Blog Brasil Católico Total NO TWITTER

Blog Brasil Católico Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER

Você é o Visitante nº desde 3 janeiro 2014

Flag Counter

Seguidores = VOCÊS são um dos motivos para continuarmos nosso humilde trabalho de Evangelização

Mostrando postagens com marcador Corpo e Sangue de Cristo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Corpo e Sangue de Cristo. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 8 de junho de 2023

10 fatos sobre a Eucaristia para recordar na Solenidade de Corpus Christi

Durante séculos, a Igreja e os santos animaram os fiéis ao amor a Eucaristia.  

Há inclusive algumas pessoas que entregam sua vida para protegê-la. 

Hoje, Solenidade de Corpus Christi, apresentamos 10 coisas que todo cristão deveria saber em relação a este grande milagre:

1. Jesus, reunido com seus apóstolos durante a Última Ceia, instituiu o sacramento da Eucaristia: “Tomai e comei; isto é meu corpo…” (Mt, 26, 26-28). Desta maneira fez com que os apóstolos participassem do seu sacerdócio e mandou que fizessem o mesmo em memória dele.

2. A palavra Eucaristia, derivada do grego eucharistía, significa “Ação de graças” e se aplica a este sacramento porque nosso Senhor deu graças ao seu Pai quando a instituiu; além disso, porque o Santo Sacrifício da Missa é a melhor maneira de dar graças a Deus pela Sua Bondade.

3. O Concílio de Trento define claramente: “No Santíssimo Sacramento da Eucaristia está contido verdadeira, real e substancialmente o Corpo e Sangue de nosso Senhor Jesus Cristo, junto a sua Alma e Divindade. Em realidade Cristo se faz presente integralmente”.

4. Na Santa Missa, os bispos e sacerdotes transformam realmente o pão e o vinho no Corpo e Sangue de Cristo durante a consagração.


Leia também: A Presença Real de Cristo na Eucaristia
Eucaristia – citações
A Eucaristia nos primórdios da Igreja
Por que Cristo quis permanecer presente na Eucaristia?
O Sacramento da Eucaristia
Somos santificados pela Eucaristia
Os frutos da Eucaristia

5. A Comunhão é receber Jesus Cristo sacramentado na Eucaristia. A Igreja manda comungar pelo menos uma vez ao ano, em estado de graça, e recomenda a comunhão frequente. É muito importante receber a Primeira Comunhão quando a pessoa chega ao uso da razão, com a devida preparação.

6. O jejum eucarístico consiste em deixar de comer qualquer alimento ou bebida ao menos uma hora antes da Sagrada Comunhão, exceto água e remédios. Os doentes e seus cuidadores podem comungar embora tenham tomado algo na hora imediatamente antes.

aeucaristiacultor7. A pessoa que comunga em pecado mortal comete um pecado grave chamado sacrilégio. Aqueles que desejam comungar e estão em pecado mortal não podem receber a Comunhão sem antes receber o sacramento da Penitência, pois para comungar não basta o ato de contrição.

8. Frequentar a Santa Missa é um ato de amor a Deus que deve brotar naturalmente de cada cristão. E também é uma obrigação guardar os domingos e festas religiosas de preceito, salvo quando impedido por uma causa grave.
9. A Eucaristia no Sacrário é um sinal pelo qual nosso Senhor está constantemente presente em meio do seu povo e é alimento espiritual para doentes e moribundos. Devemos prestar sempre nosso agradecimento, adoração e devoção à real presença de Cristo reservado no Santíssimo Sacramento.

10. No Vaticano, a Solenidade de Corpus Christi é celebrada na quinta-feira depois da Solenidade da Santíssima Trindade. Mas, em várias dioceses é comemorado no domingo posterior.

Na Solenidade do Santíssimo Sacramento do Corpo e Sangue de Cristo - Corpus Christi 'Eis o Mistério da Fé'

"Anunciamos, Senhor, a vossa morte, e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus"


 

Na Solenidade do Santíssimo Sacramento do Corpo e Sangue de Cristo popularmente conhecida como Corpus Christi, a ser celebrada na quinta-feira, 3, a Igreja Católica manifesta publicamente o “mistério da fé” que, como ensina o Catecismo, é a “fonte e ápice da vida cristã”. “Na santíssima Eucaristia está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, isto é, o próprio Cristo, nossa Páscoa”, reforça o Catecismo.

Instituída por Jesus Cristo na Última Ceia, a Eucaristia perpetua o sacrifício da cruz na Igreja ao longo dos séculos. Essa verdade é expressa com clareza nas palavras com que o povo, durante a missa, após a consagração do pão e do vinho, responde à proclamação “Eis o mistério da fé”, dizendo, “Anunciamos, Senhor, a vossa morte, e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus”.

Quando a Igreja celebra a Eucaristia, o acontecimento central de salva- ção se faz realmente presente e “realizase também a obra da nossa redenção”, como expressou São João Paulo II, na encíclica Ecclesia de Eucharistia (2003). “Esta é a fé que as gerações cristãs viveram ao longo dos séculos, e que o magistério da Igreja tem continuamente reafirmado com jubilosa gratidão por dom tão inestimável”, acrescentou.

