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quarta-feira, 7 de abril de 2010

Pedofilia, algo a se pensar e claro: repudiar e combater

Por que só destacam a Igreja Católica?

Igreja - informação versus campanha

A imprensa brasileira tem noticiado a respeito da crise que fustiga a Igreja Católica com razoável serenidade e equilíbrio. Os casos de abuso sexual protagonizados por clérigos são, de fato, matéria jornalística inescapável. O que me impressiona, e muito, é a perda do sentido informativo e o inequívoco tom de campanha assumido por alguns jornais norte-americanos.

Infelizmente, os casos reais de abuso sexual, ocorridos nas últimas décadas, mesmo que tenham sido menos numerosos do que fazem supor certas reportagens, são inescusáveis. Nada pode justificar nem atenuar crimes abomináveis como o estupro e a pedofilia. Um só caso de pedofilia, praticado na Igreja Católica por um padre, um religioso ou uma religiosa, é sempre demais, é inqualificável.

Mas jornalismo não pode ser campanha. Devemos, sem engajamentos ou editorialização da notícia, trabalhar com fatos. Só isso nos engrandece. Só isso dá ao nosso ofício credibilidade e prestígio social. Pois bem, amigo leitor, vamos aos fatos.

O Vaticano recebeu 3 mil denúncias de abuso sexual praticado por sacerdotes nos últimos 50 anos. Segundo monsenhor Scicluna, chefe da comissão da Santa Sé para apuração dos delitos, 60% dos casos estão relacionados com práticas homossexuais, 30% com relações heterossexuais e 10% dos casos podem ser enquadrados como crimes de pedofilia. Os números reais de casos de pedofilia na Igreja são, portanto, muito menores.

Os abusos têm sido marcadamente de caráter homossexual e refletem um grave problema de idoneidade para o exercício do sacerdócio. Afinal, uma instituição que há séculos defende o celibato sacerdotal tem o direito de estabelecer os seus critérios de idoneidade, o seu manual de instruções para a seleção de candidatos. Quem entra sabe a que veio. É tudo muito transparente. Quem assume o compromisso o faz livremente. O que não dá, por óbvio, é para ficar com um pé em cada canoa. E foi exatamente isso o que aconteceu. A Igreja está enfrentando as consequências de anos e anos de descuido, covardia e negligência dos bispos na seleção e formação do clero.

Philip Jenkins, um especialista não católico de grande prestígio, publicou o estudo mais sério sobre a crise. Pedophiles and Priests: Anatomy of a Contemporary Crisis (Oxford, 214 págs.) é o mais exaustivo estudo sobre os escândalos sexuais que sacudiram a Igreja Católica nos Estados Unidos durante a década de 1990. Segundo Jenkins, mais de 90% dos padres católicos envolvidos com abusos sexuais são homossexuais. O problema, portanto, não foi ocasionado pelo celibato, mas por notável tolerância com o homossexualismo, sobretudo nos seminários dos anos 70, quando foram ordenados os predadores sexuais que sacudiram a credibilidade da Igreja.

O autor não nega o óbvio: que existiram graves desvios; e, mais, que os bispos fracassaram no combate aos delitos. Jenkins, no entanto, mostra como os crimes foram amplificados com o objetivo de desacreditar a Igreja. A análise isenta dos números confirma essa percepção. Na Alemanha, por exemplo, existiram, desde 1995, 210 mil denúncias de abusos. Dessas 210 mil, 300 estavam ligadas a padres católicos, menos de 0,2%. Por que só as 300 denúncias contra a Igreja repercutem? E as outras 209 mil denúncias? Trata-se, sem dúvida, de um escândalo seletivo.

As interpretações e as manchetes, em tom de campanha, não batem com o rigor dos fatos. Vamos a um exemplo local. Reportagem publicada no jornal O Estado de S. Paulo, de 18/5/2009, página C4, abria com o seguinte título: Triplica o número de vítimas de abuso atendidas nas zonas sul e leste. E acrescentava ao título: Desde outubro, a média de novos casos passou de dez por mês para um por dia. Mesmo que o estudo se cinja às zonas leste e sul da cidade de São Paulo, por somarem milhões de habitantes, não deixa de ser uma amostra muito expressiva.

