Santo Ângelo
Uma
tradição muito antiga nos trás a luz sobre a vida de Ângelo. Os
registros indicam que ele nasceu em 1185, na cidade de Jerusalém, de
pais judeus pela religião, chamados José e Maria, nomes muito comuns na
região. E que eles se converteram após Nossa Senhora ter avisado Ângelo,
durante as orações, que ele teria um irmão, o que lhes parecia
impossível, porque seus pais eram idosos. Mas isso aconteceu.
Emocionados, receberam o batismo junto com a criança, à qual deram o
nome de João. Mais tarde, ele também vestiu o hábito carmelita.
Ângelo
viveu em muitos conventos da Palestina e da Ásia Menor. Recebeu muitas
graças do Senhor, sobretudo o dom da profecia e dos milagres, depois de
viver cinco anos no monte Carmelo, mesmo lugar onde viveu o profeta
Elias. Entrou para a Ordem do Carmo quando tinha apenas dezoito anos e,
em 1213, foi ordenado sacerdote.
Ainda segundo a tradição, Ângelo
saiu do monte Carmelo com os primeiros carmelitas que foram para Roma a
fim de obter do papa Honório III a aprovação da Regra do Carmelo, e
depois imigraram para a Sicília.
Lá, ao visitar a basílica de São
João, se encontrou com os sacerdotes, que se tornaram santos, Domingos
de Gusmão e Francisco de Assis, instante em que previu e anunciou a sua
morte como mártir de Jesus Cristo.
Dentre seus grandes feitos, o
que mais se destaca é o trabalho de evangelização que manteve entre os
hereges cátaros daquela cidade. A história narra que ele conseguiu
converter até uma mulher que, antes disso, mantinha uma vida de pecados,
até mesmo uma relação incestuosa com um rico senhor do lugar.
No
dia 5 de maio de 1220, Ângelo fez sua última pregação na igreja de São
Tiago de Licata, na Sicília. Nesse dia foi morto, vítima daquele rico
homem, que não se conformou com o abandono e a conversão de sua amante,
encomendando o assassinato.
Venerado pela população, logo uma
igreja foi erguida no lugar de seu martírio, onde foi sepultado o seu
corpo. A Igreja canonizou o mártir santo Ângelo em 1498. Porém somente
em 1662 as suas relíquias foram transladadas para a igreja dos
carmelitas. O seu culto se difundiu amplamente no meio dos fiéis e na
Ordem do Carmo.
Santo Ângelo foi nomeado padroeiro de muitas
localidades, inicialmente na Itália, depois em outras regiões da Europa.
Sua veneração se mantém até os nossos dias, sendo invocado pelo povo e
devotos nas situações de suas dificuldades. Os primeiros padres
carmelitas da América difundiram a sua devoção, construindo igrejas,
nomeando as aldeias que se formavam, e expandiram o seu culto, que
também chegou ao Brasil.
Seja bem-vindo! Este Blog se propõe a divulgar o catolicismo segundo a Igreja Católica Apostólica Romana. Os editores do Blog, não estão autorizados a falar em nome da Igreja, não são Sacerdotes e nem donos da verdade. Buscam apenas ser humildes e anônimos missionários na Internet. É também um espaço para postagem de orações, comentários, opiniões. Defendemos a Igreja conservadora. Acreditamos em DEUS e entregamo-nos nos braços de MARIA. Que DEUS nos ilumine e proteja. AMÉM
sexta-feira, 5 de maio de 2023
5 de maio - Santo do Dia
quinta-feira, 4 de maio de 2023
4 de maio - São Peregrino Laziosi - Protetor contra o mal do câncer - Orações e Ladainha
O Dia de São Peregrino Laziosi é celebrado em 4 de maio em homenagem ao padroeiro dos doentes de câncer.
Sua festa é celebrada em 4 de maio, mas, é sempre lembrado por seus devotos no dia 4, de cada mês.
São Peregrino ou São Pelegrino nasceu no ano 1260 em Forlì, uma comuna da Itália.
Oração a São Peregrino - Protetor Contra o Câncer
Glorioso Santo que, obedecendo à voz da graça, renunciastes, generosamente, às vaidades do mundo para dedicar-vos ao serviço de Deus, de Maria SS. e da salvação das almas, fazei que nós também, desprezando os falsos prazeres da terra, imitemos o vosso espírito de penitência e mortificação. São Pelegrino, afastai de nós a terrível enfermidade, preservai-nos a todos nós deste mal, com vossa valiosa proteção.
