Aparição
de Nossa Senhora Aparecida
–
No Brasil em 1717.
Onde aconteceu: No Brasil.
Quando: Em 1717.
A quem: A três pescadores.
Festa: 12 de Outubro.
Oração de
Consagração a Nossa Senhora.
Ó Maria Santíssima, que em vossa
querida Imagem de Aparecida espalhais inúmeros benefícios sobre todo o Brasil;
eu, embora indigno de pertencer ao número dos vossos filhos e filhas, mas cheio
do desejo de participar dos benefícios de vossa misericórdia, prostrado a vossos
pés consagro-vos meu entendimento, para que sempre pense no amor que
mereceis.
Consagro-vos minha língua, para
que sempre vos louve e propague vossa devoção. Consagro-vos meu coração, para
que, depois de Deus, vos ame sobre todas as coisas. Recebei-me, ó Rainha
incomparável, no ditoso número de vossos filhos e filhas. Acolhei-me debaixo de
vossa proteção.
Socorrei-me em todas as minhas
necessidades espirituais e temporais e, sobretudo, na hora de minha morte.
Abençoai-me, ó Mãe Celestial, e com vossa poderosa intercessão fortalecei-me em
minha fraqueza, a fim de que, servindo-vos fielmente nesta vida, possa
louvar-vos, amar-vos e dar-vos graças no céu, por toda eternidade. Assim
seja.
Basílica de Nossa Senhora Aparecida - São
Paulo
HISTÓRICO
Em 1717 três pescadores, após
frustrada tentativa de apanhar peixes no rio Paraíba do Sul perto de
Guaratinguetá (SP), colheram em suas redes o corpo de uma estátua de Maria
SS. e, depois, a cabeça da mesma. A este fato se seguiu farta pescaria, que
surpreendeu os três homens. Tendo limpado e recomposto a imagem,
expuseram-na à veneração dos fiéis em casas de família.
Verificaram-se, porém, alguns
portentos, que chamaram a atenção do Pe. José Alves Vilela, pároco de
Guaratinguetá. Este então decidiu construir para a Santa Mãe uma capela capaz de
satisfazer ao crescente número de devotos da Virgem. Tal capela foi substituída
por outra maior no morro dos Coqueiros em 1745, morro que tomou o nome de
“Aparecida” (hoje cidade de Aparecida do Norte). Em 1846 foi iniciada a
construção de templo mais vasto, que ainda hoje subsiste. No ano de 1980 foi
concluída monumental basílica, alvo de peregrinações numerosas durante o ano
inteiro. Em 1930 o Brasil foi solenemente consagrado a Nossa Senhora Aparecida
pelo Cardeal D. Sebastião Leme na presença do Sr. Presidente da República e de
numerosas autoridades religiosas, civis e militares.
Os
acontecimentos de fins de 1995 chamaram a atenção para Maria Santíssima tal como
é venerada em Aparecida do Norte (SP) e no Brasil inteiro na qualidade de
Padroeira do nosso país. Sabe-se que tal devoção se deve a uma pesca
surpreendente cercada de fatos extraordinárias, que suscitaram a piedade dos
fiéis da região de Guaratinguetá e, posteriormente, a da população de todo o
Brasil. Em 1930 a Virgem Santíssima foi proclamada Padroeira do Brasil sob o
título de Nossa Senhora da Conceição Aparecida (ou Nossa Senhora Imaculada em
sua Conceição e Aparecida nas águas do rio Paraíba do Sul).¹
Já que versões diversas correm
sobre o desenrolar dessas aparições e os atos subseqüentes, apresentaremos, a
seguir, a genuína história dos eventos registrados.
1. APARIÇÃO E AS PRIMEIRAS MANIFESTAÇÕES
POPULARES (1717-1745)
Como se deu a manifestação de
Nossa Senhora Aparecida?