O santo sacrifício eucarístico torna presente não só o mistério da paixão e morte de Jesus, mas também o misté- rio da sua ressurreição. Por estar vivo e ressuscitado é que Cristo pode tornarse “pão da vida” (Jo 6, 35.48). Tal verdade de fé era proclamada pelos padres e doutores dos primórdios da Igreja. Santo Ambrósio lembrava aos cristãos recém-batizados: “Se hoje Cristo é teu, Ele ressuscita para ti cada dia”. Já São Cirilo de Alexandria sublinhava que a participação na Eucaristia “é uma verdadeira confissão e recordação de que o Senhor morreu e voltou à vida por nós e em nosso favor”.

Presença real
É certo que Jesus ressuscitado está presente na Igreja de diversas maneiras, na sua Palavra, na oração da Igreja – “onde dois ou três estão reunidos em Meu nome...” (Mt 18,20) –, nos pobres, nos doentes, nos prisioneiros, nos seus sacramentos, dos quais é o autor, e na pessoa do ministro ordenado que preside a Santa Missa. Mas, a doutrina católica ressalta que é sobretudo sob as espécies eucarísticas que o Senhor manifesta sua presença por excelência.

Pelas palavras de Jesus na Última Ceia e pela invocação do Espírito Santo na celebração da missa, o pão e o vinho se tornam verdadeiramente o corpo e o sangue de Cristo. O Concílio de Trento afirma que na Eucaristia estão “contidos, verdadeira, real e substancialmente, o corpo, o sangue, a alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo”, ou seja, “Cristo completo”.

A doutrina católica ensina, ainda, que pela consagração do pão e do vinho “opera-se a conversão de toda a substância do pão na substância do corpo de Cristo Nosso Senhor, e de toda a substância do vinho na substância do seu sangue”; a esta mudança, a Igreja Católica chama de “transubstanciação”.

Na oração do Ângelus de 16 de agosto de 2015, o Papa Francisco ressaltou que a Eucaristia não é uma oração privada ou uma bonita experiência espiritual, nem uma simples comemoração daquilo que Jesus fez na Última Ceia. “Nós dizemos, para entender bem, que a Eucaristia é ‘memorial’, ou seja, um gesto que atualiza e torna presente o evento da morte e ressurreição de Jesus: o pão é realmente o seu Corpo oferecido por nós, o vinho é realmente o seu Sangue derramado por nós”.

Comunhão
O ápice da participação na Eucaristia é a comunhão. É o próprio Jesus que convida: “Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós” (Jo 6,53).

O principal fruto da comunhão eucarística é a união íntima com Cristo Jesus. “De fato, o Senhor diz: ‘Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele’ (Jo 6,56). A vida em Cristo tem o seu fundamento no banquete eucarístico: ‘Assim como o Pai, que vive, me enviou, e Eu vivo pelo Pai, também o que me come viverá por Mim’ (Jo 6,57) ”, recorda o Catecismo, que enfatiza, ainda, que a comunhão da carne de Cristo Ressuscitado conserva, aumenta e renova a vida da graça recebida no Batismo.

 A comunhão também afasta o fiel do pecado. “O corpo de Cristo que recebemos na comunhão é ‘entregue por nós’ e o sangue que nós bebemos é ‘derramado pela multidão, para remissão dos pecados’. É por isso que a Eucaristia não pode unir-nos a Cristo sem nos purificar, ao mesmo tempo, dos pecados cometidos, e nos preservar dos pecados futuros”, reforça o Catecismo.

Os que recebem a Eucaristia ficam mais estreitamente unidos a Cristo, que une todos os fiéis num só corpo: a Igreja. Como afirma o Apóstolo São Paulo: “O cálice da bênção que abençoamos, não é comunhão com o sangue de Cristo? O pão que partimos não é comunhão com o corpo de Cristo? Uma vez que há um único pão, nós, embora muitos, somos um só corpo, porque participamos desse único pão” (1Cor 10, 16-17).

Como também ensina São Paulo, para receber o corpo e o sangue de Cristo, é necessária a devida preparação. “Quem comer o pão ou beber do cálice do Senhor indignamente será réu do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, cada qual a si mesmo e, então, coma desse pão e beba deste cálice; pois quem come e bebe, sem discernir o corpo do Senhor, come e bebe a própria condenação” (1Cor 11, 27-29). Nesse sentido, a Igreja exorta os que tiverem consciência de um pecado grave a receber o sacramento da Reconciliação antes de se aproximarem da Sagrada Comunhão, com o fim de evitarem um sacrilégio e usufruírem das graças infinitas de tão admirável dom.

Reverência
Justamente pelo fato da real e substancial presença de Jesus Cristo na Eucaristia, a Igreja ensina os fiéis a expressarem essa fé com reverência e devoção, dentre outras maneiras, ajoelhando-se ou inclinando-se profundamente em sinal de adoração ao Senhor diante do Santíssimo Sacramento. “A Igreja Católica sempre prestou e continua a prestar este culto de adoração que é devido ao sacramento da Eucaristia, não só durante a missa, mas também fora da sua celebração: conservando com o maior cuidado as hóstias consagradas, apresentando-as aos fiéis para que solenemente as venerem, e levando-as em procissão”, destaca o Catecismo.

