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quinta-feira, 1 de julho de 2021

HORA SANTA – MÊS de JULHO- R. P. MATÉO GRAWLEI-BOEVEY dos Sagrados Corações (PICPUS)

HORA SANTA – MÊS de JULHO- R. P. MATÉO GRAWLEI-BOEVEY dos Sagrados Corações (PICPUS)

ULTRAJES PÚBLICOS A NOSSO SENHOR

Que afortunada surpresa a dos infelizes que na volta dum caminho se encontravam de repente com Jesus, lá na Palestina! Que imensa consolação para esses privilegiados de Jerusalém, de Naím, de Betânia, dirigir e derramar com plena liberdade, naquele instante propício, as suas  súplicas e lágrimas sobre o Coração de Jesus!

Também nós, nesta hora bendita, somos do número desses felizes privilegiados… Aqui Vos encontramos Jesus de Nazaré e do Tabernáculo. Reparai em nós: Vivemos em vossa procura, para nos confortarmos um instante, à sombra deliciosa do vosso Sacrário… E viemos também para defender a vossa causa. Um bramido de raiva e blasfêmia advertiu-nos de que os vossos inimigos jurados não Vos dão tréguas em Vos arrancar às almas e à sociedade. Se haveis de sofrer, agonizar e morrer, ó Jesus, eis aqui um pequeno rebanho que quer ser ferido ao lado e por causa do Pastor.

Vós o dissestes, com a alma trasbordando de amargura, à vossa serva Margarida Maria: “Quero repartir a minha agonia; tenha necessidade de corações vítimas”. Disponha de nós, Senhor. Nós amamos-Vos ardentemente. Nós amamos-Vos ardentemente. Nós todos Vos amamos.

(BREVE PAUSA)

Correi, Senhor, o véu que nos oculta o Santo dos Santos: o vosso Divino Coração… Permiti aos vossos filhos meditar durante esta HORA SANTA os sofrimentos que Vos causam os ultrajes dos homens, e a dor que provais no ódio daqueles que o vosso Sangue remiu! Acendei a vossa luz nas nossas almas, e deixai-nos, seguir-Vos passo a passo nesta incruenta Rua Dolorosa, que começa nas sombras de Getsemani, para acabar no último dia do mundo…

Não obstante a nossa indignidade, permiti aos vossos confidentes e consoladores participarem do cálice dos vossos opróbrios e agonia… Dai-nos, ó amável prisioneiro, um só privilégio: de Vos amarmos na ignomínia da vossa Paixão de nos unirmos, durante esta HORA SANTA, à vossa agonia, de Vos consolarmos até a morte, no Getsemani perpétuo do vosso Coração sacramentado… e expirar sobre ele em íntima comunhão de reparação e de amor.

(Peçamos luz e amor para contemplar Jesus Cristo no misterioso sacrifício da Eucaristia).

(PAUSA)

Voz de Jesus Cristo. — Alma diletíssima: na Hóstia onde me vês, Eu vivo silencioso e mudo perpetuamente arrastado perante osCoração de Jesus modernos… Não ouves o insolente interrogatório que me fazem suportar, a Mim que sou o Poder supremo, a Verdade, e o Mestre único?… E calo por teu amor, por ti, a quem salvo, sofrendo a condenação ignominiosa dos poderosos da terra, juízes dos homens, não, porém da minha doutrina… 

Eles ambicionam uma autoridade tirânica, para a exercer contra Mim. E Eu sou perpetuamente a sua Vítima… Para eles o trono, para Mim o banco dos réus; para eles o cetro de ouro, para mim a cana de irrisão; para eles o aplauso das turbas, para Mim a corte do desprezo, e a túnica branca dos loucos; para eles o diadema e as homenagens, para Mim a coroa de espinhos, os impropérios, o esquecimento: sempre o esquecimento!
E, se talvez, em meio das suas falsas grandezas, estes poderosos da terra recordam a minha Realeza, o meu nome vai desencadear tempestades de ódio, perseguição e blasfêmia… E eis aí como sou chamado perante o juízo do mundo, do mundo que vive porque Eu o consinto!
Mas calo… Na Eucaristia sou a encarnação da misericórdia e do amor. Esta revolta contra a minha soberania… Este desconhecimento da minha  realeza soberana nas leis que regem os povos são um ultraje direto e uma blasfêmia contra Mim, que Me deixo estar, apesar de tudo, entre os homens, aniquilado, embora onipotente, no Sacramento do Altar.
Esta injúria, não é ela acaso um verdadeiro desafio ao Deus da Eucaristia, que te fala desde o seu Tabernáculo, trocado tanta vez em Pretório de Pilatos?… Aqui suporto, sem Me queixar, as afrontas dos escravos e as mofas dos vilões. Aqui ninguém Me vem buscar, senão quando os tribunais da terra decretam flagelar-Me para Me apresentarem depois ensangüentado ao furor das turbas…
O meu divino Coração sente-se consolado com as vossas reparações! Durante esta HORA SANTA o amor ardente dos meus compensa-Me das irrisões dos poderosos. Vós, ricos humildes, e pobres resignados, sois o bálsamo das minhas feridas. Desde aqui vos abençôo, amigos fidelíssimos. Falai, meus filhos! Pedi milagres ao meu amor, vós os predestinados do meu Coração. Falai, Eu sou o Rei das misericórdias infinitas.

(PAUSA)

As almas. — Senhor Jesus, a vossa alma, sensível à nossa fidelidade, oferece-nos milagres e perdão! Dignai-vos, portanto, espalhar as graças da vossa luz sobre os poderosos, os governantes, os ricos, que associados à vossa autoridade, carecem conhecer-Vos, ó Jesus na vossa Eucaristia, e proclamar que aceitam a vossa autoridade redentora, manancial de paz e salvação.
Em reparação das afrontas que padecestes diante do iníquo Herodes, e das que suportais nos palácios dos grandes da terra…

(Todos repetem em voz alta as palavras em itálicos).
Realizai as vossas promessas de vitória, ó Divino Coração!
Nas assembléias, onde se fazem as leis, e nos tribunais da justiça humana, tão sujeitos a erro…
Realizai as vossas promessas de vitória, ó Divino Coração!
Na consciência tão versátil e tortuosa dos que presidem aos destinos das nações…
Realizai as vossas promessas de vitória, ó Divino Coração!
Nos conselhos de tantos governantes que se levantam contra o vosso Calvário…
Realizai as vossas promessas de vitória, ó Divino Coração!
Nas sedições populares, exploradas para ultrajar a vossa doutrina…
Realizai as vossas promessas de vitória, ó Divino Coração!
Na colisão de tantos interesses, em que os miseráveis especuladores da terra só buscam o triunfo da fortuna e do orgulho…
Realizai as vossas promessas de vitória, ó Divino Coração!
Nas conjurações diabólicas, medidas na sombra contra o vosso sacerdócio e a vossa Igreja…
Realizai as vossas promessas de vitória, ó Divino Coração!
Na imprudente quietação de tantos cristãos na apatia e indolência de muitos que pretendem adorar-Vos e ser fiéis, sem Vos seguirem até ao Calvário…
Realizai as vossas promessas de vitória, ó Divino Coração!
Na ambição desenfreada de grandeza e luxo, que seduz um grande número de almas infelizes. à custa do vosso Sangue redentor e da sua eterna condenação…
Realizai as vossas promessas de vitória, ó Divino Coração!

(PAUSA OU CÂNTICO)

Voz de Jesus. — Eu sou a santidade assim o afirmais ajoelhados diante da minha Hóstia; assim o proclama o Céu unindo-se durante esta HORA SANTA às vossas humildes adorações… Eu sou a santidade, e, todavia Barrabás foi-Me preferido… Ah! E quantas vezes esta ímpia preferência se repete por ódio, desprezo… Esquecimento!

Tal afronta abre uma ferida cruel no meu Coração: apesar disso Eu contínuo no Tabernáculo, Deus de humildade O mundo frívolo e vão que vive de soberba, não compreende Deus aniquilado, nascido num estábulo. Reparai como as almas orgulhosas passam diante do meu Altar, afadigadas, sequiosas de ostentação e ávidas da estima e dos aplausos dos homens. Passam… e preferem-Me uma honra toda impostura…

Assim vivo retirado na sombra do meu Santuário, e ergo de cá a minha voz: Aprendei de Mim que sou humilde e pobre… Sim, sou pobre, pois renunciei a todos os bens da terra para vos comprar os tesouros do Paraíso. Fiz-Me pobre e mendigo… e eis aí está porque sou desprezado pelo mundo ambicioso de ouro e do seu falaz esplendor. Que valho Eu, que nasci na pobreza de Belém, vivi na obscuridade de Nazaré, expirei na nudez do Calvário, e Me perpetuo nos aniquilamentos da Eucaristia?

Por amor Me fiz pobre, e por bem amarga e inverossímil contradição sou um pobre desprezado, a quem se prefere a miserável riqueza do mundo.

(BREVE PAUSA)

Estou coberto de feridas… Minhas mãos, que chamam e abençoam atravessadas… Meus pés trespassados… A minha fronte dilacerada… A boca lívida… escurecidos os olhos… ensangüentado o corpo… o Lado aberto… Ah! como se arrepiam os mortais à vista de um Deus derramando sangue, eles, que já desde o exílio querem as delícias dum paraíso antecipado… Quem Me reduziu a tal estado? O amor que vos consagro, e a sede, em que o mundo arde, de gozos e prazeres.

