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quinta-feira, 15 de julho de 2010

Chavez declara guerra a Igreja Católica

Chávez põe Igreja Católica na mira após críticas contra o rumo de seu governo

A Igreja Católica virou alvo de fortes ataques do presidente venezuelano, Hugo Chávez, que pediu para revisar os privilégios do Vaticano no país, tachando de "retrógrada" uma parte da entidade eclesiástica, depois que um cardeal criticou o rumo de seu governo.

Na quarta-feira, Chávez instou seu ministro das Relações Exteriores, Nicolás Maduro, a estudar o convênio entre a Venezuela, país de maioria católica, e a Santa Sé para assegurar que a Igreja de Roma não tem "privilégios" com relação a outras igrejas, o que violaria a Constituição, segundo o presidente.

"Vamos estudar qual é o convênio" assinado há décadas, anunciou Chávez, pedindo para verificar se este acordo "dá à Igreja católica um privilégio sobre outras igrejas" porque
"a Venezuela é um Estado secular".

A queda-de-braço verbal entre a Igreja e o chefe de Estado se intensificou pelas recentes declarações do cardeal venezuelano, Jorge Urosa Savino, atual arcebispo de Caracas, para quem o presidente "passa por cima da Constituição" e quer levar o país
"pelo caminho do socialismo marxista, que é totalitário, e conduz a uma ditadura".

Suas afirmações fizeram com que Chávez o qualificasse de "troglodita" e pró-golpista e o desafiasse a demonstrar, perante um tribunal, que seu governo viola a Carta Magna. "Te chamei de troglodita e volto a te chamar de troglodita", reiterou o presidente venezuelano na quarta-feira.

Depois, dirigindo-se também a um certo setor da Igreja, Chávez disparou:
"caso não tenham entendido, são uns retrógrados (...) Deveria exortá-los a tirar a batina atrás da qual se escondem covardemente".

Em um comunicado, a Conferência Episcopal venezuelana mostrou interesse em "virar a página" e "depor a atitude de confronto", ao mesmo tempo em que pediu ao governo "um entendimento apesar das diferenças de idéias.
"Esta subida de tom entre a Igreja e o presidente venezuelano ocorre a dois meses e meio de importantes eleições legislativas, nas quais o governo quer manter a maioria na Assembleia Nacional (Parlamento unicameral).

Chávez, que se diz católico convicto e considera Jesus Cristo o "primeiro socialista" da História, defende uma Igreja encarnada no povo e assegurou, na quarta-feira, que não considera o Papa "nenhum embaixador de Cristo na Terra". "Se, em todo caso, tivesse Cristo um embaixador, não é outro senão o povo", desconversou.

As declarações do presidente contra a Igreja católica venezuelana provocaram uma reação em cadeia e muitos ministros, deputados e representantes de outras instituições públicas saíram em defesa do chefe de Estado. Para a presidente da Assembleia Nacional, Cilia Flores, os representantes da Igreja Católica venezuelana
"têm tentado ussar a fé de tantos milhões de fiéis, manipulando-os com a mentira".

"Na Venezuela temos uma Igreja arrastada que não está ao lado do povo, que se opõe à revolução social, que só quer semear medo e ódio na sociedade venezuelana falando de um falso comunismo", declarou, por sua vez, o deputado Carlos Escarrá, antes que os representantes aprovassem um documento de repúdio às declarações do cardeal Urosa.

Para Baltasar Porras, arcebispo de Mérida (oeste) e um dos representantes da Conferência Episcopal Venezuelana, a Igreja Católica sofre, na Venezuela, uma campanha de "descrédito".

"Não pode ser que declarem uma política de extermínio, de levar todo mundo pela frente em uma espécie de enxurrada na qual não restem senão ruínas para, a partir daí, edificar o projeto político que se quer com base na miséria e na incapacidade dos que ficarem vivos", lamentou o arcebispo.

Santo do dia - 15 de julho

São Boaventura

O santo de hoje foi bispo e reconhecido doutor da Igreja do Cristo que chamou pescadores e camponeses para segui-lo no carisma de Francisco de Assis, mas também homens cultos e de ciência. São Boaventura era um destes homens de muita ciência, porém, de maior humildade e conhecimento de Deus, por isto registrou o que vivia.

Escreve ele: "Não basta a leitura sem a unção, não basta a especulação sem a devoção, não basta a pesquisa sem maravilhar-se; não basta a circunspecção sem o júbilo, o trabalho sem a piedade, a ciência sem a caridade, a inteligência sem a humildade, o estudo sem a graça".

