Origens
Santo André Bessette, antigo Alfred
Bessette, nasceu em Saint-Grégoire no sul de Montreal, trabalhou em
Saint-Césaire, emigrou para os Estados Unidos por um período de tempo
como muitos jovens de sua época para participar do desenvolvimento das
indústrias da Nova Inglaterra.
O Envio
Muitos de seus companheiros adotaram
essa nova terra acolhedora e se tornaram franco-americanos, mantendo o
sobrenome francês e um pouco de sua cultura. O jovem Alfred voltou ao
seu país. Aproximou-se daquele em quem tinha total confiança e que
representava o dom de si que desejava para ele: o pároco André
Provençal. Esse, um dia, disse a si mesmo: “Eu sei para onde mandá-lo”.
Em seguida, escreveu aos religiosos da congregação de Santa Croce que
ensinavam as crianças da Côte-des-Neiges, em frente ao Monte Royal,
dizendo ‘Envio-vos um santo…’”.
De analfabeto a Religioso
O jovem trabalhador tímido e
analfabeto vê aberta uma porta que desejava sem ao menos acreditar: ele
vai se tornar um religioso. Sem saber como servir a Deus, que encheu sua
vida desde a infância, abandonou-se a Ele. Acima de tudo, a São José:
seu amigo, seu confidente por muito tempo. Tornou-se irmão André.
“Não tente se livrar das provações, mas peça a graça de suportá-las bem.” (Santo André Bessette)
Edificou-se em honra de São José
O início parece trivial,
semelhante à vida de muitos jovens, o que se segue é único e
excepcional. Uma jornada tão extraordinária, raramente foi vista na
história da América do Norte. A ponto de mil coisas parecerem quase
incríveis na evolução de uma vida, uma fama, uma capelinha. Ao longo da
sua vida e graças aos peregrinos que recebia, o Irmão André adquiriu
fama de taumaturgo como nenhum outro.
Sempre junto a São José
Santo André Bessette acolhia com
doçura e bondade, católicos, protestantes ou ateus. Aos enfermos,
toca-lhes as partes doentes com a medalha de São José e, com azeite da
lâmpada, ardia em frente à imagem do grande santo. As curas
extraordinárias multiplicaram-se, somente em 1904 registraram-se 435,
isto é, mais de uma por dia.
Páscoa
Santo André Bessette morreu em 6 de
janeiro de 1937, aos 91 anos. Um milhão de pessoas vieram agradecê-lo
por sua presença em suas vidas. O irmão André permaneceu leal a milhões
de outras pessoas desde então. Não cessava de dizer a quem o invocava:
“Rezem a São José…”.
Via de Santificação
Santo André Bessette foi beatificado
em 23 de maio de 1982, pelo Papa João Paulo II. Sua canonização ocorreu
em 17 de outubro de 2010, na Praça de São Pedro, pelo Papa Bento XVI.
Minha oração
“Exímio confessor e formador das consciências, não permitais que tenhamos uma vida laxa ou escrupulosa, mas dai a graça de crescermos em uma consciência sadia e bem equilibrada. Que sempre encontremos o Senhor, que fala em meio a nós. Amém.”
São Carlo de Sezze
Nascido em 22 de outubro de 1613, em Sezze, Itália, Carlo era um irmão leigo, pessoa humilde, submissa e sempre muito contente. Descontentes estavam seus familiares, os Melchiori ou Marchionne, cujas propriedades rurais se perdiam de vista. Seus familiares tinham outros planos para Carlo, pois queriam que ele estudasse e fizesse carreira. Porém, poucos anos depois, Carlo era garçom numa cantina de fazenda, em fuga dos estudos por causa de um professor severo. Mas Carlo lia por conta própria, levando uma vida de ermitão e de santo. Depois, já aos 22 anos, estava entre os franciscanos.
A essa altura, os familiares o queriam sacerdote, mas ele seria sempre frei Carlo, mais nada, sem graduação alguma. Carlo passou por inúmeros conventos franciscanos, sempre trabalhando, recolhendo esmolas, socorrendo doentes e moribundos em suas casas. Com o transcorrer dos anos, desponta nele o explorador de consciências, o modificador de atitudes e comportamentos, e essa fama corre por toda Igreja.