No meu santuário, onde permaneço, dou-Vos a paz e a felicidade, mas através de espinhos e de Cruz. Onde estão os meus amigos, os meus fiéis, os meus discípulos? Onde estão? Para onde foram? Abandonaram-Me para ir à cata do prazer!… Preferem-me o lodo da culpa. Barrabás o último dos homens, triunfa no mundo com os orgulhosos, libertinos, corruptores da infância, depravadores do povo, envenenadores da imprensa… Barrabás triunfa exaltado por quantos Me renegam e amaldiçoam nas leis… Políticos desleais, ambiciosos de subir para lançarem sobre Mim a ignomínia e a blasfêmia; poderosos, aclamados pelo mundo, que lhes atira flores e oferece palmas de vitória…

E Eu, Jesus, quedo-Me solitário no meu Sacrário, preso do meu Amor, abandonado dos bons, renegado dos pusilânimes, esquecido da maior parte… condenado pelos governantes indignos, flagelado pela turbas levantadas contra Mim… Amei os meu filhos até a morte… e os da minha casa preferiram-Me o pó e a lama dos caminhos.
Considerai e vede se há dor semelhante à minha dor!…

(PAUSA)

As almas. — Ó Jesus, não é o discípulo acima do seu mestre… Vós que nos destes o exemplo, quereis que Vos sigamos levando com amor a cruz que salva. Nós pedimos-Vos essa graça nesta HORA SANTA, com a abrasada caridade de Maria, Senhora das Dores; com o fervor de Margarida Maria. Sim, nós abraçamos a cruz pelo triunfo do vosso Coração na Santíssima Eucaristia. Escutai-nos, ó Jesus desde essa Hóstia; nós vimos oferecer-Vos a oração de Getsemani, que é a oração do vosso aniquilamento do Altar. Escutai-nos com a vossa doce benignidade.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a glória de ser pospostos a todos, por amor do vosso Coração dolorido.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a alegria de ser confundidos por amor do vosso amargurado Coração.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a graça de ser esquecidos por causadeo vosso Coração misericordiosos.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a honra imerecida de ser desprezados por amor do vosso Coração angustiado.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a recompensa de sermos escarnecidos pela glória do vosso Coração ferido.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a ambicionada felicidade de ser injuriado pelo triunfo do vosso Coração adorado.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a incomparável gozo de ser um dia perseguidos pelo amor do vosso Divino Coração.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a coroa de ser caluniados nos apostolado do vosso Coração Sagrado.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a amável regalia de ser atraiçoados em holocausto ao vosso Divino Coração.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Dai-nos a honra de ser aborrecidos em união com o vosso Coração agonizante.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Dai-nos o privilégio de ser condenados pelo mundo, por viver unidos ao vosso Coração Sagrado.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a graça suprema de ser fiéis com sacrifício de nós mesmo até ao holocausto, em reparação fervorosa junto do vosso Coração imolado.

Oh! Sim, nós Vo-lo suplicamos: concedei-nos receber com amor a parte que nos toca nos vilipêndios e da agonia do vosso Coração Sacramentado…
Consolai-Vos. Mestre amantíssimo: cada um de nós quer dirigir-Vos uma palavra de humildade e de confiança, protestando que só Vos sois o seu único bem e toda a sua esperança!…

(BREVE PAUSA)

Que tenho eu, ó Senhor, que Vós me não tenhais dado?
Que sei eu, que Vós me não tenhais ensinado?
Que valho eu, não estando perto de Vós?
Que mereço eu, se não estou unido a Vós?
Perdoai-me os erros que contra Vós hei cometido.
Criastes-me, sem eu o merecer,
Remistes-me sem eu o pedir,
Muito fizeste, criando-me,
Muito mais, remindo-me,
Pois o sangue que derramastes,
E a acerba morte que padecestes,
Não foi pelos anjos, que Vos louvam,
Mas por mim e pelos pecadores que Vos ofendem.
Se Vos reneguei, deixai-me reconhecer-Vos;
Se Vos injuriei, deixai-me houver-Vos;
Se Vos ofendi, deixai-me Servir-Vos;
Pois a vida que se não emprega em vosso serviço, mais é morte do que vida.

(PAUSA)

Voz de Jesus.  Como todos que estais aqui comigo sois meus íntimos amigos, vou desafogar diante de vós o meu Coração amargurado. Ouvi-Me: Sofre uma pena profunda, uma ferida que o dilacera:
Israel, meu povo predileto; Israel pediu a minha condenação, exigiu a minha morte e arvorou a minha cruz.

Israel, por amor de quem flagelei o Egito, flagelou-Me a Mim! Despedacei as suas cadeias, e ele encadeou-Me a mim! Dei-lhe maná no deserto, e corou-Me de espinhos a Mim! Fiz brotar água prodigiosa da pedra, para lhe apagar a sede, e ele insultou a febre abrasadora da minha agonia! Desci do céu, fiquei em arca misteriosa com ele no deserto… tantas vezes o quis abrigar debaixo das minhas asas… e Israel deu-Me a morte.

Porque é que o meu povo continua a despojar-Me da minha realeza? Porque continua ainda a lançar sortes sobre a minha túnica, e a lançar ao vento da irrisão o meu Evangelho de caridade e consolação?

Vede como as multidões se agitam rugindo contra a minha lei… como povos inteiros, seduzidos pela soberba, rasgaram a unidade sagrada da minha doutrina e a túnica inconsútil da minha Igreja!

O meu Coração soluça dentro do peito, ao ouvir, como no átrio de Pilatos, o clamor das nações e dos Estados que Me apontam às turbas sobre este pobre altar, gritando: Não queremos que este reine sobre nós.

Ó Israel, Eu te perdôo!

(BREVE PAUSA)

O meu Vigário é perpetuamente vítima das mofas da turba insensata… Ele é o meu representante na terra… Na sua pessoa continuo eu a ser esbofeteado pelos insultadoras da minha Igreja. E estes insultos são para Mim particularmente dolorosos. Ai daquele que levanta a mão contra o Pontífice, o Ungido do meu Pai!
Detende o seu braço justiceiro… interpondo esta HORA SANTA, em união com o meu ultrajado Coração, pois quero usar de misericórdia.
Sim, para a apostasia de tantas nações: para a descrença pública de tantos Estados: para as afrontas imprudentes ao meu Vigário; para o ódio refinado e legal contra o meu sacerdócio; para a iníqua tolerância e favor dado aos modernos fariseus: para este cúmulo de pecados; para esta pobre e corte que me ferem…; com voz bem uníssona, como duma só alma, rogai piedade ao meu Coração. Invocai a minha misericórdia.

As almas.  Prisioneiro de amor. Jesus Sacramentado, que a nossa oração atravesse as grades do vosso cárcere, e chegue a Vós como incenso de adoração e desagravo, que Vos oferecemos, pelas mãos de Maria Imaculada.
(PAUSA)

Voz de Jesus. — Tudo, no meu amor pelos homens, foi consumado com a instituição da Santa Eucaristia: Tudo! Mas, ah! A ingratidão humana consumou, também para comigo, neste maravilhoso Sacramento, a obra da dor suprema.
Meus filhos, onde estáveis quando sobre o Calvário Eu era envolvido no silêncio duma solidão mais cruel do que a do sepulcro? Amigos do meu Coração, onde estáveis, quando meus olhos velados pelas lágrimas da agonia, só viam semblantes ferozes de verdugos?…  

Onde estáveis vós, então?… E quando, com o pensamento em vós, meus predestinados, tive sede de vos ver unidos à minha alma infinitamente angustiada, porque foram então meus lábios umedecidos com o fel da ausência… da covardia… do esquecimento… da tibieza, por aqueles mesmos que eu convidara para o meu banquete familiar?

Bem o sabeis: esta história não sucedeu só há vinte séculos… Contemplai-Me na Hóstia, e dizei-Me: a ingratidão não é o pão amargo e cotidiano do Deus feito alimento dos homens?… Quanto e em que vos hei contristado na minha prisão voluntária, para selardes as suas portas com o abandono em que se deixa um sepulcro vazio e destruído?…
Oh! Vinde, rodeai-Me, abraçai-vos os meus pés. Quero sentir-vos perto de Mim na agonia mística do meu Coração sacramentado.

Hora desejada, hora bendita e afortunada, esta HORA SANTA, durante a  qual o vosso Deus recupera a sua herança, o preço do seu Sangue!
Eu vos abençôo por que tive fome, e vós, deixando o vosso descanso, viestes dar-Me o pão da caridade… Considero-vos meus porque tive sede, e destes-Me a compaixão das vossas lágrimas; aperto-vos ao meu Coração desolado porque estive tristíssimo na solidão deste cárcere, e viestes fazer-Me deliciosa companhia. Em verdade, em verdade vos digo que os vossos nomes estão escritos para sempre em caracteres de fogo e sangue no mais secreto do meu Coração amante.
Descansai sobre ele, como Eu descanso agora sobre o vosso, filhos prediletos do meu amor!

A alma. — Viemos, ó Mestre, não para repousar, mas para sofrer convosco, para ter parte no vosso cálice, para reparar as culpas que Vos ofendem, e pedir a vinda do vosso Reino! Por isso, com a alma cheia da vossa graça, nós não Vos deixaremos, sem Vos confiar o único desejo dos vossos consoladores e amigos… o de Vos ver reinar, e avançar triunfante por intermédio do vosso Coração… Revelai-Vos a estes vossos humildes apóstolos, para que sintam os ardores inefáveis que só a vossa possessão e o vosso reinado podem apagar.
Cedei, pois, Jesus amantíssimo, e em meio das aflições e sobressaltos da vida.

(Todos repetem em voz alta as palavras em itálico).
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
Nas afeições caducas e enganadoras da terra…
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
Nas desilusões da amizade terrena, nas fraquezas do amor humano…
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
Nas seduções tentadoras da vaidade, nos abrolhos tão freqüentes do caminho…
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
Nas castas e legítimas alegrias dos lares que Vos adoram…
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
Nas veleidades da adulação e da fortuna enganadora…
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
Nas horas de paz da consciência, e nos momentos de remorso salutar…
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
Nas tribulações dos nossos, ao ver sofrer quem amamos…
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
Nos desfalecimentos do coração, quando sentimos o cansaço do exílio
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
Nas incessantes contradições, nos dias da incerteza e de amargo quebranto…
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
No momento da tentação, na hora suprema do apartamento da terra e da última Comunhão…
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!

(PAUSA OU CÂNTICO)

As almas. — Ao ver-Vos, ó Jesus, tão perto e tão benigno, longe de exclamar como o vosso apóstolo: “Afastai-Vos, Senhor, porque somos miseráveis pecadores…” queremos, ao contrário, vir ao vosso encontro encurtar a distância e apertar uma feliz intimidade entre o vosso Coração e os nossos.

(LENTO E PAUSADO)

Vinde, ó Jesus, vinde repousar sobre o nosso amor, quando os soberbos  governantes da terra blasfemarem da vossa Lei e do vosso Nome… recordai-Vos de que somos vossos… de que estamos consagrados à glória do vosso divino Coração!