Boaventura nasceu no centro da Itália em 1218, e ao ficar muito doente recebeu a cura por meio de uma oração feita por São Francisco de Assis, que percebendo a graça tomou-o nos braços e disse: "Ó, boa ventura!". Entrou na Ordem Franciscana e, pela mortificação dos sentidos e muita oração, exerceu sua vocação franciscana e sacerdócio na santidade, a ponto do seu mestre qualificar-lhe assim: "Parece que o pecado original nele não achou lugar".

São Boaventura, antes de se destacar como santo bispo, já chamava - sem querer - a atenção pela sua cultura e ciência teológica, por isso, ao lado de Santo Alberto Magno e Santo Tomás de Aquino, caracterizaram o século XIII como o tempo de sínteses teológicas.

Certa vez, um frei lhe perguntou se poderia salvar-se, já que desconhecia a ciência teológica; a resposta do santo não foi outra: "Se Deus dá ao homem somente a graça de poder amá-Lo isso basta... Uma simples velhinha poderá amar a Deus mais que um professor de teologia". O Doutor Seráfico, assumiu muitas responsabilidades, como ministro geral da Ordem Franciscana, bispo, arcebispo, até que depois de tanto trabalhar, ganhou com 56 anos o repouso no céu.


São Boaventura, rogai por nós!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

14 de julho - Santo do dia

São Camilo de Léllis

Camila Compelli e João de Lellis eram já idosos quando o filho foi anunciado. Ele, um militar de carreira, ficou feliz, embora passasse pouco tempo em casa. Ela também, mas um pouco constrangida, por causa dos quase sessenta anos de idade. Do parto difícil, nasceu Camilo, uma criança grande e saudável, apenas de tamanho acima da média. Ele nasceu no dia 25 de maio de 1550, na pequena Bucchianico, em Chieti, no sul da Itália.

Cresceu e viveu ao lado da mãe, uma boa cristã, que o educou dentro da religião e dos bons costumes. Ela morreu quando ele tinha treze anos de idade. Camilo não gostava de estudar e era rebelde. Foi então residir com o pai, que vivia de quartel em quartel, porque, viciado em jogo, ganhava e perdia tudo o que possuía. Apesar do péssimo exemplo, era um bom cristão e amava o filho. Percebendo que Camilo, aos quatorze anos, não sabia nem ler direito, colocou-o para trabalhar como soldado. O jovem, devido à sua grande estatura e físico atlético, era requisitado para os trabalhos braçais e nunca passou de soldado, por falta de instrução.

Tinha dezenove anos de idade quando o pai morreu e deixou-lhe como herança apenas o punhal e a espada. Na ocasião, Camilo já ganhara sua própria fama, de jogador fanático, briguento e violento, era um rapaz bizarro. Em 1570, após uma conversa com um frade franciscano, sentiu-se atraído a ingressar na Ordem, mas foi recusado, porque apresentava uma úlcera no pé. Ele então foi enviado para o hospital de São Tiago, em Roma, que diagnosticou o tumor incurável.

Sem dinheiro para o tratamento, conseguiu ser internado em troca do trabalho como servente. Mesmo assim, afundou-se no jogo e foi posto na rua. Sabendo que o mosteiro dos capuchinhos estava sendo construído, ofereceu-se como ajudante de pedreiro e foi aceito.

O contato com os franciscanos foi fundamental para sua conversão.

Um dia, a caminho do trabalho, teve uma visão celestial, nunca revelada a ninguém. Estava com vinte e cinco anos de idade, largou o jogo e pediu para ingressar na Ordem dos Franciscanos. Não conseguiu, por causa de sua ferida no pé.

Mas os franciscanos o ajudaram a ser novamente internado no hospital de São Tiago, que, passados quatro anos, estava sob a sua direção. Camilo, já tocado pela graça, dessa vez, além de tratar a eterna ferida passou a cuidar dos outros enfermos, como voluntário. Mas preferia assistir aos doentes mais repugnantes e terminais, pois percebeu que os funcionários, apesar de bem remunerados, abandonavam-nos à própria sorte, deixando-os passar privações e vexames.

Neles, Camilo viu o próprio Cristo e por eles passou a viver. Em 1584, sob orientação do amigo e contemporâneo, também fundador e santo, padre Filipe Néri, constituiu uma irmandade de voluntários para cuidar dos doentes pobres e miseráveis, depois intitulada Congregação dos Ministros Camilianos. Ainda com a ajuda de Filipe Néri, estudou e vestiu o hábito negro com a cruz vermelha de sua própria Ordem, pois sua congregação, em 1591, recebeu a aprovação do Vaticano, sendo elevada à categoria de ordem religiosa.

