Evangelho Cotidiano
30º Domingo do Tempo Comum
Anúncio do Evangelho (Mt 22, 34-40)
— Aleluia, Aleluia, Aleluia.
— Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e a Ele nós viremos. (Jo 14,23)
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 15os fariseus ouviram dizer que Jesus tinha feito calar os saduceus. Então eles se reuniram em grupo, 35e um deles perguntou a Jesus, para experimentá-lo: 36“Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?”
37Jesus respondeu: “‘Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento!’ 38Esse é o maior e o primeiro mandamento. 39O segundo é semelhante a esse: ‘Amarás ao teu próximo como a ti mesmo’. 40Toda a Lei e os profetas dependem desses dois mandamentos”.
- Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
MEDITANDO O EVANGELHO
«Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração (…) Amarás teu próximo como a ti mesmo»
Hoje, a Igreja recorda-nos um
resume da nossa “atitude de vida” «Toda a Lei e os Profetas dependem
desses dois mandamentos» (Mt 22,40). São Mateus e São Marcos o põem nos
lábios de Jesus Cristo; São Lucas nos de um fariseu. Sempre em forma de
diálogo. Provavelmente fariam várias vezes, perguntas similares ao
Senhor. Jesus responde com o princípio do Shema: oração composta por
duas citações do Deuteromio e uma dos Números, que os judeus fervorosos
recitavam pelo menos duas vezes por dia: «Ouve Israel! O Senhor teu Deus
(…)». Recitando-a tem-se consciência de Deus no trabalho quotidiano, ao
mesmo tempo em que nos recorda o mais importante da nossa vida: Amar a
Deus sobre todos os “deusezinhos” e ao próximo como a si mesmo. Depois
ao terminar a Última Ceia, e com o exemplo do lava-pés, Jesus pronuncia
“um mandamento novo”: amarmo-nos como Ele nos ama, com a “força divina”
(cf. Jo 14,34-35).
É mesmo necessária a decisão de praticar de fato este dulcíssimo
mandamento —mais que um mandamento é elevação e capacidade— no trato com
os outros: homens e coisas, trabalho e descanso, espírito e matéria,
porque tudo é criatura de Deus.
Por outro lado, ao ser impregnados pelo Amor de Deus, que nos toca em
todo o nosso ser, ficamos capacitados para responder “ao divino”, a este
Amor. Deus Misericordioso não apenas tira o pecado do mundo (cf. Jo
1,29), mas também nos diviniza, torna-nos “participes” (apenas Jesus é
Filho por Natureza) da natureza divina; somos filhos do pai, no Filho,
pelo Espírito Santo. São Josémaria gostava de falar de “endeusamento”,
palavra muito enraizada nos Padres da Igreja. Por exemplo, escrevia São
Basílio: «Assim como os corpos claros e transparentes, quando recebem a
luz, começam a irradiar luz por si próprios, assim reluzem os que foram
iluminados pelo Espírito. Isto leva ao dom da graça, alegria
interminável, permanência em Deus… e á meta máxima: o Endeusamento».
Desejemo-lo! (Dr.
Johannes
VILAR
(Köln, Alemanha)
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Nunca haverá outro Deus, Trifão, e desde sempre não houve outro Deus senão aquele que criou e ordenou o universo. Não pensamos que o nosso Deus seja diferente do vosso. Ele é o mesmo que tirou os vossos pais do Egipto» (S. Justo Mártir)
«Hoje, mais do que nunca, é preciso adorar! Talvez uma das maiores perversões do nosso tempo seja o facto de nos ser proposto adorar o humano esquecendo o divino. `Só ao Senhor adoraras´ é o grande desafio perante tantas propostas do nada e de vazio» (Francisco)
«(...) A primeira palavra encerra o primeiro mandamento da Lei: «Ao Senhor, teu Deus, adorarás, a Ele servirás [...]. Não ireis atrás de outras divindades» (Dt 6, 13-14). O primeiro apelo e a justa exigência de Deus é que o homem O acolha e O adore» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.084)
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