São Pelegrino, livrai-nos do câncer do corpo e ajudai-nos a vencer o pecado, que é o câncer de alma. São Pelegrino, socorrei-nos, pelos méritos de Jesus Cristo Senhor Nosso.Amém.
Oração de São Peregrino diante do Crucifixo
Diante
da decisão do médico de amputar-lhe a perna para salvar-lhe a vida,
Peregrino, à noite, arrasta-se até diante do Crucifixo e, prostrado, faz
esta oração:
"Ó Redentor do gênero humano. para apagar os nossos pecados. quisestes submeter-vos ao suplício da cruz e à morte cruel. Quando
estáveis neste mundo. vivendo no meio dos homens. Curastes muitas
pessoas de toda sorte de doença. Purificastes o leproso e devolvestes a
vista ao cego que suplicava: 'Jesus. Filho de Davi. tem pena de mim!' Dignai-vos, pois Senhor, meu Deus livrar a minha perna deste mal incurável. Se não o fizerdes. será preciso amputá-la. Amém! Pai nosso, Ave Maria, Glória..."
Observação: no trecho em que São Peregrino mencionou sua perna, se aconselha mencionar o órgão atingido pelo câncer
Oração a São Peregrino
São Peregrino, humilde servidor do Senhor e de Santa Maria, vem em minha ajuda e sustentai-me em minha debilidade.A enfermidade invade meu corpo e faz a vida incerta, a tristeza enche meu coração e minha fé desfalece.
Por tuas súplicas, alcançai-me uma fé viva, e uma esperança firme, a fim de que Deus tenha compaixão de mim, me livre de todo mal, cure meu corpo e se cumpra sua vontade em mim.
Que em Sua ternura, seja eu fortalecido, nas provas e angustias que Ele me chame a viver para ser sempre testemunha de sua presença em minha vida.
Oh! São Peregrino, meu irmão na fé, sede meu protetor e rogai por mim a Deus, Nosso Senhor, o Bom Pastor, a fim de que me conduza um dia a sua morada de paz e de alegria, onde celebrarei seu amor, pelos séculos dos séculos! Amém.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória.
São Peregrino, rogai por nós!
Oração a São Peregrino
Oh! Deus, que deste a São Peregrino um anjo como companheiro, a Mãe de Deus como sua mestra, e Jesus como médico para sua enfermidade; vos suplicamos nos concedas pelos méritos deste santo, que enquanto vivamos neste mundo amemos intensamente a nosso Anjo da Guarda, a Virgem Santíssima, e a nosso Salvador, e logo no céu vos bendigamos para sempre.
Por Jesus Cristo Nosso Senhor. Assim seja.
Rezar um Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória e a invocação:
São Peregrino, rogai por nós!
Oração de São Peregrino
São Peregrino, vendo que sua única salvação era Jesus Cristo, rezou a seguinte oração:
Oh! redentor do gênero humano, para apagar os nossos pecados, aceitastes ser submetido ao suplício da cruz e a uma morte atroz.
Quando estavas neste mundo, no meio dos homens, curastes muitas pessoas de toda a sorte de doenças.
Purificastes o leproso (mt. 8,2), devolveste a vista o cego que suplicava: Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim
Digna-te, pois Senhor meu Deus, livrar a minha perna deste mal incurável.
Se não o fizeres, será preciso amputá-la.
Rezar com a mesma confiança e espírito de penitência a Jesus que é o Médico dos médicos, pela intercessão de São Peregrino, um Pai-Nosso e uma Ave-maria.
São Peregrino rogai por nós.
Ladainha a São Peregrino
Cristo, tende piedade de nós!
Senhor, tende piedade de nós!
Cristo, ouvi-nos!
Cristo, escutai-nos!
Deus Pai Celestial, tende piedade de nós!
Deus Filho Redentor do Mundo, tende piedade de nós!
Mãe das Dores, rogai por nós!
Saúde dos enfermos, rogai por nós!
Auxilio dos cristãos, rogai por nós!
São Peregrino, rogai por nós!
Convertido nas orações de São Felipe, rogai por nós!
Aflito pela enfermidade do câncer, rogai por nós!
Curado pela mão desprendida de Jesus crucificado, rogai por nós!
Vós que converteste aos pecadores mais endurecidos com a oração e a ajuda, rogai por nós!
Vós que recebestes os favores que pediste a Deus, rogai por nós!
Vós que colocaste toda tua confiança na oração, rogai por nós!
Vós que foste muito austero na penitência, rogai por nós!
Paciente nos sofrimentos, rogai por nós!
O mais humilde no sacerdócio, rogai por nós!
O mais bondoso dos aflitos, rogai por nós!
