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domingo, 27 de abril de 2014

A DIVINA MISERICÓRDIA - 1º Domingo após o Domingo da Ressurreição

A devoção à Divina Misericórdia foi pedida por Jesus à Irmã Faustina Kowalska, na Polônia.

 

As formas dessa devoção, de extrema eficácia à salvação das almas, são:

 

A Imagem,

A Festa (1º domingo depois da Páscoa),

A Novena,

O Terço, e

A Hora da Misericórdia Divina (às três horas da tarde). 


 
A Hora da Misericórdia
Em 1933, Deus ofereceu a Irmã Faustina uma impressionante visão de Sua Misericórdia. A Irmã nos conta:  "Vi uma grande luz, e nela Deus Pai. Entre esta luz e a Terra vi Jesus pregado na Cruz de tal maneira que Deus, querendo olhar para a Terra, tinha que olhar através das chagas de Jesus. E compreendi que, somente por causa de Jesus, Deus está abençoando a Terra."

 

Jesus disse à Irmã Faustina:

 

"Às três horas da tarde implora à Minha Misericórdia, especialmente pelos pecadores, e, ao menos por um breve tempo, reflete sobre a Minha Paixão, especialmente sobre o abandono em que Me encontrei no momento da agonia. Esta é a hora de grande Misericórdia para o mundo inteiro."

"Nessa hora nada negarei à alma que Me pedir em nome da Minha Paixão."

"Lembro-te, Minha filha, que todas as vezes que ouvires o bater do relógio, às três horas da tarde, deves mergulhar toda na Minha misericórdia, adorando-a e glorificando-a. Invoca a sua onipotência em favor do mundo inteiro e especialmente dos pobres pecadores, porque nesse momento ela está largamente aberta para cada alma. Nessa hora, conseguirás tudo para ti e para os outros. Naquela hora, o mundo inteiro recebeu uma grande graça: a Misericórdia venceu a Justiça. Procura rezar nessa hora a Via-Sacra, na medida em que te permitirem os teus deveres, e se não puderes rezar a Via-Sacra, entra ao menos por um momento na capela, e adora a meu Coração, que está cheio de Misericórdia no Santíssimo Sacramento. Se não puderes ir à capela, recolhe-te em oração onde estiveres, ainda que seja por um breve momento."

 


 
O TERÇO À DIVINA MISERICÓRDIA
Em 13 de setembro de 1935, Irmã Faustina escreve:

 

"Eu vi um anjo, o executor da cólera de Deus... a ponto de atingir a terra ... Eu comecei a implorar  intensamente a Deus  pelo mundo, com palavras que ouvia interiormente. À medida em que assim rezava, vi que o anjo ficava desamparado, e não mais podia executar a justa punição..."

 

No dia seguinte, uma voz interior lhe ensinou esta oração nas contas do rosário:

o Terço da Misericórdia.

 

Disse Jesus a Irmã Faustina:

 

"Pela recitação desse Terço agrada-me dar tudo que Me pedem. Quando o recitarem os pecadores empedernidos, encherei suas almas de paz, e a hora da morte deles será feliz.'

"....Quando rezarem este Terço junto aos agonizantes, Eu me colocarei entre o Pai e a alma agonizante, não como justo Juiz, mas como Salvador misericordioso".

 
O Terço da Misericórdia
      
  Como rezar:

            Para ser rezado nas contas do terço.

            "No começo: Pai Nosso..., Ave Maria..., e o Creio...

           

            A seguir, nas contas grandes (do Pai-Nosso), rezamos:

            Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e o Sangue, a Alma e a Divindade do Vosso Diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e dos do mundo inteiro.

 

         Nas contas pequenas (da Ave-Maria), rezamos:

            Pela Sua dolorosa Paixão; tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.

 

         E no final do terço rezamos três vezes:

            Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro.


A NOVENA À DIVINA MISERICÓRDIA
(Do DIÁRIO de santa Irmã Faustina)
 
            "NOVENA à Misericórdia Divina que Jesus me mandou escrever e rezar antes da Festa da Misericórdia, Começa na sexta-feira Santa. (A Festa da Misericórdia Divina acontece no primeiro domingo após o Domingo da Páscoa.)