Eis o que relatam os documentos
históricos:
Em princípios do séc. XVIII lutas,
por vezes sangrentas, agitavam os exploradores dos veios de ouro em Minas
Gerais. Em março de 1717, embarcou em
Lisboa, com destino ao Rio, Dom Pedro de Almeida e Portugal, Conde de Assumar,
que vinha substituir Dom Braz Balthasar da Silveira no governo da Capitania de
São Paulo e Minas.
Chegando ao Rio em junho de 1717,
o Conde de Assumar mostrou-se logo interessado em conhecer a situação da sua
capitania. Seguiu, pois, em agosto para São Paulo, sede do governo respectivo,
do qual tomou posse aos 4 de setembro do mesmo ano. Em vista, porém, dos
tumultos registrados em Minas por motivo das minas de ouro. Dom Pedro de Almeida
e Portugal resolveu dirigir-se ao local das desordens. Partiu, portanto, de São
Paulo aos 25 ou 26 de setembro de 1717, deixando como substituto nessa cidade
Manoel Bueno da Fonseca, oficial de grande patente.
Após cerca de 17 dias de viagem,
isto é, aos 11 ou 12 de outubro de 1717, chegava o Conde de Assumar, com sua
comitiva, à região de Guaratinguetá. Entre os acontecimentos faustosos que então
se deram relatam os manuscritos da época o seguinte:
A
Câmara da Vila notificou então os pescadores que apresentassem todo o peixe que
pudessem haver para o dito governador. Entre muitos, foram pescar em suas canoas
Domingos Martins Garcia, João Alves e Felipe Pedroso e, principiando a lançar
suas redes no porto de José Corrêa leite, continuaram até o porto de Itaguassú,
distância bastante, sem tirar peixe algum. E lançando neste porto João Alves a
sua rede, de rasto tirou o corpo da Senhora, sem
cabeça, e, lançando mais abaixo outra vez a rede, tirou a cabeça de mesma
Senhora, não se sabendo nunca quem ali a lançasse.
“E, continuando a pescaria, não
tendo até então peixe algum, dali por diante foi tão copiosa em poucos
lances que, receosos de naufragarem pelo muito peixe que tinham nas
canoas, ele e os companheiros se retiraram a suas moradas, admirados
deste sucesso” (cf. Marcondes Homem de Mello, Álbum da
Coroação. Brasílio Machado, A Basílica de
Aparecida).
Eis
o que referem os documentos mais antigos em torno do aparecimento da
Virgem.
A título de ilustração, pode-se
acrescentar que o porto de José Corrêa Leite, donde partiram os três mencionados
pescadores, se achava à margem esquerda do rio Paraíba no bairro Tetequera
(município de Pindamonhangaba). A imagem encontrada media 38 cm de altura e
apresentava cor bronzeada.
Impressionados pelo fenômeno,
principalmente pela pesca portentosa que se seguiu à descoberta da estátua, os
três mencionados pescadores limparam com grande cuidado a imagem, e verificaram
que representava Nossa Senhora da Conceição, que o povo sem demora passou a
chamar “Senhora Aparecida”. Felipe
Pedroso conservou a imagem em sua casa durante vários anos; por fim, resolveu
dá-la a seu filho Atanásio, que morava em Itaguassú, porto onde se dera o
encontro da estátua. Atanásio, movido então pela sua fé, ergueu um pequeno
oratório, onde depositou a venerável efígie; aí começou o povo da vizinhança a
reunir-se aos sábados à noite, a fim de rezar o santo rosário e praticar
as suas devoções.
Certa vez, durante uma dessas
práticas aconteceu que, embora a noite estivesse muito calma, de repente se
apagaram as velas que alumiavam a imagem da Senhora. Os fiéis, querendo
reacendê-las, verificaram com surpresa que elas por si, sem intervenção de
alguém, se reacenderam.