Quanto ao gesto ou posição para a comunhão, a instrução Redemptionis Sacramentum (2004) recorda a orientação de que os fiéis comunguem de joelhos ou de pé, mas quando comungarem de pé, “recomenda-se fazer, antes de receber o Sacramento, a devida reverência”.

O documento também ressaltou que todo fiel tem sempre direito a escolher se deseja receber a Sagrada Comunhão na boca ou na mão, onde as conferências episcopais locais tenham permitido, como é o caso do Brasil. No entanto, quando a comunhão é recebida na mão, recomenda-se que haja especial cuidado e que a hóstia seja consumida imediatamente diante do ministro – o fiel não deve retornar para seu assento com as espécies eucarísticas na mão. Tal cuidado não só expressa a devida reverência para com o Santíssimo Sacramento como também evita o perigo de profanações e sacrilégios por parte de pessoas mal intencionadas que podem tomar a Eucaristia para fins escusos.

Adoração
A presença de Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento não se restringe à celebração da missa, mas permanece na reserva eucarística. No princípio, o sacrário ou tabernáculo era destinado a guardar a Eucaristia de maneira digna para ser levada aos enfermos e aos fiéis ausentes à missa por razões graves. Com o aprofundamento da fé na presença real de Cristo na sua Eucaristia, a Igreja tomou consciência do sentido da adoração silenciosa do Senhor, presente sob as espécies sagradas. “O ato de adoração fora da Santa Missa prolonga e intensifica aquilo que se fez na própria celebração litúrgica”, explicou o Papa Bento XVI, na exortação apostólica Sacramentum Caritatis (2007).

 A visita ao Santíssimo Sacramento presente nos sacrários das igrejas permite o encontro pessoal de cada fiel com Jesus e o coloca em comunhão com toda a Igreja, que se reúne em torno da Eucaristia. Por isso, além de convidar cada um dos fiéis a encontrar pessoalmente tempo para se demorar em oração diante do sacramento do altar, a Igreja motiva as paróquias, comunidades e grupos eclesiais a promoverem momentos de adoração comunitária.

Em muitas cidades, há igrejas e santuários eucarísticos, onde o Santíssimo Sacramento fica exposto permanentemente para a adoração dos fiéis. No centro de São Paulo, por exemplo, a Paróquia Santa Ifigênia e a Igreja Nossa Senhora da Boa Morte realizam adorações perpétuas. Muitas outras igrejas promovem semanalmente adorações, geralmente às quintas-feiras, em recordação da Instituição da Eucaristia.

Na carta Dominicae Cenae (1980), São João Paulo II enfatizou: “A Igreja e o mundo têm grande necessidade do culto eucarístico. Jesus espera-nos neste sacramento do amor. Não regulemos o tempo para estar com Ele na adoração, na contemplação cheia de fé e disposta a reparar as faltas graves e os pecados do mundo. Que a nossa adoração não cesse jamais”.

Arquidiocese de São Paulo -  Transcrito


quinta-feira, 16 de junho de 2022

10 fatos sobre a Eucaristia para recordar na Solenidade de Corpus Christi

Durante séculos, a Igreja e os santos animaram os fiéis ao amor a Eucaristia.  

Há inclusive algumas pessoas que entregam sua vida para protegê-la. 

Hoje, Solenidade de Corpus Christi, apresentamos 10 coisas que todo cristão deveria saber em relação a este grande milagre:

1. Jesus, reunido com seus apóstolos durante a Última Ceia, instituiu o sacramento da Eucaristia: “Tomai e comei; isto é meu corpo…” (Mt, 26, 26-28). Desta maneira fez com que os apóstolos participassem do seu sacerdócio e mandou que fizessem o mesmo em memória dele.

2. A palavra Eucaristia, derivada do grego eucharistía, significa “Ação de graças” e se aplica a este sacramento porque nosso Senhor deu graças ao seu Pai quando a instituiu; além disso, porque o Santo Sacrifício da Missa é a melhor maneira de dar graças a Deus pela Sua Bondade.

3. O Concílio de Trento define claramente: “No Santíssimo Sacramento da Eucaristia está contido verdadeira, real e substancialmente o Corpo e Sangue de nosso Senhor Jesus Cristo, junto a sua Alma e Divindade. Em realidade Cristo se faz presente integralmente”.

4. Na Santa Missa, os bispos e sacerdotes transformam realmente o pão e o vinho no Corpo e Sangue de Cristo durante a consagração.


Leia também: A Presença Real de Cristo na Eucaristia
Eucaristia – citações
A Eucaristia nos primórdios da Igreja
Por que Cristo quis permanecer presente na Eucaristia?
O Sacramento da Eucaristia
Somos santificados pela Eucaristia
Os frutos da Eucaristia

5. A Comunhão é receber Jesus Cristo sacramentado na Eucaristia. A Igreja manda comungar pelo menos uma vez ao ano, em estado de graça, e recomenda a comunhão frequente. É muito importante receber a Primeira Comunhão quando a pessoa chega ao uso da razão, com a devida preparação.

