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Este Blog se propõe a divulgar o catolicismo segundo a Igreja Católica Apostólica Romana. Os editores do Blog, não estão autorizados a falar em nome da Igreja, não são Sacerdotes e nem donos da verdade. Buscam apenas ser humildes e anônimos missionários na Internet. É também um espaço para postagem de orações, comentários, opiniões.
Defendemos a Igreja conservadora. Acreditamos em DEUS e entregamo-nos nos braços de MARIA. Que DEUS nos ilumine e proteja. AMÉM
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"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
31º Domingo do Tempo Comum
Anúncio do Evangelho (Mc 12,28b-34)
—O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
—PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos,
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 28b um mestre da Lei aproximou-se de Jesus e perguntou: “Qual é o primeiro de todos os mandamentos?”
29Jesus respondeu: “O primeiro é este: Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. 30Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força! 31O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo! Não existe outro mandamento maior do que estes”. 32O
mestre da Lei disse a Jesus: “Muito bem, Mestre! Na verdade, é como
disseste: Ele é o único Deus e não existe outro além dele. 33Amá-lo
de todo o coração, de toda a mente, e com toda a força, e amar o
próximo como a si mesmo é melhor do que todos os holocaustos e
sacrifícios”.
34Jesus
viu que ele tinha respondido com inteligência e disse: “Tu não estás
longe do Reino de Deus”. E ninguém mais tinha coragem de fazer perguntas
a Jesus.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
MEDITANDO O EVANGELHO
«Qual é o primeiro de todos os mandamentos?»
Hoje, está na moda falar de amor aos irmãos, de justiça cristã, etc. Mas apenas se fala do amor a Deus.
Por isso devemos lembrar-nos da resposta que Jesus dá ao escriba, quem
sem maldade lhe pergunta: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?»
(Mc 12,29), o que não era de estranhar, por entre tantas leis e normas,
os judeus, procuravam estabelecer um princípio que unificara todas as
formulações da vontade de Deus.
Jesus responde com uma simples oração que ainda hoje, os judeus repetem
várias vezes ao dia e, levam escrita em cima: «Escuta, Israel: «O
primeiro é este: ‘Ouve, Israel! O Senhor nosso Deus é um só. Amarás o
Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o
teu entendimento e com toda a tua força!’» (Mc 12,29-30). Quer dizer,
Jesus, lembra-nos que em primeiro lugar, devemos proclamar a primazia do
amor a Deus como tarefa fundamental do homem e, isso é lógico e justo,
porque Deus nos amou em primeiro lugar.
Porém, não fica contento apenas com nos lembrar desse mandamento
primordial e básico, senão que acrescenta que também devemos amar a
nosso próximo como a nós mesmos. E é que, como diz o Papa Bento XVI,
«Amar a Deus e amar o próximo são inseparáveis, são um único mandamento.
Mas ambos vivem do amor que vem de Deus, que nos amou primeiro».
Um aspecto que não se fala, é que Jesus nos manda que amemos o próximo
como a nós mesmos, nem mais nem menos; do que deduzimos que manda que
nos amemos a nós mesmos finalmente, somos obra das mãos de Deus e
criaturas suas, amadas por Ele.
Se tivermos, como regra de vida o duplo mandamento do amor a Deus e aos
irmãos, Jesus nos dirá: «Tu não estás longe do Reino de Deus»» (Mc
12,34). E, se vivemos esse ideal, faremos da terra um ensaio geral do
céu.Rev. D.
Ramón
CLAVERÍA Adiego
(Embún, Huesca, Espanha)
Diante
da “galeria” de santos da Companhia de Jesus, voltamos o nosso olhar,
talvez, para o mais simples e humilde dos Irmãos: Santo Afonso Rodrigues
Natural
de Segóvia na Espanha, veio à luz aos 25 de julho de 1532. Pertencente a
uma família cristã, teve que interromper seus estudos no primário, pois
com a morte do pai, assumiu os compromissos com o comércio. Casou-se
com Maria Soares que amou tanto quanto os dois filhos, infelizmente
todos, com o tempo, faleceram.
Ao
entrar em crise espiritual, Afonso entrega-se à oração, à penitência e
dirigido por um sacerdote, descobriu o seu chamado a ser Irmão religioso
e assim, assumiu grandes dificuldades como a limitação dos estudos.
Vencendo tudo em Deus, Afonso foi recebido na Companhia de Jesus como
Irmão e depois do noviciado foi enviado para o colégio de formação. No
colégio, desempenhou os ofícios de porteiro e a todos prestava vários
serviços, e dentre as virtudes heróicas que conquistou na graça e
querendo ser firme na fé, foi a obediência sua prova de verdadeira
humildade.
Santo
Afonso sabia ser simples Irmão pois aceitava com amor toda ordem e
desejo dos superiores, como expressão da vontade de Deus. Tinha como
regra: “Agradar somente a Deus, cumprir sempre e em toda parte a Vontade
Divina”. Este santo encantador, com sua espiritualidade ajudou a
muitos, principalmente São Pedro Claver quanto ao futuro apostolado na
Colômbia.
Místico de muitos carismas, Santo Afonso Rodrigues, sofreu muito antes de morrer em 31 de outubro de 1617.
Santo Afonso Rodrigues, rogai por nós!
São Quintino
Mártir (século III)
As
notícias sobre o apóstolo da Picardia são duvidosas. Certa é, de
qualquer maneira, sua existência e o martírio sofrido em Vermand, cidade
que hoje leva seu nome, Saint-Quintin, às margens do rio Somme.
Segundo
a tradição — reconstruída várias vezes e enriquecida de episódios
lendários —, Quintino era romano, quinto filho de uma família numerosa
(fato insólito no baixo império) e cristã.
Partiu de Roma com
alguns companheiros para evangelizar a Gália. Com ele estava Luciano,
também mártir e santo. Os dois dividiram entre si o território da
Picardia para evangelizar. Luciano escolheu Beauvais; Quintino
estabeleceu-se em Amiens e, a partir daí, difundiu a mensagem evangélica
nas regiões circunvizinhas.
Fê-lo com muito sucesso, até o
momento em que o prefeito romano julgou oportuno detê-lo e encerrá-lo na
prisão, numa tentativa de fazê-lo mudar de opinião, talvez,
devolvendo-o a Roma. Mas Quintino não era do gênero dos que se furtam a
compromissos e o prefeito condenou-o à morte.
Como romano, o
obstinado missionário merecia o privilégio — se tal cabe dizer — da
decapitação. Mas como cristão (e os cristãos eram acusados de ateísmo
por causa de sua recusa em adorar os deuses de Roma), teve uma morte
dolorosa, precedida de várias torturas. Tudo isso aconteceu durante o
império de Diocleciano ou de Maximiano (a tradição não é clara).
A
lenda se desdobra, a seguir, em outras particularidades. O corpo de
Quintino foi lançado a um rio em cujo fundo teria permanecido cerca de
50 anos, até que as orações de uma mulher piedosa o fizeram vir à tona,
ainda intacto. Ou, mais provavelmente — retifica outra tradição —, o
corpo de são Quintino teria sido reencontrado por um santo monge que lhe
deu digna sepultura, erigindo sobre sua tumba um mosteiro a ele
dedicado, perto de Vermand, lugar de peregrinações populares desde a
alta Idade Média.
São Quintino, rogai por nós!
São Wolfgang
Bispo (924-994)
No
final do século I, surgiu o novo contorno político dos países da
Europa. Entre os construtores desse novo mapa europeu, está o bispo são
Wolfgang, também venerado como padroeiro dos lenhadores.
Nascido
no ano 924, na antiga Suábia, região do sudoeste da Alemanha, aos 7 anos
foi entregue à tutela de um sacerdote. Cresceu educado por beneditinos,
no Convento de Constança. Considerado um exemplo, nos estudos e no
seguimento de Cristo, era muito devoto da Eucaristia e tinha vocação
para a vida religiosa.
Saiu do colégio em 956, sem receber
ordenação, para ser conselheiro do bispo de Trèves, cargo que associou
ao de professor da escola da diocese, onde arrebatava os alunos com sua
sabedoria e empolgante maneira de ensinar.
Com a morte do bispo,
em 965, decidiu retirar-se no mosteiro beneditino da Suíça. Três anos
depois, terminado o noviciado, ordenou-se sacerdote e foi evangelizar a
Hungria. Na época, esses povos bárbaros tentavam firmar-se como nação,
mas continuavam a invadir e saquear os reinos alemães, promovendo
grandes matanças de cristãos.