            Desejo que, durante estes nove dias, conduzas as almas à fonte da Minha misericórdia, a fim de que recebam força, alívio e todas as graças de que necessitam nas dificuldades da vida e, especialmente na hora da morte. Cada dia conduzirás ao Meu Coração um grupo diferente de almas e as mergulharás nesse oceano da Minha misericórdia. Eu conduzirei todas essas almas à Casa de Meu Pai. Procederás assim nesta vida e na futura. Por Minha parte, nada negarei àquelas almas que tu conduzirás à fonte da Minha misericórdia. Cada dia pedirás a Meu Pai, pela Minha amarga Paixão, graças para essas almas.

    Primeiro Dia – (Sexta-feira Santa).
Hoje, traze-Me a Humanidade inteira, especialmente todos os pecadores e mergulha-os no oceano da Minha misericórdia. Com isso Me consolarás na amarga tristeza em que Me afunda a perda das almas.

Ó onipotência da misericórdia divina,
         Socorro para o homem pecador,
         Vós sois o oceano de misericórdia a de amor,
         E ajudais a quem Vos pede humildemente.

Eterno Pai, olhai com misericórdia para toda Humanidade, encerrada no Coração compassivo de Jesus, mas especialmente para os pobres pecadores. Pela Sua dolorosa Paixão mostrai-nos a Vossa misericórdia, para que glorifiquemos a onipotência da Vossa misericórdia, pelos séculos dos séculos. Amém.

   Segundo Dia – (Sábado Santo).

Hoje, traze-Me as almas dos sacerdotes e religiosos e mergulha-as na Minha insondável misericórdia. Elas Me deram força para suportar a amarga Paixão. Por elas, como por canais, corre para a humanidade a minha Misericórdia.

A fonte do amor divino
Mora nos corações puros,
Banhados no mar da misericórdia ,
Brilhantes como as estrelas, luminosos como a aurora.

Eterno Pai, dirigi o olhar da Vossa misericórdia para a porção eleita da Vossa vinha:
para as almas dos sacerdotes e religiosos. Concedei-lhes o poder da Vossa bênção e,
pelos sentimentos do Coração de Vosso Filho, no qual estão encerradas, dai-lhes a força da Vossa luz, para que possam guiar os outros nos caminhos da salvação, e juntamente com eles cantar a glória da Vossa insondável misericórdia, pelos séculos eternos. Amém.
    Terceiro Dia – (Dia de Páscoa).

Hoje, traze-Me todas as almas piedosas e fiéis e mergulha-as no oceano da Minha misericórdia. Estas almas consolaram-Me na Via-sacra; foram aquela gota de consolações em meio ao mar de amarguras.

As maravilhas da misericórdia são insondáveis;
Nem o pecador nem o justo as entenderá;
Para todos olhais com o olhar da compaixão
E a todos atraís para o Vosso amor.

Eterno Pai, olhai com o olhar da Vossa misericórdia para as almas fiéis, como a herança do Vosso Filho. Pela Sua dolorosa Paixão concedei-lhes a Vossa bênção e cercai-as da Vossa incessante proteção, para que não percam o amor e o tesouro da santa fé, mas com toda multidão dos Anjos e dos Santos glorifiquem a Vossa imensa misericórdia, por toda a eternidade. Amem.
   Quarto Dia

Hoje, traze-Me os pagãos e aqueles que ainda não Me conhecem e nos quais pensei na Minha amarga Paixão. O seu futuro zelo consolou o Meu Coração. Mergulha-os no mar da Minha misericórdia. Misericordiosíssimo Jesus, que sois a luz de todo o mundo, aceitai ma mansão do Vosso compassivo Coração as almas dos pagãos que ainda não vos conhecem. Que os raios da Vossa graça os iluminem para que também eles, juntamente conosco, glorifiquem, as maravilhas de Vossa Misericórdia e não os deixeis sair da mansão do Vosso compassivo Coração.

Que a luz do Vosso amor
Ilumine as trevas das almas!
Fazei que essas almas Vos conheçam
E glorifiquem a Vossa misericórdia, juntamente conosco!