Eleito para superior, dirigiu por vinte anos sua Ordem dos padres enfermeiros, dizem que com "mão de ferro" e a determinação militar recebida na infância e juventude. Depois, os últimos sete anos de vida preferiu ficar ensinado como os doentes deviam ser tratados e conviver entre eles. Mesmo sofrendo terríveis dores nos pés, Camilo ia visitar os doentes em casa e, quando necessário, chegava a carregá-los nas costas para o hospital. Nessa hora, agradecia a Deus a estatura física que lhe dera.

Recebeu o dom da cura pelas palavras e orações, logo a sua fama de padre milagreiro correu entre os fiéis, que, ricos e pobres, procuravam sua ajuda. Era um homem muito querido em toda a Itália, quando morreu em 14 de julho de 1614. Foi canonizado em 1746. São Camilo de Lellis, em1886, foi declarado Padroeiro dos Enfermos, dos Doentes e dos Hospitais

São Camilo de Lellis, rogai por nós !

terça-feira, 13 de julho de 2010

Crucifixo. Começa julgamento. Corte de Estrasburgo. Memorias e sustentações orais no primeiro dia. Intervenção 10 estados membros

-1. Como noticiamos (clique aqui para ler POST anterior) começou ontem, em Estrasburgo (França) e perante a Grande Câmara da Corte Européia de Direitos Humanos, o julgamento do recurso do estado italiano contra decisão de uma das câmaras de julgamento da Corte.


Em 3 de novembro passado, a câmara entendeu pela remoção, nas escolas públicas italianas, dos crucifixos. Segundo a referida câmara da Corte de Estrasburgo, deveria prevalecer a laicidade, consagrado, “como princípio fundamental e supremo” da Convenção européia.

Tudo começou, como destacamos no “post” anterior, por uma reclamação feita pela mãe de aluno de escola pública italiana. A mãe, a filandesa Soile Lautsi, entendia que o símbolo (crucifixo) ofendia à liberdade de crença e a laicidade do Estado. Mais ainda, criava conflito em face da educação que o seu filho recebia em casa. Lautsi, uma atéia, é casada com italiano ateu e vive na Itália.

Como a Câmara acolheu a reclamação de Soile Lautsi, o estado italiano apresentou recurso à “Grande Chambre”, ou seja, ao plenário da Corte Européia de Direitos Humanos, chamada de Corte de Estrasburgo. A mesma a que fez recurso Cesare Battisti e que teve afastada as teses, por improcedentes, de ter sido condenado em processo pleno de nulidades e sem direito de defesa.

-2. Ontem, o dia foi reservado à coleta de memórias e de sustentações orais, por parte de estados-membros e de estados com interesse. Memoriais foram apresentados por 10 estados-membros da União Européia. Pela reclamante, falou o advogado Nicolò Paoletti e, pelo estado italiano, Nicola Lettiere. Chamou a atenção, - não só pelo solidéu na cabeça -, a intervenção do jurista hebreu Joseph Weiler, a representar os EUA, como interveniente, interessado.

Com a informalidade que o caracteriza, Weiler resolveu fazer fina ironia ao perguntar: - “Será que a Inglaterra terá de abolir o seu hino. No hino é cantado ‘Deus salve a rainha”. Ao fazer graça, Weiler levantava o ponto focal do conflito. A “laicidade à francesa” seria absoluta ? Ou, como ele assegurou ao trazer o modelo inglês contrastante (a rainha é a chefe da Igreja), “ um estado não é obrigado, no sistema da Convenção de Direitos Humanos da União Européia, a se esposar com a laicidade”.

Uma grande lição de tolerância e pluralismo é saber conviver com a laicidade do modelo francês e o sistema britânico, destacou um dos juristas que fizeram uso da palavra.

Ficou claro, pelos debates, que católicos, protestantes, ortodoxos e hebreus, estavam todos unidos e a sustentar (protestantes inclusos) a manutenção dos crucifixos. Afinal, tudo em face de uma origem cultural judaica-cristã e de uma identidade greco-romana.