Trata-se de uma pesquisa realizada por várias ONGs de provada seriedade. Aponta como "novidade desconcertante" o fato de que "pais biológicos são a maioria entre agressores e, agora, avós também começam a aparecer neste grupo". No elenco da Rede Criança de Combate à Violência Doméstica, todos ou a quase totalidade dos agressores sexuais são casados. Por que então o empenho em fazer crer que os principais protagonistas de abusos sexuais são padres, e em atribuir a causa dos crimes ao seu compromisso celibatário?

Tentou-se, recentemente, atingir o próprio papa. Como lembrou John Allen, conhecido vaticanista e autor do livro The Rise of Benedict XVI, em recente artigo no The New York Times, o papa fez da punição aos casos de abuso uma prioridade de seu pontificado. "Um de seus primeiros atos foi submeter à disciplina dois clérigos importantes contra os quais pesavam denúncias de abuso sexual há décadas, mas que tinham sido protegidos em níveis bastante altos. Ele também foi o primeiro papa da história que tratou abertamente da crise." Bento XVI tem sido, de fato, firme e contundente.

Em recente carta ao Corriere della Sera, o senador italiano Marcello Pera, um laico no mais genuíno sentido italiano da palavra, assumiu a defesa do papa e foi ao cerne da polêmica. "Desencadeou-se uma guerra. Não propriamente contra a pessoa do papa, pois seria inviável. Bento XVI tornou-se invulnerável por sua imagem, sua serenidade, sua clareza e firmeza." A guerra continuará, "entre outras razões, porque um papa como Bento XVI, que sorri, mas não retrocede um milímetro, alimenta o embate".

Precisamos informar com o rigor dos fatos. Mas devemos, sobretudo, entender o que se esconde por trás de algumas manchetes e de certas interpretações.

Nota dos Editores do Blog: fazemos questão de enfatizar o nosso mais total, absoluto e completo repúdio as práticas pedófilas e a outras aberrações.
Apenas entendemos que o assunto deve ser analisado com mais isenção.

7 de abril - Santo do dia

São João Batista de La Salle

Nasceu na França, em Reims, no ano de 1651, dentro de uma família abastada.
Perdeu muito cedo os seus pais, e foi ele, com este amor alimentado na oração, na vivência dos mandamentos, na vida sacramental, que educou os seus irmãos. E o carisma da educação foi brotando naquele coração chamado à vida religiosa e sacerdotal.

Estudou em Paris, e deu passos concretos de encontro as necessidades no campo da educação: cuidar e educar de maneira virtuosa os homens. Sendo assim, foi uma resposta de Deus para a Igreja.

La Salle teve uma santidade reconhecida pela sociedade. Doze 'irmãos' se uniram a ele nesse projeto de Deus. Esse sacerdote, centrado na Eucaristia, teve suas escolas populares espalhadas pela França, Europa, e hoje, pelo mundo.

São João Batista de La Salle, fundador dos “irmãos das escolas cristãs”, nos prova que quando se tem uma inspiração, e como Igreja, ela fará bem a sociedade, vale à pena nos doarmos, mesmo que a incompreensão nos visite.

Faleceu com quase 70 anos, e é intercessor dos mestres e educadores, para que sejamos na sociedade um sinal de esperança.

São João Batista de La Salle, rogai por nós!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Pílula abortiva sofre restrições de distribuição na Itália

Pílula abortiva Ru486. Igreja e Liga Norte contra a distribuição estabelecida em lei.

Como registrou já registrado neste espaço, diretamente da Itália, o premiê Silvio Berlusconi, com fundamental apoio da xenófoba e direitista Liga Norte, conseguiu, nas principais e mais populosas regiões, vencer as eleições ocorridas no domingo e na segunda-feira passados. Frise-se, eleições administrativas para o governo nas regiões.