Wolfgang foi bem aceito e iniciou,
com sucesso, a cristianização dos húngaros, organizando esses povos a se
firmarem na terra como agricultores. Assim, começou a mostrar seu valor
de pregador, pacificador e diplomata político também. Pouco tempo
depois, em 972, era nomeado bispo de Ratisbona.
Ratisbona, cidade
da Baviera, cujos vales dos rios Reno e Naab ligam as terras da Boêmia,
que dependiam daquela diocese, ou seja, do bispo Wolfgang. Lá, ele,
novamente, foi mestre e discípulo, professor e aprendiz. Mas foi,
principalmente, o grande evangelizador e coordenador político. Caminhava
de paróquia em paróquia dando exemplos de religiosidade e caridade,
pregando e ensinando a irmãos, padres e leigos.
Sua fé e
dedicação ao trabalho trouxeram-lhe fama, e até o próprio duque da
Baviera confiou-lhe os filhos para educar. Foi a atitude acertada,
porque Henrique, o filho mais velho do duque, tornou-se imperador da
Baviera. Bruno, o segundo filho, foi bispo exemplar, como seu mestre. A
filha, Gisela, foi um modelo de rainha católica na história da Hungria. E
finalmente, a outra filha, Brígida, tornou-se abadessa de um mosteiro
fundado pelo bispo Wolfgang.
Mas esse não foi o único mosteiro
que criou, foram vários, além dos restaurados, das igrejas, hospitais,
casas de repouso e creches, também fundados e administrados sob sua
orientação. Sua visão evangelizadora era tão ampla que passava pelo
curso político da história. Assim, surpreendeu os poderosos da época e
até os superiores do clero quando decidiu separar da diocese de
Ratisbona as terras da Baviera, para criar uma nova, com sua sede
episcopal em Praga. Apesar das reclamações, agiu corretamente e fundou a
diocese de Praga, que, em 976, teve seu primeiro bispo, Tietemaro,
depois sucedido pelo grande santo Alberto, doutor da Igreja.
A história do santo de hoje se entrelaça com a conversão de uma multidão de africanos ao amor de Cristo e à Salvação
São
Frumêncio nasceu em Liro da Fenícia. Quando menino, juntamente com o
irmão Edésio, acompanhava um filósofo de nome Merópio, numa viagem em
direção às Índias. A embarcação, cruzando o Mar Vermelho, foi assaltada e
só foram poupados da morte os dois jovens, Frumêncio e Edésio, que
foram levados escravos para Aksum (Etiópia) a serviço da Corte.
Deste
mal humano, Deus tirou um bem, pois ao terem ganhado o coração do rei
Ezana com a inteligência e espírito de serviço, fizeram de tudo para
ganhar o coração da África para o Senhor. Os irmãos de ótima educação
cristã, começaram a proteger os mercadores cristãos de passagem pela
região e, com a permissão de construírem uma igrejinha, começaram a
evangelizar o povo. Passados quase vinte anos, puderam voltar à pátria e
visitar os parentes: Edésio foi para Liro e Frumêncio caminhou para
partilhar com o Patriarca de Alexandria, Santo Atanásio, as maravilhas
do Ressuscitado na Etiópia e também sobre a necessidade de sacerdotes e
um Bispo.
Santo
Atanásio admirado com os relatos, sabiamente revestiu Frumêncio com o
Poder Sacerdotal e nomeou-o Bispo sobre toda a Etiópia, isto em 350.
Quando
voltou, Frumêncio foi acolhido com alegria como o “Padre portador da
Paz”. Continuou a pregação do Evangelho no Poder do Espírito, ao ponto
de converterem o rei Ezana, a rainha, e um grande número de indígenas,
isto pelo sim dos jovens irmãos e pela perseverança de Frumêncio. Quase
toda a Etiópia passou a dobrar os joelhos diante do nome que está acima
de todo o nome: Jesus Cristo.
São Frumêncio, rogai por nós!
São Marcelo
Mártir (+298)
O
martírio de são Marcelo está estreitamente ligado ao de são Cassiano,
e sua Paixão é um belo exemplo de autenticidade, graças a sua prosa
enxuta, essencial e sem digressões, sem os enriquecimentos usuais na
história dos primitivos cristãos.
Marcelo era um centurião do
exército romano da guarnição de Tânger. Como tal, foi enviado a
participar dos festejos do aniversário do imperador Diocleciano. Era
sabido que, em tal circunstância, os participantes deveriam honrar uma
estátua do imperador com o gesto de lançar incenso no braseiro posto a
seus pés, o que os cristãos consideravam idolátrico.
Marcelo
recusou-se a fazê-lo e, para mostrar-se coerente, retirou as insígnias
de centurião, jogou-as aos pés da estátua e declarou-se cristão, o que
era passível da pena capital.
Foi chamado o escrivão para que
redigisse uma ata oficial sobre a rebeldia do centurião. O funcionário —
em latim, exceptor — recusou-se a redigir as atas processuais. Imitando
o centurião Marcelo, jogou fora a pena, protestou pela injustiça
perpetrada contra os inocentes, condenados à morte por adorarem o único e
verdadeiro Deus, e declarou-se também ele cristão.
Foram ambos
aprisionados e, poucos dias depois, sofreram o martírio: Marcelo em 30
de outubro; Cassiano em 3 de dezembro. O poeta Prudêncio dedica-lhes um
hino.
Bispo (+222) Presidiu com Teófilo de Cesareia a um concílio onde foi aprovada a determinação de se celebrar sempre a Páscoa num Domingo Não
faltam informações sobre este longevo bispo de Jerusalém: Eusébio
dedica um inteiro capítulo de sua História eclesiástica aos milagres
realizados pelo santo — dentre os quais, o mais conhecido foi o de
transformar a água em azeite para alimentar as lamparinas da igreja.
Por
Eusébio, ficamos sabendo que Narciso foi o 15º bispo de Jerusalém e
presidiu o sínodo no qual se decidiu, entre outras resoluções,
uniformizar com base na Igreja de Roma a data da celebração da Páscoa.
As inovações não agradaram a todos; talvez por causa dessa sua
iniciativa, alguém tenha cogitado em dele se desembaraçar, tramando para
tal uma acusação infamante.
Narciso não julgou oportuno
defender-se e, para não dividir a própria comunidade em inocentistas e
culpabilistas, preferiu desaparecer da sociedade. Foi viver como eremita
perto do deserto, até que uma das testemunhas que havia jurado em falso
decidiu dizer a verdade. Mas tinham-se passado já muitos anos desde o
desaparecimento de Narciso, e os cristãos de Jerusalém, considerando-o
morto, elegeram um novo bispo.
Com estupor, mas também com grande
alegria, viram-no reaparecer e rogaram-lhe que retomasse seu posto.
Narciso aceitou, mas quis ter a seu lado um coadjutor escolhido por ele.
Assim pôde confiar a cura pastoral ao amigo Alexandre, então bispo na
Capadócia, que ficou junto dele nos seus últimos dez anos de vida.
Por meio de uma carta do bispo Alexandre aos fiéis de Antínoe, no Egito, ficamos sabendo da longevidade de Narciso. Nela se lê: “Saúda-vos
Narciso, que antes de mim ocupou esta sede episcopal e, agora, está
colocado na mesma categoria que eu nas orações. Ele agora completou 116
anos e vos exorta, como eu, à concórdia”.
São Judas Tadeu, um dos santos mais populares da Santa Igreja, é invocado como o santo dos desesperados e aflitos, o santo das causas sem solução e das causas perdidas
São Judas Tadeu, nasceu em Caná da Galiléia, Palestina, filho de Alfeu (ou
Cleofas) e Maria Cleofas. Seu pai, Alfeu, era irmão de São José e sua
mãe prima-irmã de Maria Santíssima. Portanto, São Judas Tadeu era
primo-irmão de Jesus, tanto pela parte do pai como da mãe. Alfeu
(Cleofas) era um dos discípulos a quem Jesus apareceu no caminho de
Emaús, no dia da ressurreição. Maria Cleofas, era uma das piedosas
mulheres que tinham seguido a Jesus desde a Galiléia e que permaneceram
ao pé da cruz, no Calvário, junto com Maria Santíssima.