Eterno Pai, olhai com misericórdia para as almas dos pagãos e daqueles que ainda não Vos conhecem e que estão encerrados no Coração compassivo de Jesus. Atraí-as à luz do Evangelho. Essas almas não sabem que grande felicidade é amar-Vos. Fazei com que também elas glorifiquem a riqueza da Vossa misericórdia, por toda a eternidade. Amém.

    Quinto Dia

Hoje traze-me as almas dos cristãos separadas da unidade da Igreja e mergulha-as no mar da Minha misericórdia. Na minha amarga Paixão dilaceravam o meu Corpo e o meu Coração, isto é, a minha Igreja. Quando voltam à unidade da Igreja, cicatrizam-se as minhas Chagas e dessa maneira eles aliviam a minha Paixão.

Mesmo para aqueles que rasgaram o manto da Vossa Unidade
Flui do Vosso Coração uma fonte de compaixão;
A onipotência da Vossa misericórdia, ó Deus,
Pode tirar também essas almas do erro.

Eterno Pai, olhai com misericórdia para as almas dos nossos irmãos separados que esbanjaram os Vossos bens e abusaram das Vossas graças, permanecendo teimosamente nos seus erros. Não olheis para os seus erros, mas para o amor do Vosso Filho e para sua amarga Paixão, que suportou por eles, pois também eles estão encerrados no Coração compassivo de Jesus. Fazei com que também eles glorifiquem a Vossa misericórdia por todos os séculos eternos. Amém
    Sexto Dia

Hoje, traze-me as almas mansas e humildes, assim como as almas das criancinhas e mergulha-as na Minha misericórdia. Estas almas são as mais semelhantes ao meu Coração. Elas reconfortaram-Me na minha amarga Paixão da minha agonia. Eu as vi quais anjos terrestres que futuramente iriam velar junto aos meus altares. Sobre elas derramo torrentes de graças. Só a alma humilde é capaz de aceitar a minha graça; às almas humildes favoreço com a minha confiança.

A alma verdadeiramente humilde e mansa
Já respira aqui na terra o ar do paraíso,
E o perfume do seu coração humilde
Encanta o próprio Criador.

Eterno Pai, olhai com misericórdia para as almas mansas, humildes e para as almas das criancinhas, que estão encerradas na mansão compassiva do Coração de Jesus. Estas almas são as mais semelhantes a Vosso Filho. O perfume destas almas eleva-se da Terra e alcança o Vosso Trono. Pai de misericórdia e de toda bondade, suplico-Vos pelo amor e predileção que tendes para com estas almas: abençoai o mundo todo, para que todas as almas cantem juntamente a glória à Vossa misericórdia, pelos séculos eternos. Amém
    Sétimo Dia

Hoje, traze-Me as almas que veneram e glorificam de maneira especial a Minha misericórdia e mergulha-as na Minha misericórdia. Estas almas foram as que mais sofreram por causa da minha Paixão e penetraram mais profundamente no meu espírito. Elas são a imagem viva do meu Coração compassivo. Estas almas brilharão com especial fulgor na vida futura. Nenhuma delas irá ao fogo do Inferno; defenderei cada uma delas de maneira especial na hora da morte.

A alma que glorifica a bondade do Senhor
É por Ele especialmente amada;
Ela está sempre próxima da fonte viva
E bebe as graças da misericórdia divina.

Eterno Pai, olhai com misericórdia para as almas que glorificam e honram o Vosso maior atributo, isto é, a Vossa insondável misericórdia. Elas estão encerradas no Coração compassivo de Jesus. Estas almas são o Evangelho vivo e as suas mãos estão cheias de obras de misericórdia; suas almas repletas de alegria cantam um hino da misericórdia ao Altíssimo. Suplico-Vos, ó Deus, mostrai-lhes a Vossa misericórdia segundo a esperança e a confiança que em Vós colocaram. Que se cumpra nelas a promessa de Jesus, que disse: As almas que veneram a Minha insondável misericórdia, Eu mesmo as defenderei durante a sua vida, e especialmente na hora da morte, como Minha glória. Amém
    Oitavo Dia

Hoje, traze-Me as almas que se encontram na prisão do Purgatório e mergulha-as no abismo da Minha misericórdia; que as torrentes do meu Sangue refresquem o seu ardor. Todas estas almas são muito amadas por Mim, pagam as dívidas à minha Justiça. Está em teu alcance trazer-lhes alívio. Tira do tesouro da minha Igreja todas as indulgências e oferece-as por elas. Oh, se conhecesses o seu tormento, incessantemente oferecerias por elas a esmolas do espírito e pagarias as suas dívidas à minha Justiça.