O mais devoto da Paixão de Cristo e das dores de Maria, rogai por nós!
Vítima com Jesus e Maria pela salvação das almas, rogai por nós!
Fazedor de milagres aos enfermos, rogai por nós!
Esperança nos casos de enfermos incuráveis, rogai por nós!
Patrono universal dos enfermos de câncer e dos que padecem chagas incuráveis, rogai por nós!
Glória da Ordem dos Servos de Maria, rogai por nós!
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós! (3 vezes)
Rogai por nós, Oh! glorioso São Peregrino!
Para que alcancemos as promessas de Nosso Senhor Jesus Cristo.Amém.
http://www.oracoes.info/SaoPeregrino03.html
Algumas informações sobre São Peregrino
São Peregrino Laziosi Festa 04 de maio
Também conhecido como Peregrinus Latosius
Nascido em Forli, Itália em 1260, morreu em 1345 e foi canonizado em 1726.
Ele nasceu de uma família rica e era um ativista antipapal na sua juventude em Romagna.
Durante
uma revolta popular ele acertou o santo Philip Benizzi na face quando
São Benizzi tentava apaziguar os ânimos. Peregrino ficou tão estupefato
com a forma que São Benizzi aceitou o soco e ofereceu a outra a face que
mudou o seu estilo de vida.(alguns acham que foi o primeiro milagre de São Filipe Benizzi)
Ele
entrou para a ordem dos Servitas em Siena, estudou, foi ordenado e
depois foi para Forti, onde fundou um nova casa Servita. Ele tornou-se
famoso pela sua austeridade, facilidade em pregar, santidade, humildade e
tornou-se um famoso confessor, uma fama que se espalhou rapidamente,
quando ele curou o seu pé de um câncer já em estado muito avançado,
ocorrido numa noite na qual ele teve uma visão da Virgem.
Na
arte litúrgica da Igreja, Peregrino é em geral mostrado como um
penitente com as mãos postas diante de uma imagem da Virgem Maria. Ele
ainda é mostrado com uma bandagem no seu pé e ainda é mostrado com São
Filipe Benizzi ou ainda como um Servita segurando um crucifixo.
Ele é muito venerado em Forti e Siena e é invocado contra o câncer e problemas nos pés.
Em ação de graças por graça alcançada, livrando-me do câncer
O Dia de São Peregrino Laziosi é celebrado em 4 de maio em homenagem ao padroeiro dos doentes de câncer
(é costume ser lembrado por seus devotos, no dia 4, de cada mês)
São Peregrino ou São Pelegrino nasceu no ano 1260 em Forlì, uma comuna
da Itália. Sua família era rica e compartilhava de um sentimento
anticlerical, assim como a maioria da população dessa cidade.
Filipe Benício, um representante da Igreja Católica, foi enviado até o
local para pregar a religião, que estava sendo bem recebida pela
população. No entanto, nessa época Peregrino fazia parte de um grupo de
arruaceiros que expulsou o frade Filipe de lá e ele chegou a bater na
face do religioso.
O frade perdoou o Peregrino no mesmo instante, oferecendo-lhe a outra
face para bater, o que o deixou cheio de remorso e o fez ir até o frade
mais tarde para desculpar-se. A partir daí Peregrino não desejou mais
andar com os antigos amigos arruaceiros e seguiu a sua vida se dedicando
às orações. Relatos contam que a Virgem Maria apareceu para Peregrino e
falou para ele ir até a comuna de Siena, na Itália, onde ele se
juntaria aos "Servos de Maria", os servitas.
Peregrino foi até lá e se penitenciou por todos os seus pecados. Uma das
penitências que ele estipulou para si mesmo foi sempre permanecer de pé
em todas as ocasiões em que normalmente as pessoas se sentam. Por causa
disso, ele passou 30 anos de sua vida sem sentar-se o que lhe provocou
varizes e, algum tempo depois, câncer em suas pernas e pés. Apareceram
chagas nos pés de Peregrino que ficaram tão dolorosas que os médicos
decidiram amputá-los.
No entanto, na noite anterior à cirurgia, Peregrino orou por horas aos pés do crucifixo e teve uma visão de que Jesus tocava-lhe os pés enquanto ele dormia. Na manhã seguinte, Peregrino acordou totalmente curado e é por esse motivo que ele é considerado o santo padroeiro dos enfermos com câncer.
São
Peregrino Laziosi faleceu em 1 de maio de 1345, aos 85 anos de idade.
Ele foi canonizado em 27 de dezembro de 1726, pelo Papa Bento XIII.