São
Judas Tadeu tinha quatro irmãos: Tiago, José, Simão e Maria Salomé. Um
deles, Tiago, também foi chamado por Jesus para ser apóstolo. O
relacionamento da família de São Judas Tadeu com o próprio Nosso Senhor
Jesus Cristo, pelo que se consegue perceber nas Sagradas Escrituras é o
seguinte:
Dos
irmãos dele, Tiago foi um dos doze apóstolos e tornou-se o primeiro
bispo de Jerusalém. De José, sabe-se que era conhecido como o Justo.
Simão, outro irmão de São Judas foi o segundo bispo de Jerusalém,
sucessor de Tiago. Maria Salomé, sua única irmã, era mãe dos apóstolos
São Tiago Maior e São João Evangelista. Ele era chamado de Tiago Menor
para diferenciar de outro apóstolo, São Tiago, que, por ser mais velho,
era chamado de Maior.
É
de se supor que houve muita convivência de São Judas Tadeu com seu
primo Jesus e seus tios, Maria e José. Foi certamente essa fraterna
convivência, além do parentesco muito próximo, que levou São Marcos (Mc
6,3) a citar São Judas Tadeu e seus irmãos como sendo os “irmãos” de
Jesus.
ORAÇÃO A SÃO JUDAS TADEU
Senhor, nesta manhã de sexta-feira, reafirmo meu desejo de ser discípulo
e missionário, mas aumentai a minha fé. Peço a sua intercessão, fiel
servo de Jesus e patrono dos casos desesperados, para trazer-me socorro
imediato. São Judas Tadeu, rogai por nós.
Oração milagrosa de São Judas Tadeu:
São
Judas, glorioso Apóstolo, fiel servo e amigo de Jesus, o nome do
traidor foi causa de que fosseis esquecido por muitos, mas a Igreja vos
honra e invoca universalmente como o patrono nos casos desesperados, nos
negócios sem remédio. Rogai por mim, que sou tão miserável.
Fazei
uso, eu vos peço, desse particular privilégio que vos foi concedido, de
trazer visível e imediato auxílio, onde o socorro desapareceu quase por
completo.
Assisti-me nesta grande necessidade, para que possa receber as
consolações e o auxílio do Céu em todas as minhas precisões,
atribulações e sofrimentos, alcançando-me a graça de ... (aqui faz se o pedido particular), e para que eu possa louvar a Deus convosco e com todos os eleitos, por toda a eternidade.
Eu
vos prometo, ó bendito São Judas, lembrar-me sempre deste grande favor,
e nunca deixar de vos honrar, como meu especial e poderoso patrono, e
fazer tudo o que estiver a meu alcance para incentivar a devoção para
convosco.
Amém.
São Judas, rogai por nós e por todos que vos honram e invocam o vosso auxílio.
Rezar 3 Pai-Nossos, 3 Ave-Marias e 3 Glória ao Pai
Citações na Bíblia
A
Bíblia trata pouco de São Judas Tadeu. Ela aponta, no entanto, um fato
muito importante: ele foi escolhido a dedo, por Jesus, para ser um dos
apóstolos. Quando os evangelhos nomeiam os doze discípulos escolhidos,
sempre aparecem os nomes Judas ou Tadeu na relação dos apóstolos.
O
nome de Judas aparece também nos Atos dos Apóstolos (At 1,13). Além
dessas citações, seu sobrinho São João Evangelista (Jo 14,22) o nomeia
entre os participantes do colégio apostólico que estavam no episódio da
Santa Ceia, na quinta-feira santa.
Foi
nesta oportunidade que, quando Jesus confidenciava aos apóstolos as
maravilhas do amor do Pai e lhes garantia especial manifestação de si
próprio, que São Judas Tadeu não se conteve e perguntou: “Mestre, por
que razão hás de manifestar-te só a nós e não ao mundo?” E foi, então,
que Jesus lhe respondeu afirmando que haveria manifestações d’Ele a
todos os que guardassem sua palavra e permanecessem fiéis a seu amor.
Nesse fato da Última Ceia, São Judas Tadeu demonstra sua generosa compaixão para com todos os homens.
A vida de São Judas Tadeu
Depois
que os Apóstolos receberam o Espírito Santo, no Cenáculo em Jerusalém, a
Igreja de Deus expandiu-se: iniciou-se a evangelização dos povos. São
Judas Tadeu iniciou sua pregação na Galiléia. Depois viajou para a
Samaria e outras populações judaicas. Ele tomou parte do primeiro
Concílio de Jerusalém que foi realizado no Ano 50.
Mais
tarde evangelizou a Síria, a Armênia e a Mesopotâmia (atual Irã), onde
ganhou a companhia de outro apóstolo, Simão, o “zelote”, que já
evangelizava o Egito. A pregação e o testemunho de São Judas Tadeu, foi
realizada de modo enérgico e vigoroso. Ele atraiu e cativou os pagãos e
povos de outras religiões que, então, se converteram em grande número ao
cristianismo.
Sua
adesão a Nosso Senhor Jesus Cristo era completa e incondicional. Disso
ele deu testemunho com a doação da própria vida. Este glorioso Apóstolo
de Jesus dedicou sua vida à evangelização. Foi incansável nesta tarefa,
pregando o evangelho e convertendo muitas almas. Os pagãos,
inconformados, começaram a colocar o povo contra ele. São Judas Tadeu e
São Simão foram presos e levados ao templo do sol. Ali recusaram-se a
renegar a Jesus Cristo e prestar culto à deusa Diana.
Foi
nessa ocasião que São Judas disse ao povo: “Para que fiqueis sabendo
que estes ídolos que vós adorais são falsos, deles sairão os demônios e
os hão de quebrar”. No mesmo instante, dois demônios hediondos quebraram
todo o templo e desapareceram. Indignado, o povo, incitado pelos
sacerdotes pagãos, atirou-se contra os apóstolos furiosamente. São Judas
Tadeu foi trucidado por sacerdotes pagãos de modo cruel, violento e
desumano.
Apóstolo
e mártir, São Judas é representado em suas imagens segurando um livro,
que simboliza a palavra de Deus que ele anunciou, e uma alabarda, uma
espécie de machado, que foi o instrumento utilizado em seu martírio.
Suas relíquias atualmente são veneradas na Basílica de São Pedro, em
Roma. Sua festa litúrgica é celebrada em 28 de outubro, provável data de
seu martírio acontecido no ano 70.
No
Brasil, a devoção a São Judas Tadeu é relativamente recente. Ela surgiu
no início do século XX, alcançando logo uma grande popularidade. Ele é
invocado como o santo dos desesperados e aflitos, o santo das causas sem
solução, das causas perdidas.~
Epístola de São Judas Tadeu
Segundo
a tradição eclesiástica, São Judas Tadeu é apontado, como sendo o autor
da epístola canônica que traz seu nome. Tudo indica que essa carta foi
dirigida aos judeus cristãos da Palestina, pouco depois da destruição da
cidade de Jerusalém, quando a maioria dos Apóstolos já havia falecido. O
breve escrito de São Judas Tadeu é uma severa advertência contra os
falsos mestres e um convite a manter a pureza da fé.
Percebe-se que “A carta de São Judas” foi
escrita por um homem apaixonado e preocupado com a pureza da fé e a boa
reputação do povo cristão. O escritor afirma ter querido escrever uma
carta diferente, mas ouvindo os pontos de vista errados de falsos
professores da comunidade cristã urgentemente escreveu esta carta para
alertar a Igreja a acautelar-se contra eles.
