolicismo segundo a Igreja Católica Apostólica Romana. Os editores do Blog, não estão autorizados a falar em nome da Igreja, não são Sacerdotes e nem donos da verdade. Buscam apenas ser humildes e anônimos missionários na Internet. É também um espaço para postagem de orações, comentários, opiniões. Defendemos a Igreja conservadora. Acreditamos em DEUS e entregamo-nos nos braços de MARIA. Que DEUS nos ilumine e proteja. AMÉM
Santo Estêvão
Vividos os eventos da Paixão e Ressurreição, os Doze apóstolos passaram a
pregar o evangelho de Cristo para os hebreus. A inimizade, que estava
apenas abrandada, reavivou, dando início às perseguições mortais aos
seguidores do Messias. Mas com extrema dificuldade eles fundaram a
primeira comunidade cristã, que conseguiu estabelecer-se como um exemplo
vivo da mensagem de Jesus, o amor ao próximo.
Assim, dentro da comunidade, tudo era de todos, tudo era repartido com
todos, todos tinham os mesmos direitos e deveres. Conforme a comunidade
se expandia, aumentavam também as necessidades, de alimentação e de
assistência. Assim, os apóstolos escolheram sete para formarem como
"ministros da caridade", chamados diáconos. Eram eles que administravam
os bens comuns, recolhiam e distribuíam os alimentos para todos da
comunidade. Um dos sete era Estêvão, escolhido porque era "cheio de fé e
do Espírito Santo".
Porém, segundo os registros, Estêvão não se limitava ao trabalho social
de que fora incumbido. Não perdia a chance de divulgar e pregar a
palavra de Cristo, e o fazia com tanto fervor e zelo que chamou a
atenção dos judeus. Pego de surpresa, foi preso e conduzido diante do
sinédrio, onde falsos testemunhos, calúnias e mentiras foram a base de
sustentação para a acusação. As testemunhas informaram que Estêvão dizia
que Jesus de Nazaré prometera destruir o templo sagrado e que também
queria modificar as leis de Deus transmitidas a Moisés.
Nos capítulos 6 e 7 dos Atos dos Apóstolos encontramos um longo
relato sobre o martírio de Estêvão, que é um dos sete primeiros Diáconos
nomeados e ordenados pelos Apóstolos. Santo Estêvão é chamado de Protomártir,
ou seja, ele foi o primeiro mártir de toda a história católica. O seu
martírio ocorreu entre o ano 31 e 36 da era cristã. Eis a descrição,
tirada do livro dos Atos dos Apóstolos:
“Estêvão, porém, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes
sinais entre o povo. Levantaram-se então alguns da sinagoga, chamados
dos Libertos e dos Cirenenses e dos Alexandrinos, e dos da Cicília e da
Ásia e começaram a discutir com Estêvão, e não puderam resistir à
sabedoria e ao Espírito com que ele falava. Subornaram então alguns
homens que disseram: ‘Ouvimo-lo proferir palavras blasfematórias contra
Moisés e contra Deus’. E amotinaram o povo e os Anciãos e Escribas e
apoderaram-se dele e conduziram-no ao Sinédrio; e apresentaram falsas
testemunhas que disseram: ‘Este homem não cessa de proferir palavras
contra o Lugar Santo e contra a Lei; pois, ouvimo-lo dizer que Jesus, o
Nazareno, destruirá este Lugar e mudará os usos que Moisés nos legou’. E
todos os que estavam sentados no Sinédrio, tendo fixado os olhares
sobre ele, viram o seu rosto como o rosto de um anjo”.
Num longo discurso, Estêvão evoca a história do povo de Israel, terminando com esta veemente apóstrofe:
“‘Homens de cerviz dura, incircuncisos de coração e de ouvidos,
resistis sempre ao Espírito Santo, vós sois como os vossos pais. Qual
dos profetas não perseguiram os vossos pais, e mataram os que prediziam a
vinda do Justo que vós agora traístes e assassinastes? Vós que
recebestes a Lei promulgada pelo ministério dos anjos e não a
guardastes’. Ao ouvirem estas palavras, exasperaram-se nos seus corações
e rangiam os dentes contra ele. Mas ele, cheio do Espírito Santo, tendo
os olhos fixos no céu, viu a glória de Deus e Jesus que estava à
direita de Deus e disse: ‘Vejo os céus abertos e o Filho do homem que
está à direita de Deus’. E levantando um grande clamor, fecharam os
olhos e, em conjunto, lançaram-se contra ele. E lançaram-no fora da
cidade e apedrejaram-no. E as testemunhas depuseram os seus mantos aos
pés de um jovem, chamado Saulo. E apedrejavam Estêvão que invocava Deus e
dizia: ‘Senhor Jesus, recebe o meu espírito’. Depois, tendo posto os
joelhos em terra, gritou em voz alta: ‘Senhor, não lhes contes este
pecado’. E dizendo isto, adormeceu”.
