Blog Brasil Católico Total NO TWITTER

Blog Brasil Católico Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER

Você é o Visitante nº desde 3 janeiro 2014

Flag Counter

Seguidores = VOCÊS são um dos motivos para continuarmos nosso humilde trabalho de Evangelização

segunda-feira, 17 de março de 2014

Canção Nova - algo está errado? Ecumenismo escondendo a face católica?

CULTO PROTESTANTE NA CANÇÃO NOVA? UMA VERGONHA!

Caríssimos, Salve Maria!
Entre tantas notícias da CN, desde a dança sacrílega com o Santíssimo Sacramento, passando pela censura que o diretor impôs  a um padre por denunciar o PT em sua homilia VEJA,  vem mais uma que colocamos aqui
Hereges protestantes em culto na própria emissora "católica". Perceba o cenário: bem diferente do usual. Cadê o crucificado? Cadê o Ícone de Nossa Senhora?
Uma Vergonha, Canção Nova! Uma vergonha!

Canção Nova, converta-se!

Muitos católicos ficaram escandalizados com as ações tomadas pela TV Canção Nova para a produção do  EUCRISTUS (Encontro de Cristãos na Busca de Unidade e Santidade).  A emissora convidou personalidades protestantes para falar e transmitir suas palavras AO VIVO, ou seja, sem preocupação alguma do tipo de conteúdo que seria dito aos fiéis, o resultado não poderia ser mais trágico.
O pastor José Carlos disse abertamente  que o Espírito Santo inspirou a eles (ele e sua esposa) pra formarem uma só Igreja através do ecumenismo. O que vai frontalmente contra a doutrina católica que ensina com todas as letras que a verdadeira unidade do cristianismo se dá na adesão ao catolicismo.  Fechando com chave de ouro, o pastor convidou aos presente «Venham nos fazer uma visita, venham conhecer nossa comunidade»
Outros esforços foram feitos para agradar os protestantes, entre eles a remoção da imagem do crucificado da cruz (imagem acima) e a remoção do ícone de Nossa Senhora do local.


Entre os absurdos que a Canção Nova permitiu, aconteceu um CULTO PROTESTANTE dentro de suas dependências, no Auditório São Paulo enquanto os católicos estavam assistindo a Santa Missa.
Se é preciso esconder a face católica para que se tenha ecumenismo, então não existe ecumenismo algum.


Santo do dia - 17 de março

São Patrício

Há poucos dados sobre a origem de Patrício, mas os que temos foram tirados do seu livro autobiográfico "Confissão". Nele, Patrício diz ter nascido numa vila de seu pai, situada na Inglaterra ou Escócia, no ano 377. Era filho de Calpurnius. Apesar de ter nascido cristão, só na adolescência passou a professar a fé.

Aos dezesseis anos, foi raptado por piratas irlandeses e vendido como escravo. Levado para a Irlanda foi obrigado a executar duros trabalhos em meio a um povo rude e pagão. Por duas vezes Patrício tentou a fuga, até que na terceira vez conseguiu se libertar. Embarcou para a Grã-Bretanha e depois para a Gália, atual França, onde frequentou vários mosteiros e se habilitou para a vida monástica e missionária.

A princípio, acompanhou São Germano do mosteiro de Auxerre, numa missão apostólica na Grã-Bretanha. Mas seu destino parecia mesmo ligado à Irlanda, mesmo porque sua alma piedosa desejava evangelizar aquela nação pagã, que o escravizara. Quando faleceu o Bispo Paládio, responsável pela missão no país, o Papa Celestino I o convocou para dar seguimento à missão. Foi consagrado bispo e viajou para a "Ilha Verde", no ano 432.

Sua obra naquelas terras ficará eternamente gravada na História da Igreja Católica e da própria Humanidade, pois mudou o destino de todo um povo. Em quase três décadas, o bispo Patrício converteu praticamente todo o país. Não contava com apoio político e muito menos usou de violência contra os pagãos. Com isso, não houve repressão também contra os cristãos. O próprio rei Leogário deu o exemplo maior, possibilitando a conversão de toda sua corte. O trabalho desse fantástico e singelo bispo foi tão eficiente que o catolicismo se enraizou na Irlanda, vendo nos anos seguintes florescer um grande número de Santos e evangelizadores missionários.

O método de Patrício para conseguir tanta conversão foi a fundação de incontáveis mosteiros. Esse método foi imitado pela Igreja também na Inglaterra e na evangelização dos alemães do norte da Europa. Promovendo por toda parte a construção e povoação de mosteiros, o bispo Patrício fez da Ilha um centro de irradiação de fé e cultura. Dali partiram centenas de monges missionários que peregrinaram por terras estrangeiras levando o Evangelho. Temos, como exemplo, a atuação dos célebres apóstolos Columbano, Galo, Willibrordo, Tarásio, Donato e tantos outros.

A obra do bispo Patrício interferiu tanto na cultura dos irlandeses, que as lendas heróicas desse povo falam sempre de monges simples com suas aventuras, prodígios e graças, enquanto outras nações têm como protagonistas seus reis e suas façanhas bélicas.

Patrício morreu no dia 17 de março de 461, na cidade de Down, atualmente Downpatrick. Até hoje, no dia de sua festa os irlandeses fixam à roupa um trevo, cuja folha se divide em três, numa homenagem ao venerado São Patrício que o usava para exemplificar melhor o sentido do mistério da Santíssima Trindade: "um só Deus em três pessoas".