Os leguistas do Carroccio, no Norte, só não conseguiram emplacar os seus candidatos na Ligúria (Gênova). A surpresa ficou por conta da vitória do leguista Roberto Cota, no Piemonte (Torino). Com efeito. Hoje entrou em vigor em toda a Itália a lei que permite a comercialização, para uso em hospital, da pílula abortiva RU-486, legalizada na França desde 1988, na Grã-Bretanha desde 1991, nos EUA desde 2000. A comercialização é permitida em 15 países da União Européia.

O recém-eleito governador Roberto Cota acaba de declarar, com aplausos do Vaticano, que na região do Piemonte, cuja capital é Torino, a remessa de pílulas abortivas RU-486, requisitadas pela ex-governadora Mercedes Bresso, ficarão no depósito, sem distribuição aos hospitais. Como a lei admite apenas o uso em hospitais, a região do Piemonte não terá a pílula. Assim, quem quiser, terá de ir a outra região, como, por exemplo, a Bari, onde os hospitais, desde ontem, já receberam o medicamento.

Para Cota, que adota a posição da Igreja, compete-lhe, com base no artigo 117 da Constituição,
impedir a distribuição de produtos que atentam à vida. No particular, Cota repete a fala do papa Bento XVI: “O aborto é uma injustiça elevada a um direito. O aborto não é um direito, mas apenas a morte de inocentes que ainda não nasceram”.

2. O governador Cota emite, com a decisão de não fornecer as pílulas abortivas RU-486, sinais de pacificação com o Vaticano. A Liga ao se posicionar contra os imigrantes, exigir sua expulsão do território italiano e a criminalização dos clandestinos, havia trombado com o Vaticano. Tanto que, para garantir apoio católico à sua postura xenófoba, a Liga (Carroccio) aproximou-se e contou com o apoio do lefevriano Don Floriano Abrahamowicz, que sustentava o negacionista Williamson, ou seja, aquele que disse que as câmaras de gás dos nazistas foram usadas para desinfetar.

Os leguistas também atacaram grosseiramente o progressista cardeal Dionigi Tettamanzi, de Milão, por oposição à “campanha anticlandestino” e à “cruzada contra a construção de mesquita islâmica na Itália” (popularizada como campanha contra os minaretes islâmicos).

Agora, o neogovernador Cota abre caminho para a Liga se aproximar do Vaticano. Para tanto, rasga a Constituição (artigo 117 proíbe que uma região do Estado unitário italiano proíba a circulação de medicamentos) e desrespeita a lei que entrou em vigor hoje. O mais grave é que confunde convicções religiosas com tema laico do campo bioético. Para o monsenhor Rino Fisichella, que goza de grande prestígio e respeito na Itália, a postura de Cota representa a manifestação de uma ação política que certamente “conta com suporte no próprio eleitorado”.


3. A pílula RU-486 é uma alternativa ao aborto cirúrgico. Ela provoca, com base no princípio ativo conhecido por mifepristone, a interrupção da gravidez. Não se trata da denominada “pílula do dia seguinte”, que deve ser utilizada entre 48 e 72 horas depois da relação sexual.
[muda apenas a forma de assassinar seres humanos inocentes e indefesos.]
A RU-486, pela lei italiana que entrou hoje em vigor, só pode ser ministrada em hospital. Depois do aborto químico, a paciente tem de ficar três dias internada em recuperação e para evitar hemorragias.

Grosso modo, a RU-486 impede o crescimento do embrião fecundado mediante bloqueio da progesterona, o hormônio do crescimento. Segundo levantamentos, o uso correto da pílula atinge a sua finalidade em 95% dos casos.

Em algumas hipóteses e sempre a critério médico, usa-se, dois dias após a ingestão da RU-486, uma substância chamada prostaglandina, um potencializador da RU-486. 4. A RU-486 foi concebida pelo francês Etienne-Émile Baulieu, em 1980, e comercializada legalmente em 1988. Como o Estado do Vaticano e a Santa Sé estão incrustados na Itália e exercem grande influência na vida política, a RU-486 não vai ser disponibilizada com facilidade. E não vai demorar para a Corte Constitucional ser chamada. No caso de declarada inconstitucional a restrição, volta forte o discurso de Berlusconi e dos leguistas para a promoção de uma reforma judiciária.