-3. Para os representantes da Rússia, Bulgária, Romênia, Grécia, Armênia e São Marino, a decisão da Câmara merece reforma em prol da democracia.
Para os russos, há uma motivação ética a legitimar os crucifixos nos estados que os admitem em repartições públicas. Os romenos falaram em aplicação subsidiária da Convenção quando em jogo valores do Estado soberano. O representante da Grécia considerou antidemocrática a decisão da Câmara. A Armênia, - vítima de genocídio perpetrado pelo governo turco à época da Primeira Guerra -, frisou representar o “crucifixo um símbolo dos princípios da liberdade, igualdade, tolerância e do valor laico da Constituição italiana e da vida social dos italianos”.

-4. Fora da Corte, o embate ficou por conta dos representantes (1)da “Alliance Defense Fund” (ADF), que é uma organização internacional, nascida nos EUA em 1994 e cuja meta primeira é a defesa da liberdade religiosa, e (2) da American Civil Liberties Union, dedicata às liberdades civis. Por evidente, a American Civil Liberties Union não entende legítimo símbolos religiosos em repartições e escolas públicas. A ADF só nasceu para se opor à American Civil Liberties Union.

Com sutileza de elefante, o jornal Avvenire, -- uma concorrida publicação católica dos bispos italianos e sob a responsabilidade do beato Antonio Rosmini, teólogo e filósofo - lembrou que Soile Lautsi(autora da reclamação junto à Corte de Estrasburgo) é atéia militante e membro da Uaar (União dos Ateus e dos Agnósticos Racionalistas). Com isso quis dizer que Lautsi promove uma batalha ideológica e política.

PANO RÁPIDO. A Corte, consoante os operadores, deverá levar de seis a doze meses para julgar o caso. A Corte de Estrasburgo é um órgão do Conselho da Europa, com independência para julgar. Ela custa 58 milhões de euros para os 47 estados-membros sujeitos à sua jurisdição. A Itália concorre com 11% do aportado para o fundo de financiamento da Corte.

Por: Wálter Fanganiello Maierovitch

13 de julho - Santo do dia

São Henrique II


Henrique, primogênito do duque da Baviera, nasceu num belíssimo castelo às margens do rio Danúbio, em 973, e recebeu o mesmo nome do seu pai. Veio ao mundo para reinar, desfrutando de todos os títulos e benesses que uma corte imperial pode proporcionar ao seu futuro soberano, com os luxos e diversões em abundância. Por isso foi uma grata surpresa para os súditos verem que o jovem se resguardou da perdição pela esmerada criação dada por sua mãe.

Seu pai, antes conhecido como "o briguento", abriu seu coração à orientação da esposa, católica fervorosa, que anos depois seu apelido foi mudado para "o pacífico". Assim, seus filhos receberam educação correta e religiosamente conduzida nos ensinamentos de Cristo. Um dos irmãos de Henrique, Bruno, foi o primeiro a abandonar o conforto da corte para tornar-se padre e, depois, bispo de Augusta. Das irmãs, Brígida fez-se monja e Gisela, bem-aventurada da Igreja, foi mulher do rei Estêvão da Hungria, também um santo.

O príncipe Henrique, na idade indicada, foi confiado ao bispo de Ratisbona, são Wolfgang, e com ele se formou cultural e espiritualmente. A tradição germânica diz que, certa noite, Henrique sonhou com o seu falecido diretor espiritual, são Wolfgang, que teria escrito na parede do quarto do príncipe: "Entre seis". Henrique julgou que morreria dali a seis dias, o que não ocorreu. Depois, achou que a morte o alcançaria dali a seis meses. Isso também não aconteceu. Mas, seis anos após o sonho, ele assumiu o trono da Alemanha, quando da morte de seu pai.

Por causa dos laços familiares, acabou sendo coroado também imperador de Roma, sendo consagrado pelo papa Bento VIII. Henrique II não poderia ter comandado o povo com mais sabedoria, humildade e cristandade do que já tinha. Promoveu a reforma do clero e dos mosteiros. Regeu a população com justiça, bondade e caridade, freqüentando com ela a santa missa e a eucaristia. Convocou e presidiu os concílios de Frankfurt e Bamberg. Realizou ainda muitas outras obras assistenciais e sociais.

Ao mesmo tempo que defendia o povo e a burguesia contra os excessos de poder dos orgulhosos fidalgos, estabeleceu a paz com Roberto, rei da França. Com o fim da guerra, reconstruiu templos e mosteiros, destinando-lhes generosas contribuições para que se desenvolvessem e progredissem. Enfim, ao lado da esposa Cunegundes, agora santa, concedeu à população incontáveis benefícios sociais e assistenciais, amparando os mais necessitados e doentes. O casal chegou a fazer voto eterno de castidade, para que, com mais firmeza de espírito, pudessem dedicar-se apenas a fazer o bem ao próximo.