Foi este o primeiro prodígio
registrado em torno da Senhora Aparecida. O mesmo portento se repetiu em
outras ocasiões, chegando a notícia ao conhecimento do pároco de Guaratinguetá,
Pe. José Alves Vilela. O sacerdote decidiu então construir para a estátua uma
capelinha mais ampla, capaz de satisfazer ao crescente número dos devotos da
Virgem, a qual ia multiplicando graças a benefícios sobre os fiéis. Em breve,
também essa capelinha se tornou pequena demais. Foi preciso pensar em nova
construção em lugar mais elevado que a margem do rio.
Escolhido o morro dos Coqueiros, o
mais vistoso e acessível dos que margeiam o Paraíba, começou-se ali em 1743 a
edificação de novo santuário, com a provisão do bispo do Rio de Janeiro, Dom
Frei João da Cruz; aos 26 de julho de 1745, a obra terminada foi devidamente
benta, dando lugar à celebração da primeira Missa. Doravante o morro e suas
cercanias tomaram o nome de “Aparecida”, designação até hoje conservada.
“Aparecida do Norte” é designação popular, pois a cidade fica a sudeste do
Estado de São Paulo.
Entre os milagres que muito
provocavam o fervor do povo, conta-se o do escravo, ocorrido por volta de 1790 e
famoso nos tempos subseqüentes. Segundo a versão mais abalizada, as
correntes se soltaram das mãos do escravo, quando este implorava a proteção de
Nossa Senhora Aparecida diante da respectiva imagem. Eis como o refere o
Pe. Claro Francisco de Vasconcelos pelo ano de 1838:
“Um escravo fugitivo, que estava
sendo conduzido de volta à fazenda pelo seu patrão, ao passar pela Capela, pediu
para fazer oração diante da Imagem. Enquanto o escravo estava em oração, caiu
repentinamente a corrente, deixando intato o colar que prendia seu pescoço. A
corrente se encontra até hoje pendente da parede do mesmo Santuário como
testemunho e lembrança de que Maria Santíssima tem suprema autoridade para
desatar as prisões dos pecadores arrependidos. Aquele senhor, tocado pelo
milagre, ofereceu a Nossa Senhora o preço dele e o levou para casa com uma
pessoa livre, a fim de amar e estimar aquele seu escravo como pessoa protegida
pela soberana Mãe de Deus” (relato extraído da obra de Júlio J. Brustoloni,
A Mensagem da Senhora Aparecida,
Ed. Santuário, Aparecida, SP, 1994).
2. DE 1745 AOS NOSSOS DIAS:
A DEDICAÇÃO DO BRASIL À VIRGEM SS.
A
nova igreja foi diversas vezes reformada e aumentada, até que em 1846 foi
iniciada a construção de um templo ainda mais vasto. Os trabalhos, porém,
diversas vezes interrompidos, só chegaram a termo em 1888; aos 8 de dezembro
desse ano, Dom Lino Deodato de Carvalho, oitavo bispo de São Paulo, procedeu à
bênção do novo santuário, que até nossos dias subsiste em Aparecida, ornado com
o título de “Basílica Menor”, título concedido por S. Pio X aos 29 de abril de
1908.
Para
atender aos numerosos grupos de peregrinos que afluíam ao local, o mesmo prelado
obteve a vinda dos RR. PP. Redentoristas, os quais desde 1894 têm a seus
cuidados o santuário e a respectiva cura pastoral.
Aos
8 de setembro de 1904, realizou-se a solene coroação de Nossa Senhora Aparecida,
com a participação do Sr. Núncio Apostólico Dom Júlio Tonti, do representante do
Presidente da república, do Episcopado do Brasil Meridional e de grande multidão
de sacerdotes e fiéis.
