Evangelho Cotidiano
27º Domingo do Tempo Comum
Anúncio do Evangelho (Mt 21, 33-43)
— Aleluia, Aleluia, Aleluia.
Eu vos escolhi, foi do meio do mundo, a fim de que deis um fruto que dure. Eu vos escolhi, foi do meio do mundo. Amém! Aleluia, aleluia! (cf. Jo 15,16)
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, Jesus disse aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo: 33“Escutai esta outra parábola: Certo proprietário plantou uma vinha, pôs uma cerca em volta, fez nela um lagar para esmagar as uvas, e construiu uma torre de guarda. Depois, arrendou-a a vinhateiros, e viajou para o estrangeiro.
34Quando chegou o tempo da colheita, o proprietário mandou seus empregados aos vinhateiros para receber seus frutos. 35Os vinhateiros, porém, agarraram os empregados, espancaram a um, mataram a outro, e ao terceiro apedrejaram.
36O proprietário mandou de novo outros empregados, em maior número do que os primeiros. Mas eles os trataram da mesma forma.
37Finalmente, o proprietário enviou-lhes o seu filho, pensando: ‘Ao meu filho eles vão respeitar’.
38Os bravateiros, porém, ao verem o filho, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro. Vinde, vamos matá-lo e tomar posse da sua herança!’ 39Então agarraram o filho, jogaram-no para fora da vinha e o mataram.
40Pois bem, quando o dono da vinha voltar, o que fará com esses vinhateiros?”
41Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam: “Com certeza mandará matar de modo violento esses perversos e arrendará a vinha a outros vinhateiros, que lhe entregarão os frutos no tempo certo”.
42Então Jesus lhes disse: “Vós nunca lestes nas Escrituras: ‘A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular; isto foi feito pelo Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos?’
43Por isso, eu vos digo: o Reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que produzirá frutos”.
- Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
«Por fim, enviou-lhes o próprio filho, pensando: ‘A meu filho respeitarão’»
Hoje contemplamos o mistério da
recusa de Deus em geral, e de Cristo em particular. Surpreender-nos a
reiterada resistência dos homens perante o amor de Deus.
Mas a parábola de hoje refere-se mais especificamente à recusa dos
judeus para com Cristo: «Por fim, enviou-lhes o próprio filho, pensando:
‘A meu filho respeitarão’. Os agricultores, porém, ao verem o filho,
disseram entre si: ‘Este é o herdeiro. Vamos matá-lo e tomemos posse de
sua herança! ’. Então o agarraram, lançaram-no fora da vinha e o
mataram» (Mt 21,37-39). Não é fácil entender isto: porque Cristo veio
para redimir o mundo inteiro, e os judeus esperam o seu “messias”
particular que lhes dê, a eles, o domínio de todo o mundo…
Quando estive na Terra Santa deram-me um prospeto turístico de Israel
sobre o local onde estão os judeus mais famosos da história: desde
Moisés, Gedeon e Josué até Bem Gurión, que foi o realizador do Estado de
Israel. Mas, pelo contrário, nesse prospeto não está Jesus Cristo. E
Jesus foi o judeu mais conhecido da história: hoje em dia conhecem-no no
mundo inteiro, e há mais de dois mil anos que morreu…
As grandes personagens, ao cabo do tempo, são admiradas, mas não são
amadas. Hoje em dia ninguém ama Cervantes ou Miguel Ângelo. Pelo
contrário, Jesus é o mais amado de toda a história. Homens e mulheres
dão a vida pelo Seu amor. Uns de repente no martírio, outros “gota a
gota”, vivendo apenas para Ele. São milhares e milhares no mundo
inteiro.
E Jesus é quem mais influenciou a história. Valores que hoje são aceites
em todos os lugares, têm origem cristã. Não apenas isto, mas podemos
constatar que existe hoje uma aproximação a Jesus Cristo, também por
parte dos judeus (“nossos irmãos mais velhos na fé”, como dissera João
Paulo II). Peçamos a Deus, particularmente pela conversão dos judeus,
pois este povo, de grandes valores, convertido ao catolicismo, pode
trazer em grande benefício a toda a humanidade. (P. Jorge LORING SJ
(Cádiz, Espanha)
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Amai a Sagrada Escritura, e a sabedoria amar-vos-á; amai-a com ternura, e ela guardar-vos-á; honrai-a, e recebereis as suas carícias. Que ela seja para vós como os vossos colares e os vossos brincos» (São Jerónimo)
«Na Cruz, Jesus já não nos fala com comparações: é Ele mesmo» (Bento XVI)
«(…) Diante do Sinédrio, à pergunta dos seus acusadores: «Então, tu és o Filho de Deus?» Jesus respondeu: «É como dizeis, sou» (Lc 22, 70) (55). Já muito antes, Ele Se designara como «o Filho» que conhece o Pai (56), diferente dos «servos» que Deus anteriormente enviara ao seu povo (57) (…)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 443)
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