Do terrível ardor do fogo do purgatório
Ergue-se um lamento das almas a Vossa misericórdia;
E recebem consolo, alívio e conforto
Na torrente derramada do Sangue e da Água.

Eterno Pai, olhai com misericórdia para as almas que sofrem no Purgatório e que estão encerradas no Coração compassivo de Jesus. Suplico-Vos que, pela dolorosa Paixão de Jesus, Vosso Filho, e por toda a amargura de que estava inundada a sua Santíssima Alma, mostreis Vossa misericórdia às almas que se encontram sob o olhar da Vossa justiça. Não olheis para elas de outra forma senão através das Chagas de Jesus, Vosso Filho muito amado, porque nós cremos que a Vossa bondade e misericórdia são incomensuráveis. Amém
    Nono Dia – (Sábado, vigília da Festa da Misericórdia)

Hoje, traze-Me as almas tíbias e mergulha-as no abismo da Minha misericórdia. Estas almas ferem mais dolorosamente o meu Coração. Foi da alma tíbia que a minha Alma sentiu repugnância no Horto. Elas levaram-Me a dizer: Pai afasta de Mim este cálice, se assim for a vossa vontade. Para elas, a última tábua de salvação é recorrer a minha Misericórdia.

O fogo e o gelo não podem ser unidos,
Porque ou o fogo se apaga, ou o gelo se derrete;
Mas a Vossa misericórdia, ó Deus,
Pode auxiliar indigências ainda maiores.

Eterno Pai, olhai com Vossa misericórdia para as almas tíbias e que estão encerradas no Coração compassivo de Jesus. Pai de Misericórdia, suplico-Vos pela amargura da Paixão de Vosso Filho e por Sua agonia de três horas na Cruz, permiti que também elas glorifiquem o abismo da Vossa misericórdia... Amém" (Diário 1209-1228).
 
Na NOVENA: "O Senhor me disse para rezar o Terço [da misericórdia] por nove dias antes da Festa da Misericórdia (...)

 
Através desta novena concederei às almas toda espécie de graças" (Diário 796).
 
A Festa da Misericórdia
O Diário de Irmã Faustina contém pelo menos quinze ocasiões nas quais se refere ao pedido do Senhor para que fosse estabelecida em toda a Igreja, oficialmente, a "Festa da Misericórdia". Ele disse:

 

"Desejo que a Festa de Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores. Nesse dia estão abertas as entranhas da minha Misericórdia. Derramo todo o mar de graças nas almas que se aproximarem da fonte da minha Misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das culpas e castigos. (indulgência plenária) Nesse dia estão abertas todas as comportas divinas, pelas quais fluem as graças.

Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de Mim, ainda que seus pecados sejam como escarlate... A Festa da Misericórdia saiu das minhas entranhas... Desejo que seja celebrada solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa. A humanidade não terá paz enquanto não se voltar à fonte da minha Misericórdia." (Diário nº.699)

 

Jesus também pediu que a Festa da Divina Misericórdia fosse precedida por uma Novena à Divina Misericórdia, a ser iniciada na Sexta-Feira Santa. Ele deu a Irmã Faustina uma intenção pela qual rezar a cada dia da Novena. Em seu diário, Irmã Faustina relata que Jesus lhe disse:
"Em cada dia da novena, conduzirás ao Meu coração um grupo diferente de almas, e as mergulharás no oceano da minha Misericórdia. Eu conduzirei todas as almas à casa do meu Pai... Por minha parte, nada negarei a nenhuma daquelas almas que tu conduzirás à fonte da minha Misericórdia. Cada dia pedirás a meu Pai, pela minha amarga Paixão, graças para essas almas." (Diário nº.1209)


INDULGÊNCIA PLENÁRIA
NA FESTA DA MISERICÓRDIA.

DECRETO DO VATICANO.
 
Anexadas indulgências aos atos de culto, realizados em honra da Misericórdia Divina.
 