Num discurso iluminado, Estêvão repassou toda a história hebraica, de
Abraão até Salomão, e provou que não blasfemara contra Deus, nem contra
Moisés, nem contra a Lei, nem contra o templo. Teria convencido e sairia
livre. Mas não, seguiu avante com seu discurso e começou a pregar a
palavra de Jesus. Os acusadores, irados, o levaram, aos gritos, para
fora da cidade e o apedrejaram até a morte.
Antes de tombar morto, Estêvão repetiu as palavras de Jesus no Calvário,
pedindo a Deus perdão para seus agressores. Fazia parte desse grupo de
judeus um homem que mais tarde se soube ser o apóstolo Paulo, que, na
época, ainda não estava convertido. O testemunho de santo Estevão não
gera dúvidas, porque sua documentação é histórica, encontra-se num livro
canônico, Atos dos Apóstolos, fazendo parte das Sagradas Escrituras.
Por tudo isso, quando suas relíquias foram encontradas em 415, causaram
forte comoção nos fiéis, dando início a um fervoroso culto de toda a
cristandade. A festa de santo Estevão é celebrada sempre no dia seguinte
ao da festa do Natal de Jesus, justamente para marcar a sua importância
de primeiro mártir de Cristo e um dos sete escolhidos dos apóstolos.
Minha oração
“ Vós que exerceste a excelência da diaconia no serviço do Senhor e na entrega total de si, também nos ensine a servir o Senhor de todo o coração, como aos nossos irmãos com a alegria e santidade. Dai-nos o dom de servir e amar como vós o fizestes pois somos um dom para o outro. Amém.”
Santo Estêvão, rogai por nós!
São Venceslau
O
bondoso monarca da Boêmia, Vratislau, antes de morrer, deixou, como
herdeiro do trono, seu filho Venceslau, nascido no ano de 907 na atual
República Checa. Com isso, despertou em sua mulher, Draomira, a ira e a
vingança, pois era ela própria que desejava assumir o governo do país.
Se não fosse possível, pretendia entregá-lo a seu outro filho, Boleslau,
que tinha herdado o caráter e a falta de escrúpulos da mãe, enquanto
Venceslau fora criado pela avó, Ludmila, que lhe ensinou os princípios
de bondade cristã. Por isso, não passava por sua cabeça uma oposição
fatal dentro do próprio lar. Assim, acabou assassinado pelo irmão, de
acordo com um plano diabólico da malvada rainha.
Mas antes que
isso acontecesse, a mãe tomou à força o poder e começou uma grande e
desumana perseguição aos cristãos. Assim, por sua maldade e
impopularidade junto ao povo, foi deposta pelos representantes das
províncias, que fizeram prevalecer a vontade do rei Vratislau, elevando
ao trono seu filho Venceslau. Imediatamente, seguindo o conselho da avó,
Venceslau levou de volta ao reino o cristianismo. Quando soube disso,
Draomira ficou tão transtornada que contratou alguns assassinos para dar
fim à vida da velha e bondosa senhora, que morreu enquanto rezava,
estrangulada com o próprio véu.
Draomira sabia que ainda havia
mais uma pedra em seu caminho impedindo seus planos maldosos e sua
perseguição ao povo cristão. Venceslau era um obstáculo difícil, pois,
em muito pouco tempo, já tinha conquistado a confiança, a graça e a
simpatia do povo, que via nele um verdadeiro líder, um exemplo a ser
seguido. Dedicava-se aos mais pobres, encarcerados, doentes, viúvas e
órfãos, aos quais fazia questão de ajudar e levar palavras de fé,
carinho e consolo.
A popularidade de Venceslau cresceu ainda mais
quando, para evitar uma batalha com o duque Radislau, que se opunha ao
seu governo cristão, propôs que, em vez de entrarem em guerra, duelassem
entre si, evitando, assim, a morte da população inocente. Quem vencesse
ficaria com o poder. No dia e na hora marcada, os adversários
encontraram-se no campo de batalha. Radislau atacou imediatamente, de
lança em punho. Contam os registros que, no momento em que feriria
Venceslau mortalmente, apareceram dois anjos que o mandaram parar.
