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São Paulo, buscava identificar cristãos, prendê-los e acabar com o Cristianismo
O martírio de São Paulo é celebrado junto com o de São Pedro, em 29
de junho, mas sua conversão tem tanta importância para a história da
Igreja que merece uma data à parte. Neste dia, no ano 1554, deu-se
também a fundação da que seria a maior cidade do Brasil, São Paulo, que
ganhou seu nome em homenagem a tão importante acontecimento.
Saulo, seu nome original, nasceu no ano 10 na cidade de Tarso, na
Cilícia, atual Turquia. À época era um pólo de desenvolvimento
financeiro e comercial, um populoso centro de cultura e diversões
mundanas, pouco comum nas províncias romanas do Oriente. Seu pai Eliasar
era fariseu e judeu descendente da tribo de Benjamim, e, também, um
homem forte, instruído, tecelão, comerciante e legionário do imperador
Augusto. Pelo mérito de seus serviços recebeu o título de Cidadão
Romano, que por tradição era legado aos filhos. Sua mãe uma dona de
casa muito ocupada com a formação e educação do filho.
Portanto, Saulo era um cidadão romano, fariseu de linhagem nobre, bem
situado financeiramente, religioso, inteligente, estudioso e culto. Aos
quinze anos foi para Jerusalém dar continuidade aos estudos de latim,
grego e hebraico, na conhecida Escola de Gamaliel, onde recebia séria
educação religiosa fundamentada na doutrina dos fariseus, pois seus pais
o queriam um grande Rabi, no futuro.
Parece que era mesmo esse o anseio daquele jovem baixo, magro, de nariz
aquilino, feições morenas de olhos negros, vivos e expressivos. Saulo já
nessa idade se destacava pela oratória fluente e cativante marcada pela
voz forte e agradável, ganhando as atenções dos colegas e não passando
despercebido ao exigente professor Gamaliel.
Saulo era totalmente contrário ao cristianismo, combatia-o ferozmente,
por isso tinha muitos adversários. Foi com ele que Estêvão travou
acirrado debate no templo judeu, chamado Sinédrio. Ele tanto clamou
contra Estevão que este acabou apedrejado e morto, iniciando-se então
uma incansável perseguição aos cristãos, com Saulo à frente com total
apoio dos sacerdotes do Sinédrio.
Autorizado, buscava identificar cristãos, prendê-los, enfim, acabar com o Cristianismo
O apóstolo dos gentios e das nações
nasceu em Tarso. Da tribo de Benjamim, era judeu de nação. Tarso era
mais do que uma colônia de Roma, era um município. Logo, ele recebeu
também o título de cidadão romano. O seu pai pertencia à seita dos
fariseus. Foi neste ambiente, em meio a tantos títulos e adversidades,
que ele foi crescendo e buscando a Palavra de Deus.
Um dia, às portas da cidade de Damasco, uma luz, descrita nas Sagradas
Escrituras como "mais forte e mais brilhante que a luz do Sol", desceu
dos céus, assustando o cavalo e lançando ao chão Saulo , ao mesmo tempo
em que ouviu a voz de Jesus pedindo para que parasse de persegui-Lo e
aos seus e, ao contrário, se juntasse aos apóstolos que pregavam as
revelações de Sua vinda à Terra. Os acompanhantes que também tudo
ouviram, mas não viram quem falava, quando a luz desapareceu ajudaram
Saulo a levantar pois não conseguia mais enxergar. Saulo foi levado pela
mão até a cidade de Damasco, onde recebeu outra "visita" de Jesus que
lhe disse que nessa cidade deveria ficar alguns dias pois receberia uma
revelação importante. A experiência o transformou profundamente e ele
permaneceu em Damasco por três dias sem enxergar, e à seu pedido também
sem comer e sem beber.
Depois Saulo teve uma visão com Ananias, um velho e respeitado cristão
da cidade, na qual ele o curava. Enquanto no mesmo instante Ananias
tinha a mesma visão em sua casa. Compreendendo sua missão, o velho
cristão foi ao seu encontro colocando as mãos sobre sua cabeça fez Saulo
voltar a enxergar, curando-o. A conversão se deu no mesmo instante
pois ele pediu para ser Batizado por Ananias. De Damasco saiu a pregar
a palavra de Deus, já com o nome de Paulo, como lhe ordenara Jesus,
tornando-se Seu grande apóstolo.
Sua conversão chamou a atenção de vários círculos de cidadãos
importantes e Paulo passou a viajar pelo mundo, evangelizando e
realizando centenas de conversões. Perseguido incansavelmente, foi preso
várias vezes e sofreu muito, sendo martirizado no ano 67, em Roma. Suas
relíquias se encontram na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, na
Itália, festejada no dia de sua consagração em 18 de novembro.