Vinde, ó Jesus, vinde repousar sobre o nosso amor, quando as multidões, reunidas por Lúcifer e os sectários seus sequazes, assaltarem  os vossos santuários e reclamarem o vosso Sangue… recordai-Vos de que somos vossos… de que estamos consagrados à glória do vosso Divino Coração!…

Vinde, ó Jesus, vinde repousar sobre os vitupérios e as cadeias, com que os poderosos do mundo e presumidos sábios, cujo orgulho condenastes com firmeza, ultrajarem a vossa Igreja… recordai-Vos de que somos vossos… de que estamos consagrados à glória do vosso Divino Coração!…

Vinde, ó Jesus, vinde repousar sobre o nosso amor, quando milhares de cristãos, esquecidos da vossa adorável Pessoa, Vos magoaram cruelmente com a sua ociosa indiferença, que é um frio punhal cravado no vosso peito sacrossanto… Recordai-Vos de que somos vossos… de que estamos consagrados à glória do vosso Divino Coração!…

Vinde, ó Jesus, vinde repousar sobre o nosso amor, quando tantos, que se dizem bons e virtuosos, Vos regateiarem avaramente o seu afeto, Vos  oferecerem uma mesquinha, confidência, e Vos negarem o conforto do seu sacrifício e santidade… recordai-Vos de que somos vossos… de que estamos consagrados à glória do vosso Divino Coração!…

Vinde, ó Jesus, vinde repousar sobre o nosso amor, quando Vos oprimir a deslealdade, quando Vos amargar a tibieza das almas predestinadas, que por vocação deveriam ser inteiramente vossas e santas… então como sempre, nessa hora de desolação sem igual… recordai-Vos de que somos vossos; volvei a nós os vossos olhos tristes e suplicantes e não Vos esqueçais de que somos vossos filhos, consagrados para sempre à glória do vosso Divino Coração!…

Um Padre Nosso e Ave Maria pelas intenções íntimas dos presentes. 
 Um Padre Nosso e Ave Maria pelos agonizantes e pecadores. 
Um Padre Nosso e Ave Maria pelo triunfo universal do Sagrado Coração, especialmente pela Comunhão diária, pela HORA SANTA, e pela Entronização do Sagrado Coração nas famílias).

(PAUSA)

Vós sois, ó Jesus, o Deus escondido. Escondei-Vos na minha alma; e transformado eu noutra Hóstia humilde, fiquemos, Senhor, eternamente unidos, como na Comunhão, como nesta HORA SANTA… Vós no meu pobre coração, e eu perdido para sempre no abismo de luz do vosso Coração sacratíssimo.

Venha a nós o vosso Reino!…

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quinta-feira, 3 de junho de 2021

Na Solenidade do Santíssimo Sacramento do Corpo e Sangue de Cristo - Corpus Christi 'Eis o Mistério da Fé' - 3 de junho

"Anunciamos, Senhor, a vossa morte, e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus"


 

Na Solenidade do Santíssimo Sacramento do Corpo e Sangue de Cristo popularmente conhecida como Corpus Christi, a ser celebrada na quinta-feira, 3, a Igreja Católica manifesta publicamente o “mistério da fé” que, como ensina o Catecismo, é a “fonte e ápice da vida cristã”. “Na santíssima Eucaristia está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, isto é, o próprio Cristo, nossa Páscoa”, reforça o Catecismo.

Instituída por Jesus Cristo na Última Ceia, a Eucaristia perpetua o sacrifício da cruz na Igreja ao longo dos séculos. Essa verdade é expressa com clareza nas palavras com que o povo, durante a missa, após a consagração do pão e do vinho, responde à proclamação “Eis o mistério da fé”, dizendo, “Anunciamos, Senhor, a vossa morte, e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus”.

Quando a Igreja celebra a Eucaristia, o acontecimento central de salva- ção se faz realmente presente e “realizase também a obra da nossa redenção”, como expressou São João Paulo II, na encíclica Ecclesia de Eucharistia (2003). “Esta é a fé que as gerações cristãs viveram ao longo dos séculos, e que o magistério da Igreja tem continuamente reafirmado com jubilosa gratidão por dom tão inestimável”, acrescentou.

O santo sacrifício eucarístico torna presente não só o mistério da paixão e morte de Jesus, mas também o misté- rio da sua ressurreição. Por estar vivo e ressuscitado é que Cristo pode tornarse “pão da vida” (Jo 6, 35.48). Tal verdade de fé era proclamada pelos padres e doutores dos primórdios da Igreja. Santo Ambrósio lembrava aos cristãos recém-batizados: “Se hoje Cristo é teu, Ele ressuscita para ti cada dia”. Já São Cirilo de Alexandria sublinhava que a participação na Eucaristia “é uma verdadeira confissão e recordação de que o Senhor morreu e voltou à vida por nós e em nosso favor”.

Presença real
É certo que Jesus ressuscitado está presente na Igreja de diversas maneiras, na sua Palavra, na oração da Igreja – “onde dois ou três estão reunidos em Meu nome...” (Mt 18,20) –, nos pobres, nos doentes, nos prisioneiros, nos seus sacramentos, dos quais é o autor, e na pessoa do ministro ordenado que preside a Santa Missa. Mas, a doutrina católica ressalta que é sobretudo sob as espécies eucarísticas que o Senhor manifesta sua presença por excelência.

Pelas palavras de Jesus na Última Ceia e pela invocação do Espírito Santo na celebração da missa, o pão e o vinho se tornam verdadeiramente o corpo e o sangue de Cristo. O Concílio de Trento afirma que na Eucaristia estão “contidos, verdadeira, real e substancialmente, o corpo, o sangue, a alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo”, ou seja, “Cristo completo”.

A doutrina católica ensina, ainda, que pela consagração do pão e do vinho “opera-se a conversão de toda a substância do pão na substância do corpo de Cristo Nosso Senhor, e de toda a substância do vinho na substância do seu sangue”; a esta mudança, a Igreja Católica chama de “transubstanciação”.

Na oração do Ângelus de 16 de agosto de 2015, o Papa Francisco ressaltou que a Eucaristia não é uma oração privada ou uma bonita experiência espiritual, nem uma simples comemoração daquilo que Jesus fez na Última Ceia. “Nós dizemos, para entender bem, que a Eucaristia é ‘memorial’, ou seja, um gesto que atualiza e torna presente o evento da morte e ressurreição de Jesus: o pão é realmente o seu Corpo oferecido por nós, o vinho é realmente o seu Sangue derramado por nós”.

Comunhão
O ápice da participação na Eucaristia é a comunhão. É o próprio Jesus que convida: “Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós” (Jo 6,53).

O principal fruto da comunhão eucarística é a união íntima com Cristo Jesus. “De fato, o Senhor diz: ‘Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele’ (Jo 6,56). A vida em Cristo tem o seu fundamento no banquete eucarístico: ‘Assim como o Pai, que vive, me enviou, e Eu vivo pelo Pai, também o que me come viverá por Mim’ (Jo 6,57) ”, recorda o Catecismo, que enfatiza, ainda, que a comunhão da carne de Cristo Ressuscitado conserva, aumenta e renova a vida da graça recebida no Batismo.

 A comunhão também afasta o fiel do pecado. “O corpo de Cristo que recebemos na comunhão é ‘entregue por nós’ e o sangue que nós bebemos é ‘derramado pela multidão, para remissão dos pecados’. É por isso que a Eucaristia não pode unir-nos a Cristo sem nos purificar, ao mesmo tempo, dos pecados cometidos, e nos preservar dos pecados futuros”, reforça o Catecismo.

Os que recebem a Eucaristia ficam mais estreitamente unidos a Cristo, que une todos os fiéis num só corpo: a Igreja. Como afirma o Apóstolo São Paulo: “O cálice da bênção que abençoamos, não é comunhão com o sangue de Cristo? O pão que partimos não é comunhão com o corpo de Cristo? Uma vez que há um único pão, nós, embora muitos, somos um só corpo, porque participamos desse único pão” (1Cor 10, 16-17).

Como também ensina São Paulo, para receber o corpo e o sangue de Cristo, é necessária a devida preparação. “Quem comer o pão ou beber do cálice do Senhor indignamente será réu do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, cada qual a si mesmo e, então, coma desse pão e beba deste cálice; pois quem come e bebe, sem discernir o corpo do Senhor, come e bebe a própria condenação” (1Cor 11, 27-29). Nesse sentido, a Igreja exorta os que tiverem consciência de um pecado grave a receber o sacramento da Reconciliação antes de se aproximarem da Sagrada Comunhão, com o fim de evitarem um sacrilégio e usufruírem das graças infinitas de tão admirável dom.

Reverência
Justamente pelo fato da real e substancial presença de Jesus Cristo na Eucaristia, a Igreja ensina os fiéis a expressarem essa fé com reverência e devoção, dentre outras maneiras, ajoelhando-se ou inclinando-se profundamente em sinal de adoração ao Senhor diante do Santíssimo Sacramento. “A Igreja Católica sempre prestou e continua a prestar este culto de adoração que é devido ao sacramento da Eucaristia, não só durante a missa, mas também fora da sua celebração: conservando com o maior cuidado as hóstias consagradas, apresentando-as aos fiéis para que solenemente as venerem, e levando-as em procissão”, destaca o Catecismo.

Quanto ao gesto ou posição para a comunhão, a instrução Redemptionis Sacramentum (2004) recorda a orientação de que os fiéis comunguem de joelhos ou de pé, mas quando comungarem de pé, “recomenda-se fazer, antes de receber o Sacramento, a devida reverência”.

O documento também ressaltou que todo fiel tem sempre direito a escolher se deseja receber a Sagrada Comunhão na boca ou na mão, onde as conferências episcopais locais tenham permitido, como é o caso do Brasil. No entanto, quando a comunhão é recebida na mão, recomenda-se que haja especial cuidado e que a hóstia seja consumida imediatamente diante do ministro – o fiel não deve retornar para seu assento com as espécies eucarísticas na mão. Tal cuidado não só expressa a devida reverência para com o Santíssimo Sacramento como também evita o perigo de profanações e sacrilégios por parte de pessoas mal intencionadas que podem tomar a Eucaristia para fins escusos.

Adoração
A presença de Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento não se restringe à celebração da missa, mas permanece na reserva eucarística. No princípio, o sacrário ou tabernáculo era destinado a guardar a Eucaristia de maneira digna para ser levada aos enfermos e aos fiéis ausentes à missa por razões graves. Com o aprofundamento da fé na presença real de Cristo na sua Eucaristia, a Igreja tomou consciência do sentido da adoração silenciosa do Senhor, presente sob as espécies sagradas. “O ato de adoração fora da Santa Missa prolonga e intensifica aquilo que se fez na própria celebração litúrgica”, explicou o Papa Bento XVI, na exortação apostólica Sacramentum Caritatis (2007).

 A visita ao Santíssimo Sacramento presente nos sacrários das igrejas permite o encontro pessoal de cada fiel com Jesus e o coloca em comunhão com toda a Igreja, que se reúne em torno da Eucaristia. Por isso, além de convidar cada um dos fiéis a encontrar pessoalmente tempo para se demorar em oração diante do sacramento do altar, a Igreja motiva as paróquias, comunidades e grupos eclesiais a promoverem momentos de adoração comunitária.

Em muitas cidades, há igrejas e santuários eucarísticos, onde o Santíssimo Sacramento fica exposto permanentemente para a adoração dos fiéis. No centro de São Paulo, por exemplo, a Paróquia Santa Ifigênia e a Igreja Nossa Senhora da Boa Morte realizam adorações perpétuas. Muitas outras igrejas promovem semanalmente adorações, geralmente às quintas-feiras, em recordação da Instituição da Eucaristia.