Reforma do Judiciário não só para impedir que julgue as ações criminais de Berlusconi, mas, também, para evitar que se intrometa em questões ideológicas, ou melhor, dos valores manifestados pelos que estão no poder.

6 de abril - Santo do dia

São Marcelino

Marcelino foi um sábio e dedicado religioso, amigo e discípulo de Agostinho, bispo de Hipona, depois canonizado e declarado doutor da Igreja. Entretanto Marcelino acabou sendo vítima de um dos lamentáveis cismas que dividiram o cristianismo. Foram influências políticas, como o donatismo, que levaram esse honrado cristão à condenação e ao martírio.

Tudo teve início muitos anos antes, em 310. O imperador Diocleciano ordenara ao povo a entrega e queima de todos os livros sagrados. Quem obedeceu, passou a ser considerado traidor da Igreja. Naquele ano, Ceciliano foi eleito bispo de Cartago, mas teve sua eleição contestada por ter sido referendada por um grupo de bispos traidores, os mesmos que entregaram os livros sagrados.

O bispo Donato era um desses e, além disso, tinha uma posição totalmente contrária ao catolicismo ortodoxo. Ele defendia que os sacramentos só podiam ser ministrados por santos, não por pecadores, isto é, gente comum. Os seguidores do bispo Donato, portanto, tornaram-se os donatistas, e a Igreja dividiu-se.

Em Cartago, Marcelino ocupava dois cargos de grande importância: era tabelião e tribuno, funcionando, assim, como um porta-voz da população diante das autoridades do Império Romano. Era muito religioso, ligado ao bispo Agostinho, de Hipona, reconhecido realmente como homem de muita fé e dedicação à Igreja. Algumas obras escritas pelo grande teólogo bispo Agostinho partiram de consultas feitas por Marcelino. Foram os tratados "sobre a remissão dos pecados", "sobre o Espírito", e o mais importante, "sobre a Trindade", porém nenhum deles pôde ser lido por Marcelino.

Quando Marcelino se opôs ao movimento donatista, em 411, foi denunciado como cúmplice do usurpador Heracliano e condenado à morte. Apenas um ano depois da execução da pena é que o erro da justiça romana foi reconhecido pelo próprio imperador Honório. Assim, a acusação foi anulada e a Igreja passou a reverenciar são Marcelino como mártir. Sua festa litúrgica foi marcada para o dia 6 de abril, data de sua errônea execução.

São Marcelino, rogai por nós

segunda-feira, 5 de abril de 2010

5 de abril - Santo do dia

São Vicente Ferrer

Vicente nasceu em Valência, na Espanha, em 1350. Passou a infância e a juventude junto aos padres dominicanos, que tinham um convento próximo de sua casa. Percebendo sua vocação, pediu ingresso na Ordem dos Pregadores (dominicanos) aos dezessete anos.

Vicente estudou em Lérida, Barcelona e Tolosa, doutorando-se em filosofia e teologia, e ordenando-se sacerdote em 1378. Pregador nato, nesse mesmo ano começou sua peregrinação por toda a Europa, durante um período negro da história, quando ocorreu a Guerra dos Cem Anos, quando forças políticas, alheias à Igreja, tinham tanta influência que atuavam até na eleição dos papas.

Assim, quando um italiano foi eleito papa, Urbano VI, as correntes políticas francesas não o aceitaram e elegeram outro, um francês, Clemente VII, que foi residir em Avinhão, na França. A Igreja dividiu-se em duas, ocorrendo o chamado cisma da Igreja ocidental, porque ela ficou sob dois comandos, o que durou trinta e nove anos.

Vicente Ferrer, pregador, já era muito conhecido. Como prior do convento de Valência, teve contato com o cardeal Pedro de Luna, que o convenceu da legitimidade do papa de Avinhão, e Vicente aderiu à causa. Em 1384, o referido cardeal foi eleito papa Bento XIII e habilmente fez do dominicano Vicente seu confessor, sendo defendido por ele até 1416, como fazia Catarina de Sena, sua contemporânea, pelo italiano Urbano VI.