Henrique II morreu em 13 de julho de 1024 e foi sepultado em Bamberg. Foi canonizado em 1152, pelo papa Eugênio III. Talvez o rei são Henrique II seja um dos santos mais queridos da Alemanha, ao lado de sua esposa.

São Henrique II, rogai por nós!



segunda-feira, 12 de julho de 2010

12 de julho - Santo do dia

São João Gualberto

Com muita alegria nos deparamos com a santidade de vida de São João Gualberto, que pertenceu a uma nobre família de Florença, a qual muito bem o educou na cultura, porém, deixou falhas no essencial, ou seja, na vida religiosa. Por isso, facilmente, ele foi se entregando às liberdades perigosas e às vaidades do mundo.

Aconteceu que, com o assassinato do seu irmão, João Gualberto – como o pai – revoltou-se a ponto de jurar o causador de morte; mas um certo dia, numa estreita estrada, Gualberto encontrou-se com o assassino desarmado, por isso arrancou sua espada para vingar o irmão, quando de repente a súplica: "Por amor de Jesus que neste dia morreu por nós, tem piedade de mim, não me mates!".

Era uma Sexta-feira Santa, e assim, tocado pela misericórdia de Deus, João Gualberto não só acolheu o malvado com seu perdão, mas também ao entrar numa igreja, recebeu aos pés do Crucificado a graça do perdão e a vida nova.

No processo de conversão de São João Gualberto, Deus o encaminhou à vida religiosa, à vida eremítica e depois à fundação de uma nova Ordem, chamada de Vallombrosa, na qual São João Gualberto tornou-se pai do monges e modelo, já que, antes de entrar na Vida Eterna em 1073, com 73 anos partilhou para os irmãos: "Quando quiserem eleger um abade, escolham entre os irmãos o mais humilde, o mais doce, o mais mortificado".

São João Gualberto, rogai por nós!

domingo, 11 de julho de 2010

Evangelho do dia

15º Domingo do Tempo Comum

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68

Evangelho segundo S. Lucas 10,25-37.

Levantou-se, então, um doutor da Lei e perguntou-lhe, para o experimentar: «Mestre, que hei-de fazer para possuir a vida eterna?» Disse-lhe Jesus: «Que está escrito na Lei? Como lês?» O outro respondeu: «Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todas as tuas forças e com todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.» Disse-lhe Jesus: «Respondeste bem; faz isso e viverás.» Mas ele, querendo justificar a pergunta feita, disse a Jesus: «E quem é o meu próximo?» Tomando a palavra, Jesus respondeu: «Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos dos salteadores que, depois de o despojarem e encherem de pancadas, o abandonaram, deixando o meio morto. Por coincidência, descia por aquele caminho um sacerdote que, ao vê-lo, passou ao largo. Do mesmo modo, também um levita passou por aquele lugar e, ao vê-lo, passou adiante. Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, encheu-se de compaixão. Aproximou-se, ligou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho, colocou-o sobre a sua própria montada, levou-o para uma estalagem e cuidou dele. No dia seguinte, tirando dois denários, deu-os ao estalajadeiro, dizendo: 'Trata bem dele e, o que gastares a mais, pagar-to-ei quando voltar.' Qual destes três te parece ter sido o próximo daquele homem que caiu nas mãos dos salteadores?» Respondeu: «O que usou de misericórdia para com ele.» Jesus retorquiu: «Vai e faz tu também o mesmo.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por: São Severo de Antioquia

«Desceu do Céu» (Credo)


«Certo homem descia de Jerusalém para Jericó». Cristo [...] não disse: «Alguém descia», mas «certo homem descia», porque a passagem diz respeito a toda a humanidade. A mesma que, a seguir ao pecado de Adão, deixou a morada suprema, calma, sem sofrimento e maravilhosa do paraíso, chamada de pleno direito Jerusalém – nome que significa «paz de Deus» –, e desceu para Jericó, país rude e baixo, onde o calor é abrasador. Jericó é a vida febril deste mundo, a vida que nos separa de Deus. [...] Uma vez que a humanidade se desviou do bom caminho para esta vida [...], o bando de demónios selvagens vem atacá-la como um bando de salteadores, que a despojam das vestes da perfeição, não lhe deixando nenhum vestígio da força de alma, nem da pureza, nem da justiça, nem da prudência, nem de nada do que caracteriza a imagem divina (Gn 1, 26); mas, batendo-lhe com as pancadas repetidas dos vários pecados, abatem-na e deixam-na por fim meia morta. [...]