A data de 17 de março há séculos marca a festa de São Patrício, a glória da Irlanda. Os irlandeses sempre sentiram um enorme orgulho de sua pátria, tanto, por ter ela nascido na chamada Ilha dos Santos, quanto, por ter sido convertida pelo venerado bispo. Só na Irlanda existem duzentos santuários erguidos em honra a São Patrício, seu padroeiro.

Rezo com São Patrício:

Cristo guarde-me hoje,
Cristo comigo, Cristo à minha frente, Cristo atrás de mim,
Cristo em mim, Cristo embaixo de mim, Cristo acima de mim,
Cristo à minha direita, Cristo à minha esquerda,
Cristo ao me deitar,
Cristo ao me sentar,
Cristo ao me levantar,
Cristo no coração de todos os que pensarem em mim,
Cristo na boca de todos que falarem em mim,
Cristo em todos os olhos que me virem,
Cristo em todos os ouvidos que me ouvirem.
Levanto-me, neste dia que amanhece,
Por uma grande força, pela invocação da Trindade,
Pela fé na Trindade,
Pela afirmação da Unidade,
Pelo Criador da Criação.
Amém. 

São Patrício, rogai por nós!


Santa Gertrudes de Nivelles
Gertrudes nasceu no povoado de Brabante, na cidade de Nivelles, Bélgica, no ano 626. Seu pai era Pepino de Landen, um homem rico e influente, descendente de Carlos Magno. Sua mãe era Ida, nobre e muito religiosa, que depois da morte do marido, fundou o duplo mosteiro de Nivelles, masculino e feminino, dos quais foi a abadessa até a morte. As filhas Gertrudes e Begga também fizeram os votos e vestiram o hábito, passando a viver no mosteiro, ao seu lado. Após a morte da abadessa, Gertrudes foi eleita a sucessora, tinha apenas vinte anos de idade. Mas, como o poder não a atraia, delegou-o a um dos monges, que passou a administrar ambos os mosteiros, enquanto ela ficou apenas com o título.

Gertrudes reservou para si a tarefa de instruir Irmãos e Irmãs, preparando-os na fé e motivando-os para a difusão da Palavra de Cristo. Isso significava um enorme esforço de sua parte pois viviam numa época de ignorância, e superstições. Um eclipse, por exemplo, era considerado um fenômeno sobrenatural e motivo de alarde para todos os camponeses, mesmo os instruídos na fé cristã.

Ela iniciou com vigor um grande processo de reformulação de ambos os mosteiros, chamando, da Irlanda, monges teólogos, os mais versados nas Sagradas Escrituras, para fundamentar essa reciclagem. Empregou toda a fortuna da família, bem como utilizou toda sua influência para esse intento. Mandou, vários emissários a Roma para trazerem livros, não só de cunho litúrgico, ampliando muito a biblioteca. A missão de Gertrudes se tornara uma luta para a difusão da doutrina católica através da instrução e pôde retirar o véu da ignorância que envolvia tanto o clero como os habitantes em geral.

Com tanta sabedoria e predisposição para a santidade, ela adquiriu muitos dons especiais tendo visões, revelações e graças, durante suas orações contemplativas, seguidas de jejuns e penitências constantes. Devota de Maria e Jesus Crucificado, seus sacrifícios eram pelas almas do purgatório, que lhe apareciam durante as orações sob a forma de ratos negros, mas ao final se transformavam em dourados, simbolizando sua salvação pela Misericórdia de Deus. Essas visões ela comentava com as monjas, estimulando as preces à essas almas abandonadas. Por isso, nas suas representações existe sempre um rato ao seu redor. Os devotos, ainda hoje, a evoca contra as invasões de ratos e o medo que eles provocam.

Entretanto, o que mais a destacava era a sua profunda capacidade de compreender os anseios das almas. Por isso, Gertrudes se revelou uma eficaz pacificadora, ao interpelar os "senhores" locais que guerreavam entre si. Suas palavras, dotadas de sabedoria e autoridade, traziam constrangimento à eles, que partiam para o diálogo e conciliação.

As guerras pacificadas e o alívio ao povo sofrido fortaleceram sua fama de santidade em vida e gerou muitas tradições e venerações populares. Quando uma guerra era apaziguada, os oponentes brindavam juntos com o excelente vinho daquela região. O povo chamava a bebida de "Filtro de Santa Gertrudes", pois segundo a crença, a bebida era um "remédio" contra a guerra e o ódio.

Ela morreu em Nivelles, no dia 17 de março de 659, aos trinta e três anos e o seu culto foi imediato. Entretanto, o precioso relicário que continha seus restos mortais foi destruído num bombardeio, em 1940, que atingiu a basílica que o guardava. O que não diminuiu em nada sua veneração no mundo católico, que continua festejando Santa Gertrudes nesse dia.


Santa Gertrudes, rogai por nós!



domingo, 16 de março de 2014

Evangelho do Dia

EVANGELHO COTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68


2º Domingo da Quaresma

Evangelho segundo S. Mateus 17,1-9.
Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e seu irmão João, e levou-os, só a eles, a um alto monte. Transfigurou-se diante deles: o seu rosto resplandeceu como o Sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz. 

Nisto, apareceram Moisés e Elias a conversar com Ele. Tomando a palavra, Pedro disse a Jesus: «Senhor, é bom estarmos aqui; se quiseres, farei aqui três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias.» 

Ainda ele estava a falar, quando uma nuvem luminosa os cobriu com a sua sombra, e uma voz dizia da nuvem: «Este é o meu Filho muito amado, no qual pus todo o meu agrado. Escutai-o.»  Ao ouvirem isto, os discípulos caíram com a face por terra, muito assustados. 