6. O jejum eucarístico consiste em deixar de comer qualquer alimento ou bebida ao menos uma hora antes da Sagrada Comunhão, exceto água e remédios. Os doentes e seus cuidadores podem comungar embora tenham tomado algo na hora imediatamente antes.

aeucaristiacultor7. A pessoa que comunga em pecado mortal comete um pecado grave chamado sacrilégio. Aqueles que desejam comungar e estão em pecado mortal não podem receber a Comunhão sem antes receber o sacramento da Penitência, pois para comungar não basta o ato de contrição.

8. Frequentar a Santa Missa é um ato de amor a Deus que deve brotar naturalmente de cada cristão. E também é uma obrigação guardar os domingos e festas religiosas de preceito, salvo quando impedido por uma causa grave.
9. A Eucaristia no Sacrário é um sinal pelo qual nosso Senhor está constantemente presente em meio do seu povo e é alimento espiritual para doentes e moribundos. Devemos prestar sempre nosso agradecimento, adoração e devoção à real presença de Cristo reservado no Santíssimo Sacramento.

10. No Vaticano, a Solenidade de Corpus Christi é celebrada na quinta-feira depois da Solenidade da Santíssima Trindade. Mas, em várias dioceses é comemorado no domingo posterior.

Na Solenidade do Santíssimo Sacramento do Corpo e Sangue de Cristo - Corpus Christi 'Eis o Mistério da Fé'

"Anunciamos, Senhor, a vossa morte, e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus"


 

Na Solenidade do Santíssimo Sacramento do Corpo e Sangue de Cristo popularmente conhecida como Corpus Christi, a ser celebrada na quinta-feira, 3, a Igreja Católica manifesta publicamente o “mistério da fé” que, como ensina o Catecismo, é a “fonte e ápice da vida cristã”. “Na santíssima Eucaristia está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, isto é, o próprio Cristo, nossa Páscoa”, reforça o Catecismo.

Instituída por Jesus Cristo na Última Ceia, a Eucaristia perpetua o sacrifício da cruz na Igreja ao longo dos séculos. Essa verdade é expressa com clareza nas palavras com que o povo, durante a missa, após a consagração do pão e do vinho, responde à proclamação “Eis o mistério da fé”, dizendo, “Anunciamos, Senhor, a vossa morte, e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus”.

Quando a Igreja celebra a Eucaristia, o acontecimento central de salva- ção se faz realmente presente e “realizase também a obra da nossa redenção”, como expressou São João Paulo II, na encíclica Ecclesia de Eucharistia (2003). “Esta é a fé que as gerações cristãs viveram ao longo dos séculos, e que o magistério da Igreja tem continuamente reafirmado com jubilosa gratidão por dom tão inestimável”, acrescentou.

O santo sacrifício eucarístico torna presente não só o mistério da paixão e morte de Jesus, mas também o misté- rio da sua ressurreição. Por estar vivo e ressuscitado é que Cristo pode tornarse “pão da vida” (Jo 6, 35.48). Tal verdade de fé era proclamada pelos padres e doutores dos primórdios da Igreja. Santo Ambrósio lembrava aos cristãos recém-batizados: “Se hoje Cristo é teu, Ele ressuscita para ti cada dia”. Já São Cirilo de Alexandria sublinhava que a participação na Eucaristia “é uma verdadeira confissão e recordação de que o Senhor morreu e voltou à vida por nós e em nosso favor”.

Presença real
É certo que Jesus ressuscitado está presente na Igreja de diversas maneiras, na sua Palavra, na oração da Igreja – “onde dois ou três estão reunidos em Meu nome...” (Mt 18,20) –, nos pobres, nos doentes, nos prisioneiros, nos seus sacramentos, dos quais é o autor, e na pessoa do ministro ordenado que preside a Santa Missa. Mas, a doutrina católica ressalta que é sobretudo sob as espécies eucarísticas que o Senhor manifesta sua presença por excelência.

Pelas palavras de Jesus na Última Ceia e pela invocação do Espírito Santo na celebração da missa, o pão e o vinho se tornam verdadeiramente o corpo e o sangue de Cristo. O Concílio de Trento afirma que na Eucaristia estão “contidos, verdadeira, real e substancialmente, o corpo, o sangue, a alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo”, ou seja, “Cristo completo”.

A doutrina católica ensina, ainda, que pela consagração do pão e do vinho “opera-se a conversão de toda a substância do pão na substância do corpo de Cristo Nosso Senhor, e de toda a substância do vinho na substância do seu sangue”; a esta mudança, a Igreja Católica chama de “transubstanciação”.

Na oração do Ângelus de 16 de agosto de 2015, o Papa Francisco ressaltou que a Eucaristia não é uma oração privada ou uma bonita experiência espiritual, nem uma simples comemoração daquilo que Jesus fez na Última Ceia. “Nós dizemos, para entender bem, que a Eucaristia é ‘memorial’, ou seja, um gesto que atualiza e torna presente o evento da morte e ressurreição de Jesus: o pão é realmente o seu Corpo oferecido por nós, o vinho é realmente o seu Sangue derramado por nós”.

Comunhão
O ápice da participação na Eucaristia é a comunhão. É o próprio Jesus que convida: “Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós” (Jo 6,53).