Na carta Dominicae Cenae (1980), São João Paulo II enfatizou: “A Igreja e o mundo têm grande necessidade do culto eucarístico. Jesus espera-nos neste sacramento do amor. Não regulemos o tempo para estar com Ele na adoração, na contemplação cheia de fé e disposta a reparar as faltas graves e os pecados do mundo. Que a nossa adoração não cesse jamais”.

Arquidiocese de São Paulo -  Transcrito


Oração Final para todas as Nove Primeiras Sextas-feiras

Oração Final para todas as Nove Primeiras Sextas-feiras

         Jesus meu, vos dou meu coração..., Consagro-vos toda minha vida..., em vossas mãos ponho a eterna sorte de minha alma... e vos peço a graça especial de fazer minhas nove primeiras sextas-feiras com todas as disposições necessárias para ser participante da maior de vossas promessas, a fim de ter a sorte de voltar um dia a ver-vos no céu. Amém.

Primeira Sexta-Feira: Eu te prometo, na excessiva misericórdia de meu coração, que meu amor onipotente concederá a todos os que comunguem nas primeiras sextas-feiras de mês, durante nove meses consecutivos, a graça da penitência final, e que não morram em minha desgraça, nem sem receber os Santos Sacramentos, assegurando-lhes minha assistência na hora final. 
 
         Oh! bom Jesus, que prometestes assistir em vida, e especialmente na hora da morte, a quem invoque com confiança vosso Divino Coração! Vos ofereço a comunhão do presente dia, a fim de obter por intercessão de Maria Santíssima, vossa Mãe, a graça de poder fazer este ano as nove primeiras sextas-feiras que devem ajudar-me a merecer o céu e alcançar una santa morte. Amém.


Oração Final ...

Segunda Sexta-Feira: Lhes darei todas as graças necessárias a seu estado.  
Jesus misericordioso, que prometestes, a quantos invoquem confiantes vosso Sagrado Coração, dar-lhes as graças necessárias a seu estado: vos ofereço minha comunhão do presente dia para alcançar, pelos méritos e intercessão de vosso Coração Sacratíssimo, a graça de uma terna, profunda e inquebrantável devoção a Virgem Maria.
Sendo constante em invocar a valiosa providencia de Maria, Ela me      alcançará o amor a Deus, o comprimento fiel de meus deveres e a perseverança final. Amém.

Oração Final ...

Terceira Sexta-Feira: Porei paz nas famílias. Abençoarei os lugares donde se venera a imagem de meu coração.
Jesus amantíssimo, que prometestes abençoar as casas onde se venera a imagem de vosso Sagrado Coração, eu quero que ela reine em meu lar; vos ofereço a comunhão do presente dia para alcançar por vossos méritos e pela intercessão de vossa Santa Mãe que todos e cada um dos membros de minha família conheçam seus deveres; os cumpram fielmente e consigam entrar no céu, com as mãos repletas de boas obras.
 
Oh! Jesus, que vos empenhais em tirar de nossos lares as discussões, as enfermidades e a miséria!
Fazei que, nossa vida seja uma não interrompida ação de graças por tantos benefícios. Amém.
 
Oração Final ...

Quarta Sexta-Feira: Serei seu consolo em todas as tribulações. 
Jesus meu, que prometestes consolo a quantos a Vós recorram em suas tribulações: vos ofereço minha comunhão do presente dia para alcançar de vosso Sagrado Coração e do Coração Imaculado de vossa Mãe Santíssima a graça de vir ao Sacrário a pedir força e consolo quantas vezes me visitem as penas.
Oh! Jesus, oh! Maria, consolai e salvai aos que sofrem!

Fazei que nenhuma de suas dores os perda para o céu! Amém.

Oração Final ...

Quinta Sexta-Feira: Derramarei copiosas benções em todas as suas empresas. 
Jesus meu, que prometestes abençoar os trabalhos de quantos invoquem confiantes vosso Divino Coração: vos ofereço a comunhão do presente dia para alcançar por vossa Santíssima Mãe a graça de que abençoe meus estudos..., minhas provas..., meu trabalho..., e todos os trabalhos de minha vida.
Renovo o inquebrantável propósito de oferecer-vos cada manhã ao levantar-me, e por intermédio da Santíssima Virgem, as obras e trabalhos do dia..., e de trabalhar com empenho e constância para engrandecer-vos e alcançar em recompensa o céu. Amém.


Oração Final ...

Sexta Sexta-Feira: Os pecadores acharão em meu coração um oceano de misericórdia
         Sagrado Coração de Jesus, sempre aberto aos pecadores arrependidos: vos ofereço a comunhão do presente dia para alcançar por vossos méritos infinitos e pelos de vossa Santíssima Mãe a conversão de quantos trilham o caminho do mal.
Vos suplico, bom Jesus!, inundeis os seus corações de uma grande dor de haver-vos ofendido. Fazei que vos conheçam e vos amem.

Dispensai-me a graça de amar-vos mais e mais e em todos os instantes de minha vida, para consolar-vos e reparar a ingratidão de quem vos tem esquecido. Amém.
 
Oração Final ...


Sétima Sexta-Feira: As almas tíbias acharão fervor. As almas fervorosas chegarão logo a perfeição.
Sem vosso auxilio, Jesus meu, não podemos avançar no caminho do bem.
Senhor, por intermédio da Virgem Maria, vos ofereço a comunhão deste dia para que aviveis em minha alma o amor a vosso Coração Sagrado e concedais este amor a quantos não o sentem.

Ajudado de vossa divina graça lutarei, Senhor, para que cada semana..., cada mês..., avance um pouco na virtude que mais necessito. Amém.

Oração Final ...

Oitava Sexta-Feira: Darei a quantos trabalham pela salvação das almas o dom de abrandar os corações mais endurecidos.

Sagrado Coração de Jesus, que prometestes inspirar aos que trabalham pela salvação das almas aquelas palavras que consolam, comovem e convertem os corações; vos ofereço minha comunhão de hoje para alcançar, mediante a intercessão de Maria Santíssima, a graça de saber consolar aos que sofrem e a graça de voltar a Vós, Senhor, aos que vos tem abandonado.

Doce Salvador meu, concedei-me e ajudai-me a salvar almas!
São tantos e tantos os desgraçados que empurram aos demais pelo caminho do vicio e do inferno!

Fazei , Senhor, que empenhe toda minha vida em fazer melhores aos que me rodeiam e em levá-los comigo ao céu. Amém.

 Oração Final ...

Nona Primeira Sexta-Feira: Guardarei recordação eterna de quanto uma alma haja feito para a maior glória de meu coração. Os que propaguem esta devoção terão seu nome escrito em meu coração, de onde não será apagado. 
         Vos ofereço, Jesus meu, a comunhão do presente dia para alcançar a graça de saber infundir na alma de quantos me rodeiam ilimitada confiança em vosso Coração Divino.
Dai-me quanto necessito para levar a Vós aos que lutam..., aos que       choram..., aos caídos..., aos moribundos... e dignai-vos, oh! Jesus!, escrever hoje meu nome em vosso Coração e dizer aos anjos que rodeiam vosso Tabernáculo:
"Este nome é o de um devoto que, amando-me muito, quer consolar-me do esquecimento e ingratidão de tantos homens." Amém.

Oração Final ...

quinta-feira, 2 de julho de 2020

HORA SANTA – MÊS de JULHO- R. P. MATÉO GRAWLEI-BOEVEY dos Sagrados Corações (PICPUS)

HORA SANTA – MÊS de JULHO- R. P. MATÉO GRAWLEI-BOEVEY dos Sagrados Corações (PICPUS)

ULTRAJES PÚBLICOS A NOSSO SENHOR

Que afortunada surpresa a dos infelizes que na volta dum caminho se encontravam de repente com Jesus, lá na Palestina! Que imensa consolação para esses privilegiados de Jerusalém, de Naím, de Betânia, dirigir e derramar com plena liberdade, naquele instante propício, as suas  súplicas e lágrimas sobre o Coração de Jesus!

Também nós, nesta hora bendita, somos do número desses felizes privilegiados… Aqui Vos encontramos Jesus de Nazaré e do Tabernáculo. Reparai em nós: Vivemos em vossa procura, para nos confortarmos um instante, à sombra deliciosa do vosso Sacrário… E viemos também para defender a vossa causa. Um bramido de raiva e blasfêmia advertiu-nos de que os vossos inimigos jurados não Vos dão tréguas em Vos arrancar às almas e à sociedade. Se haveis de sofrer, agonizar e morrer, ó Jesus, eis aqui um pequeno rebanho que quer ser ferido ao lado e por causa do Pastor.

Vós o dissestes, com a alma trasbordando de amargura, à vossa serva Margarida Maria: “Quero repartir a minha agonia; tenha necessidade de corações vítimas”. Disponha de nós, Senhor. Nós amamos-Vos ardentemente. Nós amamos-Vos ardentemente. Nós todos Vos amamos.

(BREVE PAUSA)

Correi, Senhor, o véu que nos oculta o Santo dos Santos: o vosso Divino Coração… Permiti aos vossos filhos meditar durante esta HORA SANTA os sofrimentos que Vos causam os ultrajes dos homens, e a dor que provais no ódio daqueles que o vosso Sangue remiu! Acendei a vossa luz nas nossas almas, e deixai-nos, seguir-Vos passo a passo nesta incruenta Rua Dolorosa, que começa nas sombras de Getsemani, para acabar no último dia do mundo…

Não obstante a nossa indignidade, permiti aos vossos confidentes e consoladores participarem do cálice dos vossos opróbrios e agonia… Dai-nos, ó amável prisioneiro, um só privilégio: de Vos amarmos na ignomínia da vossa Paixão de nos unirmos, durante esta HORA SANTA, à vossa agonia, de Vos consolarmos até a morte, no Getsemani perpétuo do vosso Coração sacramentado… e expirar sobre ele em íntima comunhão de reparação e de amor.

(Peçamos luz e amor para contemplar Jesus Cristo no misterioso sacrifício da Eucaristia).