Aproximando-se deles, Jesus tocou-lhes, dizendo: «Levantai-vos e não tenhais medo.»
Erguendo os olhos, os discípulos apenas viram Jesus e mais ninguém.
Enquanto desciam do monte, Jesus ordenou-lhes: «Não conteis a ninguém o que acabastes de ver, até que o Filho do Homem ressuscite dos mortos.»


Comentário do dia: São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho de Mateus, n º 56; PG 58, 549 

«Não conteis a ninguém o que acabastes de ver, até que o Filho do Homem seja ressuscitado dentre os mortos»
Jesus Cristo conversou muito com os seus discípulos acerca dos seus sofrimentos, da sua Paixão e morte, e predisse os males que iria suportar e a morte violenta que um dia os faria sofrer (Mt 16,21-26). Foi por isso que, depois de lhes dizer coisas tão duras e tão difíceis, tentou consolá-los evocando as recompensas que lhes daria quando viesse na glória de seu Pai (v. 27). […] Quis mostrar-lhes com antecedência, na medida em que eles eram capazes de o compreender nesta vida, a grande majestade na qual estava para vir, impedindo assim a perturbação e a dor que os seus apóstolos, especialmente Pedro, poderiam sentir perante a sua morte. […] 

«Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João.» Porque tomou apenas esses três apóstolos? Provavelmente porque eles excediam os outros: São Pedro por causa de seu entusiasmo e do seu amor; São João porque era o discípulo que Jesus amava (Jo 13,23), e São Tiago, porque dissera, com seu irmão: «Podemos [beber o teu cálice]» (Mt 20,22), e porque manteve a sua palavra (Act 12,2). […] 

Porque fez aparecer Moisés e Elias? […] Ele era constantemente acusado de violar a Lei e de blasfemar, apropriando-Se de uma glória que não Lhe pertencia, a glória do Pai.[…] Querendo pois mostrar que não violava a Lei e que não Se atribuía uma glória que não Lhe pertencia, Jesus invoca a autoridade das duas testemunhas mais irrepreensíveis: Moisés, que dera a Lei […], e Elias, que fora abrasado de zelo pela glória e o serviço de Deus (1Rs 19,10). […] Além disso, queria ensinar-lhes que era o senhor da vida e da morte, trazendo à sua presença um homem que estava morto e outro que tinha sido transportado vivo numa carruagem de fogo (2Rs 2,11). E queria revelar aos seus discípulos a glória da sua cruz, consolar Pedro e os companheiros, que se sentiam atemorizados pela sua Paixão, aumentar-lhes a coragem. Com efeito, Moisés e Elias falavam com Ele da glória que haveria de receber em Jerusalém (Lc 9,31), ou seja, da sua Paixão e da sua cruz, que os profetas sempre tinham apelidado de sua glória.

16 de março - Santo do dia

Santo Abraão Kidunaia

Abraão nasceu na Mesopotâmia, atual Síria, no ano 296, era filho de pais religiosos que lhe deram educação cristã. Quando estava em idade de se casar, seu pai escolheu para ele um bom partido, mas o rapaz recusou. A vontade de Abraão era outra, queria ser eremita e dedicar-se somente à Deus, pela oração, contemplação e penitência.

Porém, a pressão da família foi tão grande que o jovem não teve como escapar. Mas no dia do casamento abandonou tudo. Foi encontrado, dezessete dias depois, pela família, numa cela isolada, que construíra numa caverna do deserto, próximo da cidade de Edessa. Por mais que seus pais pedissem que voltasse, não conseguiram fazê-lo mudar de idéia. Viveu naquele mesmo lugar por uma década, até receber a notícia da morte dos pais.

O outro lado da notícia seria bom para qualquer um, menos para Abraão: herdara uma grande fortuna. Contudo, ele não se abalou com isso, pediu ao bispo de Edessa, seu amigo pessoal, que repartisse toda a sua parte da herança entre os pobres, pois não queria nem ter contato com os bens materiais. Entretanto, aquele episódio serviu ao menos para fazê-lo sair do seu isolamento. O bispo, que precisava de um bom sacerdote para uma missão muito especial, aproveitou para efetuar a ordenação de Abraão. E o enviou como padre missionário para a vila de Beth-Kiduna, onde todos os habitantes eram pagãos e praticavam a idolatria.

O trabalho de evangelização foi duro. Depois de um ano construiu uma igreja com a ajuda dos habitantes, todos já haviam se convertido ao cristianismo e destruído as imagens dos
falsos deuses. Certo do dever cumprido, Abraão rezou muito à Deus, para que fosse enviado outro padre, melhor do que ele, para atender esse rebanho. Isso ocorreu logo, e ele voltou para a solidão de sua cela no deserto de Edessa. Foi devido ao sucesso de sua missão em Kiduna, que se tornou conhecido como Abraão Kidunaia.

Deixou sua cela só mais duas vezes. Certa vez, uma sobrinha muito jovem chamada Maria, que ficou órfã de pai, um dos irmãos de Abraão, precisava de acolhida. Ele a recebeu e a educou, ensinando-lhe tudo que sabia sobre a Palavra de Cristo e também sobre as ciências. Mas, a jovem preferiu experimentar as alegrias do mundo, fugindo para uma cidade próxima, onde levava uma vida desregrada. Abraão, então, se disfarçou de soldado e foi até onde ela se instalara, alí conversaram e ele a converteu definitivamente. Maria viveu, os próximos quinze anos, reclusa, fazendo caridade. Passou a ser chamada de Maria de Edessa, sendo canonizada, mais tarde. A tradição diz que ela operou vária graças em vida.