Radislau caiu do cavalo e, quando se levantou, já era um homem
modificado. Naquele momento, pediu perdão e jurou fidelidade ao seu
Senhor.
Draomira e Boleslau, inconformados com a popularidade de
Venceslau, arquitetaram um plano diabólico para acabarem com sua vida.
No dia 28 de setembro de 935, durante a festa de batismo de seu
sobrinho, enquanto todos festejavam, Venceslau retirou-se para a capela
para rezar. Draomira sugeriu ao filho Boleslau que aquele seria o
melhor momento para matar o próprio irmão. Boleslau invadiu a capela e
apunhalou o irmão no altar da igreja. Mãe e filho, porém, não tiveram
tempo de saborear o poder e o trono roubado de Venceslau, pois em poucos
dias Draomira teve uma morte trágica e Boleslau foi condenado pelo
imperador Oton I.
Seu corpo foi sepultado na igreja de São Vito, em
Praga. Desde então, passou a ser cultuado como santo. A Hungria, a
Polônia e a Boêmia têm em são Venceslau seu protetor e padroeiro. Mais
tarde, no século XVIII, a Igreja inscreveu são Venceslau no calendário
litúrgico, marcando o dia 28 de setembro para a sua festa.
Minha oração
“Tu foste nobre de sangue, mas muito mais nobre na alma, dai aqueles que são os líderes a mesma nobreza e dedicação para o povo que necessita. Embuti a fé nos teus devotos e com teu exemplo fortaleça o caminho cristão. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém!”
São Venceslau, rogai por nós!
Ao tornar-se religiosa na Congregação das Irmãs Missionárias da
Imaculada Conceição da Mãe de Deus, passou a ser chamada de Irmã Dulce,
em homenagem a sua mãe. Irmã Dulce era popularmente conhecida como o
“Anjo bom da Bahia”.
Determinada e com uma fé inabalável, consagrou sua vida a Deus servindo
aos mais necessitados. Irmã Dulce andava pelas ruas do centro de
Salvador em busca de doações para aqueles que não tinham dignidade e
direitos reconhecidos. No ano de 1949, Irmã Dulce improvisou, no
galinheiro do convento, um abrigo para acolher os doentes que eram
resgatados por ela nas ruas de Salvador.
No ano de 1959, um terreno foi doado para a construção do Albergue Santo
Antônio. Anos mais tarde, ao lado do albergue, foi fundado o Hospital
Santo Antônio, coração das Obras Sociais de Irmã Dulce.
Sofrendo com problemas respiratórios, Irmã Dulce foi internada no dia 11
de novembro de 1990. Deixando-nos grandes lições de vida como a
humildade, a caridade, o serviço, a solidariedade e a partilha, motivada
pela fé em Cristo e animada por uma vida intensa de oração, faleceu no
dia 13 de março de 1992, em sua casa, no Convento Santo Antônio.
Sua beatificação foi realizada no dia 22 de maio de 2011. A celebração
reuniu mais de 70 mil fiéis para a coroação da primeira beata nascida na
Bahia. A freira passou a se chamar “Bem-Aventurada Dulce dos Pobres”,
tendo o dia 13 de agosto como data oficial de celebração de sua festa
litúrgica.
No dia 13 de outubro de 2019, em uma cerimônia presidida pelo Papa
Francisco, no Vaticano, Irmã Dulce foi proclamada “Santa Dulce dos
Pobres”, tornando-se a primeira santa brasileira.
Minha oração
“Ó mãe dos pobres, cuidai do povo brasileiro e olhai com mais atenção aos excluídos, assim como fizestes em toda a tua vida. Do mesmo modo, ensina-nos a viver sem indiferença para estes pequeninos. Por Cristo Nosso Senhor. Amém! “
Santa Dulce dos Pobres, rogai por nós!
Maurílio
nasceu na segunda metade do século IV, em Milão, na Itália. Na
juventude, viajou para a Gália, agora França, atraído pela fama do bispo
mais ilustre de sua época, Martinho de Tours.
Naquela época, a
região da Gália tinha muito pouco conhecimento do Evangelho. Já existiam
vários bispos destacados pelas cidades, mas o cristianismo era um
fenômeno particularmente urbano e poucos camponeses tinham acesso aos
ensinamentos. A finalidade da missão de Maurílio era essa. Após sua
ordenação sacerdotal, saiu em missão para evangelizar os camponeses dos
campos mais distantes das cidades.