(PAUSA)

Voz de Jesus Cristo. — Alma diletíssima: na Hóstia onde me vês, Eu vivo silencioso e mudo perpetuamente arrastado perante osCoração de Jesus modernos… Não ouves o insolente interrogatório que me fazem suportar, a Mim que sou o Poder supremo, a Verdade, e o Mestre único?… E calo por teu amor, por ti, a quem salvo, sofrendo a condenação ignominiosa dos poderosos da terra, juízes dos homens, não, porém da minha doutrina… 

Eles ambicionam uma autoridade tirânica, para a exercer contra Mim. E Eu sou perpetuamente a sua Vítima… Para eles o trono, para Mim o banco dos réus; para eles o cetro de ouro, para mim a cana de irrisão; para eles o aplauso das turbas, para Mim a corte do desprezo, e a túnica branca dos loucos; para eles o diadema e as homenagens, para Mim a coroa de espinhos, os impropérios, o esquecimento: sempre o esquecimento!
E, se talvez, em meio das suas falsas grandezas, estes poderosos da terra recordam a minha Realeza, o meu nome vai desencadear tempestades de ódio, perseguição e blasfêmia… E eis aí como sou chamado perante o juízo do mundo, do mundo que vive porque Eu o consinto!
Mas calo… Na Eucaristia sou a encarnação da misericórdia e do amor. Esta revolta contra a minha soberania… Este desconhecimento da minha  realeza soberana nas leis que regem os povos são um ultraje direto e uma blasfêmia contra Mim, que Me deixo estar, apesar de tudo, entre os homens, aniquilado, embora onipotente, no Sacramento do Altar.
Esta injúria, não é ela acaso um verdadeiro desafio ao Deus da Eucaristia, que te fala desde o seu Tabernáculo, trocado tanta vez em Pretório de Pilatos?… Aqui suporto, sem Me queixar, as afrontas dos escravos e as mofas dos vilões. Aqui ninguém Me vem buscar, senão quando os tribunais da terra decretam flagelar-Me para Me apresentarem depois ensangüentado ao furor das turbas…
O meu divino Coração sente-se consolado com as vossas reparações! Durante esta HORA SANTA o amor ardente dos meus compensa-Me das irrisões dos poderosos. Vós, ricos humildes, e pobres resignados, sois o bálsamo das minhas feridas. Desde aqui vos abençôo, amigos fidelíssimos. Falai, meus filhos! Pedi milagres ao meu amor, vós os predestinados do meu Coração. Falai, Eu sou o Rei das misericórdias infinitas.

(PAUSA)

As almas. — Senhor Jesus, a vossa alma, sensível à nossa fidelidade, oferece-nos milagres e perdão! Dignai-vos, portanto, espalhar as graças da vossa luz sobre os poderosos, os governantes, os ricos, que associados à vossa autoridade, carecem conhecer-Vos, ó Jesus na vossa Eucaristia, e proclamar que aceitam a vossa autoridade redentora, manancial de paz e salvação.
Em reparação das afrontas que padecestes diante do iníquo Herodes, e das que suportais nos palácios dos grandes da terra…

(Todos repetem em voz alta as palavras em itálicos).
Realizai as vossas promessas de vitória, ó Divino Coração!
Nas assembléias, onde se fazem as leis, e nos tribunais da justiça humana, tão sujeitos a erro…
Realizai as vossas promessas de vitória, ó Divino Coração!
Na consciência tão versátil e tortuosa dos que presidem aos destinos das nações…
Realizai as vossas promessas de vitória, ó Divino Coração!
Nos conselhos de tantos governantes que se levantam contra o vosso Calvário…
Realizai as vossas promessas de vitória, ó Divino Coração!
Nas sedições populares, exploradas para ultrajar a vossa doutrina…
Realizai as vossas promessas de vitória, ó Divino Coração!
Na colisão de tantos interesses, em que os miseráveis especuladores da terra só buscam o triunfo da fortuna e do orgulho…
Realizai as vossas promessas de vitória, ó Divino Coração!
Nas conjurações diabólicas, medidas na sombra contra o vosso sacerdócio e a vossa Igreja…
Realizai as vossas promessas de vitória, ó Divino Coração!
Na imprudente quietação de tantos cristãos na apatia e indolência de muitos que pretendem adorar-Vos e ser fiéis, sem Vos seguirem até ao Calvário…
Realizai as vossas promessas de vitória, ó Divino Coração!
Na ambição desenfreada de grandeza e luxo, que seduz um grande número de almas infelizes. à custa do vosso Sangue redentor e da sua eterna condenação…
Realizai as vossas promessas de vitória, ó Divino Coração!

(PAUSA OU CÂNTICO)

Voz de Jesus. — Eu sou a santidade assim o afirmais ajoelhados diante da minha Hóstia; assim o proclama o Céu unindo-se durante esta HORA SANTA às vossas humildes adorações… Eu sou a santidade, e, todavia Barrabás foi-Me preferido… Ah! E quantas vezes esta ímpia preferência se repete por ódio, desprezo… Esquecimento!

Tal afronta abre uma ferida cruel no meu Coração: apesar disso Eu contínuo no Tabernáculo, Deus de humildade O mundo frívolo e vão que vive de soberba, não compreende Deus aniquilado, nascido num estábulo. Reparai como as almas orgulhosas passam diante do meu Altar, afadigadas, sequiosas de ostentação e ávidas da estima e dos aplausos dos homens. Passam… e preferem-Me uma honra toda impostura…

Assim vivo retirado na sombra do meu Santuário, e ergo de cá a minha voz: Aprendei de Mim que sou humilde e pobre… Sim, sou pobre, pois renunciei a todos os bens da terra para vos comprar os tesouros do Paraíso. Fiz-Me pobre e mendigo… e eis aí está porque sou desprezado pelo mundo ambicioso de ouro e do seu falaz esplendor. Que valho Eu, que nasci na pobreza de Belém, vivi na obscuridade de Nazaré, expirei na nudez do Calvário, e Me perpetuo nos aniquilamentos da Eucaristia?

Por amor Me fiz pobre, e por bem amarga e inverossímil contradição sou um pobre desprezado, a quem se prefere a miserável riqueza do mundo.

(BREVE PAUSA)

Estou coberto de feridas… Minhas mãos, que chamam e abençoam atravessadas… Meus pés trespassados… A minha fronte dilacerada… A boca lívida… escurecidos os olhos… ensangüentado o corpo… o Lado aberto… Ah! como se arrepiam os mortais à vista de um Deus derramando sangue, eles, que já desde o exílio querem as delícias dum paraíso antecipado… Quem Me reduziu a tal estado? O amor que vos consagro, e a sede, em que o mundo arde, de gozos e prazeres.

No meu santuário, onde permaneço, dou-Vos a paz e a felicidade, mas através de espinhos e de Cruz. Onde estão os meus amigos, os meus fiéis, os meus discípulos? Onde estão? Para onde foram? Abandonaram-Me para ir à cata do prazer!… Preferem-me o lodo da culpa. Barrabás o último dos homens, triunfa no mundo com os orgulhosos, libertinos, corruptores da infância, depravadores do povo, envenenadores da imprensa… Barrabás triunfa exaltado por quantos Me renegam e amaldiçoam nas leis… Políticos desleais, ambiciosos de subir para lançarem sobre Mim a ignomínia e a blasfêmia; poderosos, aclamados pelo mundo, que lhes atira flores e oferece palmas de vitória…

E Eu, Jesus, quedo-Me solitário no meu Sacrário, preso do meu Amor, abandonado dos bons, renegado dos pusilânimes, esquecido da maior parte… condenado pelos governantes indignos, flagelado pela turbas levantadas contra Mim… Amei os meu filhos até a morte… e os da minha casa preferiram-Me o pó e a lama dos caminhos.
Considerai e vede se há dor semelhante à minha dor!…

(PAUSA)

As almas. — Ó Jesus, não é o discípulo acima do seu mestre… Vós que nos destes o exemplo, quereis que Vos sigamos levando com amor a cruz que salva. Nós pedimos-Vos essa graça nesta HORA SANTA, com a abrasada caridade de Maria, Senhora das Dores; com o fervor de Margarida Maria. Sim, nós abraçamos a cruz pelo triunfo do vosso Coração na Santíssima Eucaristia. Escutai-nos, ó Jesus desde essa Hóstia; nós vimos oferecer-Vos a oração de Getsemani, que é a oração do vosso aniquilamento do Altar. Escutai-nos com a vossa doce benignidade.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a glória de ser pospostos a todos, por amor do vosso Coração dolorido.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a alegria de ser confundidos por amor do vosso amargurado Coração.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a graça de ser esquecidos por causadeo vosso Coração misericordiosos.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a honra imerecida de ser desprezados por amor do vosso Coração angustiado.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a recompensa de sermos escarnecidos pela glória do vosso Coração ferido.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a ambicionada felicidade de ser injuriado pelo triunfo do vosso Coração adorado.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a incomparável gozo de ser um dia perseguidos pelo amor do vosso Divino Coração.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a coroa de ser caluniados nos apostolado do vosso Coração Sagrado.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a amável regalia de ser atraiçoados em holocausto ao vosso Divino Coração.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Dai-nos a honra de ser aborrecidos em união com o vosso Coração agonizante.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Dai-nos o privilégio de ser condenados pelo mundo, por viver unidos ao vosso Coração Sagrado.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a graça suprema de ser fiéis com sacrifício de nós mesmo até ao holocausto, em reparação fervorosa junto do vosso Coração imolado.

Oh! Sim, nós Vo-lo suplicamos: concedei-nos receber com amor a parte que nos toca nos vilipêndios e da agonia do vosso Coração Sacramentado…
Consolai-Vos. Mestre amantíssimo: cada um de nós quer dirigir-Vos uma palavra de humildade e de confiança, protestando que só Vos sois o seu único bem e toda a sua esperança!…

(BREVE PAUSA)

Que tenho eu, ó Senhor, que Vós me não tenhais dado?
Que sei eu, que Vós me não tenhais ensinado?
Que valho eu, não estando perto de Vós?
Que mereço eu, se não estou unido a Vós?
Perdoai-me os erros que contra Vós hei cometido.
Criastes-me, sem eu o merecer,
Remistes-me sem eu o pedir,
Muito fizeste, criando-me,
Muito mais, remindo-me,
Pois o sangue que derramastes,
E a acerba morte que padecestes,
Não foi pelos anjos, que Vos louvam,
Mas por mim e pelos pecadores que Vos ofendem.
Se Vos reneguei, deixai-me reconhecer-Vos;
Se Vos injuriei, deixai-me houver-Vos;
Se Vos ofendi, deixai-me Servir-Vos;
Pois a vida que se não emprega em vosso serviço, mais é morte do que vida.

(PAUSA)

Voz de Jesus.  Como todos que estais aqui comigo sois meus íntimos amigos, vou desafogar diante de vós o meu Coração amargurado. Ouvi-Me: Sofre uma pena profunda, uma ferida que o dilacera:
Israel, meu povo predileto; Israel pediu a minha condenação, exigiu a minha morte e arvorou a minha cruz.