A Epístola
1 Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago, aos eleitos bem-amados em Deus Pai e reservados para Jesus Cristo. 2 Que a misericórdia, a paz e o amor se realizem em vós copiosamente. 3
Caríssimos, estando eu muito preocupado em vos escrever a respeito da
nossa comum salvação, senti a necessidade de dirigir-vos esta carta para
exortar-vos a pelejar pela fé, confiada de uma vez para sempre aos
santos. 4 Pois certos homens ímpios se introduziram furtivamente
entre nós, os quais desde muito tempo estão destinados para este
julgamento; eles transformam em dissolução a graça de nosso Deus e negam
Jesus Cristo, nosso único Mestre e Senhor. 5 Quisera trazer-vos à
memória, embora saibais todas estas coisas: o Senhor, depois de ter
salvo o povo da terra do Egito, fez em seguida perecer os incrédulos. 6
Os anjos que não tinham guardado a dignidade de sua classe, mas
abandonado os seus tronos, ele os guardou com laços eternos nas trevas
para o julgamento do Grande Dia. 7 Da mesma forma Sodoma, Gomorra e
as cidades circunvizinhas, que praticaram as mesmas impurezas e se
entregaram a vícios contra a natureza, jazem lá como exemplo, sofrendo a
pena do fogo eterno. 8 Assim também estes homens, em seu louco desvario, contaminam igualmente a carne, desprezam a soberania e maldizem as glórias. 9
Ora, quando o arcanjo Miguel discutia com o demônio e lhe disputava o
corpo de Moisés, não ousou fulminar contra ele uma sentença de
execração, mas disse somente: Que o próprio Senhor te repreenda! 10
Estes, porém, falam mal do que ignoram. Encontram eles a sua perdição
naquilo que não conhecem, senão de um modo natural, à maneira dos
animais destituídos de razão. 11 Ai deles, porque andaram pelo caminho de Caim, e por amor do lucro caíram no erro de Balaão e pereceram na revolta de Coré. 12
Esses fazem escândalos nos vossos ágapes. Banqueteiam-se convosco
despudoradamente e se saciam a si mesmos. São nuvens sem água, que os
ventos levam! Árvores de fim de outono, sem fruto, duas vezes mortas,
desarraigadas! 13 Ondas furiosas do mar, que arrojam as espumas da
sua torpeza! Estrelas errantes, para as quais está reservada a escuridão
das trevas para toda a eternidade! 14 Também Henoc, que foi o oitavo
patriarca depois de Adão, profetizou a respeito deles, dizendo: Eis que
veio o Senhor entre milhares de seus santos 15 para julgar a todos e
confundir a todos os ímpios por causa das obras de impiedade que
praticaram, e por causa de todas as palavras injuriosas que eles,
ímpios, têm proferido contra Deus. 16 Estes são murmuradores
descontentes, homens que vivem segundo as suas paixões, cuja boca
profere palavras soberbas e que admiram os demais por interesse. 17
Mas vós, caríssimos, lembrai-vos das palavras que vos foram preditas
pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo, 18 os quais vos diziam: No
fim dos tempos virão impostores, que viverão segundo as suas ímpias
paixões; 19 homens que semeiam a discórdia, homens sensuais que não têm o Espírito. 20 Mas vós, caríssimos, edificai-vos mutuamente sobre o fundamento da vossa santíssima fé. Orai no Espírito Santo. 21 Conservai-vos no amor de Deus, aguardando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida eterna. 22 Para com uns exercei a vossa misericórdia, repreendendo-os, 23
e salvai-os, arrebatando-os do fogo. Dos demais tende compaixão,
repassada de temor, detestando até a túnica manchada pela carne. 24
Àquele, que é poderoso para nos preservar de toda queda e nos apresentar
diante de sua glória, imaculados e cheios de alegria, 25 ao Deus
único, Salvador nosso, por Jesus Cristo, Senhor nosso, sejam dadas
glória, magnificência, império e poder desde antes de todos os tempos,
agora e para sempre. Amém.
São Simão e São Judas Tadeu, colunas da verdade do Reino
Apóstolos Celebramos
na alegria da fé os apóstolos São Simão e São Judas Tadeu. Os apóstolos
foram colunas e fundamento da verdade do Reino Simão,
o mais desconhecido dos 12 apóstolos — a respeito do qual o Evangelho
se limita a indicar o nome e a alcunha de “Zelota” —, teve o mérito de
ter trabalhado pela propagação da mensagem evangélica, não em vista de
um lugar de honra, mas para o triunfo do Reino de Deus sobre a terra.
Antigas
tradições suprem a falta de notícias. Os bizantinos identificam-no com
Natanael, de Caná, e com o “mestre-sala” durante as bem conhecidas
bodas, quando Jesus transformou a água em vinho. Simão é ainda
identificado com o primo do Senhor, irmão de são Tiago Menor, ao qual
sucedeu como bispo de Jerusalém, nos anos da destruição da Cidade Santa
pelos romanos.
Os armênios sustentam que ele difundiu o Evangelho
em sua região, onde teria sofrido o martírio. Seja como for, seu campo
missionário é deduzido dos lendários Atos de Simão e Judas, segundo os
quais os dois apóstolos percorreram juntos as 12 províncias do Império
Persa.
Também no Ocidente os dois apóstolos aparecem sempre juntos. Em Veneza é dedicada a ambos a igreja de São Simão Pequeno.
O
apóstolo Judas (“não o Iscariotes”, apressa-se em precisar o
evangelista são João) é considerado pelos galileus “irmão” (isto é,
primo) de Jesus. Eles se perguntam, espantados com o grande barulho que
se fazia em torno da figura do Nazareno: “Não é este o carpinteiro...
irmão de Tiago [...], Judas?”.
É provável, segundo alguns
exegetas, que Judas seja o esposo das bodas de Caná. O primeiro a fazer
tal suposição foi o historiador Eusébio, para explicar sua presença
como missionário na Arábia, na Síria, na Mesopotâmia e na Pérsia. Sempre
segundo a tradição, teria sofrido o martírio em Arado ou em Beirute.
Ele é ainda identificado com o autor da carta canônica que leva seu
nome, um breve escrito de 25 versículos, no qual lança uma severa
advertência contra os falsos doutores e convida à perseverança na fé
genuína.
São Simão e São Judas, rogai por nós!
São Simão:Simão
tinha o cognome de Cananeu, palavra hebraica que significa “zeloso”.
Nicéforo Calisto diz que Simão pregou na África e na Grã-Bretanha. São
Fortunato, Bispo de Poitiers no fim do século VI, indica estarem Simão e
Judas enterrados na Pérsia. Isto vem das histórias apócrifas dos
apóstolos; segundo elas, foram martirizados em Suanir, na Pérsia, a
mando de sacerdotes pagãos que instigaram as autoridades locais e o
povo, tendo sido ambos decapitados. É o que rege o martirológio
jeronimita.
Outros
dizem que Simão foi sepultado perto do Mar Negro; na Caucásia foi
elevada em sua honra uma igreja entre o VI e o VIII séculos. Beda, pelo
ano de 735, colocou os dois santos no martirológio a 28 de outubro;
assim ainda hoje os celebramos. Na antiga basílica de São Pedro do
Vaticano havia uma capela dos dois santos, Simão e Judas, e nela se
conservava o Santíssimo Sacramento.
São Judas Tadeu: Judas,
um dos doze, era chamado também Tadeu ou Lebeu, que São Jerônimo
interpreta como homem de senso prudente. Judas Tadeu foi quem, na Última
Ceia, perguntou ao Senhor: “Senhor, como é possível que tenhas de te manifestar a nós e não ao mundo?” (Jo 14,22).
Temos
uma epístola de Judas “irmão de Tiago”, que foi classificada como uma
das epístolas católicas. Parece ter em vista convertidos, e combate
seitas corrompidas na doutrina e nos costumes. Começa com estas
palavras: “Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago, aos
chamados e amados por Deus Pai, e conservados para Jesus Cristo:
misericórdia, paz e amor vos sejam concedidos abundantemente”. Orígenes achava esta epístola “cheia de força e de graça do céu”.
Segundo
São Jerônimo, Judas terá pregado em Osroene (região de Edessa), sendo
rei Abgar. Terá evangelizado a Mesopotâmia, segundo Nicéforo Calisto.
São Paulino de Nola tinha-o como apóstolo da Líbia. Conta-se que Nosso
Senhor, em revelações particulares, teria declarado que atenderá os
pedidos daqueles que, nas suas maiores aflições, recorrerem a São Judas
Tadeu. Santa Brígida refere que Jesus lhe disse que recorresse a este
apóstolo, pois ele lhe valeria nas suas necessidades. Tantos e tão
extraordinários são os favores que São Judas Tadeu concede aos seus
devotos, que se tornou conhecido em todo o mundo com o título de Patrono dos aflitos e Padroeiro das causas desesperadas.
São
Judas é representado segurando um machado, uma clava, uma espada ou uma
alabarda, por sua morte ter ocorrido por uma dessas armas.