O principal fruto da comunhão eucarística é a união íntima com Cristo Jesus. “De fato, o Senhor diz: ‘Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele’ (Jo 6,56). A vida em Cristo tem o seu fundamento no banquete eucarístico: ‘Assim como o Pai, que vive, me enviou, e Eu vivo pelo Pai, também o que me come viverá por Mim’ (Jo 6,57) ”, recorda o Catecismo, que enfatiza, ainda, que a comunhão da carne de Cristo Ressuscitado conserva, aumenta e renova a vida da graça recebida no Batismo.

 A comunhão também afasta o fiel do pecado. “O corpo de Cristo que recebemos na comunhão é ‘entregue por nós’ e o sangue que nós bebemos é ‘derramado pela multidão, para remissão dos pecados’. É por isso que a Eucaristia não pode unir-nos a Cristo sem nos purificar, ao mesmo tempo, dos pecados cometidos, e nos preservar dos pecados futuros”, reforça o Catecismo.

Os que recebem a Eucaristia ficam mais estreitamente unidos a Cristo, que une todos os fiéis num só corpo: a Igreja. Como afirma o Apóstolo São Paulo: “O cálice da bênção que abençoamos, não é comunhão com o sangue de Cristo? O pão que partimos não é comunhão com o corpo de Cristo? Uma vez que há um único pão, nós, embora muitos, somos um só corpo, porque participamos desse único pão” (1Cor 10, 16-17).

Como também ensina São Paulo, para receber o corpo e o sangue de Cristo, é necessária a devida preparação. “Quem comer o pão ou beber do cálice do Senhor indignamente será réu do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, cada qual a si mesmo e, então, coma desse pão e beba deste cálice; pois quem come e bebe, sem discernir o corpo do Senhor, come e bebe a própria condenação” (1Cor 11, 27-29). Nesse sentido, a Igreja exorta os que tiverem consciência de um pecado grave a receber o sacramento da Reconciliação antes de se aproximarem da Sagrada Comunhão, com o fim de evitarem um sacrilégio e usufruírem das graças infinitas de tão admirável dom.

Reverência
Justamente pelo fato da real e substancial presença de Jesus Cristo na Eucaristia, a Igreja ensina os fiéis a expressarem essa fé com reverência e devoção, dentre outras maneiras, ajoelhando-se ou inclinando-se profundamente em sinal de adoração ao Senhor diante do Santíssimo Sacramento. “A Igreja Católica sempre prestou e continua a prestar este culto de adoração que é devido ao sacramento da Eucaristia, não só durante a missa, mas também fora da sua celebração: conservando com o maior cuidado as hóstias consagradas, apresentando-as aos fiéis para que solenemente as venerem, e levando-as em procissão”, destaca o Catecismo.

Quanto ao gesto ou posição para a comunhão, a instrução Redemptionis Sacramentum (2004) recorda a orientação de que os fiéis comunguem de joelhos ou de pé, mas quando comungarem de pé, “recomenda-se fazer, antes de receber o Sacramento, a devida reverência”.

O documento também ressaltou que todo fiel tem sempre direito a escolher se deseja receber a Sagrada Comunhão na boca ou na mão, onde as conferências episcopais locais tenham permitido, como é o caso do Brasil. No entanto, quando a comunhão é recebida na mão, recomenda-se que haja especial cuidado e que a hóstia seja consumida imediatamente diante do ministro – o fiel não deve retornar para seu assento com as espécies eucarísticas na mão. Tal cuidado não só expressa a devida reverência para com o Santíssimo Sacramento como também evita o perigo de profanações e sacrilégios por parte de pessoas mal intencionadas que podem tomar a Eucaristia para fins escusos.

Adoração
A presença de Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento não se restringe à celebração da missa, mas permanece na reserva eucarística. No princípio, o sacrário ou tabernáculo era destinado a guardar a Eucaristia de maneira digna para ser levada aos enfermos e aos fiéis ausentes à missa por razões graves. Com o aprofundamento da fé na presença real de Cristo na sua Eucaristia, a Igreja tomou consciência do sentido da adoração silenciosa do Senhor, presente sob as espécies sagradas. “O ato de adoração fora da Santa Missa prolonga e intensifica aquilo que se fez na própria celebração litúrgica”, explicou o Papa Bento XVI, na exortação apostólica Sacramentum Caritatis (2007).

 A visita ao Santíssimo Sacramento presente nos sacrários das igrejas permite o encontro pessoal de cada fiel com Jesus e o coloca em comunhão com toda a Igreja, que se reúne em torno da Eucaristia. Por isso, além de convidar cada um dos fiéis a encontrar pessoalmente tempo para se demorar em oração diante do sacramento do altar, a Igreja motiva as paróquias, comunidades e grupos eclesiais a promoverem momentos de adoração comunitária.

Em muitas cidades, há igrejas e santuários eucarísticos, onde o Santíssimo Sacramento fica exposto permanentemente para a adoração dos fiéis. No centro de São Paulo, por exemplo, a Paróquia Santa Ifigênia e a Igreja Nossa Senhora da Boa Morte realizam adorações perpétuas. Muitas outras igrejas promovem semanalmente adorações, geralmente às quintas-feiras, em recordação da Instituição da Eucaristia.