Então, Maurílio entregou-se,
de corpo e alma, à vida de pregação, sempre pronto a ajudar os pobres e
doentes. Seu esforço teve muito êxito, pois, em 423, chegou à sua região
uma delegação de camponeses, que lhe pediram para ser o bispo de sua
localidade. Maurílio recebeu, então, a sua consagração episcopal e
iniciou um ministério que durou cerca de 30 anos.
Foi assim que
Maurílio tornou-se muito respeitado e amado pelos humildes lavradores. A
voz da tradição popular conta-nos as histórias de vários prodígios
ocorridos por sua intercessão. Com isso, ganhou fama de santidade, que
foi passada, ao longo do tempo, para as gerações cristãs.
O que
fez com que Maurílio se tornasse padroeiro dos jardineiros foi a sua
demora para batizar um menino, que acabou falecendo sem o sacramento.
Sentindo-se culpado, abandonou a diocese e foi para a Inglaterra, onde
se transformou num jardineiro. Mas ele foi chamado de volta e aceitou
continuar seu episcopado.
O bispo Maurílio morreu em Angers, na
França, em 13 de setembro de 453, onde foi sepultado na igreja que
recebeu seu nome. Em 1239, suas relíquias foram colocadas em uma nova
urna, mas depois de muitos séculos acabaram se perdendo, quando, em
1791, a igreja foi demolida. Entretanto uma pequena parte foi salva e
encontra-se, hoje, sob a guarda da Catedral de Angers, da qual são
Maurílio é o padroeiro, sendo celebrado no dia de sua morte.
São Maurílio de Angers, rogai por nós!
Santos Ponciano e Hipólito
Ponciano foi o zeloso Papa da Igreja de Cristo, eleito em 230, enquanto Hipólito, um fecundo escritor e orador.
Aconteceu
que, naquele tempo, rompeu um cisma na Igreja, onde Hipólito defendia
um tal rigorismo que os adúlteros, fornicadores e apóstatas não
mereceriam perdão, mesmo diante de arrependimento. Ponciano, o Papa da
Misericórdia, não concordava com este duro princípio e nem outras
reflexíveis cheias de boa fé, porém que não revelavam o coração do Pai, o
qual escolheu a Igreja como instrumento deste amor que perdoa e salva.
Ponciano,
que confirmava a fé nos cristãos, diante do clima de perseguição criado
pelo imperador Maximiano, foi denunciado e, por isso, preferiu
prudentemente renunciar ao serviço de Papa, visando o bem da Igreja e
acolheu o exílio. Na ilha da Sardenha encontrou exilado também o
sacerdote Hipólito e, em meio aos trabalhos forçados, se reconciliaram,
sendo que Hipólito renunciou aos seus erros, antes de colherem em 235 o
“passaporte” do Céu, ou seja o martírio.
Santos Ponciano e Hipólito, rogai por nós!
Com
um sobrenome brasonado como o seu, acredita-se que havia passado a
juventude em Nápoles, num faustoso palácio de frente para o golfo.
Viveu, ao contrário, junto à Congregação dos Brancos da Justiça,
empenhado na assistência aos condenados à morte.
Não
era sequer de Nápoles; nasceu na Vila de Santa Maria de Chieti, onde
viveu até os 22 anos. Foi para Nápoles a fim de completar os estudos na
universidade onde ensinou são Tomás de Aquino. Atingido por uma doença
de pele que o fazia parecer um leproso, sarou e pôde ser ordenado padre.
Ficou em Nápoles para continuar a assistir os encarcerados e, então,
lhe chegou o convite do genovês Agostinho Adorno e de Fabrício
Caracciolo, abade de Santa Maria Maggiore de Nápoles. Pediam-lhe que colaborasse na Fundação dos Clérigos Regulares Menores.
Ascânio
aceitou; os três se dirigiram para um longo retiro na abadia de
Camaldoli, a fim de meditar e escrever a Regra, que seria aprovada por
Sisto V em 1º de julho de 1588. Continha um insólito quarto voto — além dos tradicionais votos de castidade, pobreza e obediência —, que proibia aceder a qualquer dignidade eclesiástica.
Mas
exatamente a Ascânio Caracciolo, que na profissão religiosa tomou o
nome de Francisco, coube o cargo de prior-geral da jovem congregação,
nascida pobre, numa velha casa nos arredores da igreja da Misericórdia.