O Senhor fez de Paulo seu grande apóstolo, o apóstolo dos gentios, isto
é, o evangelizador dos pagãos. Ele escreveu 14 cartas, expondo a
mensagem de Jesus, que se transformaram numa verdadeira "Teologia do
Novo Testamento". Também é o patrono das Congregações Paulinas que
continuam a sua obra de apóstolo, levando a mensagem do Cristianismo a
todas as partes do mundo, através dos meios de comunicação. O apóstolo dos gentios e das nações
nasceu em Tarso. Da tribo de Benjamim, era judeu de nação. Tarso era
mais do que uma colônia de Roma, era um município. Logo, ele recebeu
também o título de cidadão romano. O seu pai pertencia à seita dos
fariseus. Foi neste ambiente, em meio a tantos títulos e adversidades,
que ele foi crescendo e buscando a Palavra de Deus.
Combatente dos vícios, foi um homem fiel a
Deus. Paulo de Tarso foi estudar na escola de Gamaliel, em Jerusalém,
para aprofundar-se no conhecimento da lei, buscando colocá-la em
prática. Nessa época, conheceu o Cristianismo, que era tido como um
seita na época. Tornou-se, então, um grande inimigo dessa religião e dos
seguidores desta. Tanto que a Palavra de Deus testemunha que, na morte
de Santo Estevão, primeiro mártir da Igreja, ele fez questão de segurar
as capas daqueles que o [Santo Estevão] apedrejam, como uma atitude de
aprovação. Autorizado, buscava identificar cristãos, prendê-los, enfim,
acabar com o Cristianismo. O intrigante é que ele pensava estar
agradando a Deus. Ele fazia seu trabalho por zelo, mas de maneira
violenta, sem discernimento. Era um fariseu que buscava a verdade, mas
fechado à Verdade Encarnada. Mas Nosso Senhor veio para salvar todos.
Encontramos, no capítulo 9 dos Atos dos Apóstolos, o testemunho: “Enquanto
isso, Saulo só respirava ameaças e morte contra os discípulos do
Senhor. Apresentou-se ao príncipe dos sacerdotes e pediu-lhes cartas
para as sinagogas de Damasco, com o fim de levar presos, a Jerusalém,
todos os homens e mulheres que seguissem essa doutrina. Durante a
viagem, estando já em Damasco, subitamente o cercou uma luz
resplandecente vinda do céu. Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe
dizia: ‘Saulo, Saulo, por que me persegues?’. Saulo então diz: ‘Quem és,
Senhor?’. Respondeu Ele: ‘Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro te é
recalcitrar contra o aguilhão’. Trêmulo e atônito, disse Saulo: ‘Senhor,
que queres que eu faça?’ respondeu-lhe o Senhor: ‘Levanta-te, entra na
cidade, aí te será dito o que deves fazer'”.
O interessante é que o batismo de Saulo é apresentado por Ananias, um cristão comum, mas dócil ao Espírito Santo.
Hoje estamos comemorando o testemunho de
conversão de São Paulo. Sua primeira pregação foi feita em Damasco.
Muitos não acreditaram em sua mudança, mas ele perseverou e se abriu à
vontade de Deus, por isso se tornou um grande apóstolo da Igreja, modelo
de todos os cristãos.
São Paulo de Tarso, rogai por nós!
Conheça 10 fatos sobre a vida de São Paulo. Assista ao vídeo!
Este santo nasceu no Castelo de Sales em
1567. Sua mãe, uma condessa, buscou formá-lo muito bem com os padres da
Companhia de Jesus, onde, dentre muitas disciplinas, também aprendeu
várias línguas. Muito cedo, fez um voto de viver a castidade e buscar
sempre a vontade do Senhor. Ao longo da história desse santo muito
amado, vamos percebendo o quanto ele buscou e o quanto encontrou o que
Deus queria.
Anos mais tarde, São Francisco escreveu
“Introdução à vida devota” e, vivendo do amor de Deus, escreveu também o
“Tratado do amor de Deus”.
Certa ocasião, atacado pela tentação de
desconfiar da misericórdia do Senhor, ele buscou a resposta dessa dúvida
com o auxílio de Nossa Senhora e, assim, a desconfiança foi dissipada.
Estudou Direito em Pádua, mas, contrariando familiares, quis ser padre. E
foi um sacerdote que buscou a santidade não só para si, mas também para
os outros.
No seu itinerário de pregações, de zelo
apostólico e de evangelização, semeando a unidade e espalhando, com a
ajuda da imprensa, a sã doutrina cristã, foi escolhido por Deus para o
serviço do episcopado em Genebra. Primeiro, como coadjutor, depois,
sendo o titular. Um apóstolo do amor e da misericórdia. Um homem que
conseguiu expressar, com o seu amor e a sua vida, a mansidão do Senhor.
Diz-se que, depois de sua morte,
descobriu-se que sua mesa de trabalho estava toda arranhada por baixo,
porque, com seu temperamento forte, preferia arranhar a mesa a responder
sem amor e sem mansidão para as pessoas.
Doutor da Igreja, é fundador da Ordem da
Visitação, titular e patrono da família salesiana, fundada por Dom
Bosco, que se inspirou nele ao adotar o nome [salesiano]. Também é
patrono dos escritores e dos jornalistas devido ao estilo e ao conteúdo
de seus escritos.