Na carta Dominicae Cenae (1980), São João Paulo II enfatizou: “A Igreja e o mundo têm grande necessidade do culto eucarístico. Jesus espera-nos neste sacramento do amor. Não regulemos o tempo para estar com Ele na adoração, na contemplação cheia de fé e disposta a reparar as faltas graves e os pecados do mundo. Que a nossa adoração não cesse jamais”.

Arquidiocese de São Paulo -  Transcrito

 

quinta-feira, 3 de junho de 2021

Na Solenidade do Santíssimo Sacramento do Corpo e Sangue de Cristo - Corpus Christi 'Eis o Mistério da Fé' - 3 de junho

"Anunciamos, Senhor, a vossa morte, e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus"


 

Na Solenidade do Santíssimo Sacramento do Corpo e Sangue de Cristo popularmente conhecida como Corpus Christi, a ser celebrada na quinta-feira, 3, a Igreja Católica manifesta publicamente o “mistério da fé” que, como ensina o Catecismo, é a “fonte e ápice da vida cristã”. “Na santíssima Eucaristia está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, isto é, o próprio Cristo, nossa Páscoa”, reforça o Catecismo.

Instituída por Jesus Cristo na Última Ceia, a Eucaristia perpetua o sacrifício da cruz na Igreja ao longo dos séculos. Essa verdade é expressa com clareza nas palavras com que o povo, durante a missa, após a consagração do pão e do vinho, responde à proclamação “Eis o mistério da fé”, dizendo, “Anunciamos, Senhor, a vossa morte, e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus”.

Quando a Igreja celebra a Eucaristia, o acontecimento central de salva- ção se faz realmente presente e “realizase também a obra da nossa redenção”, como expressou São João Paulo II, na encíclica Ecclesia de Eucharistia (2003). “Esta é a fé que as gerações cristãs viveram ao longo dos séculos, e que o magistério da Igreja tem continuamente reafirmado com jubilosa gratidão por dom tão inestimável”, acrescentou.

O santo sacrifício eucarístico torna presente não só o mistério da paixão e morte de Jesus, mas também o misté- rio da sua ressurreição. Por estar vivo e ressuscitado é que Cristo pode tornarse “pão da vida” (Jo 6, 35.48). Tal verdade de fé era proclamada pelos padres e doutores dos primórdios da Igreja. Santo Ambrósio lembrava aos cristãos recém-batizados: “Se hoje Cristo é teu, Ele ressuscita para ti cada dia”. Já São Cirilo de Alexandria sublinhava que a participação na Eucaristia “é uma verdadeira confissão e recordação de que o Senhor morreu e voltou à vida por nós e em nosso favor”.

Presença real
É certo que Jesus ressuscitado está presente na Igreja de diversas maneiras, na sua Palavra, na oração da Igreja – “onde dois ou três estão reunidos em Meu nome...” (Mt 18,20) –, nos pobres, nos doentes, nos prisioneiros, nos seus sacramentos, dos quais é o autor, e na pessoa do ministro ordenado que preside a Santa Missa. Mas, a doutrina católica ressalta que é sobretudo sob as espécies eucarísticas que o Senhor manifesta sua presença por excelência.

Pelas palavras de Jesus na Última Ceia e pela invocação do Espírito Santo na celebração da missa, o pão e o vinho se tornam verdadeiramente o corpo e o sangue de Cristo. O Concílio de Trento afirma que na Eucaristia estão “contidos, verdadeira, real e substancialmente, o corpo, o sangue, a alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo”, ou seja, “Cristo completo”.

A doutrina católica ensina, ainda, que pela consagração do pão e do vinho “opera-se a conversão de toda a substância do pão na substância do corpo de Cristo Nosso Senhor, e de toda a substância do vinho na substância do seu sangue”; a esta mudança, a Igreja Católica chama de “transubstanciação”.

Na oração do Ângelus de 16 de agosto de 2015, o Papa Francisco ressaltou que a Eucaristia não é uma oração privada ou uma bonita experiência espiritual, nem uma simples comemoração daquilo que Jesus fez na Última Ceia. “Nós dizemos, para entender bem, que a Eucaristia é ‘memorial’, ou seja, um gesto que atualiza e torna presente o evento da morte e ressurreição de Jesus: o pão é realmente o seu Corpo oferecido por nós, o vinho é realmente o seu Sangue derramado por nós”.

Comunhão
O ápice da participação na Eucaristia é a comunhão. É o próprio Jesus que convida: “Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós” (Jo 6,53).

O principal fruto da comunhão eucarística é a união íntima com Cristo Jesus. “De fato, o Senhor diz: ‘Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele’ (Jo 6,56). A vida em Cristo tem o seu fundamento no banquete eucarístico: ‘Assim como o Pai, que vive, me enviou, e Eu vivo pelo Pai, também o que me come viverá por Mim’ (Jo 6,57) ”, recorda o Catecismo, que enfatiza, ainda, que a comunhão da carne de Cristo Ressuscitado conserva, aumenta e renova a vida da graça recebida no Batismo.

 A comunhão também afasta o fiel do pecado. “O corpo de Cristo que recebemos na comunhão é ‘entregue por nós’ e o sangue que nós bebemos é ‘derramado pela multidão, para remissão dos pecados’. É por isso que a Eucaristia não pode unir-nos a Cristo sem nos purificar, ao mesmo tempo, dos pecados cometidos, e nos preservar dos pecados futuros”, reforça o Catecismo.