No
século VI, a nação etíope situada a oeste do Mar Vermelho possuía seus
maiores limites de fronteira, era um vasto reino que incluía outros
povos além dos etíopes. O soberano era Elesbão, rei católico,
contemporâneo do imperador romano Justiniano, muito estimado por todos
os súditos e seu reino era uma fonte de propagação da fé cristã.
O
reino vizinho, formado pelos hameritas, era chefiado por Dunaan, que
renegara a fé convertendo-se ao judaísmo. Na ocasião, mandou matar todos
os integrantes do clero e transformou as igrejas em sinagogas,
tornando-se temido e famoso por seu ódio declarado aos cristãos.
Por
isso, muitos deles, até o arcebispo Tonfar, buscaram abrigo e proteção
nas terras do rei Elesbão, pois até a própria esposa de Dunaan, chamada
Duna, foi morta por ele, juntamente com as filhas, por ser cristã. Os
registros indicam que houve um verdadeiro massacre, no qual morreram
cerca de 4 mil cristãos.
Elesbão decidiu reagir àquela verdadeira
matança imposta aos irmãos católicos e declarou guerra a Dunaan.
Liderando seu povo na fé e na luta, ganhou a guerra, e a vizinhança
passou a ser governada pelo rei Ariato, um cristão fervoroso.
Mas
ele teve que vencer outra batalha ainda maior, aquela contra si mesmo.
Depois de um curto período de muita oração e penitência, aceitou o
chamado de Deus. Abdicou do trono em favor do filho, seu sucessor
natural, e dividiu seus tesouros entre os súditos pobres. Assim, Elesbão
partiu para Jerusalém, onde depositou sua coroa real na igreja do Santo
Sepulcro e retirou-se para o deserto, vivendo como monge anacoreta até
morrer em 555.
No Brasil, a partir dos escravos, foi muito
difundida a devoção pelo santo Elesbão, o rei negro da Etiópia. Sua
festa é celebrada em todo o mundo cristão, do Ocidente e do Oriente, no
dia 27 de outubro, considerado o dia de sua morte.
Santo Elesbão, rogai por nós!
São Frumêncio
Bispo (+380)
Frumêncio
é o primeiro bispo missionário na Etiópia, de onde é considerado o
apóstolo, junto com o irmão Edésio. Sua história poderia oferecer a
trama a um interessante romance de aventuras. No tempo do imperador
Constantino, um filósofo voltava a Tiro de uma viagem à Índia,
acompanhado de seus discípulos e de dois meninos, Frumêncio e Edésio. A
nau atracou no porto de Aulis, nas proximidades de Massaua, e pouco
depois foi atacada por uma horda de etíopes que trucidaram todos os
passageiros. Salvaram-se apenas os dois meninos, que se tinham apartado
para ler um livro debaixo de uma árvore. Jamais um livro foi tão
precioso...
Quando se deram conta dos dois meninos, os etíopes,
já pagos pelo butim, conduziram-nos como escravos a Axum, e o rei os
reteve a seu serviço. Depois da morte do soberano, a rainha confiou a
Frumêncio a educação do filho.
Os dois irmãos fizeram-se amar e
obtiveram a permissão para erguer uma igreja junto ao porto; depois
puderam voltar à sua pátria para pedir a Atanásio, bispo de Alexandria
do Egito, o envio de um bispo e de sacerdotes.
Atanásio
consagrou bispo o próprio Frumêncio e o mandou de volta à Etiópia com
alguns sacerdotes. Surgia assim a primeira comunidade cristã na África
negra, destinada a expandir-se e a manter-se firme mesmo durante a
tempestade islâmica que levou de roldão o cristianismo em quase toda a
África.
Frumêncio foi acolhido com alegria pelos etíopes de Axum
e pelo próprio jovem rei Ezana, que esteve entre os primeiros a receber
o batismo. Também os súditos seguiram o exemplo do rei. Frumêncio — que
os etíopes chamam “abba Salama”, isto é, o portador de luz — é
justamente incluído entre os maiores missionários cristãos.
São Frumêncio, rogai por nós!
São Gonçalo de Lagos
Dedicou-se
à uma vida de jejuns e de penitências enquanto aplicava-se às letras e
aos estudos. Zeloso na vivência da Regra Religiosa, virtuoso e cheio de
pureza
Este
santo português nasceu em Lagos, no Algarve, por volta do ano de 1370.
Tomou o hábito de Santo Agostinho no convento da Graça, em Lisboa, aos
20 anos.
Dedicou-se
à uma vida de jejuns e de penitências enquanto aplicava-se às letras,
aos estudos. Homem zeloso na vivência da Regra Religiosa, virtuoso e
cheio de pureza, Gonçalo dedicou-se também à pregação chegando a ser
superior de alguns mosteiros da sua Ordem.
O
último mosteiro foi o de Torres Vedras, onde morreu em 1422, depois de
exortar aos que viviam com ele no mosteiro à observância religiosa e à
uma vida virtuosa.
No
atual Anuário dos Papas, encontramos Evaristo em pleno comando da
Igreja Católica, como quarto sucessor de Pedro, no ano 97. Era o início
da Era Cristã, portanto é muito compreensível que haja tão poucos dados
sobre ele.
Enquanto do anterior, papa Clemente, temos muitos
registros, até de próprio punho, como a célebre carta endereçada aos
cristãos de Corinto, do papa Evaristo nada temos escrito por ele mesmo;
as poucas informações vieram de Irineu e Eusébio, dois ilustres e
expressivos santos venerados no mundo católico.
Naqueles tempos, o
título de "papa" era dado a toda e qualquer autoridade religiosa,
passando a designar o chefe maior da Igreja somente no século VI. Por
essa razão, as informações, às vezes, se contradizem. Mas santo Eusébio
mostra-se muito firme e seguro ao relatar Evaristo como um grego vindo
da Antioquia.
Ele governou a Igreja durante nove anos, nos quais
promoveu três ordenações, consagrando 17 sacerdotes, nove diáconos e 15
bispos, destinados a diferentes paróquias.
Foi de sua autoria a
divisão de Roma em 25 dioceses e a criação do primeiro Colégio dos
Cardeais. Parece que também foi ele que instituiu o casamento em
público, com a presença do sacerdote.
Papa Evaristo morreu no ano
105. Uma tradição muito antiga afirma que ele teria sido mártir da fé
durante a perseguição imposta pelo imperador Trajano, e que depois seu
corpo teria sido abandonado perto do túmulo do apóstolo Pedro. Embora a
fonte não seja precisa, assim sua morte foi oficialmente registrada no
Livro dos Papas, em Roma.
Santo Evaristo, rogai por nós!
Santo Alfredo, o Grande
Rei de Wessex (849-901)
Alfredo
é, a justo título, chamado “o Grande” porque é o efetivo fundador do
Reino Unido anglo-saxão. Mas é, ao mesmo tempo, o modelo de rei cristão,
que sobrepõe à própria glória o bem dos súditos, a prática dos
conselhos evangélicos, a caridade.
Promoveu a cultura,
preocupou-se com a instrução do povo e do próprio clero, ao qual
forneceu, traduzidos por ele, os Diálogos de são Gregório Magno e o De
consolatione philosophiae, do santo filósofo Severino Boécio. Não ganho a
coroa da santidade de qualquer modo no campo de batalha, se bem que
tivesse sido arrastado à guerra pelas contínuas e davastadoras incursões
dos dinamarqueses.
Estes tinham conseguido, num primeiro
momento, pôr em fuga seus soldados, e ele próprio, Alfredo, para escapar
à captura, teve de refugiar-se num bosque. Nele reorganizou seu
exército, preparando-o para a desforra. E em Edington, em 878, alcançou a
definitiva vitória contra os invasores, cujo rei, Guthrum, converteu-se
ao cristianismo, estabelecendo com Alfredo um tratado de paz que
assegurou ao mesmo tempo a unidade do reino da Inglaterra e um rápido
desenvolvimento da Igreja.
A recordação das empresas, mas também
das virtudes não comuns do piedoso monarca, perdurou longamente na
memória dos ingleses, que tiveram sempre grande devoção a este santo,
mesmo depois da reforma de Henrique VIII.
Santo Alfredo, rogai por nós!
São Luís Orione
Grande devoto de Nossa Senhora, propagou de todos os modos a devoção mariana e ergueu santuários
O
Papa João Paulo II, em 1980, colocou diante dos nossos olhos um grande
exemplo de santidade expressa na caridade: Luís Orione. Nasceu em
Pontecurone, um pequeno município na Diocese de Tortona, no Norte da
Itália, no dia 23 de junho de 1872.