Esse grande santo da Igreja morreu com 56
anos, sendo que 21 deles foram vividos no episcopado como servo para
todos e sinal de santidade.
Peçamos a intercessão desse grande santo
para que, numa vida devota e vivendo do amor de Deus, possamos percorrer
o nosso caminho em busca de Deus em todos os caminhos.
No
dia 8 de dezembro começa o Ano jubilar da Misericórdia, convocado pelo
Papa Francisco, que recomendou que durante esse tempo realizássemos as
obras de misericórdia, mas o que são e quais são?
1. Que são as Obras de Misericórdia?
As obras
de misericórdia são as ações caridosas pelas quais vamos em ajuda do
nosso próximo, nas suas necessidades corporais e espirituais. Instruir,
aconselhar, consolar, confortar, são obras de misericórdia espirituais,
como perdoar e suportar com paciência. As obras de misericórdia
corporais consistem nomeadamente em dar de comer a quem tem fome,
albergar quem não tem teto, vestir os nus, visitar os doentes e os
presos, sepultar os mortos. Entre estes gestos, a esmola dada aos pobres
é um dos principais testemunhos da caridade fraterna e também uma
prática de justiça que agrada a Deus. Catecismo da Igreja Católica, 2447.
É
meu vivo desejo que o povo cristão reflita, durante o Jubileu, sobre as
obras de misericórdia corporal e espiritual. Será uma maneira de
acordar a nossa consciência, muitas vezes adormecida perante o drama da
pobreza, e de entrar cada vez mais no coração do Evangelho, onde os
pobres são os privilegiados da misericórdia divina. A pregação de Jesus
apresenta-nos estas obras de misericórdia, para podermos perceber se
vivemos ou não como seus discípulos. Redescubramos as obras de
misericórdia corporal: dar de comer aos famintos, dar de beber aos
sedentos, vestir os nus, acolher os peregrinos, dar assistência aos
enfermos, visitar os presos, enterrar os mortos. E não esqueçamos as
obras de misericórdia espiritual: aconselhar os indecisos, ensinar os
ignorantes, admoestar os pecadores, consolar os aflitos, perdoar as
ofensas, suportar com paciência as pessoas molestas, rezar a Deus pelos
vivos e defuntos. Papa Francisco, Bula Misericordiae Vultus.
2. Quais são as obras de misericórdia? Há catorze Obras de misericórdia: sete corporais e sete espirituais. Obras de misericórdia corporais: 1) Dar de comer a que tem fome 2) Dar de beber a quem tem sede 3) Dar pousada aos peregrinos 4) Vestir os nus 5) Visitar os enfermos 6) Visitar os presos 7) Enterrar os mortos
Obras de misericórdia espirituais: 1)Ensinar os ignorantes 2) Dar bom conselho 3) Corrigir os que erram 4) Perdoar as injúrias 5) Consolar os tristes 6) Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo 7) Rezar a Deus por vivos e defuntos
As Obras de misericórdia corporais encontram-se, na sua maioria, numa lista enunciada pelo Senhor na descrição do Juízo Final.
A
lista das Obras de misericórdia espirituais tirou-a a Igreja de outros
textos que se encontram ao longo da Bíblia e de atitudes e ensinamentos
do próprio Cristo: o perdão, a correção fraterna, o consolo, suportar o
sofrimento, etc.
3. Qual o efeito das Obras de misericórdia em quem as pratica? O
exercício das Obras de misericórdia comunica graças a quem as exerce.
No evangelho de São Lucas Jesus diz: ‘Dai, e ser-vos-á dado’. Por isso,
com as Obras de misericórdia fazemos a vontade de Deus, damos algo que é
nosso aos outros e o Senhor promete que nos dará também a nós aquilo de
que necessitamos. Por outro lado, um modo de ir apagando a pena que
fica na alma pelos nossos pecados já perdoados é mediante as boas obras.
Boas obras são, obviamente as Obras de misericórdia. “Bem-aventurados
os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia” (Mt 5, 7), é
uma das Bem-Aventuranças.
As Obras de misericórdia também nos vão
tornando mais parecidos com Jesus, nosso modelo, que nos ensinou como
deve ser a nossa atitude para com os outros. No evangelho de São Mateus
encontramos as seguintes palavras de Cristo: “Não entesoureis tesouros
na terra, onde a traça os corrói, e onde os ladrões os roubam, mas
amontoai tesouros no céu, onde a traça os não corrói, onde os ladrões
não os roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o
vosso coração”. Seguindo este ensinamento do Senhor trocamos os bens
temporais pelos eternos, que são os que valem de verdade.
*****
As Obras de misericórdia corporais: breve explicação São
Mateus apresenta a narração do Juízo Final (Mt 25, 31-36). Naquele
tempo Jesus disse aos seus discípulos: “Quando o Filho do Homem vier na
sua glória, acompanhado por todos os seus anjos, há de sentar-se no seu
trono de glória. Perante Ele, vão reunir-se todos os povos e Ele
separará as pessoas umas das outras, como o pastor separa as ovelhas dos
cabritos. À sua direita porá as ovelhas e à sua esquerda, os cabritos. O
Rei dirá, então, aos da sua direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai!
Recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do
mundo. Porque tive fome e destes-me de comer, tive sede e
destes-me de beber, era peregrino e recolhestes-me, estava nu e
destes-me que vestir, adoeci e visitastes-me, estive na prisão e fostes
ter comigo. Então, os justos vão responder-lhe: ‘Senhor, quando
foi que te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos
de beber? Quando te vimos peregrino e te recolhemos, ou nu e te
vestimos? E quando te vimos doente ou na prisão, e fomos visitar-te?’ E o
Rei vai dizer-lhes, em resposta: ‘Em verdade vos digo: Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes.
Em seguida dirá aos da esquerda: ‘Afastai-vos de mim, malditos, para o
fogo eterno, que está preparado para o diabo e para os seus anjos!
Porque tive fome e não me destes de comer, tive sede e não me destes de
beber, era peregrino e não me recolhestes, estava nu e não me vestistes,
doente e na prisão e não fostes visitar-me. Por sua vez, eles
perguntarão: ‘Quando foi que te vimos com fome, ou com sede, ou
peregrino, ou nu, ou doente, ou na prisão, e não te socorremos?’ Ele
responderá, então: ‘Em verdade vos digo: Sempre que deixastes de fazer
isto a um destes pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer”. Estes
irão para o suplício eterno, e os justos, para a vida eterna.”
1) Dar de comer a quem tem fome e 2) dar de beber a quem tem sede. Estas
duas complementam-se e referem-se à ajuda que devemos disponibilizar em
alimentos e outros bens aos mais necessitados, àqueles que não têm o
indispensável para comer em cada dia. Jesus, segundo o Evangelho de
São Lucas , recomenda: “Quem tem duas túnicas reparta com quem não tem
nenhuma, e quem tem mantimentos faça o mesmo” (Lc 3, 11). 3) Dar pousada aos peregrinos. Em
tempos antigos dar pousada aos viajantes era um assunto de vida ou de
morte, pelas dificuldades e riscos das caminhadas e viagens. Não é o
normal hoje em dia. Mas, mesmo assim, poderia acontecer recebermos
alguém em nossa casa, não por pura hospitalidade de amizade ou família,
mas por alguma verdadeira necessidade.
4) Vestir os nus. Esta
obra de misericórdia dirige-se a aliviar outra necessidade básica: o
vestuário. Muitas vezes é-nos proporcionada com as recolhas de roupa que
se fazem nas paróquias e noutros centros. Ao entregar a nossa roupa é
bom pensar que podemos dar o que nos sobra ou já não nos serve, mas
também podemos dar do que ainda nos é útil. A carta de São Tiago
propõe-nos sermos generosos: “Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e
precisarem de alimento quotidiano, e um de vós lhes disser: «Ide em paz,
tratai de vos aquecer e de matar a fome», mas não lhes dais o que é
necessário ao corpo, de que lhes aproveitará?” (St 2, 15-16). 5) Visitar os enfermos Trata-se
de uma verdadeira atenção para com os doentes e idosos, tanto no aspeto
físico, como em lhes proporcionar um pouco de companhia. O melhor
exemplo da Sagrada Escritura é o da parábola do Bom Samaritano que curou
o ferido e, ao não poder continuar a cuidar dele diretamente, confiou
os cuidados que necessitava a outro em troca de pagamento (ver Lc 10,
30-37).
6) Visitar os presos Consiste em visitar os
presos e prestar-lhes não só ajuda material, mas também assistência
espiritual que lhes sirva para melhorar como pessoas, emendar-se,
aprender a desenvolver um trabalho que lhes possa ser útil quando
terminarem o tempo que lhes foi imposto pela justiça, etc. Significa
também resgatar os inocentes e sequestrados. Em tempos antigos os
cristãos pagavam para libertar escravos ou se trocavam por prisioneiros
inocentes. 7) Enterrar os mortos Cristo não tinha lugar
onde repousar. Foi um amigo, José de Arimateia, que lhe cedeu o seu
túmulo. Mas, não apenas isso, teve a valentia para se apresentar ante
Pilatos e pedir-lhe o corpo de Jesus. Nicodemos também participou e
ajudou a sepultá-lo. (Jo 19, 38-42) Enterrar os mortos parece um
mandato supérfluo, porque, de facto, todos são enterrados. Mas, por
exemplo, em tempo de guerra, pode ser um mandato muito exigente. Por que
é importante dar sepultura digna ao corpo humano? Porque o corpo humano
foi morada do Espírito Santo. Somos templos do Espírito Santo (1 Cor 6.
19).