Muitos peregrinos cristãos iam ao deserto para ver, conversar e aprender sobre os mistérios de Cristo, com aquele padre que norteara sua vida para a santidade. Abraão morreu, aos setenta anos de idade, no ano 366, cinco anos após a discípula Maria. E foi essa a última vez que deixou sua cela. O lugar do seu túmulo se tornou local de peregrinação, de prodígios e de graças. Esses dados foram extraídos dos escritos deixados por Santo Efrém, que escreveu a biografia de Santo Abraão Kidunaia, celebrado no dia 16 de março.

Santo Abraão Kidunaia, rogai pór nós!


Santa Eusébia

 

Pertenceu a uma família de muitos santos. Com oito anos seu pai, Santo Adalberto, faleceu. Sua mãe, chamada a uma vida de entrega total a Deus, montou um convento e quis a sua filha junto. Sua avó Gertrudes também a chamou para a vida religiosa em Hamage (França), e ela aceitou.

A mãe, Santa Riertrudes, soube que Eusébia seria a Abadessa após a morte de sua avó. Então fez de tudo para ela ser bem formada antes, pois tinha apenas 12 anos. E foi para junto de sua mãe, mas às vezes escapava para a comunidade de Hamage (França), onde percebia ser o seu lugar.

Riertrudes repensou, e após se aconselhar com bispos e abades liberou sua filha para voltar e ser Abadessa, talvez a mais jovem da França. Eusébia pressentiu que não duraria muito por aqui. Com apenas 23 anos reuniu suas filhas espirituais, e deu-lhes vários conselhos. Depois, esperou a morte de maneira calma e confiante. Isso no ano de 680.

Santa Eusébia, rogai por nós!
 

Santo Heriberto
Heriberto foi arcebispo de Colônia, na Alemanha, ainda muito moço, pois sua religiosidade brotara ainda na infância. Conta a história que, no dia em que nasceu, em 970, filho de descendentes dos condes de Worms, notou-se uma extraordinária luz pairando sobre a casa de seus pais. O fenômeno teria durado várias horas e marcado para sempre a vida de Heriberto, que caminhou reto para o caminho da santidade.

Como desde pequeno mostrava vocação para a religião e os estudos, seus pais o entregaram ao convento de Gorze. Ali, Heriberto descobriu para si e para o mundo que era extremamente talentoso, mas decidiu-se pela ordenação sacerdotal, que ocorreu em 995. Com o decorrer do tempo cursou diversas escolas, chegando a ser considerado o homem mais sábio de seu tempo. E foi nesta condição que o imperador Oton III o nomeou chanceler, seu assessor de maior confiança. Sua fama e popularidade cresceram, não só devido à sabedoria, mas também pela humildade e a caridade que praticava com todos. Assim, foi eleito bispo de Colônia, em 999.

Quando Oton III morreu, o imperador que o sucedeu, Henrique II, também acabou tornando-se admirador de Heriberto, apesar da oposição que lhe fez no início. Uma vez que o bispo Heriberto o consagrou rei sem nenhuma contestação. E por fim o novo rei Henrique II o chamou para ser seu conselheiro.

Então, a obra caridosa do bispo pôde então continuar. Os registros mostraram que, depois de fundar um hospital para os pobres, Heriberto visitava os doentes todos os dias, cuidando deles pessoalmente. Diz a tradição que, certa vez, houve na cidade uma grande seca, ficando sem chover por meses. O bispo comandou um jejum de três dias e, finalmente, uma procissão de penitência pedindo chuva aos céus. Como nem assim choveu, Heriberto comovido começou a chorar na frente do povo, culpando-se pela seca. Dizia que seus pecados é que impediam Deus de fazer misericórdia. Mas, um fato prodigioso aconteceu nesse momento, imediatamente o céu escureceu e uma forte chuva caiu sobre a cidade, durando alguns dias e pondo fim à estiagem.

Com fama de santidade ainda em vida, o bispo Heriberto morreu no dia 16 de março de 1021, numa viagem de visita pastoral à cidade de Deutz, onde contraiu uma febre maligna que assolava a população. Suas relíquias estão na catedral dessa cidade, na Colônia, Alemanha. Na igreja que ele mesmo fundou junto com o mosteiro ao lado, que foi entregue aos beneditinos.

Amado pelos fiéis a peregrinação à sua sepultura difundiu seu culto que se tornou vigoroso em toda a Europa, especialmente na Itália e na Alemanha, país de sua origem. Foi canonizado em 1227, pelo Papa Gregório IX que autorizou o culto à Santo Heriberto, já tradicionalmente festejado pelos devotos no dia 16 de março.

Santo Heriberto, rogai por nós!

sábado, 15 de março de 2014

15 de março - Santo do dia

São Clemente Maria Hofbauer

Batizado com o nome de João, ele nasceu num pequeno povoado da Morávia, República Tcheca, em 26 de dezembro de 1751. De família muito cristã e pobre, não pode se dedicar aos estudos até a adolescência. Seus pais Paulo Hofbauer e Maria Steer tiveram doze filhos e ele tinha apenas sete anos, quando ficou órfão de pai. Consta de suas anotações que, nesse dia, sua mãe lhe mostrou um crucifixo e lhe disse: "A partir de hoje, este é o teu Pai". João entendeu bem a orientação, decidindo, a partir de então, que se tornaria padre e missionário.