Findo seu mandato, Francisco Caracciolo dirigiu-se à Espanha para fundar
uma casa religiosa e um colégio. Concluiu sua breve existência em
Agnone, junto aos padres do Oratório, e foi sepultado na igreja de Santa
Maria Maggiore. O primeiro milagre verificou-se durante os funerais,
com a cura de um aleijado, e isso abriu caminho para a devoção dos
napolitanos àquele santo nativo, que em 1840 o elegeram como
co-padroeiro da cidade. Foi canonizado por Pio VII, em 24 de maio de
1807.
A minha oração
“Ó grande propagador da Eucaristia, ensina-nos a viver como adoradores, para que, assim, cresça o nosso amor a Jesus e aos mais necessitados. Intercedei pelos sacerdotes na busca da santidade e da dedicação aos sacramentos, por Cristo nosso Senhor. Amém!”
São Francisco Caracciolo, rogai por nós!
Santa Coleta
Nascida
em 13 de janeiro de 1381, em Corbie, na região francesa de Amiens,
Nicoleta Boilet, apelidada de Coleta, recebeu este nome em homenagem a
são Nicolau. Seus pais estavam com a idade avançada e sem filhos quando
pediram pela intercessão desta graça ao santo, do qual eram devotos.
O
pai era um artista abastado, que trabalhou no mosteiro beneditino de
Corbie, onde a família viveu por alguns anos. A educação e o convívio
religioso alí recebidos influenciaram muito na espiritualidade de
Coleta, que nunca mais se afastou da religião e contribuiu vigorosamente
para a construção e afirmação da Igreja Católica.
Aos dezoito
anos ficou órfã. Distribuiu os bens aos pobres para viver reclusa na
Ordem Terceira de São Francisco. Neste período teve uma visão de Cristo
que lhe incumbiu de reformar as Clarissas. No início, resistiu em
cumprir a missão que tão claramente lhe foi dada. Mas, depois de ficar
muda e cega por alguns dias, entendeu que era um sinal pela sua
desobediência, e aconselhada pelo frei Henrique Baume, irmão menor, se
apresentou ao papa Bento XIII, que estava em Nice, e lhe expôs a vontade
de Deus.
Coleta foi admitida e consagrada pelo Papa e, ele mesmo
a consagrou com o hábito e a professou na Ordem primeira de Santa
Clara. Em seguida a nomeou superiora geral de todos os conventos que
fundasse ou reformasse e confiou a ela a reforma das três ordens
religiosas em todos os mosteiros de Clarissas da França, hoje conhecidas
como irmãs Claras Coletinas e o dos Irmãos Menores de São Francisco.
Em
1410, inaugurou o seu primeiro mosteiro reformado em Besanzon, seguido
depois de outros dezesseis. Também reformou outros sete masculinos. Sua
ação reformadora logo ultrapassou a França, chegando na Espanha, Bélgica
e Itália. Juntamente com são Vicente Ferrer, Coleta lutou para acabar
com o cisma do Ocidente, que culminou com a eleição simultânea de três
papas: um em Roma; outro em Avinhon; e o terceiro em Pisa.
Entretanto,
seu principal trabalho, além da prática da caridade para com os doentes
e pobres, foi trazer de volta para os conventos e mosteiros, no século
XV, o espírito de pobreza implantado por São Francisco de Assis, dois
séculos antes.
Coleta morreu em Gand, Bélgica, no dia 6 de março
de 1447. Vários registros foram encontrados, narrando os prodígios que
ela realizava, ainda em vida. Depois seu culto se intensificou com
inúmeras graças alcançadas por sua intercessão. Santa Coleta foi
canonizada pelo Papa Pio VII em 1807, que indicou o dia de sua morte
para as homenagens. Os séculos se passaram e até hoje, os mais de cento e
quarenta mosteiros das Coletinas sempre estiveram ativos na maior parte
da Europa, como também na América, Ásia e África, onde estão
presentes.
Santa Coleta, rogai por nós!
Inês,
filha de Premislau I, rei da Boemia, atual República Tcheca, e da
rainha Constancia da Hungria, nasceu em Praga no ano 1205. Devido a sua
condição real, desde a infância sua vontade nunca pode ser considerada,
sendo condicionada a projetos de matrimônios, conforme as necessidades
políticas ou econômicas do reinado.