Os que recebem a Eucaristia ficam mais estreitamente unidos a Cristo, que une todos os fiéis num só corpo: a Igreja. Como afirma o Apóstolo São Paulo: “O cálice da bênção que abençoamos, não é comunhão com o sangue de Cristo? O pão que partimos não é comunhão com o corpo de Cristo? Uma vez que há um único pão, nós, embora muitos, somos um só corpo, porque participamos desse único pão” (1Cor 10, 16-17).

Como também ensina São Paulo, para receber o corpo e o sangue de Cristo, é necessária a devida preparação. “Quem comer o pão ou beber do cálice do Senhor indignamente será réu do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, cada qual a si mesmo e, então, coma desse pão e beba deste cálice; pois quem come e bebe, sem discernir o corpo do Senhor, come e bebe a própria condenação” (1Cor 11, 27-29). Nesse sentido, a Igreja exorta os que tiverem consciência de um pecado grave a receber o sacramento da Reconciliação antes de se aproximarem da Sagrada Comunhão, com o fim de evitarem um sacrilégio e usufruírem das graças infinitas de tão admirável dom.

Reverência
Justamente pelo fato da real e substancial presença de Jesus Cristo na Eucaristia, a Igreja ensina os fiéis a expressarem essa fé com reverência e devoção, dentre outras maneiras, ajoelhando-se ou inclinando-se profundamente em sinal de adoração ao Senhor diante do Santíssimo Sacramento. “A Igreja Católica sempre prestou e continua a prestar este culto de adoração que é devido ao sacramento da Eucaristia, não só durante a missa, mas também fora da sua celebração: conservando com o maior cuidado as hóstias consagradas, apresentando-as aos fiéis para que solenemente as venerem, e levando-as em procissão”, destaca o Catecismo.

Quanto ao gesto ou posição para a comunhão, a instrução Redemptionis Sacramentum (2004) recorda a orientação de que os fiéis comunguem de joelhos ou de pé, mas quando comungarem de pé, “recomenda-se fazer, antes de receber o Sacramento, a devida reverência”.

O documento também ressaltou que todo fiel tem sempre direito a escolher se deseja receber a Sagrada Comunhão na boca ou na mão, onde as conferências episcopais locais tenham permitido, como é o caso do Brasil. No entanto, quando a comunhão é recebida na mão, recomenda-se que haja especial cuidado e que a hóstia seja consumida imediatamente diante do ministro – o fiel não deve retornar para seu assento com as espécies eucarísticas na mão. Tal cuidado não só expressa a devida reverência para com o Santíssimo Sacramento como também evita o perigo de profanações e sacrilégios por parte de pessoas mal intencionadas que podem tomar a Eucaristia para fins escusos.

Adoração
A presença de Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento não se restringe à celebração da missa, mas permanece na reserva eucarística. No princípio, o sacrário ou tabernáculo era destinado a guardar a Eucaristia de maneira digna para ser levada aos enfermos e aos fiéis ausentes à missa por razões graves. Com o aprofundamento da fé na presença real de Cristo na sua Eucaristia, a Igreja tomou consciência do sentido da adoração silenciosa do Senhor, presente sob as espécies sagradas. “O ato de adoração fora da Santa Missa prolonga e intensifica aquilo que se fez na própria celebração litúrgica”, explicou o Papa Bento XVI, na exortação apostólica Sacramentum Caritatis (2007).

 A visita ao Santíssimo Sacramento presente nos sacrários das igrejas permite o encontro pessoal de cada fiel com Jesus e o coloca em comunhão com toda a Igreja, que se reúne em torno da Eucaristia. Por isso, além de convidar cada um dos fiéis a encontrar pessoalmente tempo para se demorar em oração diante do sacramento do altar, a Igreja motiva as paróquias, comunidades e grupos eclesiais a promoverem momentos de adoração comunitária.

Em muitas cidades, há igrejas e santuários eucarísticos, onde o Santíssimo Sacramento fica exposto permanentemente para a adoração dos fiéis. No centro de São Paulo, por exemplo, a Paróquia Santa Ifigênia e a Igreja Nossa Senhora da Boa Morte realizam adorações perpétuas. Muitas outras igrejas promovem semanalmente adorações, geralmente às quintas-feiras, em recordação da Instituição da Eucaristia.

Na carta Dominicae Cenae (1980), São João Paulo II enfatizou: “A Igreja e o mundo têm grande necessidade do culto eucarístico. Jesus espera-nos neste sacramento do amor. Não regulemos o tempo para estar com Ele na adoração, na contemplação cheia de fé e disposta a reparar as faltas graves e os pecados do mundo. Que a nossa adoração não cesse jamais”.

Arquidiocese de São Paulo -  Transcrito


sábado, 10 de agosto de 2019

Não comungue de qualquer jeito!


O que acontece em nós quando comungamos do Corpo e do Sangue de Cristo? 




Por que esse momento é tão importante, não só para a Santa Missa, mas para toda a nossa vida espiritual? 