Mas as condições em que vivia a família dificultaram a realização de seu sonho. Aos quinze anos de idade, foi morar na cidade de Znaim, onde aprendeu o ofício de padeiro. Três anos depois conseguiu o emprego que mudou sua vida: padeiro do convento em Bruk, dos premonstratenses. A vocação do jovem foi notada pelo abade, que o deixou estudar, inclusive latim. Quando seu benfeitor morreu, João foi viver como eremita, primeiro na Áustria e depois, com a permissão do bispo de Tívoli, próximo à capela de Quintilio. Aí foi onde mudou o nome para o de Clemente Maria, recebendo o hábito do bispo, que mais tarde se tornaria o Papa Pio VII. Certa vez, em outra viagem a Roma, entrou por acaso numa igreja de redentoristas. Foi o primeiro contato que teve com essa Ordem. Depois de assistir à missa, pediu uma entrevista com o superior e, impressionado com as Regras e a atuação da Congregação, pediu para ingressar nela e foi admitido.

Um ano depois, tornou-se sacerdote redentorista. Seu sonho estava realizado, mas seu trabalho, apenas começando. Fixou residência em Varsóvia, onde fundou casas e recebeu dezenas de noviços. Reformou a igreja de São Benon, que estava caindo aos pedaços e a pequena casa da igreja tornou-se um grande e espaçoso convento. Durante vinte anos, padre Clemente atuou nessa paróquia, convertendo pagãos e atraindo multidões. Tanto que eram necessários vinte e cinco padres para atender aos fiéis, celebrando diariamente duas missas em alemão e duas em polonês. Com a expansão do trabalho, pôde fundar mais três conventos e ativar as paróquias em volta da sua. Como capelão do convento e da igreja das Ursulinas, teve uma influência extraordinária na cidade inteira e até além da mesma. Fundou também um asilo para abrigar as crianças vítimas das sucessivas guerras da região, uma escola para crianças pobres e outra, de ensino superior, para meninos. Esta atividade ele a continuou até 1808, quando Napoleão Bonaparte fechou a igreja e dispersou a comunidade. Enfrentou com serenidade, com outros redentoristas, a perseguição na Polônia, o fechamento da casa da Ordem e até a prisão.

Clemente não desistiu. Foi realizar missões na Alemanha, Suíça e na Áustria, onde fez o clero retomar os conceitos cristãos esquecidos. Principalmente, aconselhou e encorajou alguns líderes do novo movimento romântico e outros que trabalhavam para a renovação católica nos países de idioma alemão. A intensa atividade dele chamou a atenção da polícia.
Mas, só a morte poderia impedir Clemente Maria de atuar, que se deu em Viena, no dia 15 de março de 1820, cuja população consternada assumiu o luto como o de um parente.

Foi beatificado em1888, e canonizado pelo Papa Pio X, em 1909. Cinco anos depois o mesmo pontífice proclamou São Clemente Maria Hofbauer, o padroeiro de Viena e, também, dos padeiros, numa singela lembrança da profissão exercida na sua adolescência. É venerado como o principal propagador da Congregação Redentorista, fora da Itália.

São Clemente Maria Hofbauer, rogai por nós!


Santa Luísa de Marillac
Luísa nasceu em 12 de agosto de 1591, filha natural de Luís de Marillac, senhor de Ferrières, aparentado com a nobreza francesa, cujas posses permitiram dar à filha uma infância tranqüila. A menina aos três anos foi para o Convento Real de Poissy, em Paris onde recebeu uma educação refinada, quer no plano espiritual, quer no humanístico.

Porém, seu pai morreu quando ela tinha treze anos, sem deixar herança e, felizmente, nem dívidas. Nessas circunstâncias Luísa foi tirada do Convento, pela tia Valença, pois os Marillac não se dispuseram custear mais sua formação. Ela desejava dedicar sua vida à Deus, para cuidar dos pobres e doentes, mas agora com a escassez financeira teria de esperar para atingir esse objetivo.

Durante dois anos viveu numa casa simples de moças custeando-se com trabalhos feitos em domicílio, especialmente bordados Ela tentou ingressar no mosteiro das capuchinhas das Filhas da Paixão que acabavam de chegar em Paris, mas foi rejeitada pela aparência de saúde débil, imprópria para a vida de mosteiro. Depois disso viu-se constrangida a aceitar um casamento que os tios lhe arranjara. Foi com Antonio de Gràs, que trabalhava como secretário da rainha. Com ele teve um filho, Miguel Antonio. Viveu feliz, pois o marido a respeitava e amava a família. E se orgulhava da esposa que nas horas vagas cuidava dos deveres de piedade, mortificando-se com jejuns freqüentes, visitando os pobres, os hospitais e os asilos confortando a todos com seu socorro. Até que ele próprio foi acometido por grave e longa enfermidade e ela passou a se dedicar primeiro à ele sem abandonar os demais. Mas com isso novamente os problemas financeiros voltaram.

Nesse período teve dois grandes conselheiros espirituais: Francisco de Sales e Vicente de Paulo, ambos depois declarados Santos pela Igreja. Foi graças à direção deles, que pôde superar e enfrentar os problemas que agitavam o seu cotidiano e a sua alma. Somente sua fé a manteve firme e graças à sua força, suplantou as adversidades, até o marido falecer, em 1625 e Miguel Antonio foi para o seminário.