Aos três anos foi entregue
aos cuidados da abadessa Edwiges, mais tarde Santa, que a acolheu no seu
mosteiro cisterciense e lhe ensinou os primeiros fundamentos da fé
cristã. Voltou para Praga com seis anos, onde foi para outro mosteiro
para receber instrução e ser preparada para as funções da realeza. Em
1220, prometida em casamento a Henrique VII, duque da Áustria e filho do
imperador Frederico II, ela foi para esta corte, aonde viveu durante
cinco anos, mantendo-se sempre fiel aos deveres da vida cristã.
Inês
voltou para Praga, pois os soberanos romperam o pacto do matrimônio,
passando a viver mais intensamente para as orações e as obras de
caridade; após uma profunda reflexão decidiu consagrar a Deus sua
virgindade. Entretanto, outras alianças de casamento foram propostas a
ela, sendo constrangida a ter de aceitar uma delas. Mas, o Papa Gregório
IX, a quem havia pedido proteção, interveio reconhecendo a intenção de
sua virgindade. Desde então, Inês adquiriu para sempre a liberdade e a
felicidade de se tornar esposa de Jesus Cristo.
Através dos
Irmãos Menores de São Francisco, que iam a Praga como evangelizadores
itinerantes, conheceu a vida espiritual que levava em Assis a virgem
Clara, segundo o espírito de São Francisco. Ficou fascinada e decidiu
seguir seu exemplo. Com seus próprios bens, fundou em Praga, o hospital
de São Francisco e um mosteiro masculino, para que fossem dirigidos por
eles. Em 1236, pode ingressar no Mosteiro das Clarissas de São Salvador
de Praga, fundado por ela mesma, juntamente com cinco irmãs enviadas
por Clara direto do seu mosteiro, em Assis. Em obediência ao Papa
Gregório IX, Inês aceitou ser a abadessa, função que exerceu até morrer.
Inês
manteve uma relação epistolar profunda com Clara de Assis, que lhe
consagrou singular amizade chamando-a de "metade de minha alma", tamanha
era a afinidade espiritual que possuíam. Das inúmeras correspondências
trocadas, sobre assuntos de perfeição seráfica, ainda se conservam
quatro delas.
Dedicou-se de corpo e alma ao serviço dos pobres,
fundando para eles um outro hospital, este entregue à direção das
Clarissas. Assumiu a mais absoluta pobreza, renunciando às rendas e
vivendo de esmolas e doações. Os dons da cura e da profecia lhe foram
acrescentados pelo Espírito Santo, em consequência de sua evolução e
purificação espiritual.
A fama se sua santidade era muito forte,
quando faleceu em Praga, no dia 6 de março de 1283. Está sepultada na
Capela do seu mosteiro em Praga, hoje dedicado à ela. O culto à Inês de
Praga, foi reconhecido em 1874. O Papa João Paulo II a canonizou em 1989
e a declarou Padroeira da cidade de Praga.
Santa Inês de Praga, rogai por nós!
Santa Rosa de Viterbo
jovem de 18 anos [1233 – 1251]
Santa Rosa de Viterbo, a jovem padroeira dos exilados
Padroeira
Reconhecida como intercessora da
Juventude Franciscana e da Juventude Feminina da Ação Católica. Também é
invocada como padroeira dos exilados.
Súbito: oração pelos ucraniamos
“Senhor Jesus, como tantos
ucranianos que vivem hoje no exílio e saem em busca de refúgio, são
tantos outros filhos teus espalhados pelo mundo que assim também sofrem.
Tende misericórdia do teu povo Jesus. Amém.”
Origens da Santa
Rosa de Viterbo foi uma menina
de família pobre da cidade de Viterbo (Itália). Foi educada na fé
católica e defendia o catolicismo a todo custo.
Perseguida desde cedo
Mostrou-se defensora da Igreja
na disputa entre o Papa Inocêncio IV e o imperador germânico Frederico
II. Foi perseguida pelo imperador Frederico II, mas não abriu mão de
sua fé em Cristo. Demonstrava uma fé madura e penitente, a ponto de se
impor severas penitências.
Milagre aos 4 anos
A pequena Rosa foi ao velório de
sua tia. Achegando-se ao lado do caixão, a menina de 4 anos, envolvida
por uma força sobrenatural, chamou pelo nome de sua tia, que ressuscitou
em meio a todos que estavam no funeral. Entende-se que essa
ressurreição foi uma forma de ressuscitar também a fé do povo de
Viterbo, que tiveram suas esperanças também ressuscitadas e passaram a
lutar novamente pela Santa Sé, que era ameaçada pelo imperador.