Bem
cedo percebeu o chamado do Senhor ao sacerdócio. Ao entrar no Oratório,
em Turim, recebeu no coração as palavras de São Francisco de Sales
lançadas pelo amado São João Bosco: “Um terno amor ao próximo é um dos
maiores e excelentes dons que a Divina Providência pode conceder aos
homens”. Concluiu o ginásio, deixou o Oratório Salesiano, voltou para
casa e depois entrou no seminário onde cursou filosofia, teologia, até
chegar ao sacerdócio que teve como lema: “Renovar tudo em Cristo”. Luís
Orione, sensível aos sofrimentos da humanidade, deixou-se guiar pela
Divina Providência a fim de aliviar as misérias humanas.
Sendo
assim, dedicou-se totalmente aos doentes, necessitados e marginalizados
da sociedade. Também fundou a Congregação da “Pequena Obra da Divina
Providência”. Em 1899, Dom Orione deu início a mais um Ramo da nova
Congregação: os “Eremitas da Divina Providência”. Em 1903, Dom Orione
recebeu a aprovação canônica aos “Filhos da Divina Providência”,
Congregação Religiosa de Padres, Irmãos e Eremitas da Família da Pequena
Obra da Divina Providência.
A
Congregação e toda a Família Religiosa propunha-se a “trabalhar para
levar os pequenos os pobres e o povo à Igreja e ao Papa, mediante obras
de caridade”. Dom Orione teve atuação heróica no socorro às vítimas dos
terremotos de Reggio e Messina (1908) e da Marsica (1915).
Por
decisão do Papa São Pio X, foi nomeado Vigário Geral da Diocese de
Messina por 3 anos. Vinte anos depois da fundação dos “Filhos da Divina
Providência”, em 1915, surgiu como novo ramo a Congregação das “Pequenas
Irmãs Missionárias da Caridade”, Religiosas movidas pelo mesmo carisma
fundacional.
O
zelo missionário de Dom Orione cedo se manifestou com o envio de
missionários ao Brasil em 1913 e, em seguida, à Argentina, ao Uruguai e
diversos países espalhados pelo mundo. Dom Orione esteve pessoalmente
como missionário, duas vezes, na América Latina: em 1921 e nos anos de
1934 a 1937, no Brasil, na Argentina e no Uruguai, tendo chegado até ao
Chile. Foi pregador popular, confessor e organizador de peregrinações,
de missões populares e de presépios vivos.
Grande
devoto de Nossa Senhora, propagou de todos os modos a devoção mariana e
ergueu santuários, entre os quais o de Nossa Senhora da Guarda em
Tortona e o de Nossa Senhora de Caravaggio; na construção desses
santuários será sempre lembrada a iniciativa de Dom Orione de colocar
seus clérigos no trabalho braçal ao lado dos mais operários civis.
Em
1940, Dom Orione atacado por graves doenças de coração e das vias
respiratórias foi enviado para Sanremo. E ali, três dias depois de ter
chegado, morreu no dia 12 de Março, sussurrando suas últimas palavras:
“Jesus! Jesus! Estou indo.” Vinte e cinco anos depois, em 1965, seu
corpo foi encontrado incorrupto e depositado numa urna para veneração
pública, junto ao Santuário da Guarda, em Sanremo na Itália.
O
Papa Pio XII o denominou “pai dos pobres, benfeitor da humanidade
sofredora e abandonada” e o Papa João Paulo II depois de tê-lo
declarado beato em 26 de outubro de 1980, finalmente o canonizou em 16
de maio de 2004.
Cheio
do espírito da caridade, não media sacrifícios para aliviar os
sofrimentos alheios. Por isso o povo a ele recorria em suas necessidades
Religioso franciscano (1739-1822)
O
brasileiro Antônio de Sant'Anna Galvão nasceu em 1739, em
Guaratinguetá, São Paulo. Seu pai era Antônio Galvão de França,
capitão-mor da província e terciário franciscano. Sua mãe era Isabel
Leite de Barros, filha de fazendeiros de Pindamonhangaba. O casal teve
11 filhos. Eram cristãos caridosos, exemplares e transmitiram esse
legado ao filho.
Quando tinha 13 anos, Antônio foi enviado para
estudar com os jesuítas, ao lado do irmão José, que já estava no
Seminário de Belém, na Bahia. Desse modo, na sua alma estava plantada a
semente da vocação religiosa. Aos 21 anos, Antônio decidiu ingressar na
Ordem franciscana, no Rio de Janeiro. Sua educação no seminário tinha
sido tão esmerada que, após um ano, recebeu as ordens sacerdotais, em
1762. Uma deferência especial do papa, porque ele ainda não tinha
completado a idade exigida.
Em 1768, foi nomeado pregador e
confessor do Convento das Recolhidas de Santa Teresa, ouvindo e
aconselhando a todos. Entre suas penitentes encontrou a irmã Helena
Maria do Sacramento, figura que exerceu papel muito importante em sua
obra posterior.
Irmã Helena era uma mulher de muita oração e de
virtudes notáveis. Ela relatava suas visões ao frei Galvão. Nelas, Jesus
lhe pedia que fundasse um novo Recolhimento para jovens religiosas, o
que era uma tarefa difícil, devido à proibição imposta pelo marquês de
Pombal em sua perseguição à Ordem dos jesuítas. Apesar disso,
contrariando essa lei, frei Galvão, auxiliado pela irmã Helena, fundou,
em fevereiro de 1774, o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da
Divina Providência.
No ano seguinte, morreu irmã Helena, e os
problemas com a lei de Pombal não tardaram a aparecer. O convento foi
fechado, mas frei Galvão manteve-se firme na decisão, mesmo desafiando a
autoridade do marquês. Finalmente, devido à pressão popular, o convento
foi reaberto e o frei ficou livre para continuar sua obra. Os 14 anos
seguintes foram dedicados à construção e ampliação do convento e também
de sua igreja, inaugurada em 1802. Quase um século depois, essa obra
tornar-se-ia um "patrimônio cultural da humanidade", por decisão da
UNESCO.
Em 1811, a pedido do bispo de São Paulo, fundou o
Recolhimento de Santa Clara, em Sorocaba. Lá, permaneceu 11 meses para
organizar a comunidade e dirigir os trabalhos da construção da Casa.
Nesse meio tempo, ele recebeu diversas nomeações, até de guardião do
Convento de São Francisco, em São Paulo.
Com a saúde
enfraquecida, recebeu autorização especial para residir no Recolhimento
da Luz. Durante sua última enfermidade, frei Galvão foi morar num
pequeno quarto, ajudado pelas religiosas que lhe prestavam algum alívio e
conforto. Ele faleceu com fama de santidade em 23 de dezembro de 1822.
Frei Galvão, a pedido das religiosas e do povo, foi sepultado na igreja
do Recolhimento da Luz, que ele mesmo construíra.
Depois, o
Recolhimento do frei Galvão tornou-se o conhecido Mosteiro da Luz, local
de constantes peregrinações dos fiéis, que pedem e agradecem graças por
sua intercessão. Frei Galvão foi beatificado pelo papa João Paulo II em
25 de outubro de 1998, e canonizado em 11 de maio de 2007 pelo papa
Bento XVI, em São Paulo, Brasil.
Santo Antônio de Sant'Anna Galvão, rogai por nós!
Oração:
Deus, pai de misericórdia, que fizeste do bem-aventurado Frei
Antônio de Sant’Anna Galvão um instrumento de caridade e de paz no meio
dos irmãos, concedei-nos, por sua intercessão, favorecer sempre a
verdadeira concórdia. Por Nosso Senhor Cristo, vosso Filho, na unidade
do Espírito Santo. Amém.
Referência: Devocionário a Santo Frei Galvão – Editora Canção Nova.
São Crispim e São Crispiniano
Mártires (+285)
Crispim
e Crispiniano eram irmãos de origem romana. Cresceram juntos e
converteram-se ao cristianismo na adolescência. Ganhando a vida no
oficio de sapateiro, eram muito populares, caridosos, e pregavam com
ardor a fé que abraçaram. Quando a perseguição aos cristãos ficou mais
insistente, os dois foram para a Gália, atual França.