Israel, por amor de quem flagelei o Egito, flagelou-Me a Mim! Despedacei as suas cadeias, e ele encadeou-Me a mim! Dei-lhe maná no deserto, e corou-Me de espinhos a Mim! Fiz brotar água prodigiosa da pedra, para lhe apagar a sede, e ele insultou a febre abrasadora da minha agonia! Desci do céu, fiquei em arca misteriosa com ele no deserto… tantas vezes o quis abrigar debaixo das minhas asas… e Israel deu-Me a morte.

Porque é que o meu povo continua a despojar-Me da minha realeza? Porque continua ainda a lançar sortes sobre a minha túnica, e a lançar ao vento da irrisão o meu Evangelho de caridade e consolação?

Vede como as multidões se agitam rugindo contra a minha lei… como povos inteiros, seduzidos pela soberba, rasgaram a unidade sagrada da minha doutrina e a túnica inconsútil da minha Igreja!

O meu Coração soluça dentro do peito, ao ouvir, como no átrio de Pilatos, o clamor das nações e dos Estados que Me apontam às turbas sobre este pobre altar, gritando: Não queremos que este reine sobre nós.

Ó Israel, Eu te perdôo!

(BREVE PAUSA)

O meu Vigário é perpetuamente vítima das mofas da turba insensata… Ele é o meu representante na terra… Na sua pessoa continuo eu a ser esbofeteado pelos insultadoras da minha Igreja. E estes insultos são para Mim particularmente dolorosos. Ai daquele que levanta a mão contra o Pontífice, o Ungido do meu Pai!
Detende o seu braço justiceiro… interpondo esta HORA SANTA, em união com o meu ultrajado Coração, pois quero usar de misericórdia.
Sim, para a apostasia de tantas nações: para a descrença pública de tantos Estados: para as afrontas imprudentes ao meu Vigário; para o ódio refinado e legal contra o meu sacerdócio; para a iníqua tolerância e favor dado aos modernos fariseus: para este cúmulo de pecados; para esta pobre e corte que me ferem…; com voz bem uníssona, como duma só alma, rogai piedade ao meu Coração. Invocai a minha misericórdia.

As almas.  Prisioneiro de amor. Jesus Sacramentado, que a nossa oração atravesse as grades do vosso cárcere, e chegue a Vós como incenso de adoração e desagravo, que Vos oferecemos, pelas mãos de Maria Imaculada.
(PAUSA)

Voz de Jesus. — Tudo, no meu amor pelos homens, foi consumado com a instituição da Santa Eucaristia: Tudo! Mas, ah! A ingratidão humana consumou, também para comigo, neste maravilhoso Sacramento, a obra da dor suprema.
Meus filhos, onde estáveis quando sobre o Calvário Eu era envolvido no silêncio duma solidão mais cruel do que a do sepulcro? Amigos do meu Coração, onde estáveis, quando meus olhos velados pelas lágrimas da agonia, só viam semblantes ferozes de verdugos?…  

Onde estáveis vós, então?… E quando, com o pensamento em vós, meus predestinados, tive sede de vos ver unidos à minha alma infinitamente angustiada, porque foram então meus lábios umedecidos com o fel da ausência… da covardia… do esquecimento… da tibieza, por aqueles mesmos que eu convidara para o meu banquete familiar?

Bem o sabeis: esta história não sucedeu só há vinte séculos… Contemplai-Me na Hóstia, e dizei-Me: a ingratidão não é o pão amargo e cotidiano do Deus feito alimento dos homens?… Quanto e em que vos hei contristado na minha prisão voluntária, para selardes as suas portas com o abandono em que se deixa um sepulcro vazio e destruído?…
Oh! Vinde, rodeai-Me, abraçai-vos os meus pés. Quero sentir-vos perto de Mim na agonia mística do meu Coração sacramentado.

Hora desejada, hora bendita e afortunada, esta HORA SANTA, durante a  qual o vosso Deus recupera a sua herança, o preço do seu Sangue!
Eu vos abençôo por que tive fome, e vós, deixando o vosso descanso, viestes dar-Me o pão da caridade… Considero-vos meus porque tive sede, e destes-Me a compaixão das vossas lágrimas; aperto-vos ao meu Coração desolado porque estive tristíssimo na solidão deste cárcere, e viestes fazer-Me deliciosa companhia. Em verdade, em verdade vos digo que os vossos nomes estão escritos para sempre em caracteres de fogo e sangue no mais secreto do meu Coração amante.
Descansai sobre ele, como Eu descanso agora sobre o vosso, filhos prediletos do meu amor!

A alma. — Viemos, ó Mestre, não para repousar, mas para sofrer convosco, para ter parte no vosso cálice, para reparar as culpas que Vos ofendem, e pedir a vinda do vosso Reino! Por isso, com a alma cheia da vossa graça, nós não Vos deixaremos, sem Vos confiar o único desejo dos vossos consoladores e amigos… o de Vos ver reinar, e avançar triunfante por intermédio do vosso Coração… Revelai-Vos a estes vossos humildes apóstolos, para que sintam os ardores inefáveis que só a vossa possessão e o vosso reinado podem apagar.
Cedei, pois, Jesus amantíssimo, e em meio das aflições e sobressaltos da vida.

(Todos repetem em voz alta as palavras em itálico).
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
Nas afeições caducas e enganadoras da terra…
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
Nas desilusões da amizade terrena, nas fraquezas do amor humano…
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
Nas seduções tentadoras da vaidade, nos abrolhos tão freqüentes do caminho…
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
Nas castas e legítimas alegrias dos lares que Vos adoram…
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
Nas veleidades da adulação e da fortuna enganadora…
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
Nas horas de paz da consciência, e nos momentos de remorso salutar…
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
Nas tribulações dos nossos, ao ver sofrer quem amamos…
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
Nos desfalecimentos do coração, quando sentimos o cansaço do exílio
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
Nas incessantes contradições, nos dias da incerteza e de amargo quebranto…
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
No momento da tentação, na hora suprema do apartamento da terra e da última Comunhão…
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!

(PAUSA OU CÂNTICO)

As almas. — Ao ver-Vos, ó Jesus, tão perto e tão benigno, longe de exclamar como o vosso apóstolo: “Afastai-Vos, Senhor, porque somos miseráveis pecadores…” queremos, ao contrário, vir ao vosso encontro encurtar a distância e apertar uma feliz intimidade entre o vosso Coração e os nossos.

(LENTO E PAUSADO)

Vinde, ó Jesus, vinde repousar sobre o nosso amor, quando os soberbos  governantes da terra blasfemarem da vossa Lei e do vosso Nome… recordai-Vos de que somos vossos… de que estamos consagrados à glória do vosso divino Coração!

Vinde, ó Jesus, vinde repousar sobre o nosso amor, quando as multidões, reunidas por Lúcifer e os sectários seus sequazes, assaltarem  os vossos santuários e reclamarem o vosso Sangue… recordai-Vos de que somos vossos… de que estamos consagrados à glória do vosso Divino Coração!…

Vinde, ó Jesus, vinde repousar sobre os vitupérios e as cadeias, com que os poderosos do mundo e presumidos sábios, cujo orgulho condenastes com firmeza, ultrajarem a vossa Igreja… recordai-Vos de que somos vossos… de que estamos consagrados à glória do vosso Divino Coração!…

Vinde, ó Jesus, vinde repousar sobre o nosso amor, quando milhares de cristãos, esquecidos da vossa adorável Pessoa, Vos magoaram cruelmente com a sua ociosa indiferença, que é um frio punhal cravado no vosso peito sacrossanto… Recordai-Vos de que somos vossos… de que estamos consagrados à glória do vosso Divino Coração!…

Vinde, ó Jesus, vinde repousar sobre o nosso amor, quando tantos, que se dizem bons e virtuosos, Vos regateiarem avaramente o seu afeto, Vos  oferecerem uma mesquinha, confidência, e Vos negarem o conforto do seu sacrifício e santidade… recordai-Vos de que somos vossos… de que estamos consagrados à glória do vosso Divino Coração!…

Vinde, ó Jesus, vinde repousar sobre o nosso amor, quando Vos oprimir a deslealdade, quando Vos amargar a tibieza das almas predestinadas, que por vocação deveriam ser inteiramente vossas e santas… então como sempre, nessa hora de desolação sem igual… recordai-Vos de que somos vossos; volvei a nós os vossos olhos tristes e suplicantes e não Vos esqueçais de que somos vossos filhos, consagrados para sempre à glória do vosso Divino Coração!…

Um Padre Nosso e Ave Maria pelas intenções íntimas dos presentes. 
 Um Padre Nosso e Ave Maria pelos agonizantes e pecadores. 
Um Padre Nosso e Ave Maria pelo triunfo universal do Sagrado Coração, especialmente pela Comunhão diária, pela HORA SANTA, e pela Entronização do Sagrado Coração nas famílias).

(PAUSA)

Vós sois, ó Jesus, o Deus escondido. Escondei-Vos na minha alma; e transformado eu noutra Hóstia humilde, fiquemos, Senhor, eternamente unidos, como na Comunhão, como nesta HORA SANTA… Vós no meu pobre coração, e eu perdido para sempre no abismo de luz do vosso Coração sacratíssimo.

Venha a nós o vosso Reino!…

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quinta-feira, 4 de julho de 2019

HORA SANTA – MÊS de JULHO- R. P. MATÉO GRAWLEI-BOEVEY dos Sagrados Corações (PICPUS

HORA SANTA – MÊS de JULHO- R. P. MATÉO GRAWLEI-BOEVEY dos Sagrados Corações (PICPUS)

ULTRAJES PÚBLICOS A NOSSO SENHOR

Que afortunada surpresa a dos infelizes que na volta dum caminho se encontravam de repente com Jesus, lá na Palestina! Que imensa consolação para esses privilegiados de Jerusalém, de Naím, de Betânia, dirigir e derramar com plena liberdade, naquele instante propício, as suas súplicas e lágrimas sobre o Coração de Jesus!

Também nós, nesta hora bendita, somos do número desses felizes privilegiados… Aqui Vos encontramos Jesus de Nazaré e do Tabernáculo. Reparai em nós: Vivemos em vossa procura, para nos confortarmos um instante, à sombra deliciosa do vosso Sacrário… E viemos também para defender a vossa causa. Um bramido de raiva e blasfêmia advertiu-nos de que os vossos inimigos jurados não Vos dão tréguas em Vos arrancar às almas e à sociedade. Se haveis de sofrer, agonizar e morrer, ó Jesus, eis aqui um pequeno rebanho que quer ser ferido ao lado e por causa do Pastor.

Vós o dissestes, com a alma trasbordando de amargura, à vossa serva Margarida Maria: “Quero repartir a minha agonia; tenha necessidade de corações vítimas”. Disponha de nós, Senhor. Nós amamos-Vos ardentemente. Nós amamos-Vos ardentemente. Nós todos Vos amamos.

