
Costume na época, os casamentos eram arranjados em acordos entre as casas reais, para fortalecer o poder e até mesmo para poder mantê-lo. Tal era o destino da bela e jovem princesa Osita. Obedecendo às regras sociais e políticas da época, deveria casar-se, com o filho do líder dos saxões, o príncipe Sigero, ele também muito piedoso e casto.
Apesar de obrigada a obedecer, ela lutou muito para tentar manter sua virgindade consagrada somente a Cristo, como havia feito em votos particulares, com autorização do seu confessor. Mas a pressão familiar foi maior e ela teve de cumprir aquele contrato entre poderes, títulos e fortunas.
Mesmo assim, não perdeu a fé. Durante a solenidade do pomposo casamento real, Osita rezou para que um milagre acontecesse. E conta a tradição que ela foi ouvida, pois o marido atendeu seu pedido e mantiveram-se casados como irmãos.
Entretanto, na primeira viagem feita pelo marido, que o obrigou a ausentar-se por algum tempo do castelo, Osita o surpreendeu no seu retorno. Ela havia cortado seus belos cabelos, trocado suas roupas por um hábito beneditino e feito do palácio um convento. Sigero, embora surpreso, permitiu que ela continuasse reclusa e mandou construir um novo convento para ela, do qual se tornou abadessa, sendo muito procurado por jovens da nobreza que desejavam ser suas seguidoras.
Osita, porém, não teve sossego. Anos depois, quando piratas dinamarqueses invadiram e saquearam a Inglaterra, Sigero foi morto e o seu convento não foi poupado. O líder dos invasores encantou-se com a sua beleza e, quando soube que ela era uma princesa, insistiu para Osita entregar-se a ele. Depois de seguidas recusas, friamente ele mesmo atravessou seu peito com a espada.
Nos anos seguintes, o túmulo de Osita foi lugar de uma intensa peregrinação, pois milagres aconteciam e foram comprovados. Assim, a Igreja autorizou o seu culto e manteve a data da tradicional celebração em 7 de outubro.
Santa Osita , rogai por nós!
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