Espiritualidade
Desde pequena, ela se sentia
atraída pela espiritualidade franciscana; e, à medida que crescia,
aumentava-se seu desejo de oração, de contemplação, de estar em lugares
silenciosos para rezar.
Saúde fragilizada
Acometida de uma forte febre, a
Virgem Maria lhe aparece. A febre some e Nossa Senhora lhe confia uma
missão e orienta a pedir sua admissão na Ordem Franciscana.
Ousadia na pregação
Ainda na cidade de Viterbo, ela
teve uma visão do crucificado, quando seu coração ardeu em chamas. Foi
impulsionada a sair pelas ruas pregando com um crucifixo nas mão. Ao
anunciar Jesus, a multidão que ela
atraía era tão grande que, por vezes, não se podia vê-la pregando. Numa
ocasião, Rosa começou a levitar-se até poder ser vista por todos. A
levitação de Rosa foi atestada por milhares de testemunhas e a notícia
percorreu a Itália. A pregação de Rosa transformou Viterbo. Pecadores
empedernidos se converteram. Hereges voltavam ao seio da igreja e,
principalmente, os partidários italianos do Imperador revoltado
reconciliaram-se com seu soberano – o Sumo Pontífice. Muitas vezes, a
multidão comovida interrompia a jovem missionária exclamando: “Viva a
Igreja! Viva o Papa! Viva o Nosso Senhor Jesus Cristo!”.
Deportação
Tempos depois, Frederico II
voltou a dominar a Itália e, consequentemente, Viterbo. Rosa foi
denunciada ao Imperador e levada à sua presença, sendo proibida pelo
ditador de continuar suas pregações. E Rosa respondeu à Frederico: “Quem me manda pregar é muito mais poderoso e, assim, prefiro morrer a desobedecê-lo”.
Frederico prendeu Rosa e temendo que houvesse revolta em Viterbo, caso
conservasse Rosa na prisão, o Imperador mandou deportar a jovem
missionária e seus idosos pais. Depois de muitas privações em meio à
neve, Rosa e seus pais chegaram à Soriano, onde uma multidão correu para
ouvi-la. Ela permaneceu pregando a submissão à Igreja.
Rejeitada e aceita
Rosa decidiu consagrar-se à Deus
no Convento de Santa Maria das Rosas. As freiras recusaram a presença
de Rosa. E Rosa lhes disse: “A donzela que repelis hoje há de ser por vós aceita um dia, com alegria, e guardareis preciosamente”.
Rosa então transformou seu quarto em uma cela de religiosa e, assim,
passou seus últimos sete anos de vida. Aos 18 anos, entregou sua alma a
Deus. Seu corpo foi sepultado na Paróquia Santa Maria Del Poggio. Por
três vezes o Papa Alexandre IV sonhou com Rosa, que lhe pedia por parte
de Deus, que ele mesmo, o Papa, transladasse seus restos para o Convento
Santa Maria das Rosas. Alexandre IV deslocou-se para Viterbo. As
religiosas daquele convento receberam seus restos mortais como um
verdadeiro tesouro.
Curiosidades
– Oficialmente, existem duas
festas de Santa Rosa de Viterbo: 6 de março, sendo o dia de sua morte; e
4 de setembro, dia da trasladação do seu corpo para o Convento Santa
Maria das Rosas.
– Os Papas Eugênio IV e Calisto
III continuaram o seu processo de canonização que ficou pronto em 1457,
mas, com a morte do Papa Calisto III, o decreto não foi promulgado,
assim a canonização de Santa Rosa não chegou aos termos dentro dos
trâmites exigidos. Mesmo assim, foi integrada ao Martirológio Romano e
confirmada por documentos e pontífices.
Repercussão mundial
Há Santuários de Santa Rosa de
Viterbo nos EUA, França e México. Além da sacralidade, a vida da jovem
Rosa de Viterbo foi excepcional, a ponto de repercutir, para que cidades
recebessem o seu nome no Brasil, Colômbia, EUA e Espanha.
Devoção no Brasil
Por influência da santa, no
interior do Estado de São Paulo, existe o município de Santa Rosa de
Viterbo. Nesta cidade, a devoção a Santa é cultivada e é difundida; pois
é a história de uma jovem que amou a Igreja até o fim.