O coração desse dominicano era dotado de uma fé fervorosa, mas passando por uma divisão dessas, e juntando-se o panorama geral da Europa na época: por toda parte batalhas sangrentas, calamidades públicas, fome, miséria, misticismo, ignorância, além da peste negra, que dizimou um terço da população. Tudo isso fez que a pregação de Vicente Ferrer ganhasse a nuance do fatalismo.

Ele andou pela Espanha, França, Itália, Suíça, Bélgica, Inglaterra e Irlanda e muitas outras regiões, defendendo sempre a unidade da Igreja, o fim das guerras, o arrependimento e a penitência, como forma de esperar a iminente volta de Cristo. Tornou-se a mais alta voz da Europa. Pregava para multidões e as catedrais tornavam-se pequenas para os que queriam ouvi-lo. Por isso fazia seus sermões nas grandes praças públicas. Milhares de pessoas o seguiam em procissões de penitência. Dizem os registros da Igreja, e mesmo os que não concordavam com ele, que Deus estava do seu lado. A cada procissão os prodígios e graças sucediam-se e podiam ser comprovados às centenas entre os fiéis.

O cisma da Igreja só terminou quando os dois papas renunciaram ao mesmo tempo, para o bem da unidade do cristianismo. Vicente retirou seu apoio ao papa Bento XIII e, com sua atuação, ajudou a eleger o novo papa, Martinho V, trazendo de novo a união da Igreja ocidental. As nuvens negras dissiparam-se, mas as conversões e as graças por obra de Vicente Ferrer ficarão por toda a eternidade.

Ele morreu no dia 5 de abril de 1419, na cidade de Vannes, Bretanha, na França. Foi canonizado pelo papa Calisto III, seu compatriota, em 1458, que o declarou padroeiro de Valência e Vannes. São Vicente Ferrer foi um dos maiores pregadores da Igreja do segundo milênio e o maior pregador do século XIV.

São Vicente Ferrer, rogai por nós

domingo, 4 de abril de 2010

Igreja não se deixará intimidar por fofocas

Cardeal defende Papa e fala que Igreja não será intimidada por 'fofocas'

O cardeal Angelo Sodano, fazendo um discurso inusitado em defesa do Papa Bento XVI na missa do domingo de Páscoa, afirmou que a Igreja Católica não será intimidada por "fofocas" sobre casos de abuso sexual de crianças por padres. Em seu próprio discurso horas depois, o Papa, procurando um clima mais amistoso, não mencionou os escândalos que envolvem a Igreja Católica quando ele completa cinco anos de pontificado. Em suas declarações, Sodano defendeu a liderança "infalível" e a coragem de Bento XVI.

- Santo Pai, o povo de Deus está com você e você não os deixará serem influenciados pelas intrigas do momento, pelos julgamentos que algumas vezes assolam a comunidade dos fiéis - disse Sodano, no primeiro discurso na memória recente a ser realizado anteriormente ao do Papa na missa do domingo de Páscoa.

A mudança de protocolo para alterar a ordem dos discursos destacou o quanto o Vaticano sente a pressão imposta pelas denúncias de pedofilia e pelos relatos de que o próprio Papa teria acobertado alguns casos. Em seu tradicional discurso "Urbi et Orbi" (para a cidade e o mundo), realizado todos os anos na Páscoa e no Natal, o Papa não mencionou os escândalos, e tratou de uma série de problemas mundiais. Já Sodano também defendeu os padres contra as denúncias de pedofilia, dizendo que eles estão do lado de Bento XVI.

- Especialmente com vocês nesses dias estão estes 400 mil padres que generosamente servem ao povo de Deus, em paróquias, centros recreativos, escolas, hospitais e muitos outros lugares, assim como nas missões nas partes mais remotas do mundo - disse o cardeal para as milhares de pessoas que seguravam guarda-chuvas enquanto assistiam à celebração na praça de São Pedro.

O Papa Bento XVI cumprimenta o cardeal Angelo Sodano na celebração da Páscoa na Praça de São Pedro - Reuters

O discurso de Sodano foi uma clara demonstração da estratégia do Vaticano de alegar que somente uma pequena minoria de sacerdotes abusou de crianças. Suas palavras, no entanto, foram alvo de críticas de vítimas de pedofilia.