As Obras de misericórdia espirituais: breve explicação
1) Ensinar os ignorantes Consiste
em ensinar os ignorantes em qualquer matéria: também sobre temas
religiosos. Este ensino pode ser levado a cabo através de escritos ou da
palavra, por qualquer meio de comunicação ou diretamente. Como diz o Livro de Daniel, “os que ensinam a justiça ao povo, brilharão como as estrelas pela eternidade sem fim” (Dan 12, 3b). 2) Dar bom conselho Um
dos dons do Espírito Santo é o dom do conselho. Por isso, quem desejar
um bom conselho deve, primeiramente, estar em sintonia com Deus, pois
não se trata de dar opiniões pessoais, mas de aconselhar bem a quem
necessita de um guia. 3) Corrigir os que erram Esta obra de
misericórdia refere-se acima de tudo ao pecado. De facto, outra maneira
de formular esta obra é: Corrigir o pecador. A correção fraterna é
explicada pelo próprio Jesus no evangelho de São Mateus: “Se o teu irmão
pecar, fala com ele a sós para o corrigir. Se te escutar, ganhaste o
teu irmão” (Mt 19, 15-17). Devemos corrigir o nosso próximo com
mansidão e humildade. Muitas vezes será difícil fazê-lo, mas, nesses
momentos, podemos lembrar-nos do que diz o apóstolo S. Tiago no final da
sua Carta: “aquele que converte um pecador do seu erro salvará da morte
a sua alma e obterá o perdão de muitos pecados.” (St 5, 20) 4) Perdoar as injúrias No
Pai Nosso dizemos: “Perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós
perdoamos a quem nos tem ofendido”, e o mesmo Senhor esclarece: “se
perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai celeste vos
perdoará a vós. Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas,
também o vosso Pai vos não perdoará as vossas” (Mt 6, 14-16). Perdoar as ofensas superar a vingança e o ressentimento. Significa tratar amavelmente a quem nos ofendeu. O
melhor exemplo de perdão no Antigo Testamento é o de José, que perdoou
aos irmãos o terem tentado matá-lo e depois vendê-lo. “Não vos
entristeçais, nem vos irriteis contra vós próprios, por me terdes
vendido para este país; porque foi para podermos conservar a vida que
Deus me mandou para aqui à vossa frente” (Gen 45, 5). E o maior
perdão do Novo Testamento é o de Cristo na Cruz, que nos ensina que
devemos perdoar tudo e sempre: “Pai, perdoai-lhes porque não sabem o que
fazem” (Lc 23, 34). 5) Consolar os tristes O consolo para o triste, para aquele que passa por alguma dificuldade é outra obra de misericórdia espiritual. Muitas
vezes, irá a par com dar algum bom conselho que ajude a superar essas
situações de dor ou tristeza. Acompanhar os nossos irmãos em todos os
momentos, mas principalmente nos mais difíceis, é pôr em prática o
comportamento de Jesus que se compadecia com a dor alheia. Um exemplo
vem no evangelho de S. Lucas. Trata-se da ressurreição do filho da viúva
de Naim: “Quando estavam perto da porta da cidade, viram que levavam um
defunto a sepultar, filho único de sua mãe, que era viúva; e, a
acompanhá-la, vinha muita gente da cidade. Vendo-a, o Senhor
compadeceu-se dela e disse-lhe: «Não chores.» Aproximando-se, tocou no
caixão, e os que o transportavam pararam. Disse então: «Jovem, Eu te
ordeno: Levanta-te!». O morto sentou-se e começou a falar. E Jesus
entregou-o à sua mãe” (Lc 7, 12-16). 6) Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo A
paciência face aos defeitos dos outros é virtude e é uma obra de
misericórdia. No entanto, há um conselho muito útil: quando o suportar
esses defeitos causa mais dano que bem, com muita caridade e suavidade,
deverá fazer-se uma advertência. 7) Rezar a Deus por vivos e defuntos S.
Paulo recomenda rezar por todos sem distinção, também por governantes e
autoridades, pois “Ele quer que todos se salvem e cheguem ao
conhecimento da verdade” (ver 1 Tm 2, 2-3).
Os falecidos que estão
no Purgatório dependem das nossas orações. É uma boa obra rezar por
eles, para que sejam libertados dos seus pecados (ver 2 Mac 12, 46).
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
3º Domingo do Tempo Comum
Anúncio do Evangelho (Lc 1,1-4;4,14-21)
—O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
—PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas,
— Glória a vós, Senhor.
1Muitas pessoas já tentaram escrever a história dos acontecimentos que se realizaram entre nós, 2como nos foram transmitidos por aqueles que, desde o princípio, foram testemunhas oculares e ministros da palavra.
3Assim
sendo, após fazer um estudo cuidadoso de tudo o que aconteceu desde o
princípio, também eu decidi escrever de modo ordenado para ti,
excelentíssimo Teófilo. 4Deste modo, poderás verificar a solidez dos ensinamentos que recebeste.
Naquele tempo, 4,14Jesus voltou para a Galileia, com a força do Espírito, e sua fama espalhou-se por toda a redondeza.
15Ele ensinava nas suas sinagogas e todos o elogiavam.
16E veio à
cidade de Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, entrou na
sinagoga, no sábado, e levantou-se para fazer a leitura.
17Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito: 18“O
Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção
para anunciar a Boa-nova aos pobres; enviou-me para proclamar a
libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar
os oprimidos 19e para proclamar um ano da graça do Senhor”.
20Depois fechou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele.
21Então começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
MEDITANDO O EVANGELHO
«Para que conheças a solidez dos ensinamentos que recebeste»
Hoje, começamos a ouvir a voz de
Jesus através do evangelista que nos acompanhará durante todo o Tempo
Comum próprio do Ano C : São Lucas. Que «conheças a solidez dos
ensinamentos que recebeste» (Lc 1,4), escreve Lucas ao seu amigo
Teófilo. Se é esta a finalidade do que escreve, devemos tomar
consciência da importância que tem o fato de meditar todos os dias o
Evangelho do Senhor – palavra viva e, portanto, sempre nova.
Como Palavra de Deus, Jesus nos é apresentado hoje como um Mestre, já
que «ia ensinando nas sinagogas deles» (Lc 4,15). Começa como qualquer
outro pregador: lendo um texto da Escritura, que se cumpre precisamente
nesse momento… Está a cumprir-se a palavra do profeta Isaías; mais
ainda: toda a palavra, todo o conteúdo das Escrituras, tudo o que os
profetas tinham anunciado se concretiza e se cumpre em Jesus. Acreditar
ou não em Jesus não é indiferente, porque é o próprio “Espírito do
Senhor” que O ungiu e enviou.
A mensagem que Deus quer transmitir à humanidade através da Sua Palavra é
uma boa nova para os abandonados, um anúncio de liberdade para os
cativos e oprimidos, uma promessa de salvação. Uma mensagem que enche de
esperança toda a humanidade. Nós, filhos de Deus em Cristo através do
sacramento do batismo, também recebemos esta unção e participamos na Sua
missão: levar esta mensagem de esperança a toda a humanidade.
Meditando o Evangelho que dá solidez à nossa fé, vemos que Jesus pregava
de um modo diferente dos outros mestres. Pregava como quem tem
autoridade (cf. Lc 4,32). E isto porque pregava principalmente com
obras, com o exemplo, dando testemunho, entregando até a Sua própria
vida. Assim temos de fazer nós, não podemos ficar só pelas palavras:
temos de concretizar com obras o nosso amor a Deus e aos irmãos. Podem
ajudar-nos as Obras de Misericórdia – sete espirituais e sete corporais –
que nos propõe a Igreja, que, como uma mãe, orienta o nosso caminho.Rev. D.
Bernat
GIMENO i Capín(Barcelona, Espanha)
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Se dirigir o anelo de teu coração à sabedoria, à verdade e à
contemplação do Unigênito de Deus, teus olhos vem a Jesus» (Orígenes)
«Em nosso tempo de dispersão e distração, este Evangelho nos
invita interrogar a nós mesmos sobre a nossa capacidade de escuta. Antes
de poder falar de Deus e com Deus, temos que escutá-lo» (Francisco)
«(...) Temos o sinal da presença de Cristo quando “aos pobres se
anuncia a Boa Nova” (Mt 11,5; cf. Lc 4,18)» (Catecismo da Igreja
Católica, n°2443)
Segundo os escritos foi por intercessão de Nossa Senhora, a pedido
de seus pais, que Ildefonso nasceu. Assim, o culto mariano tomou grande
parte de sua vida religiosa, ponteada por aparições e outras
experiências de religiosidade.
Ildefonso veio ao mundo no dia 08 de dezembro de 607, em Toledo, na
Espanha. De família real, que resistiu aos romanos, mas, que se renderam
politicamente aos visigodos, foi preparado muito bem para o futuro.
Estudou com Santo Isidoro em Sevilha. Depois de fugir para o mosteiro de
São Damião nos arredores de Toledo, Ildefonso conseguiu dos pais
aprovação para se tornar monge, o que aconteceu no mosteiro próximo de
sua cidade natal.
Pouco depois de tornar-se diácono, herdou enorme fortuna devido à morte dos pais.
Empregou todas as posses em favor dos pobres e fundou um mosteiro para
religiosas. Seu trabalho era tão reconhecido que após a morte do abade
de seu mosteiro, foi eleito por unanimidade para sucedê-lo. Em 636
dirigiu o IV Sínodo de Toledo, sendo o responsável pela unificação da
liturgia espanhola.
Mais tarde, quando da morte de seu tio e bispo de Toledo, Eugênio II,
contra sua vontade foi eleito para o cargo. Chegou a se esconder para
não ter que aceitá-lo, sendo convencido pelo rei dos visigodos que o
procurou pessoalmente. Depois disso, Ildefonso desempenhou a função com
reconhecida e admirada disciplina nos preceitos do cristianismo, a mesma
que exigia e obtinha de seus comandados.
Nessa época Ildefonso escreveu uma obra famosa contra os hereges que
negavam a virgindade de Maria Santíssima, sustentando que a Mãe de Deus
foi Virgem antes, durante e depois do Parto. Exerceu importante
influência na Idade Média com seus livros exegéticos, dogmáticos,
monásticos e litúrgicos.