Embora Carlo cuidasse apenas da horta e da cozinha do convento, sempre acontecia ser enviado para outras cidades para que pudesse aconselhar bispos e cardeais. Um dia recebe uma incumbência, diretamente do Papa Clemente IX (1667-69): "Frei Carlo, dizem que na cidade de Perúgia há uma madre santa, vá lá e verifique pessoalmente a veracidade da situação". Uma grande responsabilidade para um simples cozinheiro. Frei Carlo tinha pouca instrução, mas escrevia belíssimas páginas espirituais e autobiográficas, numa gramática acidentada, porém, eficiente. Também não lhe faltaria sua porção de Calvário, com acusações de uma mulher mundana. Consideradas depois, calúnias, mas que fizeram o frei adoecer por alguns anos.
Após uma viagem a Úmbria, frei Carlo falece em 6 de janeiro de 1670, no Convento de São Francisco, na cidade de Roma. E no seu peito se descobre um sinal estranho, como uma cicatriz. Posteriormente, uma comissão médica declararia que esse sinal é de origem sobrenatural. Em vida, frei Carlo falava de "um raio de luz" que o havia atingido no peito, em 1648, numa igreja romana, durante êxtase profundo com Deus. O pedido de sua canonização foi feito pouco tempo após sua morte, mas seria concluído somente em 1959, pelo Papa João XXIII, que o proclamou santo.
Seu corpo é conservado na igreja do convento onde faleceu e sua festa é celebrada no dia seguinte ao da sua morte, para não coincidir com a Epifania.
São Carlo de Sezze, rogai por nós!
É um casal para figurar na história da Igreja com louvores. Julião
era filho de um casal cristão muito devoto e rico que lhe deu uma
educação esmerada e requintada, desde a tenra idade. Depois, desejosos
de ver o filho bem casado, para constituir uma sólida e cristã família,
decidiram consolidar o seu matrimônio, aos dezoito anos, com a jovem
Basilissa. Extremamente obediente, o rapaz que nunca havia mencionado
seu voto de castidade à família, realizou o sonho dos pais e se casou
com a bela e suave jovem, que como ele procedia de uma prospera e bem
situada família seguidora dos mesmos preceitos cristãos que a de seu
noivo.
Uma vez casados, Julião com gentileza conversou com a esposa Basilissa e
juntos fizeram um pacto de consagração a Deus, para se dedicarem a Seu
serviço, apesar do sacramento matrimonial . Assim a união carnal não se
concretizou e ambos permaneceram virgens. Somente, após a morte dos
pais é que os dois puderam viver a vida espiritual na plenitude
almejada. Usando seus bens, cada um fundou um mosteiro: Julião, o
masculino e Basilissa, o feminino. Com o saldo do patrimônio mantinham
várias obras de caridade e sustentavam os mosteiros que funcionavam
também como hospitais, para atendimento dos mais necessitados. O de
Basilissa atendia especialmente aos leprosos
Nesse período o Cristianismo vivia os seus tempos mais trágicos, o das
perseguições sanguinárias impostas em todo o Império pelos tiranos
Diocleciano e Maximiano. Em auxílio aos cristãos surgiu Julião que
abrigou em seu mosteiro dezenas deles, que procuravam refugio das
implacáveis investidas. Porém foi denunciado e viu aos poucos todos
serem "julgados" e condenados ao suplício e à morte pelo testemunho da
fé. Até que chegou sua vez. Como se recusou a adorar os ídolos pagãos e
renegar a fé em Cristo foi martirizado por um longo período. Segundo os
registros dessa época arquivados pela Igreja, o período foi descrito
como de muitas torturas e sofrimento, mas também de muitos prodígios e
graças ocorridos através das mãos de Julião.
Julião foi finalmente assassinado e pôde descansar em paz em 9 de janeiro de 302.