Só então Luísa pôde dedicar-se totalmente aos pobres, doentes e velhos. Isso ocorreu porque Vicente de Paulo teve a iluminação de colocar-la à frente das Confrarias da Caridade, as quais fundara para socorrer as paróquias da França, e que vinham definhando. Vicente encarregou-a de visita-las, reorganiza-las, enfim dinamiza-las, e ela o fez durante anos.

Em 1634 Luísa, com ajuda e orientação de Vicente de Paulo, fundou a Congregação das Damas da Caridade, inicialmente com três senhoras da sociedade, mas esse núcleo se tornaria depois uma Congregação de Irmãs. Isso o porque serviço que estas Damas prestavam aos pobres era limitado pelos seus deveres familiares e sociais e pela falta de hábito aos trabalhos humildes e fatigantes. Era necessário colocar junto delas, pessoas generosas, livres e totalmente consagradas a Deus e aos pobres. Mas na Igreja não existiam porque a vida de consagração para as mulheres estava concebida apenas como vida de clausura. Então, Vicente e Luísa, em 1642 ousaram e, criam as Irmãs dos Pobres, as Filhas da Caridade, a quem foram confiados os doentes, os enjeitados, os velhos, os mendigos, os soldados feridos e os condenados às prisões.

Nascia um novo tipo de Irmã, com uma missão inédita para aqueles tempos: uma vida consagrada em dispersão pelos caminhos do sofrimento humano, assim estava criada a Congregação das Irmãs Filhas da Caridade, em 1642. Na qual Luísa fez os votos perpétuos, sendo consagrada pelo próprio Vicente de Paulo. A obra, sob a direção dela foi notável. Quando Paris foi assolada pela guerra e peste, em 1652, as Irmãs chegaram a atender quatorze mil pessoas, de todas as categorias sociais, sendo inclusive as primeiras Irmãs a serem requisitadas para o atendimento dos soldados feridos, nos campos de batalhas.

Luísa morreu em 15 de março de 1660. Foi beatificada em 1920, e canonizada pelo Papa Pio XI, em 1934. Suas relíquias repousam na Capela da Visitação da Casa Matriz das Irmãs da Caridade, em Paris, França. Santa Luísa de Marillac foi proclamada Padroeira das Obras Sociais e de todos os assistentes sociais, pelo Papa João XXIII, em 1960.

Santa Luísa de Marillac, rogai por nós!
 

São Longuinho
 
Longuinho viveu no primeiro século, e dele muito se falou e escreveu, sendo encontrado em todos os registros contemporâneos da Paixão de Cristo. Existem citações sobre ele nos evangelhos, epistolas dos Santos Padres, e martirológios tanto orientais como nos ocidentais. Estes relatos levaram a uma combinação de diferentes situações, mas, em todas foi identificado como um soldado centurião presente na cena da Crucificação.

Os apóstolos escreveram que ele foi o primeiro a reconhecer Cristo como "o filho de Deus" (27:54 Mateus; 15:39 Marcos; 23:47 Lucas). Em meio ao coro dos insultos e escárnios, teria sido a única voz favorável a afirmar Sua Divindade. Identificado pelo apóstolo João (19:34), como o soldado que "perfurou Jesus com uma lança". Fato este que o definiu como um soldado centurião e que lhe deu o nome Longuinho, derivado do grego que significa "uma lança". Outros textos dizem que era o centurião, comandante dos poucos soldados que guardava o sepulcro do crucifixo, e que presenciava as crucificações, portanto presenciou a de Jesus. Depois, da qual, se converteu.

Segundo a tradição,os crucificados tinham seus pés quebrados para facilitar a retirada da cruz, mas, como Jesus já estava com os pés soltos, um dos soldados perfurou o lado do seu corpo com uma lança. O sangue que saiu deste ferimento de Jesus respingou em seus olhos. Caindo em si, comovido e tocado pela graça, o soldado se converteu. Abandonou para sempre o exército e sua moradia, se tornou um monge que percorreu a Cesarea e a Capadócia, atual Turquia, levando a palavra de Cristo e mais tarde, promovia prodígios pela graça do Espírito Santo.

Entretanto, o governador de Cesarea, que estava irritado com a conversão de seu secretário, descobriu sua identidade de centurião e o denunciou a Poncio Pilatos em Jerusalém. Este, acusou Longuinho de desertor ao imperador e o condenou a morte, caso não oferecesse incenso no altar do imperador, renegando a fé. Longuinho se manteve fiel a Cristo, por isto foi torturado, tendo seus dentes arrancados, a língua cortada e, depois, decapitado.

No Oriente são inúmeros os dias do calendário para as suas homenagens, o mais freqüente ainda é em 16 de Outubro. Na Europa e nas Américas, a comemoração ocorre no dia 15 de Março, como indica o Livro dos Santos do Vaticano.

São Longuinho, à luz de muitas tradições, comumente é invocado pelos devotos para encontrar objetos perdidos. Os artistas ao longo do tempo foram atraídos pela singularidade de sua figura e o representaram em suas obras na cena da crucificação, com lança ou sem lança, mas sempre presente. Em Roma, na basílica de São Pedro, na base de um dos quatro pilares que sustentam a imensa cúpula que cobre o espaço do altar do trono do Sumo Pontífice, está a estátua do centurião São Longuinho, que foi o primeiro a acreditar na divindade de Cristo.

São Longuinho, rogai por nós!