(BREVE PAUSA)

Correi, Senhor, o véu que nos oculta o Santo dos Santos: o vosso Divino Coração… Permiti aos vossos filhos meditar durante esta HORA SANTA os sofrimentos que Vos causam os ultrajes dos homens, e a dor que provais no ódio daqueles que o vosso Sangue remiu! Acendei a vossa luz nas nossas almas, e deixai-nos, seguir-Vos passo a passo nesta incruenta Rua Dolorosa, que começa nas sombras de Getsemani, para acabar no último dia do mundo…

Não obstante a nossa indignidade, permiti aos vossos confidentes e consoladores participarem do cálice dos vossos opróbrios e agonia… Dai-nos, ó amável prisioneiro, um só privilégio: de Vos amarmos na ignomínia da vossa Paixão de nos unirmos, durante esta HORA SANTA, à vossa agonia, de Vos consolarmos até a morte, no Getsemani perpétuo do vosso Coração sacramentado… e expirar sobre ele em íntima comunhão de reparação e de amor.

(Peçamos luz e amor para contemplar Jesus Cristo no misterioso sacrifício da Eucaristia).

(PAUSA)

Voz de Jesus Cristo. Alma diletíssima: na Hóstia onde me vês, Eu vivo silencioso e mudo perpetuamente arrastado perante osCoração de Jesus modernos… Não ouves o insolente interrogatório que me fazem suportar, a Mim que sou o Poder supremo, a Verdade, e o Mestre único?… E calo por teu amor, por ti, a quem salvo, sofrendo a condenação ignominiosa dos poderosos da terra, juízes dos homens, não, porém da minha doutrina… 

Eles ambicionam uma autoridade tirânica, para a exercer contra Mim. E Eu sou perpetuamente a sua Vítima… Para eles o trono, para Mim o banco dos réus; para eles o cetro de ouro, para mim a cana de irrisão; para eles o aplauso das turbas, para Mim a corte do desprezo, e a túnica branca dos loucos; para eles o diadema e as homenagens, para Mim a coroa de espinhos, os impropérios, o esquecimento: sempre o esquecimento!
E, se talvez, em meio das suas falsas grandezas, estes poderosos da terra recordam a minha Realeza, o meu nome vai desencadear tempestades de ódio, perseguição e blasfêmia… E eis aí como sou chamado perante o juízo do mundo, do mundo que vive porque Eu o consinto!
Mas calo… Na Eucaristia sou a encarnação da misericórdia e do amor. Esta revolta contra a minha soberania… Este desconhecimento da minha realeza soberana nas leis que regem os povos são um ultraje direto e uma blasfêmia contra Mim, que Me deixo estar, apesar de tudo, entre os homens, aniquilado, embora onipotente, no Sacramento do Altar.
Esta injúria, não é ela acaso um verdadeiro desafio ao Deus da Eucaristia, que te fala desde o seu Tabernáculo, trocado tanta vez em Pretório de Pilatos?… Aqui suporto, sem Me queixar, as afrontas dos escravos e as mofas dos vilões. Aqui ninguém Me vem buscar, senão quando os tribunais da terra decretam flagelar-Me para Me apresentarem depois ensangüentado ao furor das turbas…
O meu divino Coração sente-se consolado com as vossas reparações! Durante esta HORA SANTA o amor ardente dos meus compensa-Me das irrisões dos poderosos. Vós, ricos humildes, e pobres resignados, sois o bálsamo das minhas feridas. Desde aqui vos abençôo, amigos fidelíssimos. Falai, meus filhos! Pedi milagres ao meu amor, vós os predestinados do meu Coração. Falai, Eu sou o Rei das misericórdias infinitas.

(PAUSA)

As almas. Senhor Jesus, a vossa alma, sensível à nossa fidelidade, oferece-nos milagres e perdão! Dignai-vos, portanto, espalhar as graças da vossa luz sobre os poderosos, os governantes, os ricos, que associados à vossa autoridade, carecem conhecer-Vos, ó Jesus na vossa Eucaristia, e proclamar que aceitam a vossa autoridade redentora, manancial de paz e salvação.
Em reparação das afrontas que padecestes diante do iníquo Herodes, e das que suportais nos palácios dos grandes da terra…

(Todos repetem em voz alta as palavras em itálicos).
Realizai as vossas promessas de vitória, ó Divino Coração!
Nas assembléias, onde se fazem as leis, e nos tribunais da justiça humana, tão sujeitos a erro…
Realizai as vossas promessas de vitória, ó Divino Coração!
Na consciência tão versátil e tortuosa dos que presidem aos destinos das nações…
Realizai as vossas promessas de vitória, ó Divino Coração!
Nos conselhos de tantos governantes que se levantam contra o vosso Calvário…
Realizai as vossas promessas de vitória, ó Divino Coração!
Nas sedições populares, exploradas para ultrajar a vossa doutrina…
Realizai as vossas promessas de vitória, ó Divino Coração!
Na colisão de tantos interesses, em que os miseráveis especuladores da terra só buscam o triunfo da fortuna e do orgulho…
Realizai as vossas promessas de vitória, ó Divino Coração!
Nas conjurações diabólicas, medidas na sombra contra o vosso sacerdócio e a vossa Igreja…
Realizai as vossas promessas de vitória, ó Divino Coração!
Na imprudente quietação de tantos cristãos na apatia e indolência de muitos que pretendem adorar-Vos e ser fiéis, sem Vos seguirem até ao Calvário…
Realizai as vossas promessas de vitória, ó Divino Coração!
Na ambição desenfreada de grandeza e luxo, que seduz um grande número de almas infelizes. à custa do vosso Sangue redentor e da sua eterna condenação…
Realizai as vossas promessas de vitória, ó Divino Coração!

(PAUSA OU CÂNTICO)

Voz de Jesus. — Eu sou a santidade assim o afirmais ajoelhados diante da minha Hóstia; assim o proclama o Céu unindo-se durante esta HORA SANTA às vossas humildes adorações… Eu sou a santidade, e, todavia Barrabás foi-Me preferido… Ah! E quantas vezes esta ímpia preferência se repete por ódio, desprezo… Esquecimento!

Tal afronta abre uma ferida cruel no meu Coração: apesar disso Eu contínuo no Tabernáculo, Deus de humildade O mundo frívolo e vão que vive de soberba, não compreende Deus aniquilado, nascido num estábulo. Reparai como as almas orgulhosas passam diante do meu Altar, afadigadas, sequiosas de ostentação e ávidas da estima e dos aplausos dos homens. Passam… e preferem-Me uma honra toda impostura…

Assim vivo retirado na sombra do meu Santuário, e ergo de cá a minha voz: Aprendei de Mim que sou humilde e pobre… Sim, sou pobre, pois renunciei a todos os bens da terra para vos comprar os tesouros do Paraíso. Fiz-Me pobre e mendigo… e eis aí está porque sou desprezado pelo mundo ambicioso de ouro e do seu falaz esplendor. Que valho Eu, que nasci na pobreza de Belém, vivi na obscuridade de Nazaré, expirei na nudez do Calvário, e Me perpetuo nos aniquilamentos da Eucaristia?

Por amor Me fiz pobre, e por bem amarga e inverossímil contradição sou um pobre desprezado, a quem se prefere a miserável riqueza do mundo.

(BREVE PAUSA)

Estou coberto de feridas… Minhas mãos, que chamam e abençoam atravessadas… Meus pés trespassados… A minha fronte dilacerada… A boca lívida… escurecidos os olhos… ensangüentado o corpo… o Lado aberto… Ah! como se arrepiam os mortais à vista de um Deus derramando sangue, eles, que já desde o exílio querem as delícias dum paraíso antecipado… Quem Me reduziu a tal estado? O amor que vos consagro, e a sede, em que o mundo arde, de gozos e prazeres.

No meu santuário, onde permaneço, dou-Vos a paz e a felicidade, mas através de espinhos e de Cruz. Onde estão os meus amigos, os meus fiéis, os meus discípulos? Onde estão? Para onde foram? Abandonaram-Me para ir à cata do prazer!… Preferem-me o lodo da culpa. Barrabás o último dos homens, triunfa no mundo com os orgulhosos, libertinos, corruptores da infância, depravadores do povo, envenenadores da imprensa… Barrabás triunfa exaltado por quantos Me renegam e amaldiçoam nas leis… Políticos desleais, ambiciosos de subir para lançarem sobre Mim a ignomínia e a blasfêmia; poderosos, aclamados pelo mundo, que lhes atira flores e oferece palmas de vitória…

E Eu, Jesus, quedo-Me solitário no meu Sacrário, preso do meu Amor, abandonado dos bons, renegado dos pusilânimes, esquecido da maior parte… condenado pelos governantes indignos, flagelado pela turbas levantadas contra Mim… Amei os meu filhos até a morte… e os da minha casa preferiram-Me o pó e a lama dos caminhos.
Considerai e vede se há dor semelhante à minha dor!…

(PAUSA)

As almas. Ó Jesus, não é o discípulo acima do seu mestre… Vós que nos destes o exemplo, quereis que Vos sigamos levando com amor a cruz que salva. Nós pedimos-Vos essa graça nesta HORA SANTA, com a abrasada caridade de Maria, Senhora das Dores; com o fervor de Margarida Maria. Sim, nós abraçamos a cruz pelo triunfo do vosso Coração na Santíssima Eucaristia. Escutai-nos, ó Jesus desde essa Hóstia; nós vimos oferecer-Vos a oração de Getsemani, que é a oração do vosso aniquilamento do Altar. Escutai-nos com a vossa doce benignidade.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a glória de ser pospostos a todos, por amor do vosso Coração dolorido.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a alegria de ser confundidos por amor do vosso amargurado Coração.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a graça de ser esquecidos por causadeo vosso Coração misericordiosos.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a honra imerecida de ser desprezados por amor do vosso Coração angustiado.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a recompensa de sermos escarnecidos pela glória do vosso Coração ferido.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a ambicionada felicidade de ser injuriado pelo triunfo do vosso Coração adorado.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a incomparável gozo de ser um dia perseguidos pelo amor do vosso Divino Coração.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a coroa de ser caluniados nos apostolado do vosso Coração Sagrado.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a amável regalia de ser atraiçoados em holocausto ao vosso Divino Coração.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Dai-nos a honra de ser aborrecidos em união com o vosso Coração agonizante.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Dai-nos o privilégio de ser condenados pelo mundo, por viver unidos ao vosso Coração Sagrado.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a graça suprema de ser fiéis com sacrifício de nós mesmo até ao holocausto, em reparação fervorosa junto do vosso Coração imolado.