Agradecendo graça alcançada
4 de maio - Santo do Dia
Santa Antonina de Niceia
Antonina é o feminino do antigo nome latino Antonius, derivado, provavelmente, do grego Antionos, que significa "nascido antes". É um dos nomes mais difundidos entre os povos latinos, que ganhou muitos adeptos entre os cristãos. Mas, antes de Cristo, era muito comum também.Hoje festejamos a santa mártir Antonina, que morreu em Nicea, na Bitínia, atual Turquia, no final do século III. No Martirológio Romano, ela foi citada três vezes: dia 1o de março, 4 de maio e 12 de junho, e cada vez de maneira diferente, como se fossem três pessoas distintas. Vejamos o porquê.
No século XVI, o cardeal e bibliotecário do Vaticano, César Baronio, unificou os calendários litúrgicos da Igreja, a pedido do papa Clemente VIII, com os santos comemorados em datas diferentes no mundo cristão. A Igreja dos primeiros séculos foi exclusivamente evangelizadora. Para consolidar-se, adaptava a liturgia e os cultos dos santos aos novos povos convertidos. Muitas vezes, as tradições se confundiam com os fatos concretos, devido aos diferentes idiomas, mas assim mesmo os cultos se mantiveram.
O trabalho de Baronio foi chamado de Martirológio Romano, uma espécie de dicionário dos santos da Igreja de Cristo de todos os tempos. Porém ele, ao lidar com os calendários egípcio, grego e siríaco, que comemoravam santa Antonina em datas diferentes, não se deu conta de que as celebrações homenageavam sempre a mesma pessoa. Isso porque o nome era comum e os martírios, descritos de maneira diversa entre si.
O calendário grego dizia que ela foi decapitada; o egípcio, que foi queimada viva; e o siríaco, que tinha morrido afogada. Mais tarde, o que deu luz aos fatos foi um código geronimiano do século V, confirmando que apenas uma mártir tinha morrido, em Nicea, com este nome.
Antonina sofreu o martírio no século IV, durante o governo do sanguinário imperador Diocleciano, na cidade de Nicea. Ela foi denunciada como cristã, presa e condenada à morte. Mas antes a torturaram de muitas maneiras. Com ferros em brasa, queimaram-lhe as mãos e os pés. Depois, foi amarrada e colocada numa pequena cela com o chão forrado de brasas, onde ficou por dois dias.
Voltando ao tribunal, não renegou sua fé. Foi, então, fechada dentro de um saco e jogada no fundo de um lago pantanoso na periferia de Nicea. Era o dia 4 de maio de 306, data que foi mantida para a veneração de santa Antonina, a mártir de Nicea.
Mais tarde, após ter percorrido as estradas da Palestina, ele foi eleito bispo de Jerusalém, e aí teria sido martirizado, junto com sua mãe, chamada Ana, durante a perseguição de Juliano, o Apóstata.
Essa seria a história de são Ciríaco, que comemoramos hoje, não fosse a marca profunda deixada por sua presença na cidade italiana de Ancona, em Nápoles. A explicação para isto encontra-se no Martirológio Romano, que associou os textos antigos e confirmou sua presença em ambas as cidades. A conclusão de sua trajetória exata é o que veremos a seguir.
Logo que se converteu, para fugir à hostilidade dos velhos amigos pagãos, Ciríaco teria abandonado a Palestina para exilar-se na Itália, fixando-se em Ancona. Nessa cidade ele foi eleito bispo, trabalhando, arduamente, para difundir o cristianismo, pois o Edito de Milão dava liberdade para a expansão da religião em todos os domínios do Império.
Após uma longa vida episcopal, Ciríaco, já idoso, fez sua última peregrinação à cidade de Jerusalém, onde fora bispo na juventude, para rever os lugares santos. E foi nesse momento que ele sofreu o martírio e morreu em nome de Cristo, por ordem do último perseguidor romano, Juliano, o Apóstata, entre 361 e 363.
Os devotos dizem que suas relíquias chegaram ao porto de Ancona trazidas pelas ondas do mar. Essa tradição é celebrada, no dia 4 de maio, na catedral de Ancona, onde são distribuídos maços de junco benzidos.
Na realidade, as relíquias de são Ciríaco retornaram à cidade durante o governo do imperador Teodósio, entre 379 e 395, graças à sua filha, Gala Plácida, que interveio favoravelmente junto às autoridades, conseguindo o que a população de Ancona tanto desejava.