Fonte: Reuters

DOMINGO DA PÁSCOA NA RESSURREIÇÃO DO SENHOR

DOMINGO DA PÁSCOA NA RESSURREIÇÃO DO SENHOR

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68

A liturgia deste Domingo celebra a ressurreição e garante-nos que a vida em plenitude resulta de uma existência feita dom e serviço em favor dos irmãos. A ressurreição de Cristo é o exemplo concreto que confirma tudo isto. A primeira leitura apresenta o exemplo de Cristo que "passou pelo mundo fazendo o bem" e que, por amor, se deu até à morte; por isso, Deus o ressuscitou. Os discípulos, testemunhas desta dinâmica, devem anunciar este "caminho" a todos os homens. O Evangelho coloca-nos diante de duas atitudes face à ressurreição: a do discípulo obstinado, que se recusa a aceitá-la porque, na sua lógica, o amor total e a doação da vida não podem nunca ser geradores de vida nova; e o discípulo ideal, que ama Jesus e que por isso entende o seu caminho e a sua proposta - a esse não o escandaliza nem o espanta que da cruz tenha nascido a vida plena, a vida verdadeira. A segunda leitura convida os cristãos, revestidos de Cristo pelo Baptismo, a continuarem a sua caminhada de vida nova, até à transformação plena que acontecerá quando, pela morte, tivermos ultrapassado a última fronteira da nossa finitude.



Evangelho segundo S. João 20,1-9.

No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo logo de manhã, ainda escuro, e viu retirada a pedra que o tapava. Correndo, foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo, o que Jesus amava, e disse-lhes: «O Senhor foi levado do túmulo e não sabemos onde o puseram.» Pedro saiu com o outro discípulo e foram ao túmulo. Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo correu mais do que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. Inclinou-se para observar e reparou que os panos de linho estavam espalmados no chão, mas não entrou.
Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no túmulo e ficou admirado ao ver os panos de linho espalmados no chão, ao passo que o lenço que tivera em volta da cabeça não estava espalmado no chão juntamente com os panos de linho, mas de outro modo, enrolado noutra posição. Então, entrou também o outro discípulo, o que tinha chegado primeiro ao túmulo. Viu e começou a crer, pois ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.

Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Proclo de Constantinopla .

«Este é o dia [...] do Senhor: cantemos e alegremo-nos nele!» [Sl 118 (117), 24] .

Que bela festa de Páscoa! E que bela assembleia! Este dia tem tantos mistérios, antigos e novos! Nesta semana de festa, ou antes, de alegria, por toda a terra os homens rejubilam e até as forças celestes se juntam a nós para celebrar com alegria a Ressurreição do Senhor. Exultam os anjos e os arcanjos que esperam que o Rei dos Céus, Cristo nosso Deus, regresse vencedor à terra; exultam os coros dos anjos que aclamam Aquele que foi elevado «das entranhas da madrugada, como orvalho» [Sl (110) 109, 3], Cristo. A terra exulta: o sangue de Deus a lavou. O mar exulta: os passos do Senhor o honraram. Que exulte todo o homem renascido da água e do Espírito Santo; que exulte o primeiro homem, Adão, liberto da antiga maldição. [...]

A ressurreição de Cristo não somente instaurou este dia de festa como também nos alcançou, em vez do sofrimento, a Salvação, em vez da morte, a imortalidade, em vez das feridas, a cura, em lugar do fracasso, a Ressurreição. Outrora, o mistério da Páscoa cumpriu-se no Egipto segundo os ritos indicados pela lei; o sacrifício do cordeiro era disso apenas um sinal. Mas hoje celebramos, segundo o Evangelho, uma Páscoa espiritual, que é o dia da Ressurreição. Antes, imolava-se um cordeiro do rebanho [...]; agora, é Cristo em pessoa que Se oferece como cordeiro de Deus. Dantes, era um animal do aprisco; agora já não é um cordeiro mas o próprio bom pastor que dá a vida pelas Suas ovelhas (Jo 10, 11) [...] Nessa altura, os Hebreus atravessaram o Mar Vermelho e entoaram um hino de vitória em honra do seu Defensor: «Cantarei ao Senhor que é verdadeiramente grande» (Ex 15, 1). Nos nossos dias, aqueles que foram julgados dignos do baptismo cantam nos seus corações o hino da vitória: «Só vós sois o santo, só vós o Senhor, só vos o altíssimo Jesus Cristo [...] na glória de Deus Pai. Amen». «O Senhor é rei, vestido de majestade», aclama o profeta [Sl 93 (92), 1]. Os Hebreus atravessaram o Mar Vermelho e comeram o maná no deserto. Hoje, saindo das fontes baptismais, nós comemos o pão descido do céu (Jo 6, 51).