14 de março - Santo do dia

Santa Matilde

Matilde era filha de nobres saxões. Nasceu em Westfalia, por volta do ano 895 e foi educada pela avó, também Matilde, abadessa de um convento de beneditinas em Herford. Por isso, aprendeu a ler, a escrever e estudou teologia e filosofia, fato pouco comum para as nobres da época, inclusive gostava de assuntos políticos. Constatamos nos registros da época que associada à brilhante inteligência estava uma impressionante beleza física e de alma. Casou-se aos catorze anos com Henrique, duque da Saxônia, que em pouco tempo se tornou Henrique I, rei da Alemanha, com o qual viveu um matrimônio feliz por vinte anos.

Foi um reinado justo e feliz também para o povo. Segundo os relatos, muito dessa justiça recheada de bondade se deveu à rainha que, desde o início, mostrou-se extremamente generosa com os súditos pobres e doentes. Enquanto a ela assistia à população e erguia conventos, escolas e hospitais, o rei tornava a Alemanha líder da Europa, salvando-a da invasão dos húngaros, regularizando a situação de seu país com a Itália e a França e exercendo ainda domínio sobre os eslavos e dinamarqueses. Havia paz em sua nação, graças à rainha, e por isso, ele podia se dedicar aos problemas externos, fortalecendo cada vez mais o seu reinado.

Mas essa bonança chegou ao fim. Henrique I faleceu e começou o sofrimento de Matilde. Antes de morrer, o rei indicou para o trono seu primogênito Oton, mas seu irmão Henrique queria o trono para si. As forças aliadas de cada um dos príncipes entraram em guerra, para desgosto de sua mãe. O exército do príncipe Henrique foi derrotado e Oton foi coroado rei assumindo o trono. Em seguida, os filhos se voltaram contra a mãe, alegando que ela esbanjava os bens da coroa, com a Igreja e os pobres. Tiraram toda sua fortuna e ordenaram que deixasse a corte, exilando-a.

Matilde, triste, infeliz e sofrendo muito, retirou-se para o convento de Engerm. Contudo, muitos anos mais tarde, Oton e Henrique se arrependeram do gesto terrível de ingratidão e devolveram à mãe tudo o que lhe pertencia. De posse dos seus bens, Matilde distribuiu tudo o que tinha para os pobres.

Preferindo continuar sua vida como religiosa permaneceu no convento onde, depois de muitas penitências e orações, desenvolveu o dom das profecias. Matilde faleceu em 968, sendo sepultada ao lado do marido, no convento de Quedlinburgo. Logo foi venerada como Santa pelo povo que propagou rapidamente a fama de sua santidade por todo mundo católico do Ocidente ao Oriente. Especialmente na Alemanha, Itália e Mônaco ainda hoje sua festa, autorizada pela Igreja, é largamente celebrada no dia 14 de março.

 Santa Matilde, rogai por nós!

quinta-feira, 13 de março de 2014

A escolha errada = escolher um gay para padrinho de batismo de um filho é ofender a um sacramento



Por que a Igreja insiste em tentar excluir?
Sem nenhuma vocação para panfletagem, digo ao padre que nunca concordei, por exemplo, com a condenação prévia de gays pela Igreja
As ruas da arborizada Vila Nova Conceição estavam vazias. Asfalto ainda molhado. Choveu pacas um dia antes. A pequena igreja entre prédios com apartamentos de R$ 10 milhões está de portas abertas. Movimento, apenas de quem chegava para o curso de batismo, no último sábado. No salão paroquial, cadeirinhas brancas de plástico formavam um U, que desembocava num altar decorado com vela embalada em casca de bambu e um quadro de tapeçaria com Jesus Cristo nos braços de Nossa Senhora. São dez da manhã.Camisa listrada em tons pastéis, calça jeans segurada por um cinto de couro com fivela dourada, Valentim é todo entusiasmo para falar do ritual do qual serei coadjuvante daqui a algumas semanas. Conversa daqui, sermão dali, tudo transcorre como previa o protocolo até a pausa pro cafezinho. Seu Valentim sai de cena. Todos ficam ao redor da mesa forrada em toalha azul. Para o desjejum, suco de tangerina, biscoito amanteigado e rodelas de salaminho.

Mais ansioso que nosso primeiro anfitrião, o padre responsável pelo pedaço assume o controle. Gesticula muito e se movimenta como se respeitasse marcações feitas com esparadrapos no chão. Olha nos olhos de pais e padrinhos, que assistem a tudo a fim de conquistar a folha de sulfite sem timbre que lhes dá o direito de batizar alguém. Quieto eu estava, até que ele resolve pregar o quanto a Igreja só pensa no bem das pessoas. Um por um, pergunta no recinto se todos concordam com a tese. “Ele não vai me perguntar nada, ele não vai me perguntar nada, ele não vai me perguntar nada” e... “Então, rapaz, o que você acha?” Veio logo um palavrão na cabeça, impronunciável até em feira livre. Sem nenhuma vocação para panfletagem, digo ao padre que nunca concordei, por exemplo, com a condenação prévia de gays pela Igreja. O padre tosse discretamente, diz que o assunto é importante e que voltaria a ele antes do fim do nosso encontro.