Súbito: oração pelos ucraniamos
“Senhor Jesus, como tantos ucranianos que vivem hoje no
exílio e saem em busca de refúgio, são tantos outros filhos teus
espalhados pelo mundo que assim também sofrem. Tende misericórdia do teu
povo Jesus. Amém.”
Minha oração
“Senhor Jesus, a pequena
Rosa, desde criança recebeu do Senhor graças sobrenaturais. Pedimos-Te,
humildemente, cuide, guarde e proteja nossas crianças, para que, sob a
Tua graça, vivam e anunciem a Tua Palavra. Assim pedimos porque cremos
em teu amor e zelo pelos pequenos e inocentes. Amém”.
Santa Rosa de Viterbo, rogai por nós
— A Palavra de Deus é viva e eficaz em suas ações; penetrando os sentimentos, vai ao íntimo dos corações. (Hb 4,12)
— Ele está no meio de nós.
- PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 1Jesus contou aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a necessidade de rezar sempre, e nunca desistir, dizendo: 2”Numa cidade havia um juiz que não temia a Deus, e não respeitava homem algum. 3Na mesma cidade havia uma viúva, que vinha à procura do juiz, pedindo: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário!’
4Durante muito tempo, o juiz se recusou. Por fim, ele pensou: ‘Eu não temo a Deus, e não respeito homem algum. 5Mas esta viúva já me está aborrecendo. Vou fazer-lhe justiça, para que ela não venha a agredir-me!’”
6E o Senhor acrescentou: “Escutai o que diz este juiz injusto. 7E Deus, não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar?
8Eu vos digo que Deus lhes fará justiça bem depressa. Mas o Filho do homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?”
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
MEDITANDO O EVANGELHO«A necessidade de orar sempre, sem nunca desistir»
Hoje, Jesus nos lembra que «a
necessidade de orar sempre, sem nunca desistir» (Lc 18,1). Ensina com
suas obras e com as palavras. São Lucas se apresenta como o evangelista
da oração de Jesus. Efetivamente, em algumas das cenas da vida do
Senhor, que os autores inspirados da Escritura Santa nos transmitem, é
unicamente Lucas quem nos mostra rezando.
No Batizado no rio Jordão, na escolha dos Doze apóstolos e na
Transfiguração. Quando um discípulo lhe pediu «Senhor, ensina-nos a
orar» (Lc 11,1), de seus lábios saiu o Pai Nosso. Quando anuncia as
negações a Pedro: «Eu, porém, orei por ti, para que tua fé não
desfaleça» (Lc 22,32). Na crucifixão: «Jesus dizia: “Pai, perdoa-lhes!
Eles não sabem o que fazem!” Repartiram então suas vestes tirando a
sorte» (Lc 23,34). Quando morre na Cruz: «Pai, em tuas mãos entrego meu
espírito», do Salmo 31. O Senhor mesmo é modelo da oração de petição,
especialmente em Getsemaní, segundo a descrição de todos os
evangelistas.
— Posso ir concretizando como elevarei o coração a Deus nas distintas
atividades, porque não é o mesmo fazer um trabalho intelectual que
manual; estar na igreja que no campo de esportes ou em casa; conduzir
pela cidade que pela auto-estrada; não é o mesmo a oração de petição que
a de agradecimento; ou a adoração que pedir perdão; de boa manhã que
quando levamos todo o cansaço do dia. São Josemaria Escrivá nos dá uma
receita para a oração de petição: «Mais consegue aquele que importuna
mais de perto... Portanto, aproxima-te a Deus: esforça-te por ser
santo».
Santa Maria é modelo de oração, também de petição. Em Canaã de Galileia é
capaz de avançar a hora de Jesus, à hora dos milagres, com sua petição,
cheia de amor por aqueles esposos e cheia de confiança em seu Filho. (Rev. D. Pere CALMELL i Turet
(Barcelona, Espanha)
«Faça o que puder, e o que não puder, peça a Deus!» (Santo Agostinho)
«A oração muda os nossos corações. Faz-nos entender melhor como é o nosso Deus. Mas para isso é importante falar com o Senhor, não com palavras vãs» (Francisco)
«(…) Jacob (…) luta durante uma noite inteira com ‘alguém’, um ser misterioso que se nega a revelar o seu nome, mas que o abençoa, antes de o deixar, ao raiar da aurora (cf. Gn 32,25-31). A tradição espiritual da Igreja divisou nesta narrativa o símbolo da oração como combate da fé e vitória da perseverança» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.573)