Enquanto Basilissa, conseguiu ser poupada, vivendo junto aos mais
miseráveis e pobres leprosos os quais tratava como filhos. Ela morreu
algum tempo depois, dizem em 18 de novembro de 304, tendo promovido
muitos prodígios de cura e graças.
A Igreja reverencia a memória do casal, Santo Julião e Santa Basilissa,
no dia 6 de janeiro, conforme o último ajuste oficial feito no
Martirológio Romano. Nele também encontramos a correção de suas origens
citada antes como sendo da Antioquia mas que se comprovou ser de
Antinoe capital de Tebaide, no Egito. Entretanto, algumas regiões do
Oriente ainda os celebram no dia 09 de janeiro.
Santa Rafaela Maria
Com sua irmã de sangue, fundou a Congregação das Escravas do Sagrado Coração de Jesus
Santa Rafaela Maria, rogai por nós!
São Severino
Seus mosteiros se tornaram verdadeiros faróis de uma nova cultura, de uma civilização centrada em Deus
"Todo ser que tem vida, a deve ao Senhor".
Severino viveu em pleno século V, quando o Ocidente era acometido
por uma seqüência de invasões dos godos, visigodos, ostrogodos,
vândalos, burgúndios, enfim, de toda uma horda de bárbaros pagãos que
pretendiam dominar o mundo. É nesse contexto de conflitos políticos e
sociais que sua obra deve ser vista, porque esse foi justamente o motivo
que a tornou ainda mais valorizada. Durante essas sucessivas guerras,
as vítimas da violência achavam abrigo somente junto aos representantes
da Igreja onde encontramos Severino como um evangelizador cristão dos
mais destacados e atuantes.
É muito fácil seguir os passos de Severino nesta trilha de destruição.
Em 454, estava nos confins da Nórica e da Pomonia onde, estabelecido às
margens do rio Danúbio, na Áustria, além de acolher a população ameaçada
usava o local como ponto estratégico para pregar entre os bárbaros
pagãos. Já no ano seguinte estava em Melk e no mesmo ano em Ostembur,
onde se fixou numa choupana para se entregar também à penitência.
Esse seu ministério apostólico itinerante frutificou em várias cidades,
com a fundação de inúmeros mosteiros. Como possuía o dom da profecia,
avisou com antecedência várias comunidades sobre sua futura destruição,
acertando as datas com exatidão. Temos, por exemplo, o caso dos
habitantes de Asturis, aos quais profetizou a morte pelas mãos de Átila,
o rei dos hunos que habitavam a Hungria. O povo além de não lhe dar
ouvidos considerou o fato com ironia e gozação, mas tombou logo depois
de Severino ter deixado o local. Sim, a cidade foi destruída e todos os
habitantes assassinados.
Dali ele partiu para Comagaris e, sem o menor receio de perder a vida,
chegou até Comagene, já dominada pelos dos inimigos. Lá, acolheu e
socorreu os aflitos, ganhando o respeito inclusive dos próprios
invasores, a começar pelos chefes dos guerreiros. Sua história registra
também incontáveis prodígios e graças operadas na humildade e na pobreza
constantes.
Severino predisse até a data exata da própria morte, avisando também
sobre a futura expulsão de sua Ordem da região do Danúbio. Morreu no dia
08 de janeiro de 482 pronunciando a última frase do último salmo da
Bíblia , (o 150): "Todo ser que tem vida, a deve ao Senhor".
Segundo o seu biógrafo e discípulo Eugípio, Santo Severino teria nascido
no ano 410, na capital do mundo de então, ou seja na cidade de Roma e
pertencia a uma família nobre e rica. Era um homem de fino trato, que
falava o latim com perfeição, profundamente humilde, pobre e caridoso.
Também possuía os dons do conselho, da profecia e da cura, os quais
garantiu e manteve até o final de sua vida graças às longas penitências e
preces que fazia ao Santíssimo Espírito Santo e ao cumprimento estrito
dos votos feitos ao seguir a vocação sacerdotal.
Especialmente venerado na Áustria e Alemanha, hoje, a urna mortuária de
Santo Severino se encontra na igreja dos beneditinos em Nápoles, na
Itália.
São Severino, rogai por nós!
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