Entre suas experiências de religiosidade constam várias aparições. Além
de ter visto Nossa Senhora rodeada de virgens, entoando hinos
religiosos, recebeu também a "visita" de Santa Leocádia, no dia de sua
festa, 09 de dezembro. Ildefonso tentava localizar as relíquias da Santa
e esta lhe indicou exatamente o lugar onde seu corpo fora sepultado.
O sábio bispo morreu em 23 de janeiro de 667, sendo enterrado na igreja
de Santa Leocádia. Mas, anos depois, com receio da influência que a
presença de seus restos mortais representava, os mouros pagãos os
transferiram para Zamora, onde ficaram até 888. Somente em 1400 seus
despojos foram encontrados sob as ruínas do local e expostos à veneração
novamente.
Santo Ildefonso recebeu o título de doutor da Igreja e é tido pela
Igreja como o último Padre do Ocidente. Dessa maneira são chamados os
grandes homens da Igreja que entre os séculos dois e sete eram
considerados como "Pais" tanto no Oriente como no Ocidente, porque foram
eles que firmaram os conceitos da nossa fé, enfrentando as heresias com
o seu saber, carisma e iluminação. São aos responsáveis pela fixação
das Tradições e Ritos da Igreja.
Santo Ildefonso, rogai por nós!
Santo João Esmoler
Este santo dava tanta importância à esmola, que não só dela vivia
como com ela provia uma grande quantidade de famílias, e até cidades
inteiras. Assim foi o apostolado do bispo João, chamado de "Esmoler".
O século sete é tido, para a Humanidade, como uma época de opulência
para os poderosos e de miséria para o povo, mas o bispo João nunca
deixou de atender a quem quer que o tenha procurado. Os registros e a
tradição mostram que a Providência Divina sempre vinha à sua ajuda e, de
uma forma ou de outra, os mantimentos de que precisava acabavam
chegando às suas mãos. Certamente Deus queria fazer dele um exemplo.
João pertencia a uma família cristã e nasceu no ano 556, na Ilha de
Chipre, numa cidade chamada Amatunte, onde seu pai além de muito rico
era o governador. João sentia-se chamado para a vida religiosa desde
pequeno, alimentando esse desejo até a idade adulta. Como os pais o
impediram de se tornar um sacerdote, com a humildade que lhe era
peculiar, João obedeceu às suas ordens e se casou. Mas seu caminho já
estava traçado por Deus. Pouco tempo depois do casamento a esposa
faleceu. Embora, o sofrimento fosse muito grande com a perda, ele
decidiu seguir seu chamado e se tornou um sacerdote.
Seu trabalho junto aos pobres deu tantos frutos que foi eleito bispo de
Alexandria e, nesta posição de destaque, pôde fazer mais ainda pelos
necessitados. Prontamente mandou cadastrar todos os pobres da cidade,
onde se catalogaram mais de sete mil e quinhentos. Às quartas e
sextas-feiras eram recebidos e auxiliados em tudo que estivesse ao seu
alcance. Quando a população católica da Pérsia se viu perseguida por
causa de sua fé, foi no Egito do bispo João Esmoler, que encontrou
alimento e abrigo.
Na época em que Jerusalém foi arrasada pelos pagãos, também foi o bispo
João quem para lá mandou comida e até recursos para a reconstrução das
igrejas. Entretanto, consigo mesmo era o desapego em pessoa. Tinha uma
única coberta, velha e maltrapilha. Quando um amigo de posses lhe deu um
cobertor novinho e felpudo, jogando a velha coberta fora, João dormiu
apenas uma noite com ele, em sinal de agradecimento, e no dia seguinte o
colocou à venda. Sabedor do gesto do bispo, o doador comprou o cobertor
e lhe deu de presente outra vez. Como seu admirador, lhe propôs um
jogo: quantas vezes ele o colocasse à venda, tantas vezes o compraria
para lhe dar de presente novamente. Assim, o lucro para os pobres foi
grande.
Já sexagenário, em 619, decidiu viajar para Constantinopla aceitando o
convite do imperador, que desejava vê-lo. Porém, ao chegar à cidade de
Rhodes, recebeu uma mensagem profética, de que a sua morte estava bem
próxima. João Esmoler chamou o discípulo que o acompanhava, disse-lhe
que ia cancelar a visita ao imperador, "pois o Rei dos reis também o
chamava" e Ele tinha prioridade. Assim, foi para sua Ilha de Chipre onde
morreu serenamente no dia 23 de janeiro desse mesmo ano.
Em 1974, o cardeal de Veneza, Albino Luciani, que depois se tornaria o
Papa João Paulo I, teve a honra de hospedar na Igreja Matriz de Casarano
as relíquias do corpo de Santo João Esmoler e seu chapéu de bispo, este
que continua guardado nessa igreja e localidade. Desse modo percebemos
que o seu culto se mantém cada vez mais forte e vigoroso.
Um santo amado e citado por muitos
santos, como Santo Agostinho, Santo Ambrósio, São Prudêncio e outros que
trouxeram à tona o testemunho desse grande diácono e mártir da Igreja.