A memória desse culto antiqüíssimo a são Ciríaco pode ser observada pelos monumentos, das mais remotas épocas, que existem, em toda a cidade, com a imagem do santo. Aliás, são Ciríaco foi escolhido como o padroeiro de Ancona e a própria catedral, no século XIV, foi dedicada a ele, mudando até o nome. Essa majestosa igreja, que domina a cidade do alto das colinas do Guasco, é vista por todos os que chegam em Ancona por terra ou por mar, mais um tributo à são Ciríaco, por seu exílio e vida episcopal.
São Ciríaco, rogai por nós!
Floriano viveu na cidade de Mantem, próxima de Kems, Alemanha. Na época, Diocleciano era o imperador e Aquilino, o comandante do exército romano na região do Danúbio, atual Áustria, onde existiam numerosas colônias do Império e vários batalhões de soldados que faziam sua defesa. Floriano era militar em um desses batalhões.
Os legionários romanos cristãos foram muito importantes, porque levaram a fé de Cristo às regiões mais remotas do Império Romano, pagando por essa difusão com a própria vida. Famosos e numerosos foram os mártires que pertenceram a essas legiões, mortos sob a perseguição do imperador Diocleciano no início do século IV. Entre eles encontramos Floriano e seus companheiros.
Diocleciano foi imperador de grande energia, estadista de rara habilidade e inteligência, mas se tornou um fanático inimigo da Igreja. Desencadeou a mais longa e duradoura perseguição contra ela, na intenção de varrer todos os vestígios do cristianismo. Contava, para isso, com a ajuda de seu genro Galério, colega nas armas e no domínio do Império.
Foi dele o decreto que proibia qualquer tipo de culto cristão. Exigia que todos os livros religiosos, começando pela Bíblia Sagrada, fossem queimados e ampliou a perseguição para dentro do seu próprio exército. Os soldados eram obrigados a prestar juramento de fidelidade ao imperador e levar oferendas aos ídolos, sob pena de morte.
Muitos militares recusaram obedecer à ordem do imperador e foram executados. Um deles foi Floriano, acompanhado por mais quarenta companheiros. Eles se apresentaram ao comandante Aquilino, do acampamento de Lorch, Áustria, para comunicar que eram cristãos e que não poderiam servir ao exército do imperador. Por esse motivo foram presos.
Durante o processo de julgamento, nenhum deles renunciou à fé em Cristo. Foram condenados a serem jogados no rio Ens, com uma pedra amarrada no pescoço. A sentença foi executada no dia 4 de maio de 304. O corpo de Floriano foi recolhido por uma senhora cristã, que o sepultou. No século VIII, sua veneração foi oficialmente introduzida na Igreja pelo Martirológio Romano, que manteve esta data para a festa litúrgica.
No local da sua sepultura construíram um convento beneditino. Mais tarde, passou para os agostinianos, que difundiram a sua memória e a de seus companheiros. O seu culto se popularizou rapidamente na Áustria e na Alemanha, onde os fiéis recorrem a ele pedindo proteção contra as inundações. Por essa sua tradição com a água, ao longo do tempo são Floriano se tornou o protetor contra os incêndios e padroeiro dos bombeiros.
São Floriano, rogai por nós!
São Peregrino
Oração a São Peregrino
São Peregrino, humilde servidor do Senhor e de Santa Maria, vem em minha ajuda e sustentai-me em minha debilidade.A enfermidade invade meu corpo e faz a vida incerta, a tristeza enche meu coração e minha fé desfalece.
Por tuas súplicas, alcançai-me uma fé viva, e uma esperança firme, a fim de que Deus tenha compaixão de mim, me livre de todo mal, cure meu corpo e se cumpra sua vontade em mim.
Que em Sua ternura, seja eu fortalecido, nas provas e angustias que Ele me chame a viver para ser sempre testemunha de sua presença em minha vida.
Oh! São Peregrino, meu irmão na fé, sede meu protetor e rogai por mim a Deus, Nosso Senhor, o Bom Pastor, a fim de que me conduza um dia a sua morada de paz e de alegria, onde celebrarei seu amor, pelos séculos dos séculos! Amém.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória.
São Peregrino, rogai por nós!
quarta-feira, 3 de maio de 2023
3 de maio - Santo do Dia
São Filipe e Tiago
A
comemoração conjunta dos dois apóstolos tem origem numa tradição: as
relíquias dos dois mártires teriam sido levadas de Hierápolis e de
Jerusalém a Roma, para repousar na igreja dos Santos Apóstolos.
Filipe,
nascido em Betsaida, aparece sempre em quinto lugar no elenco dos
apóstolos. O evangelho de João, no qual é citado três vezes, oferece-nos
um interessante perfil desse apóstolo, deduzido de duas respostas que
ele dá a pergunta formulada por Jesus.