"A tua misericórdia, ó Deus, não conhece limites e é infinito o tesouro da tua bondade... (Oração depois do Hino "Te Deum") e "Ó Deus, que revelas a tua onipotência sobretudo com a misericórdia e com o perdão..." (Oração do Domingo XXVI do Tempo Comum), canta humilde e fielmente a Santa Mãe Igreja. De fato, a imensa condescendência de Deus, tanto em relação ao gênero humano no seu conjunto como ao de cada homem individualmente, resplandece de maneira especial quando pelo próprio Deus onipotente são perdoados pecados e defeitos morais e os culpados são paternalmente readmitidos na sua amizade, que merecidamente perderam.
 
Os fiéis com profundo afeto da alma são por isto atraídos para comemorar os mistérios do perdão divino e para os celebrar plenamente, e compreendem de maneira clara a máxima conveniência, aliás o dever de que o Povo de Deus louve com fórmulas particulares de oração a Misericórdia Divina e, ao mesmo tempo, cumpra com sentimentos de gratidão as obras pedidas e tendo cumprido as devidas condições, obtenha vantagens espirituais derivadas do Tesouro da Igreja. "O mistério pascal é o ponto culminante desta revelação e atuação da misericórdia, que é capaz de justificar o homem, e de restabelecer a justiça como realização daquele desígnio salvífico que Deus, desde o princípio, tinha querido realizar no homem e, por meio do homem, no mundo" (Carta enc. Dives in misericordia, 7).
 
Na realidade, a Misericórdia Divina sabe perdoar até os pecados mais graves, mas, ao fazê-lo, estimula os fiéis a conceber uma dor sobrenatural, não meramente psicológica, dos próprios pecados, de forma que, sempre com a ajuda da graça divina, formulem um firme propósito de não voltar a pecar. Tais disposições da alma obtêm efetivamente o perdão dos pecados mortais quando o fiel recebe frutuosamente o sacramento da Penitência ou se arrepende dos mesmos mediante um ato de caridade e de sofrimento perfeitos, com o propósito de retomarem o mais depressa possível a prática do próprio sacramento da Penitência: de fato, Nosso Senhor Jesus Cristo na parábola do filho pródigo ensina-nos que o pecador deve confessar a sua miséria a Deus dizendo: "Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho" (Lc 15, 18-19), admoestando que isto é obra de Deus: "estava morto e reviveu; estava perdido e encontrou-se" (Ibid., 15, 32).
 
Por isso, com providencial sensibilidade pastoral, o Sumo Pontífice João Paulo II, a fim de infundir profundamente na alma dos fiéis estes preceitos e ensinamentos da fé cristã, movido pela suave consideração do Pai das Misericórdias, quis que o segundo Domingo de Páscoa fosse dedicado a recordar com especial devoção estes dons da graça, atribuindo a esse Domingo a denominação de "Domingo da Misericórdia Divina" (Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Decreto Misericors et miserator, 5 de Maio de 2000).
 
O Evangelho do segundo Domingo de Páscoa descreve as maravilhas realizadas por Cristo Senhor no próprio dia da Ressurreição na primeira aparição pública: "Na tarde desse dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se achavam juntos, com medo dos judeus, veio Jesus pôr-Se no meio deles e disse-lhes: "A paz seja convosco". Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Alegraram-se os discípulos, vendo o Senhor. E Ele disse-lhes de novo: "A paz seja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós". Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: "Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; aqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos" (Jo 20, 19-23).
 
Para fazer com que os fiéis vivam com piedade intensa esta celebração, o mesmo Sumo Pontífice estabeleceu que o citado Domingo seja enriquecido com a Indulgência Plenária, como será indicado a seguir, para que os fiéis possam receber mais amplamente o dom do conforto do Espírito Santo e desta forma alimentar uma caridade crescente para com Deus e o próximo e, obtendo eles mesmos o perdão de Deus, sejam por sua vez induzidos a perdoar imediatamente aos irmãos.
 
Desta forma, os fiéis observaram mais perfeitamente o espírito do Evangelho, acolhendo em si a renovação ilustrada e introduzida pelo Concílio Ecumênico Vaticano II: "Lembrados das palavras do Senhor: Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros (Jo 13, 35), os cristãos não podem formular desejo mais vivo do que servir os homens do seu tempo com uma generosidade cada vez maior e mais eficaz... A vontade do Pai é que reconheçamos e amemos efetivamente Cristo nosso Irmão, em todos os homens, com a palavra e as obras" (Const. past. Gaudium et spes, 93).
 