Nasceu na Espanha, em Huesca, no século
terceiro. De uma família muito distinta e conhecida por todos, ele
escolheu ser cristão e, assim, viver a santidade.
Vicente viveu num período muito difícil
da Igreja. Um tempo em que Diocleciano e Maximiano – imperadores –,
começaram a perseguir os cristãos e forçar muitos a se declararem a
favor dos deuses; caso contrário, seriam martirizados. O santo de hoje
foi um dos que fez a opção por Jesus.
Ele era um grande pregador da Palavra,
mais do que isso, buscava viver a Palavra que pregava, esta que é, antes
de tudo, Cristo Jesus, o Santo dos Santos, o nosso modelo, o nosso
Senhor e Salvador. Diante das ameaças do governador Darciano, ele não
recusou a se dizer cristão e fiel ao Senhor.
Os tormentos o perseguiram. Foi um
martírio lento, sempre com o objetivo de vencê-lo para que Darciano se
desse como herói diante do Cristianismo, mas também com o objetivo de
levar São Vicente a renunciar a própria fé, a sacrificar aos deuses.
Fiel a Deus e sustentado pela oração, diante de si ele tinha o seu
grande amor: Deus. Sendo assim, ele for martirizado aos poucos, até
mesmo levado à grelha, tendo seu corpo dilacerado, jogado numa prisão e,
por fim, Darciano deixou-o num leito pedindo que cuidassem dele. Ali,
sim, ele foi visitado por outros cristãos e entregou-se a Deus.
São Vicente tornou-se modelo para todos
os cristãos e também padroeiro principal do patriarcado de Lisboa e
também da diocese de Faro.
Minha oração
“Ao povo português pedimos a
proteção e a devoção para com Jesus, que sejam sempre uma nação de
valores cristãos e zelo católico. Por esse martírio, conceda aos seus
descendentes a mesma fé. Amém.”
São Vicente de Saragoça, rogai por nós!
São Vicente Pallotti
Vicente Pallotti nasceu em Roma , dia 21 de abril de 1795, numa
família de classe média. Com sua mãe aprendeu a amar os irmãos mais
pobres, crescendo generoso e bondoso. Enquanto nos estudos mostrava
grande esforço e dedicação, nas orações mostrava devoção extremada ao
Espírito Santo. Passava as férias no campo, na casa do tio, onde
distribuía aos empregados os doces que recebia, gesto que o pai lhe
ensinara: nenhum pobre saía de sua mercearia de mãos vazias.
Às vezes sua generosidade preocupava, pois geralmente no inverno,
voltava para casa sem os sapatos e o casaco. Pallotti admirava Francisco
de Assis, pensou em ser capuchinho, mas não foi possível devido sua
frágil saúde. Em 1818, se consagrou sacerdote pela diocese de Roma,onde
ocupou cargos importantes na hierarquia da Igreja. Muito culto obteve o
doutorado em Filosofia e Teologia.
Mas foi a sua atuação em obras sociais e religiosas que lhe trouxe a
santidade. Teve uma vida de profunda espiritualidade, jamais se
afastando das atividades apostólicas. É fruto do seu trabalho, a
importância que o Concílio Vaticano II, cento e trinta anos após sua
morte, decretou para o apostolado dos leigos, dando espaço para o
trabalho deles junto às comunidades cristãs. Necessidade primeira deste
novo milênio, onde a proliferação dos pobres e da miséria, infelizmente
se faz cada vez mais presente.
Vicente defendia que todo cristão leigo, através do sacramento do
batismo, tem o legítimo direito assim como a obrigação de trabalhar pela
pregação da fé católica, da mesma forma que os sacerdotes. Esta ação de
apostolado que os novos tempos exigiria de todos os católicos, foi sem
dúvida seu carisma de inspiração visionária . Fundou, em 1835, a Obra do
Apostolado Católico, que envolvia e preparava os leigos para promoverem
as suas associações evangelizadoras e de caridade, orientados pelos
religiosos das duas Congregações criadas por ele para esta finalidade, a
dos Padres Palotinos e das Irmãs Palotinas.
Vicente Pallotti morreu em Roma, no dia 22 de janeiro 1850, aos
cinqüenta e cinco anos de idade. De saúde frágil, doou naquele inverno
seu casaco a um pobre, adquirindo a doença que o vitimou. Assim sendo
não pôde ver as duas famílias religiosas serem aprovadas pelo Vaticano,
que devolvia as Regras indicando sempre algum erro. Com certeza um
engano abençoado, pois a continuidade e a persistência destas Obras
trouxeram o novo ânimo que a Igreja necessitava. Em 1904, foram
reconhecidas pela Santa Sé, motivando o pedido de sua canonização.
O papa Pio XI o beatificou reconhecendo sua atuação de inspirado e
"verdadeiro operário das missões". Em 1963, as suas idéias e carisma
espiritual foi plenamente reconhecido pelo papa João XXIII que proclamou
Vicente Pallotti, Santo.