A Lei dada por Moisés passou [...], mas faltou-lhe força, não conduzindo a humanidade a uma cura completa, não levantando a humanidade que jazia por terra. [...] É que a Lei oferecia sacrifícios e oferendas «que de modo algum podiam dar a perfeição àqueles que assistiam aos sacrifícios» porque «é impossível que o sangue dos touros e dos carneiros tire os pecados» (Heb 10, 1.4). [...]

Por fim passou um Samaritano. Cristo dá-Se a Si mesmo, o nome de Samaritano. Porque [...] é Ele mesmo que vem, realizando o desígnio da Lei e fazendo ver, pelas Suas obras, «quem é o próximo» e em que consiste «amar os outros como a si mesmo». .

11 de julho - Santo do dia

São Bento de Nórcia

As informações sobre a vida de Bento nos foram transmitidas pelo seu biógrafo e contemporâneo, papa são Gregório Magno. No livro que enaltece o seu exemplo de santidade de vida, ele não registrou as datas de nascimento e morte. Assim, apenas recebemos da tradição cristã o relato de que Bento viveu entre os anos de 480 e 547.

Bento nasceu na cidade de Nórcia, província de Perugia, na Itália. Pertencia à influente e nobre família Anícia e tinha uma irmã gêmea chamada Escolástica, também fundadora e santa da Igreja. Era ainda muito jovem quando foi enviado a Roma para aprender retórica e filosofia. No entanto, decepcionado com a vida mundana e superficial da cidade eterna, retirou-se para Enfide, hoje chamada de Affile. Levando uma vida ascética e reclusa, passou a se dedicar ao estudo da Bíblia e do cristianismo.

Ainda não satisfeito, aos vinte anos isolou-se numa gruta do monte Subiaco, sob orientação espiritual de um velho monge da região chamado Romano. Assim viveu por três anos, na oração e na penitência, estudando muito. Depois, agregou-se aos monges de Vicovaro, que logo o elegeram seu prior. Mas a disciplina exigida por Bento era tão rígida, que esses monges indolentes tentaram envenená-lo. Segundo seu biógrafo, ele teria escapado porque, ao benzer o cálice que lhe fora oferecido, o mesmo se partiu em pedaços.

Bento abandonou, então, o convento e, na companhia de mais alguns jovens, entre eles Plácido e Mauro, emigrou para Nápoles. Lá, no sopé do monte Cassino, onde antes fora um templo pagão, construiu o seu primeiro mosteiro.

Era fechado dos quatro lados como uma fortaleza e aberto no alto como uma grande vasilha que recebia a luz do céu. O símbolo e emblema que escolheu foram a cruz e o arado, que passaram a ser o exemplo da vida católica dali em diante.

As regras rígidas não poderiam ser mais simples: "Ora e trabalha". Acrescentando-se a esse lema "leia", pois, para Bento, a leitura devia ter um espaço especial na vida do monge, principalmente a das Sagradas Escrituras. Desse modo, estabelecia-se o ritmo da vida monástica: o justo equilíbrio, do corpo, da alma e do espírito, para manter o ser humano em comunhão com Deus. Ainda, registrou que o monge deve ser "não soberbo, não violento, não comilão, não dorminhoco, não preguiçoso, não detrator, não murmurador".

A oração e o trabalho seriam o caminho para edificar espiritual e materialmente a nova sociedade sobre as ruínas do Império Romano que acabara definitivamente. Nesse período, tão crítico para o continente europeu, este monge tão simples, e por isto tão inspirado, propôs um novo modelo de homem: aquele que vive em completa união com Deus, através do seu próprio trabalho, fabricando os próprios instrumentos para lavrar a terra. A partir de Bento, criou-se uma rede monástica, que possibilitou o renascimento da Europa.

Celebrado pela Igreja no dia 11 de julho, ele teria profetizado a morte de sua irmã e a própria. São Bento não foi o fundador do monaquismo cristão, que já existia havia três séculos no Oriente. Mas merece o título de "Pai do Monaquismo Ocidental", que ali só se estabeleceu graças às regras que ele elaborou para os seus monges, hoje chamados "beneditinos". Além disto, são Bento foi declarado patrono principal de toda a Europa pelo papa Paulo VI, em 1964, também com justa razão.

São Bento de Nórcia, rogai por nós !