Finalmente, o S. Padre Pio XI
houve por bem acolher o pedido da hierarquia e dos fiéis, que desejavam fosse
Nossa Senhora Aparecida proclamada Padroeira principal de todo o Brasil. Aos 16
de julho de 1930 publicava S. Santidade o seguinte “Motu proprio”:
“…
Por conhecimento certo e madura reflexão Nossa, na plenitude de Nosso poder
apostólico, pelo teor das presentes letras, constituímos e declaramos a mui
Bem-aventurada Virgem Maria concebida sem mancha, sob o título de “Aparecida”,
Padroeira principal de todo o Brasil diante de Deus. Este padroado gozará dos
privilégios litúrgicos e das outras honras que costumam competir aos Padroeiros
principais de lugares ou regiões. Concedendo isto para promover o bem espiritual
dos fiéis no Brasil e aumentar cada vez mais a sua devoção à Imaculada Mãe de
Deus, decretamos que cada vez mais a sua devoção à Imaculada Mãe de Deus,
decretamos que as presentes letras estejam e permaneçam sempre firmes, válidas e
eficazes, surtindo seus plenos e inteiros efeitos”.
Este
decreto pontifício foi publicado na Basílica de Nossa Senhora Aparecida,
fazendo-se a consagração do Brasil à Virgem Ssma., com grande júbilo dos
fiéis.
No
ano seguinte, o mesmo ato se repetiu em termos mais solenes na capital da
República. A imagem da Virgem foi, sim, entusiasticamente levada de Aparecida
para o Rio de Janeiro, onde percorreu em procissão o centro da cidade aos 31 de
maio de 1931. Finalmente na Esplanada do Castelo, em presença do Sr. Presidente
da república, de altas autoridades civis e militares, de numerosas divisões das
Forças Armadas, do Episcopado Brasileiro e de enorme multidão de fiéis, o
Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro proferiu o ato de consagração de todo o
Brasil a Nossa Senhora Aparecida, recomendando à Excelsa Padroeira todos os
interesses e as necessidades da pátria.
Este
ato, que mereceu os aplausos da opinião pública em geral, estava bem na linha de
venerável tradição da nação brasileira, a qual sempre mostrou especial devoção à
Virgem Imaculada. Entre outros fatos expressivos dessa estima, pode-se notar
que, ao proclamar a independência do Brasil, D. Pedro I, o primeiro Imperador,
confirmando aliás antiga provisão de Sua Majestade o rei de Portugal do ano de
1646, declarou a Virgem da Conceição Padroeira do Brasil.
Numerosos são os relatos de
milagres que tanto a imprensa como a voz do povo atribuem à Virgem Aparecida. As
autoridades eclesiásticas não se empenham por definir a autenticidade de tais
portentos, nem mesmo a dos episódios concernentes à aparição da Senhora
Imaculada no porto de Itaguassú em 1717. Doutro lado, não vêem razão para se
opor à devoção de Nossa Senhora Aparecida: ao contrário, esta tem produzido os
melhores frutos, espirituais e corporais, no povo brasileiro. É por isto que os
Srs. Bispos têm mesmo patrocinado e fomentado a piedade para com a Excelsa
Padroeira do Brasil. Contudo, a bem da verdade, deve-se notar que tal atitude
favorável é independente de qualquer pronunciamento da autoridade eclesiástica
sobre a genuinidade dos prodígios que se narram em torno da Virgem e do
Santuário de Aparecida.
A
Santa Igreja de modo nenhum entende fazer de tais relatos matéria de fé; deixa,
antes, a cada um de seus filhos a liberdade de ponderar o grau de autoridade que
merecem os respectivos documentos (o que de resto não desmerece o valor de
autenticidade que realmente possa caber a tais episódios).