Oh! Sim, nós Vo-lo suplicamos: concedei-nos receber com amor a parte que nos toca nos vilipêndios e da agonia do vosso Coração Sacramentado…
Consolai-Vos. Mestre amantíssimo: cada um de nós quer dirigir-Vos uma palavra de humildade e de confiança, protestando que só Vos sois o seu único bem e toda a sua esperança!…

(BREVE PAUSA)

Que tenho eu, ó Senhor, que Vós me não tenhais dado?
Que sei eu, que Vós me não tenhais ensinado?
Que valho eu, não estando perto de Vós?
Que mereço eu, se não estou unido a Vós?
Perdoai-me os erros que contra Vós hei cometido.
Criastes-me, sem eu o merecer,
Remistes-me sem eu o pedir,
Muito fizeste, criando-me,
Muito mais, remindo-me,
Pois o sangue que derramastes,
E a acerba morte que padecestes,
Não foi pelos anjos, que Vos louvam,
Mas por mim e pelos pecadores que Vos ofendem.
Se Vos reneguei, deixai-me reconhecer-Vos;
Se Vos injuriei, deixai-me houver-Vos;
Se Vos ofendi, deixai-me Servir-Vos;
Pois a vida que se não emprega em vosso serviço, mais é morte do que vida.

(PAUSA)

Voz de Jesus. Como todos que estais aqui comigo sois meus íntimos amigos, vou desafogar diante de vós o meu Coração amargurado. Ouvi-Me: Sofre uma pena profunda, uma ferida que o dilacera:
Israel, meu povo predileto; Israel pediu a minha condenação, exigiu a minha morte e arvorou a minha cruz.

Israel, por amor de quem flagelei o Egito, flagelou-Me a Mim! Despedacei as suas cadeias, e ele encadeou-Me a mim! Dei-lhe maná no deserto, e corou-Me de espinhos a Mim! Fiz brotar água prodigiosa da pedra, para lhe apagar a sede, e ele insultou a febre abrasadora da minha agonia! Desci do céu, fiquei em arca misteriosa com ele no deserto… tantas vezes o quis abrigar debaixo das minhas asas… e Israel deu-Me a morte.

Porque é que o meu povo continua a despojar-Me da minha realeza? Porque continua ainda a lançar sortes sobre a minha túnica, e a lançar ao vento da irrisão o meu Evangelho de caridade e consolação?

Vede como as multidões se agitam rugindo contra a minha lei… como povos inteiros, seduzidos pela soberba, rasgaram a unidade sagrada da minha doutrina e a túnica inconsútil da minha Igreja!

O meu Coração soluça dentro do peito, ao ouvir, como no átrio de Pilatos, o clamor das nações e dos Estados que Me apontam às turbas sobre este pobre altar, gritando: Não queremos que este reine sobre nós.

Ó Israel, Eu te perdôo!

(BREVE PAUSA)

O meu Vigário é perpetuamente vítima das mofas da turba insensata… Ele é o meu representante na terra… Na sua pessoa continuo eu a ser esbofeteado pelos insultadoras da minha Igreja. E estes insultos são para Mim particularmente dolorosos. Ai daquele que levanta a mão contra o Pontífice, o Ungido do meu Pai!
Detende o seu braço justiceiro… interpondo esta HORA SANTA, em união com o meu ultrajado Coração, pois quero usar de misericórdia.
Sim, para a apostasia de tantas nações: para a descrença pública de tantos Estados: para as afrontas imprudentes ao meu Vigário; para o ódio refinado e legal contra o meu sacerdócio; para a iníqua tolerância e favor dado aos modernos fariseus: para este cúmulo de pecados; para esta pobre e corte que me ferem…; com voz bem uníssona, como duma só alma, rogai piedade ao meu Coração. Invocai a minha misericórdia.

As almas. Prisioneiro de amor. Jesus Sacramentado, que a nossa oração atravesse as grades do vosso cárcere, e chegue a Vós como incenso de adoração e desagravo, que Vos oferecemos, pelas mãos de Maria Imaculada.
(PAUSA)

Voz de Jesus.Tudo, no meu amor pelos homens, foi consumado com a instituição da Santa Eucaristia: Tudo! Mas, ah! A ingratidão humana consumou, também para comigo, neste maravilhoso Sacramento, a obra da dor suprema.
Meus filhos, onde estáveis quando sobre o Calvário Eu era envolvido no silêncio duma solidão mais cruel do que a do sepulcro? Amigos do meu Coração, onde estáveis, quando meus olhos velados pelas lágrimas da agonia, só viam semblantes ferozes de verdugos?…  

Onde estáveis vós, então?… E quando, com o pensamento em vós, meus predestinados, tive sede de vos ver unidos à minha alma infinitamente angustiada, porque foram então meus lábios umedecidos com o fel da ausência… da covardia… do esquecimento… da tibieza, por aqueles mesmos que eu convidara para o meu banquete familiar?

Bem o sabeis: esta história não sucedeu só há vinte séculos… Contemplai-Me na Hóstia, e dizei-Me: a ingratidão não é o pão amargo e cotidiano do Deus feito alimento dos homens?… Quanto e em que vos hei contristado na minha prisão voluntária, para selardes as suas portas com o abandono em que se deixa um sepulcro vazio e destruído?…
Oh! Vinde, rodeai-Me, abraçai-vos os meus pés. Quero sentir-vos perto de Mim na agonia mística do meu Coração sacramentado.

Hora desejada, hora bendita e afortunada, esta HORA SANTA, durante a qual o vosso Deus recupera a sua herança, o preço do seu Sangue!
Eu vos abençôo por que tive fome, e vós, deixando o vosso descanso, viestes dar-Me o pão da caridade… Considero-vos meus porque tive sede, e destes-Me a compaixão das vossas lágrimas; aperto-vos ao meu Coração desolado porque estive tristíssimo na solidão deste cárcere, e viestes fazer-Me deliciosa companhia. Em verdade, em verdade vos digo que os vossos nomes estão escritos para sempre em caracteres de fogo e sangue no mais secreto do meu Coração amante.
Descansai sobre ele, como Eu descanso agora sobre o vosso, filhos prediletos do meu amor!

A alma. Viemos, ó Mestre, não para repousar, mas para sofrer convosco, para ter parte no vosso cálice, para reparar as culpas que Vos ofendem, e pedir a vinda do vosso Reino! Por isso, com a alma cheia da vossa graça, nós não Vos deixaremos, sem Vos confiar o único desejo dos vossos consoladores e amigos… o de Vos ver reinar, e avançar triunfante por intermédio do vosso Coração… Revelai-Vos a estes vossos humildes apóstolos, para que sintam os ardores inefáveis que só a vossa possessão e o vosso reinado podem apagar.
Cedei, pois, Jesus amantíssimo, e em meio das aflições e sobressaltos da vida.

(Todos repetem em voz alta as palavras em itálico).
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
Nas afeições caducas e enganadoras da terra…
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
Nas desilusões da amizade terrena, nas fraquezas do amor humano…
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
Nas seduções tentadoras da vaidade, nos abrolhos tão freqüentes do caminho…
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
Nas castas e legítimas alegrias dos lares que Vos adoram…
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
Nas veleidades da adulação e da fortuna enganadora…
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
Nas horas de paz da consciência, e nos momentos de remorso salutar…
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
Nas tribulações dos nossos, ao ver sofrer quem amamos…
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
Nos desfalecimentos do coração, quando sentimos o cansaço do exílio
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
Nas incessantes contradições, nos dias da incerteza e de amargo quebranto…
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
No momento da tentação, na hora suprema do apartamento da terra e da última Comunhão…
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!

(PAUSA OU CÂNTICO)

As almas. Ao ver-Vos, ó Jesus, tão perto e tão benigno, longe de exclamar como o vosso apóstolo: “Afastai-Vos, Senhor, porque somos miseráveis pecadores…” queremos, ao contrário, vir ao vosso encontro encurtar a distância e apertar uma feliz intimidade entre o vosso Coração e os nossos.

(LENTO E PAUSADO)

Vinde, ó Jesus, vinde repousar sobre o nosso amor, quando os soberbos governantes da terra blasfemarem da vossa Lei e do vosso Nome… recordai-Vos de que somos vossos… de que estamos consagrados à glória do vosso divino Coração!

Vinde, ó Jesus, vinde repousar sobre o nosso amor, quando as multidões, reunidas por Lúcifer e os sectários seus sequazes, assaltarem os vossos santuários e reclamarem o vosso Sangue… recordai-Vos de que somos vossos… de que estamos consagrados à glória do vosso Divino Coração!…

Vinde, ó Jesus, vinde repousar sobre os vitupérios e as cadeias, com que os poderosos do mundo e presumidos sábios, cujo orgulho condenastes com firmeza, ultrajarem a vossa Igreja… recordai-Vos de que somos vossos… de que estamos consagrados à glória do vosso Divino Coração!…

Vinde, ó Jesus, vinde repousar sobre o nosso amor, quando milhares de cristãos, esquecidos da vossa adorável Pessoa, Vos magoaram cruelmente com a sua ociosa indiferença, que é um frio punhal cravado no vosso peito sacrossanto… Recordai-Vos de que somos vossos… de que estamos consagrados à glória do vosso Divino Coração!…

Vinde, ó Jesus, vinde repousar sobre o nosso amor, quando tantos, que se dizem bons e virtuosos, Vos regateiarem avaramente o seu afeto, Vos oferecerem uma mesquinha, confidência, e Vos negarem o conforto do seu sacrifício e santidade… recordai-Vos de que somos vossos… de que estamos consagrados à glória do vosso Divino Coração!…

Vinde, ó Jesus, vinde repousar sobre o nosso amor, quando Vos oprimir a deslealdade, quando Vos amargar a tibieza das almas predestinadas, que por vocação deveriam ser inteiramente vossas e santas… então como sempre, nessa hora de desolação sem igual… recordai-Vos de que somos vossos; volvei a nós os vossos olhos tristes e suplicantes e não Vos esqueçais de que somos vossos filhos, consagrados para sempre à glória do vosso Divino Coração!…

Um Padre Nosso e Ave Maria pelas intenções íntimas dos presentes. 
 Um Padre Nosso e Ave Maria pelos agonizantes e pecadores. 
Um Padre Nosso e Ave Maria pelo triunfo universal do Sagrado Coração, especialmente pela Comunhão diária, pela HORA SANTA, e pela Entronização do Sagrado Coração nas famílias).

(PAUSA)

Vós sois, ó Jesus, o Deus escondido. Escondei-Vos na minha alma; e transformado eu noutra Hóstia humilde, fiquemos, Senhor, eternamente unidos, como na Comunhão, como nesta HORA SANTA… Vós no meu pobre coração, e eu perdido para sempre no abismo de luz do vosso Coração sacratíssimo.

Venha a nós o vosso Reino!…

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