4 de abril - Santo do dia

Santo Isidoro de Sevilha

Isidoro, o mais novo de quatro irmãos, nasceu em 560, em Sevilha, capital da Andaluzia, numa família hispano-romana muito cristã. Seu pai, Severiano, era prefeito de Cartagena e comandava sua cidade dentro dos mais disciplinados preceitos católicos. A mãe, Teodora, educou todos os filhos igualmente nas regras do cristianismo. Como fruto, colheu a alegria de ter quatro deles: Isidoro, Fulgêncio, Leandro e Florentina, elevados à veneração dos altares da Igreja.

Isidoro começou a estudar a religião desde muito pequeno, tendo na figura do irmão mais velho, Leandro, o pai que falecera cedo. Diz a tradição que logo que ingressou na escola o menino tinha muitas dificuldades de aprendizagem, chegando a preocupar a família e os professores, mas rapidamente superou tudo com a ajuda da Providência Divina. Formou-se em Sevilha, onde, além do latim, ainda aprendeu grego e hebraico, e ordenou-se sacerdote.

Tudo isso contribuiu muito para que trabalhasse na conversão dos visigodos arianos, a começar pelo próprio rei. Isidoro também foi o responsável pela conversão dos judeus espanhóis. Tornou-se arcebispo e sucedeu a seu irmão Leandro, em Sevilha, durante quase quatro décadas. Logo no início do seu bispado, Isidoro organizou núcleos escolares nas casas religiosas, que são considerados os embriões dos atuais seminários. Sua influência cultural foi muito grande, era possuidor de uma das maiores e mais bem abastecidas bibliotecas e seu exemplo levou muitas pessoas a dedicarem seus tempos livres ao estudo e às boas leituras.

Depois, retirou-se para um convento, onde poderia praticar suas obrigações religiosas e também se dedicar intensamente aos estudos. Por seus profundos conhecimentos, presidiu o II Concílio de Sevilha, em 619, e o IV Concílio de Toledo, em 633, do qual saíram leis muito importantes para a Igreja, de modo que a religiosidade se enraizou no país. Por isso foi chamado de "Pai dos Concílios" e "mestre da Igreja" da Idade Média.

Isidoro era tão dedicado à caridade que sua casa vivia cheia de mendigos e necessitados, isso todos os dias. No dia 4 de abril de 636, sentindo que a morte estava se aproximando, dividiu seus bens com os pobres, publicamente pediu perdão para os seus pecados, recebeu pela última vez a eucaristia e, orando aos pés do altar, ali morreu.

Ele nos deixou uma obra escrita sobre cultura, filosofia e teologia considerada a mais valorosa do século VII. Nada menos que uma enciclopédia, com vinte e um volumes, chamada Etimologias, considerada o primeiro dicionário escrito, um livro com a biografia dos principais homens e mulheres da Bíblia, regras para mosteiros e conventos, além de muitos comentários acerca de cada um dos livros da Bíblia, estudo que mais lhe agradava.

Dante Alighieri cita Isidoro de Sevilha em seu livro A divina comédia, no capítulo do Paraíso, onde vê "brilhar o espírito ardente" nesse teólogo. Em 1722, o papa Bento XIV proclamou santo Isidoro de Sevilha doutor da Igreja, e seu culto litúrgico confirmado para o dia de sua morte.

Santo Isidoro de Sevilha, rogai por nós