A
presença do sobrenatural em Aparecida exigiu que se empreendesse a construção de
nova e mais vasta Basílica. Esta, iniciada em 1955 sob os auspícios do Cardeal
Dom Carlos Carmelo de Vasconcellos Motta, estava concluída, com todas as suas
capelas e quatro naves, em 1980. A área construída é de 23.000 m² e a área
coberta mede 18.000 m². A lotação normal é de 45.000 pessoas, podendo a lotação
máxima chegar a 70.000 pessoas. Até hoje são relatados milagres e favores de
ordem física obtidos por intercessão de Nossa Senhora Aparecida em seu
Santuário; todavia o que mais importa aí, são os numerosos casos de conversão
espiritual e reencontro da paz interior alcançada pelo patrocínio de Maria
SSma.
O
fato de que a imagem da Senhora Aparecida tem a cor preta, tem sido objeto de
comentários … Na verdade, o fenômeno se explica bem pela longa permanência da
estátua dentro da água do rio. Na época da descoberta o fato não deve ter tido a
repercussão e importância que hoje lhe querem atribuir.
A
propósito recomenda-se a leitura do livro do Pe. Júlio J. Brustoloni:
A Mensagem da Senhora
Aparecida, Ed. Santuário, Rua Padre Claro Monteiro, 342,
Aparecida (SP), 1994.
¹ O
título “Nossa Senhora Aparecida” designa a Santíssima Mãe de Deus tal como ela
apareceu na localidade do Estado de São Paulo que hoje traz o nome de “Aparecida
do Norte” (nas proximidades de Pindamonhangaba e Guaratinguetá). Lá Nossa
Senhora se manifestou com as notas que, na arte sacra, a caracterizam como
imaculada em sua
conceição; daí
dizer-se comumente “Nossa Senhora da Conceição Aparecida”. – A mesma
Virgem Ssma., tendo-se manifestado em Fátima, é chamada “Nossa Senhora de
Fátima”; tendo aparecido em Lourdes, é dita “Nossa Senhora de Lourdes”, etc.
Tais denominações não supõem diversas “Nossas Senhoras”, mas significam sempre a
mesma Santa (“Santa Maria, Mãe de Deus …”), apenas invocada sob títulos
diferentes.
Fonte: Revista: “PERGUNTE E
RESPONDEREMOS”
D. Estevão
Bettencourt, osb.
Nº 405 – Ano 1996 –
Pág. 72
Detalhes
importantes:
- O Santuário de Aparecida e a
paróquia da cidade, onde situa-se a primeira basílica, são conduzidas e geridas
pelos sacerdotes de congregação dos Redentoristas;
- Foi o Papa Pio XI que proclamou
Nossa Senhora Aparecida como Padroeira do Brasil;
- O grande e santo Papa Pio X foi
quem autorizou e abençoou, desde o Vaticano, a coroação da Imagem como sendo de
Nossa Senhora, em 04/09/1904;
- Comprovando que não foi acaso
ter sido escolhido em 13 de para a abolição da escravatura, a coroa de Nossa
Senhora foi doada pela Princesa Isabel;
- Anteriormente, ano da abolição
1988, foi inaugurada a 1ª Basílica em Aparecida; (hoje, transformada na Matriz
da Paróquia).
- A atual Basílica, Santuário
Nacional de Aparecida, foi concluída em 1984, após 29 anos de
construção;
- No subsolo encontramos a Sala
dos Milagres, com milhares de testemunhas e agradecimentos por graças
alcançadas;
- Na Basílica de Aparecida é
possível receber até setenta mil pessoas. Em todo o mundo apenas a Basílica de
São Pedro, em Roma, é maior;
- A festa em honra a Nossa
Senhora Aparecida, feriado nacional, acontece em 12 de outubro. O comparecimento
médio anual situa-se próximo a 250.000 pessoas, apenas no dia da festa. Durante
o ano todo o total estimado fica próximo a 4 milhões de romeiros.
- Dois Papas já estiveram em
Aparecida: João Paulo II em junho de 1980 e Bento XVI recentemente, maio de
2007.
“Todos nós,
brasileiros, agradecemos a Santíssima Trindade e a Nossa Senhora por tão grande
graça concedida”.
Fonte: Últimas e Derradeiras Graças
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