Primeiramente, quando da
miraculosa multiplicação dos pães, em face da bem conhecida pergunta:
"Onde compraremos pão?...". Após ter passado os olhos pela multidão,
Filipe refletiu de modo prático: "nem duzentas moedas seriam
suficientes...".
Durante a última ceia, quando Jesus menciona o
mistério da Santíssima Trindade,Filipe intervém bruscamente: “Senhor,
mostra-nos o Pai e isso nos basta!...”. Diante do mistério, ele - como
Tomé - deseja tocar com a mão ou, melhor dizendo, ver com os próprios
olhos, "aquilo que o olho humano não é capaz de ver" sem o lumen
gloriae, de que nos falam os teólogos.
Foi quando, pela última
vez, o apóstolo se fez presente. Segundo a Tradição - que, em traços
sumários, relata seu perfil -, depois de Pentecostes, Filipe se
consagrara a pregar o Evangelho na Ásia Menor até que, chegando aos 87
anos (época do imperador Domiciano), foi crucificado como Cristo.
São
Tiago - denominado o "Menor", para distingui-lo do homônimo, irmão de
João - é primo de Jesus e autor de uma epistola dirigida a todas as
comunidades cristãs. Emerge daí a figura de um homem austero e de poucas
palavras.
Com efeito, é ele quem nos admoesta sobre o
comedimento no falar, pois devemos dar contas a Deus de cada palavra
supérflua! Com o recuo dos séculos, suas palavras constituem um sinal:
“... Ó ricos, clama contra vós os bens de que privastes os
trabalhadores...".
Sobre o martírio desse apóstolo, que foi bispo
de Jerusalém (após o martírio do outro Tiago), temos notícias de
primeira mão transmitidas pelo historiador judeu Flávio Josefo. Segundo
este, Tiago Menor, foi apedrejado em 62, após uma tentativa de
precipitá-lo do pináculo do templo. A condenação foi decretada pelo sumo
sacerdote Ananias II,que se aproveitou do vácuo de poder que se seguiu à
morte do procurador romano Festo.
São Filipe e Tiago, rogai por nós!
terça-feira, 2 de maio de 2023
2 de maio - Santo do Dia
Santo Atanásio
Sua atuação foi primorosa tanto pela lucidez de sua doutrina quanto pela argumentação bíblica apresentada
Atanásio
nasceu em Alexandria, no Egito, em 296. No ano de 325, deu-se o I
Concílio Ecumênico, em Niceia, para definir a doutrina autêntica contra a
heresia tão capciosa dos arianos, a qual fazia de Jesus uma criatura
inferior a Deus Pai. Ario,
logo seguido de grande número de bispos e princípes, ensinava que Jesus
Cristo não era verdadeiro filho de Deus, mas simples criatura, em certo
sentido divina. Anulava
assim nossa divinização em Cristo. Atanásio, feito bispo de Alexandria
em 328,foi o principal e incansável defensor da doutrina transmitida
pelos Apóstolos. Atanásio participou do Concílio na qualidade de assessor do seu bispo, embora fosse somente diácono na época.
O
Arianismo foi condenado e deu-se a definição solene do Credo, o qual
nós rezamos até hoje. A atuação de Atanásio foi primorosa tanto pela
lucidez de sua doutrina quanto pela argumentação bíblica apresentada. Os
erros dos arianos foram por ele refutados com tanto brilho, clareza e
evidência, que causou admiração a todos.
Atanásio
foi o sucessor do bispo de Alexandria, embora tivesse apenas 31 anos, e
dirigiu a Igreja de Alexandria por 46 anos, período de muito sofrimento
e perseguição. Os arianos não lhe deram descanso e, com o apoio do
imperador, espalharam muitas calúnias contra Atanásio, que por cinco
vezes teve de fugir de sua sede episcopal.
Refugiava-se
no deserto onde conheceu e conviveu com o grande Santo Antão. Durante
cinco anos ficou lá escondido, saindo somente à noite para dirigir sua
igreja e consolar seus fiéis. Atanásio foi firme e inquebrantável com
seus numerosos escritos. Manteve viva a fé no Verbo Encarnado.
Faleceu
reconhecido por toda a Igreja, com 77 anos. E como reconhecimento de
seu trabalho, fidelidade e fundamentais obras escritas para a Santa
Igreja foi declarado Doutor da Igreja.
Santo Atanásio, bispo de Alexandria no Egito e doutor da Igreja,rogai por nós!
segunda-feira, 1 de maio de 2023
1º de Maio, dia de São José Operário, padroeiro dos trabalhadores
Seis breves reflexões sobre São José Operário
Dia 1º de maio celebramos São José Operário, padroeiro dos trabalhadores.