Diante de olhares cuja curiosidade é menos intensa que os bocejos, pensei que ninguém estava a fim de discutir sexualidade, mas sim de zarpar o quanto antes para aproveitar o fim de semana. Mas o padre é arisco, e volta com carga total. “Você não precisa se sentir excluído, meu filho?”. Ué, excluído, como assim? Havia acabado de rir com minha mãe no telefone, trabalhado como sempre naquela semana, beijado na boca naquela manhã, planos para almoçar com amigos. Será que sairia dali e mamãe não me atenderia mais, teria perdido meu emprego, não o encontraria quando voltasse para casa, o almoço seria cancelado? É um almoço tradicional, eu mesmo organizo, será que agora eu “tô fora”?.O padre evoca preceitos morais. Diz que os princípios da Igreja devem ser respeitados. Subo nas tamancas, reajo, não entendi como, panfletariamente. Que não me sinto excluído, tampouco minha moral seria colocada à prova. Que aquele discurso era cafona, antiquado e incitava um ódio que termina sabemos bem no quê. O padre dá um passo para trás. Continuo com as pernas cruzadas, cotovelo sobre os joelhos, mãos com dedos em L segurando o queixo. Mariana, grávida há seis meses de Francisco, se recupera de uma outra provocação do padre. Poderia uma virgem conceber uma criança? Começa o sambalelê. Um tal de críticas a quem muda de sexo, a quem não respeita a castidade, a quem bebe além da conta, a quem não representa a família. Ponto a ponto, rebato o discurso. Repito que condenações prévias nunca fizeram bem a ninguém. Os certificados são distribuídos. Sou o último a recebê-lo. Uma mensagem chega no meu celular. “Foi por isso que eu escolhi você para ser o padrinho do meu filho. Estamos te esperando”. O almoço com os amigos foi uma delícia. 

Nota dos editores do Blogo Catolicismo Brasil: Indiscutivelmente o autor do texto não tem condições de ser padrinho de batismo de uma criança. A escolha feita pelos pais foi péssima e só resta rogar a Deus que a criança nunca precise receber orientação religiosa do padrinho.


Santo do dia - 13 de março

Santa Eufrásia


Eufrásia, cujo nome em grego significa alegria, nasceu no ano 380, na Ásia Menor e cresceu durante o reinado do imperador Teodósio, de quem seus pais eram parentes. Portanto, foi educada para viver na corte, rodeada pelos prazeres e luxos. Mas, nunca se sentiu atraída por nada disso, mesmo porque, seus pais também viviam na humildade, apesar da fortuna que possuíam.

Depois que ela nasceu, filha única, o casal decidiu fazer voto de castidade. Desejavam viver como irmãos, para melhor se dedicarem a Deus. Quanto à jovem, desde pequena fazia jejuns e orações que chegavam a durar alguns dias. Com a morte de seu pai, a sua mãe que começou a ser cortejada, resolveu se retirar para o Egito. Lá, com sua fortuna, também intensificou a caridade da família, levando com freqüência Eufrásia em suas visitas aos conventos e hospitais que ajudava a manter.

Numa dessas visitas a um convento, quando Eufrásia tinha apenas sete anos, ela pediu para não voltar para casa. Queria ficar definitivamente alí. Os registros mostram que, apesar da pouca idade, acompanhava as religiosas em todos os seus afazeres com disciplina e pontualidade, que chegavam a impressionar por sua maturidade. O tempo passou, sua mãe faleceu e Eufrásia continuava no convento.

Vendo-a assim órfã, o imperador, seu parente, procurou por ela e lhe ofereceu a proposta que recebera de um senador, que a desejava desposar. O que, além de lhe dar estabilidade social aumentaria consideravelmente sua já enorme fortuna. Contudo Eufrásia recusou, confirmando que desejava continuar na condição de virgem e seguir a vida religiosa. Aliás, não só recusou como pediu ao governante para distribuir todos seus bens entre os pobres.

Os registros narram inúmeras graças e fatos prodigiosos ocorridos através de Eufrásia. Consta que curou um menino à beira da morte com o sinal da cruz.

Certo dia sua superiora teve uma visão, onde era avisada da morte de Eufrásia e sua futura proclamação como santa. A jovem nada sentia, mas mesmo assim fez questão de receber os sacramentos e como previsto, no dia seguinte, foi acometida de uma febre fortíssima e ela morreu. Era o ano 412 e Eufrásia foi sepultada no convento que tanto amava.

O culto à Santa Eufrásia é muito difundido no Oriente e Ocidente, pela singeleza de sua vida e pelas graças que até hoje ocorrem por sua intercessão. Sua festa litúrgica acontece no dia 13 de março, data provável de sua morte.

Santa Eufrásia, rogai por nós!

Santos Rodrigo e Salomão

Pertenceram ao bispado de Córdova. Rodrigo tornou-se um sacerdote muito zeloso na busca da santidade e cumprimento dos seus deveres, em um tempo onde os cristãos eram duramente perseguidos.

Seus irmãos de sangue começaram uma contenda, a qual tentou apartar. Não compreendendo tal ato, um deles o feriu, deixando-o inconsciente. Aproveitou então para difamá-lo, espalhando que o sacerdote Rodrigo tinha renunciado a fé cristã. Um escândalo foi gerado e o caluniado refugiou-se numa serra, em oração e contemplação, indo a cidade somente para buscar alimentos.

Numa dessas ocasiões, o irmão agressor resolveu denunciá-lo. Ao ser questionado pelo juiz, Rodrigo declarou: “Nasci cristão e cristão hei de morrer”.

Foi preso, e ali na cadeia conheceu outro cristão, Salomão. Ambos transformaram a cadeia num oratório, travando uma linda amizade. Ameaçados e questionados, não renunciaram a fé. Foram separados, mas permaneceram fiéis a Deus. Condenados à morte, ajoelharam-se, abraçaram o crucifixo e degolados, foram martirizados.

Santos Rodrigo e Salomão, rogai por nós!