As
tradições seculares contam que, durante a fuga, na noite de Natal, os
irmãos Crispim e Crispiniano batiam às portas buscando refúgio, mas
ninguém os atendia. Finalmente, foram abrigados por uma pobre viúva que
vivia com um filho. Agradecidos a Deus, quiseram recompensá-la, fazendo
um novo par de sapatos para o rapazinho.
Trabalharam rápido e
deixaram o presente perto da lareira. Mas antes de partir, enquanto
todos ainda dormiam, Crispim e Crispiniano rezaram pedindo amparo da
Providência Divina para aquela viúva e o filho. Ao amanhecer, viram que
os dois tinham desaparecido e encontraram o par de sapatos cheio de
moedas.
Quando alcançaram o território francês, os dois irmãos
estabeleceram-se na cidade de Soissons. Lá, seguiram uma rotina de dupla
jornada, isto é, de dia eram missionários e à noite, em vez de dormir,
trabalhavam numa oficina de calçados para sustentar-se e continuar
fazendo caridade aos pobres. Quando a cruel perseguição imposta por Roma
chegou a Soissons, era época do imperador Diocleciano e a Gália estava
sob o governo de Rictiovaro. Os dois irmãos foram acusados e presos.
Seus carrascos os torturaram até o limite, exigindo que abandonassem
publicamente a fé cristã. Como não o fizeram, foram friamente degolados,
ganhando a coroa do martírio.
O Martirológio Romano registra que
as relíquias de seus corpos estavam sepultadas na belíssima igreja de
Soissons, construída no século VI. Depois, parte delas foi transportada
para Roma, onde foram guardadas na igreja de São Lourenço da via Sperniandi.
A
Igreja celebra os santos Crispim e Crispiniano como padroeiros dos
sapateiros no dia 25 de outubro. Essa profissão, uma das mais antigas da
humanidade, era muito discriminada, por estar sempre associada ao
trabalho dos curtidores e carniceiros. Mas o cristianismo mudou a visão e
ela foi resgatada graças ao surgimento dos dois santos sapateiros,
chamados de mártires franceses. São Crispim e São Crispiniano, rogai por nós!
São Gaudêncio
Bispo (+410) Gaudêncio
pode bem enumerar-se entre os grandes personagens do século IV, ao lado
de santo Ambrósio, são Jerônimo e santo Agostinho.
“Tu
tens um talento tão vivo”, escreve-lhe Rufino de Aquiléia, “e uma tal
gentileza de espírito, que é necessário colocar por escrito e publicar
tudo o que dizes nas conversas normais ou na pregação na igreja”.
Todavia, Gaudêncio não se considerava um escritor, tampouco teria
empunhado a pena, não fosse instado pelo amigo Benévolo, que — impedido
por uma doença e não podendo dirigir-se à igreja para escutar suas
lições sobre as Sagradas Escrituras — pediu-lhe uma cópia dos dez
sermões. Gaudêncio o satisfez e, dado que o escrito era estritamente
reservado ao amigo enfermo, aproveitou para redigir um longo prefácio.
Nele, discorreu sobre o providencial desígnio divino que, a partir da
dor física ou moral, sabe tirar um grande bem espiritual.
Benévolo
não se contentou em ler e guardar os sermões para si. Mandou tirar
cópias deles, enviando-os a alguns amigos. E um dos novos destinatários
dirigiu-se ao bispo para pedir alguns esclarecimentos.
Assim
Gaudêncio se tornou um escritor contra sua vontade, como contra sua
vontade foi eleito bispo de Bréscia e retirado de sua solidão do cenóbio
de Cesaréia da Capadócia. Ao
que parece, santo Ambrósio precisou recorrer a um subterfúgio para
fazê-lo aceitar suceder ao bispo Filástrio, morto em 387. Foi o próprio
Ambrósio que o consagrou bispo em Bréscia e depois o levou consigo a
Milão para que houvesse um ciclo de homilias em sua igreja.
Em
405, Gaudêncio foi enviado pelo papa Inocêncio I a Constantinopla, para
defender a causa do patriarca João Crisóstomo, mandado ao exílio pela
intrigante imperatriz Eudóxia. Mal acolhida a delegação, Gaudêncio foi
direto para o cárcere. São Crisóstomo, em tal ocasião, escreveu-lhe uma
bela carta de consolação.
Gaudêncio morreu em Bréscia, em 410, data infausta para a sorte do Império Romano.
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
30º Domingo do Tempo Comum
Anúncio do Evangelho (Mc 10, 46-52)
—O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
—PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos,
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 46Jesus
saiu de Jericó, junto com seus discípulos e uma grande multidão. O
filho de Timeu, Bartimeu, cego e mendigo, estava sentado à beira do
caminho. 47Quando ouviu dizer que Jesus, o Nazareno, estava passando, começou a gritar: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!”
48Muitos o repreendiam para que se calasse. Mas ele gritava mais ainda: “Filho de Davi, tem piedade de mim!”49Então Jesus parou e disse: “Chamai-o”. Eles o chamaram e disseram: “Coragem, levanta-te, Jesus te chama!”
50O cego jogou o manto, deu um pulo e foi até Jesus. 51Então Jesus lhe perguntou: “O que queres que eu te faça?” O cego respondeu: “Mestre, que eu veja!” 52Jesus disse: “Vai, a tua fé te curou”. No mesmo instante, ele recuperou a vista e seguia Jesus pelo caminho.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
MEDITANDO O EVANGELHO
«Que queres que eu te faça? O cego respondeu: Rabûni, meu Mestre, que eu veja»
Hoje, contemplamos um homem que, na
sua desgraça, encontra a verdadeira felicidade graças a Jesus Cristo.
Trata-se de uma pessoa com duas carências: falta de visão corporal e
incapacidade de ganhar a vida, o que o obriga a mendigar. Precisa de
ajuda e fica junto do caminho, à saída de Jericó, onde passam muitos
caminhantes.
Por sorte dele, naquela ocasião quem passa é Jesus, acompanhado dos seus
discípulos e outras pessoas. Sem dúvida, o cego já tinha ouvido falar
de Jesus; haviam-lhe comentado que fazia prodígios e, ao saber que passa
perto dele, começa a gritar: Filho de Davi, tem compaixão de mim!(Mc
10,47). Os acompanhantes do Mestre ficam incomodados com os gritos do
cego, não pensam na triste situação daquele homem, são egoístas. Porém
Jesus quer responder ao mendigo e faz com que o chamem. Imediatamente o
cego se encontra perante o Filho de Davi e o diálogo começa com uma
pergunta e uma resposta: Jesus, dirigindo-se a ele, disse: Que queres
que eu te faça? O cego respondeu: Rabûni, que eu veja!(Mc 10,51). E
Jesus concede-lhe a dupla visão: a física e a mais importante, a fé, que
é a visão interior de Deus. São Clemente de Alexandria diz: Ponhamos
fim ao esquecimento da verdade; despojemo-nos da ignorância e da
obscuridade que, como uma nuvem, ofuscam os nossos olhos, e contemplemos
Aquele que é realmente Deus.
Queixamo-nos freqüentemente e dizemos: Não sei rezar. Sigamos, então, o
exemplo do cego do Evangelho: Insiste em chamar Jesus e, com três
palavras, diz-lhe do que necessita. Falta-nos fé? Digamos-lhe: Senhor,
aumenta a minha fé. Temos familiares ou amigos que deixaram de praticar?
Então, rezemos assim: Senhor Jesus, faz que vejam. A fé é assim tão
importante? Se a compararmos com a visão física, que diremos? A situação
do cego é triste, mas muito mais triste é a daqueles que não crêem.
Digamos-lhes: O Mestre lhe chama, apresenta-lhe as suas necessidades e
Jesus responderá com generosidade. + Rev. D. Pere CAMPANYÀ i Ribó(Barcelona, Espanha)
O santo lembrado hoje foi de muita importância para a Igreja, que
guarda o testemunho de sua santidade. Ele mereceu a frase do Papa Pio XI
que disse: “Antônio Maria Claret é uma figura verdadeiramente grande,
como apóstolo infatigável”. Nasceu em 1807, em Sallent (Província de
Barcelona – Espanha), ao ser batizado recebeu o nome de Antônio João, ao
qual ele veio depois acrescentar o de Maria como sinal de sua especial
devoção a Santíssima Virgem: “Nossa Senhora é minha Mãe, minha Madrinha, minha Mestra, meu tudo, depois de Cristo”.