1º A pessoa de São José Operário
Quem foi São José? Ele entra em cena nos Evangelhos quase desapercebidamente. Mas o que se afirma sobre ele é que era justo, filho de Davi, esposo de Maria, pai de Jesus e carpinteiro. São poucas informações, mas de importância fundamental. “Era um homem justo” (Mt 1.9). Justo com Deus, nele confiando profundamente; justo com o próximo, vivendo com Jesus e Maria na mais perfeita caridade; justo consigo mesmo, sendo fiel à vocação que recebeu. De fato, falava pouco, mas vivia intensamente o dia-a-dia da vida, não se subtraindo de nenhuma responsabilidade a ele confiada. O carpinteiro de Nazaré, com espírito de oração e virtuoso trabalho, tirava o sustento para si e sua família com o suor do seu rosto. Essa é a razão pela qual São José vive na alma do nosso povo.
2º O exemplo de São José Operário na família
São José “foi dado à humanidade para exprimir visivelmente as adoráveis perfeições do Pai, para ser a sua imagem aos olhos do Filho de Deus”. Então, como deve ser excelsa a sua santidade, a beleza desse grande santo que Deus Pai criou com suas mãos para representar a si mesmo ao Filho unigênito. O Evangelho especifica o tipo de trabalho, pelo qual José garantia a sustentação da família: o trabalho de carpinteiro. No desenvolvimento humano de Jesus «em sabedoria, em estatura e em graça» a virtude da laboriosidade era notável, e neste sentido “São José tem uma grande importância para Jesus, se verdadeiramente o Filho de Deus feito homem o escolheu para revestir a si mesmo de sua aparente filiação... Jesus, o Cristo, quis assumir a sua qualificação humana e social deste operário (Paulo VI – Alocução 19/3/1964).
3º O sentido do trabalho
Com São José aprendemos que o trabalho é um bem do ser humano, que transforma a natureza e torna o ser humano, em certo sentido, mais humano (Redemptoris Custos, nº23). O trabalho é um dado antropológico e se insere na relação entre ser humano e natureza. Toda atividade mediante a qual o ser humano, no exercício de suas capacidades físicas, espirituais e mentais, direta ou indiretamente, transforma a natureza a fim de colocá-la ao seu serviço confere um caráter de trabalho.
Porque o trabalho constitui uma dimensão fundamental da existência humana, e por ele Jesus qualifica o seu estado social. Desse modo, o trabalho humano é uma chave fundamental e decisiva para a questão social, do ponto de vista da dignidade pessoal e do bem comum (Colom, 2006, p. 155).
4º Doutrina Social da Igreja e o trabalho
A doutrina social da Igreja ensina que o trabalho possui um significado particular para o ser humano e a humanidade como um todo, que determina sua dimensão ativa e criativa como característica intrínseca à sua natureza. O trabalho é a colaboração do homem e da mulher com Deus no aperfeiçoamento da criação. A moral social atenta para a necessidade de considerar no mundo do trabalho os direitos e deveres configurados a ele, como a remuneração do trabalho realizado e as devidas prestações sociais. Ou seja, o salário justo e as condições de trabalho devem ocorrer sem prejuízo da saúde, sem afetar a integridade moral, a higiene e a segurança das pessoas. O limite dos horários de trabalho e o descanso devem ser assegurados também pelos poderes públicos e pelos empregadores.
5º O lugar do trabalho na vida de um cristão
É preciso compreender o verdadeiro lugar do trabalho na vida cristã, de modo que ele contribua para o crescimento humano e espiritual das pessoas. Cumprir com diligência as atividades necessárias que nos são incumbidas profissionalmente ou no cumprimento dos nossos deveres civis, familiares e religiosos, podem contribuir no progresso da própria maturidade. O Concílio Vaticano II nos ensina que “os homens e as mulheres, ao ganhar o sustento para si e suas famílias, de tal modo exercem a própria atividade que prestam conveniente serviço à sociedade, com razão podem considerar que prolongam com o seu trabalho a obra do Criador, ajudam os seus irmãos e dão uma contribuição pessoal para a realização dos desígnios de Deus na história” (GS, n.34). Por isso, é importante discernir quando o trabalho perde essa dimensão e ocupa o lugar de Deus que não lhe é devido. Esse descontrole não é saudável, é consequência do pecado e acaba por prejudicar a vida familiar e social.