Com que disposições devemos nos aproximar deste sacramento para recebê-lo bem e com fruto? Na meditação deste domingo, Padre Paulo Ricardo quer ensinar você a comungar direito. 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João(Jo 6, 41-51)

Naquele tempo, os judeus começaram a murmurar a respeito de Jesus, porque havia dito: “Eu sou o pão que desceu do céu”. Eles comentavam: “Não é este Jesus, o filho de José? Não conhecemos seu pai e sua mãe? Como então pode dizer que desceu do céu?”

Jesus respondeu: “Não murmureis entre vós. Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrai. E eu o ressuscitarei no último dia. Está escrito nos Profetas: ‘Todos serão discípulos de Deus’. Ora, todo aquele que escutou o Pai, e por ele foi instruído, vem a mim. Não que alguém já tenha visto o Pai. Só aquele que vem de junto de Deus viu o Pai. Em verdade, em verdade vos digo, quem crê, possui a vida eterna.

Eu sou o pão da vida. Os vossos pais comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. Eis aqui o pão que desce do céu: quem dele comer, nunca morrerá. Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo”.
Meditação. 1. Meditamos na Missa deste domingo mais um trecho do capítulo 6 do Evangelho de São João, que narra o famoso discurso do Pão da Vida. Jesus, em primeiro lugar, manifesta-se aos judeus como o “pão vivo descido do céu”, do qual todo aquele que comer “viverá eternamente”. Em seguida, Ele fala do sacramento da Eucaristia, por cuja comunhão entramos em contato direto com a humanidade e divindade de Nosso Senhor.

O alimento eucarístico é como que um remédio para o organismo espiritual. Quem dele se alimenta, recebe uma graça toda especial para, no dia a dia, repetir a comunhão com Cristo por meio da vida de oração. O contato com Jesus não deve se restringir ao momento da comunhão eucarística, mas, pelo seu impulso, precisa transcender em nossa vida cotidiana, como reflexo de uma grande intimidade com o Senhor. Uma boa comunhão do sacramento do Corpo de Cristo é importante para que Jesus seja sempre e em qualquer lugar o nosso “Pão da Vida”.

2. Existem três disposições básicas para uma boa comunhão. A primeira delas é o estado de graça. As pessoas que estão em pecado mortal não podem ser admitidas à comunhão porque “o seu estado e condições de vida contradizem objetivamente aquela união de amor entre Cristo e a Igreja, significada e atuada na Eucaristia” (Papa São João Paulo II, Familiaris Consortio, n 84). Por isso, quem se encontra nessa situação precisa recorrer urgentemente à Confissão e manifestar o firme propósito de nunca mais trair os mandamentos de Deus. Ao pedir isso dos seus fiéis, a Igreja não se apega a práticas rigoristas, mas se fia naquilo que sempre foi a atitude pastoral dos santos, fundada nas Sagradas Escrituras: “Quem come e bebe indignamente o Corpo e o Sangue do Senhor”, adverte São Paulo, “come e bebe a própria condenação” (1Cor 11, 29).

Depois, os fiéis precisam manifestar a devida piedade pelo Corpo Santo do Senhor, preparando a própria alma para o encontro com o Amado. A entrada na procissão de comunhão não pode ser uma ação banal como a de escovar os dentes. Na Eucaristia, Jesus está verdadeiramente presente e deseja entreter-se conosco. Que desfeita não seria, portanto, uma comunhão desatenta e sem qualquer sinal de humildade diante do Deus que se fez alimento para nossa alma? Uma alma assim jamais conseguirá galgar os degraus da santidade, ainda que faça muitas comunhões, pois não procura devolver a Deus o mesmo amor de que foi objeto.

3. A terceira disposição para uma boa comunhão é a atitude de fé. Neste sentido, a Igreja adotou como norma tradicional a recepção da Eucaristia de joelhos e direto na língua e, mais recentemente, permitiu a recepção também de pé e na mão, desde que se prestasse a devida atenção às partículas da Hóstia Sagrada. A diligência com essas normas permite que o fiel manifeste mais claramente a sua fé na presença real de Cristo.

A Hóstia Sagrada permanece no estômago por, mais ou menos, quinze minutos até ser digerida. É o momento de o cristão fazer a sua ação de graças, manifestando a Deus o quanto gostaria de recebê-lO com aquela piedade e devoção da Virgem Maria, com o espírito e fervor dos santos. Esse agradecimento permite que a força da Eucaristia seja mais eficaz em nosso organismo e se manifeste depois na nossa vida cotidiana, dando mais vontade de permanecer no amor de Deus.

Antes de partir o pão da Última Ceia, Jesus disse aos seus amigos o quão ardente era o seu desejo de estar com eles naquele momento (cf. Lc 22, 15). Façamos, pois, o mesmo com o Senhor na liturgia deste domingo.
Oração. Ó Jesus Eucarístico, alimentai a minha alma com a vossa graça para que nunca me falte “o pão de cada dia”. Que o vosso Corpo Sacramentado seja, para mim, fonte de uma vida renovada e impulso à oração, de modo que eu me alimente da vossa carne não apenas na Santa Missa, mas a todo momento que o meu coração se dirigir a Vós.
Propósito. Fazer quinze minutos de ação de graças após o término da Santa Missa.

Clique aqui para abrir Áudio da Homilia

SITE  Padre Paulo Ricardo