Filho de um modesto tecelão, Antônio Maria ajudou o pai numa fábrica
de tecidos até os 22 anos quando ingressou para o seminário de vida,
pois almejava um sacerdócio santo. Aos 28 anos, foi ordenado sacerdote,
dedicando-se de corpo e alma ao serviço ministerial, desejou
consagrar-se nas difíceis missões da Espanha. Seu ideal, entretanto,
ultrapassava os limites de sua paróquia. Ao ver a pobreza dos
missionários e as portas se abrindo, Antônio Maria, com amigos
sacerdotes, tratou de fundar a “Congregação dos Missionários Filhos do
Imaculado Coração de Maria”, conhecidos como Claretianos.
O Carisma era evangelizar todos os setores, por meio da caridade de Cristo que constrangia, por isso dizia: “Não posso resistir aos impulsos interiores que me chamam para salvar almas. Tenho sede de derramar o meu sangue por Cristo!”.
Mal tinha fundado a Congregação, o Espírito o nomeou para Arcebispo de
Santiago de Cuba, onde fez de tudo, até arriscar a própria vida, para
defender os oprimidos da ilha e converter a todos, conta-se que ao
chegar às terras cubanas foi logo visitar e consagrar o apostolado à
Nossa Senhora do Cobre.
Com os amigos, o Arcebispo Santo Antônio Maria Claret evangelizou
milhares de almas, isso por meio de missões populares e escritos, que
chegaram a 144 obras. Fundador das Religiosas de Maria Imaculada, voltou
à Espanha, também tornou-se confessor e conselheiro particular da
rainha Isabel II; participou do Concílio Vaticano I e, ao desviar-se de
calúnias, retirou-se na França onde continuou o apostolado até passar
pela morte e chegar na glória em 24 de outubro de 1870.
Foi beatificado em 1934 pelo Papa Pio XI e canonizado por Pio XII em
1950. Pelo seu amor ao Imaculado Coração de Maria e pelo seu apostolado
do Rosário, tem uma estátua de mármore no interior da Basílica de
Fátima.
Santo Antônio Maria Claret, rogai por nós!
Oração: Ó Deus, que aos vossos pastores associastes Santo Antônio Maria
Claret, animado de ardente caridade e da fé que vence o mundo, dai-nos,
por sua intercessão, perseverar na caridade e na fé, para participarmos
de sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo. Amém.
Referência: Livro Santos de cada dia – III – José Leite, S.J. (Org.)
São Bartolomeu
Bartolomeu,
também chamado Natanael, foi um dos 12 primeiros apóstolos de Jesus. É
assim descrito nos evangelhos de João, Mateus, Marcos e Lucas, e também
nos Atos dos Apóstolos.
Bartolomeu nasceu em Caná, na Galileia,
uma pequena aldeia a 14 quilômetros de Nazaré. Era filho do agricultor
Tholmai. No Evangelho, ele também é chamado de Natanael. Em hebraico, a
palavra "bar" que dizer "filho" e "tholmai" significa "agricultor". Por
isso os historiadores são unânimes em afirmar que Bartolomeu-Natanael
trata-se de uma só pessoa. Seu melhor amigo era Filipe e ambos eram
viajantes. Foi o apóstolo Filipe que o apresentou ao Messias.
Até
esse seu primeiro encontro com Jesus, Bartolomeu era cético e, às
vezes, irônico com relação às coisas de Deus. Porém, depois de
convertido, tornou-se um dos apóstolos mais ativos e presentes na vida
pública de Jesus. Mas a melhor descrição que temos de Bartolomeu foi
feita pelo próprio Mestre: "Aqui está um verdadeiro israelita, no qual
não há fingimento".
Ele teve o privilégio de estar ao lado de
Jesus durante quase toda a missão do Mestre na terra. Compartilhou seu
cotidiano, presenciou seus milagres, ouviu seus ensinamentos, viu Cristo
ressuscitado nas margens do lago de Tiberíades e, finalmente, assistiu
sua ascensão ao céu.
Depois do Pentecostes, Bartolomeu foi pregar
a Boa-Nova. Encerradas essas narrativas dos evangelhos históricos,
entram as narrativas dos apócrifos, isto é, das antigas tradições. A
mais conhecida é da Armênia, que conta que Bartolomeu foi evangelizar as
regiões da Índia, Armênia Menor e Mesopotâmia.
Superou
dificuldades incríveis, de idioma e cultura, e converteu muitas pessoas e
várias cidades à fé do Cristo, pregando segundo o evangelho de são
Mateus. Foi na Armênia, depois de converter o rei Polímio, a esposa e
mais 12 cidades, que ele teria sofrido o martírio, motivado pela inveja
dos sacerdotes pagãos, os quais insuflaram Astiages, irmão do rei, e
conseguiram uma ordem para matar o apóstolo. Bartolomeu foi esfolado
vivo e, como não morreu, foi decapitado. Era o dia 24 de agosto do ano
51.
A Igreja comemora são Bartolomeu Apóstolo no dia de sua
morte. Ele se tornou o modelo para quem se deixa conduzir pelo outro ao
Senhor Jesus Cristo.
São Bartolomeu, rogai por nós!
Santa Joana Antida Thouret
Joana
Antida Thouret nasceu numa cidade chamada Sancey-le-Long, próxima de
Besançon, na França, no dia 27 de novembro de 1765. Francisco e Cláudia
eram seus pais, tiveram quatro filhos, e ela foi a primeira. Joana
cresceu muito bonita. De natureza melancólica, tinha a saúde delicada,
um caráter gentil e era muito caridosa. Desde a infância, manifestou sua
vocação religiosa.
Aos 16 anos, sua mãe morreu. Ficou tão
abalada, que só encontrou amparo na imensa devoção que dedicava à Virgem
Maria. Assim, teve de assumir as responsabilidades da casa e da
família, da qual cuidou com muito amor e determinação. Porém, a vocação
falava mais alto no seu coração, que já havia entregue a Jesus. Chorou
muito até que seu pai permitisse seu ingresso definitivo no convento.
Tinha 22 anos de idade quando foi fazer seu noviciado no Convento das
Irmãs da Caridade de São Vicente de Paulo, em Paris.
Naquela
época, era normal a noviça ser submetida aos trabalhos pesados da
comunidade. Assim foi com Joana, que, em função da mudança de clima e do
grande esforço físico, acabou adoecendo gravemente. Temendo ser enviada
de volta para a casa paterna, rezou muito pedindo a Deus que a curasse.
Foi atendida por meio de uma dedicada enfermeira, que a tratou com
medicação especial. Em 1788, recebeu o hábito religioso das vicentinas.
Depois
disso, Joana andou pelo mundo pregando a Palavra de Deus, fazendo
caridade, tratando dos doentes, mas, principalmente, sendo perseguida.
Havia estourado a Revolução Francesa, o clima anticlerical tornava a
vida dos religiosos um verdadeiro terror. Muitos sacerdotes, religiosos e
fiéis da Igreja foram denunciados, perseguidos, torturados e condenados
à morte por guilhotina. Tinha 28 anos quando se viu atirada à rua junto
com outras religiosas. Joana ficou sem ter para onde ir. Junto com
outras companheiras, foi para a Suíça e, depois, para a Alemanha,
voltando novamente para a Suíça.
Em 1797, fixou-se em Besançon,
onde fundou uma escola para meninas, mas sem deixar de cuidar dos
enfermos. Entretanto os revolucionários descobriram-na e teve de
esconder-se por dois anos. Em 1799, pôde retornar e, junto com quatro
religiosas, fundou outra escola com farmácia, formando o primeiro núcleo
do Instituto das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo. Logo as
discípulas de Joana Antida aumentaram e a nova congregação expandiu-se
pela França, Suíça, Sabóia e Nápoles.
Depois disso, em 1810, foi
enviada para assumir a direção de um grande hospital de Nápoles, onde
Joana Antida passou a última etapa de sua vida, empreendendo intensa
atividade, abrindo muitos institutos, desenvolvendo sua congregação. A
fundadora morreu no dia 24 de agosto de 1826, no seu convento de
Nápoles, rodeada por suas religiosas. O papa Pio XI proclamou-a santa em
1934, e indicou sua celebração para o dia de sua morte.