6º A evangelização no mundo do trabalho
O ambiente de trabalho é também um lugar propício para que a evangelização aconteça. Nem sempre explicitamente, mas pelo testemunho de vida dos cristãos no mundo. O Papa Francisco na exortação apostólica Evangelii Gaudium exorta para que sejamos “evangelizadores que rezam e trabalham. Do ponto de vista da evangelização, não servem as propostas místicas desprovidas de um vigoroso compromisso social e missionário, nem os discursos e ações sociais e pastorais sem uma espiritualidade que transforme o coração” (EG, n.262). É com esse equilíbrio sapiencial que devemos viver a evangelização no mundo do trabalho.
São José Operário, rogai por nós!
Amém!
Texto escrito por Larissa MenegattiSão José Operário - 1º de maio
São José Operário
São José, o operário de Nazaré, que ensina santificar o trabalho
Basta traçar um paralelo entre a vida cheia de sacrifícios de são
José, que trabalhou a vida toda para ver Nosso Senhor Jesus Cristo dar a
vida pela humanidade, e a luta dos trabalhadores do mundo todo,
pleiteando respeito a seus direitos mínimos, para entender os motivos
que levaram o papa Pio XII a instituir a festa de "São José
Trabalhador", em 1955, na mesma data em que se comemora o dia do
trabalho em quase todo o planeta.
Foi no dia 1o de maio de 1886, em Chicago, maior parque industrial dos
Estados Unidos na época, que os operários de uma fábrica se revoltaram
com a situação desumana a que eram submetidos e pelo total desrespeito à
pessoa que os patrões demonstravam. Eram trezentos e quarenta em greve e
a polícia, a serviço dos poderosos, massacrou-os sem piedade. Mais de
cinqüenta ficaram gravemente feridos e seis deles foram assassinados num
confronto desigual. Em homenagem a eles é que se consagrou este dia.
São José é o modelo ideal do operário. Sustentou sua família durante
toda a vida com o trabalho de suas próprias mãos, cumpriu sempre seus
deveres para com a comunidade, ensinou ao Filho de Deus a profissão de
carpinteiro e, dessa maneira suada e laboriosa, permitiu que as
profecias se cumprissem e seu povo fosse salvo, assim como toda a
humanidade.
A Igreja, providencialmente, nesta data civil marcada, muitas vezes,
por conflitos e revoltas sociais, cristianizou esta festa, isso na
presença de mais de 200 mil pessoas na Praça de São Pedro, as quais
gritavam alegremente: “Viva Cristo trabalhador, vivam os trabalhadores, viva o Papa!” O Papa, em 1955, deu aos trabalhadores um protetor e modelo: São José, o operário de Nazaré.
O santíssimo São José, protetor da Igreja Universal, assumiu este
compromisso de não deixar que nenhum trabalhador de fé – do campo,
indústria, autônomo ou não, mulher ou homem – esqueça-se de que ao seu
lado estão Jesus e Maria. A Igreja, nesta festa do trabalho, autorizada
pelo Papa Pio XII, deu um lindo parecer sobre todo esforço humano que
gera, dá a luz e faz crescer obras produzidas pelo homem: “Queremos
reafirmar, em forma solene, a dignidade do trabalho a fim de que inspire
na vida social as leis da equitativa repartição de direitos e deveres.”
São José, que na Bíblia é reconhecido como um homem justo, é quem
revela com sua vida que o Deus que trabalha sem cessar na santificação
de Suas obras, é o mais desejoso de trabalhos santificados: “Seja qual
for o vosso trabalho, fazei-o de boa vontade, como para o Senhor, e não
para os homens, cientes de que recebereis do Senhor a herança como
recompensa… O Senhor é Cristo” (Col 3,23-24).
Proclamando são José protetor dos trabalhadores, a Igreja quis
demonstrar que está ao lado deles, os mais oprimidos, dando-lhes como
patrono o mais exemplar dos seres humanos, aquele que aceitou ser o pai
adotivo de Deus feito homem, mesmo sabendo o que poderia acontecer à sua
família. José lutou pelos direitos da vida do ser humano e, agora,
coloca-se ombro a ombro na luta pelos direitos humanos dos trabalhadores
do mundo, por meio dos membros da Igreja que aumentam as fileiras dos
que defendem os operários e seu direito a uma vida digna.
Muito acertada mais esta celebração ao homem "justo" do Evangelho, que
tradicional e particularmente também é festejado no dia 19 de março,
onde sua história pessoal é relatada.
A minha oração
“Ó Deus, criador do universo, que
destes aos homens a lei do trabalho, concedei-nos, pelo exemplo e a
proteção de São José, cumprir as nossas tarefas e alcançar os prêmios
prometidos. Amém”