Por conseguinte, o Sumo Pontífice animado pelo fervoroso desejo de favorecer o mais possível no povo cristão estes sentimentos de piedade para com a Misericórdia Divina, devido aos riquíssimos frutos espirituais que disto se podem esperar, na Audiência concedida a 13 de Junho de 2002 aos abaixo assinados Responsáveis da Penitenciaria Apostólica, dignou-se conceder-nos Indulgências nos seguintes termos:
 
Concede-se a Indulgência plenária nas habituais condições (Confissão sacramental, Comunhão eucarística e orações segundo a intenção do Sumo Pontífice) ao fiel que no segundo Domingo de Páscoa, ou seja, da "Misericórdia Divina", em qualquer igreja ou oratório, com o espírito desapegado completamente da afeição a qualquer pecado, também venial, participe nas práticas de piedade em honra da Divina Misericórdia, ou pelo menos recite, na presença do Santíssimo Sacramento da Eucaristia, publicamente exposto ou guardado no Tabernáculo, o Pai-Nosso e o Credo, juntamente com uma invocação piedosa ao Senhor Jesus Misericordioso (por ex., "Ó Jesus Misericordioso, confio em Ti").
 
Concede-se a Indulgência parcial ao fiel que, pelo menos com o coração contrito, eleve ao Senhor Jesus Misericordioso uma das invocações piedosas legitimamente aprovadas.
 
Também aos homens do mar, que realizam o seu dever na grande extensão do mar; aos numerosos irmãos, que os desastres da guerra, as vicissitudes políticas, a inclemência dos lugares e outras causas do gênero, afastaram da pátria; aos enfermos e a quantos os assistem e a todos os que, por uma justa causa, não podem abandonar a casa ou desempenham uma atividade que não pode ser adiada em benefício da comunidade, poderão obter a Indulgência plenária no Domingo da Divina Misericórdia, se com total detestação de qualquer pecado, como foi dito acima, e com a intenção de observar, logo que seja possível, as três habituais condições, recitem, diante de uma piedosa imagem de Nosso Senhor Jesus Misericordioso, o Pai-Nosso e o Credo, acrescentando uma invocação piedosa ao Senhor Jesus Misericordioso (por ex., "Ó Jesus Misericordioso, Confio em Ti").
 
Se nem sequer isto pode ser feito, naquele mesmo dia poderão obter a Indulgência plenária todos os que se unirem com a intenção de espírito aos que praticam de maneira ordinária a obra prescrita para a Indulgência e oferecem a Deus Misericordioso uma oração e juntamente com os sofrimentos das suas enfermidades e os incômodos da própria vida, tendo também eles o propósito de cumprir logo que seja possível as três condições prescritas para a aquisição da Indulgência plenária.
 
Os sacerdotes, que desempenham o ministério pastoral, sobretudo os párocos, informem da maneira mais conveniente os seus fiéis desta saudável disposição da Igreja, disponham-se com espírito imediato e generoso a ouvir as suas confissões, e no Domingo da Misericórdia Divina, depois da celebração da Santa Missa ou das Vésperas, ou durante uma prática piedosa em honra da Misericórdia Divina, guiem, com a dignidade própria do rito, a recitação das orações acima indicadas: por fim, sendo "Bem-aventurados e misericordiosos, porque encontrarão misericórdia" (Mt 5, 7), ao ensinar a catequese estimulem docemente os fiéis a praticar todas as vezes que lhes for possível obras de caridade ou de misericórdia, seguindo o exemplo e o mandato de Jesus Cristo, como é indicado na segunda concessão geral do "Enchiridion Indulgentiarum".
 
Este Decreto tem vigor perpétuo. Não obstante qualquer disposição contrária.
 
Roma, Sede da Penitenciaria Apostólica, 29 de Junho de 2002, solenidade dos santos Apóstolos Pedro e Paulo.
 
D. Luigi de MAGISTRIS Pró-Penitenciário-Mor
 
Gianfranco GIROTTI, O.F.M. Conv. Regente


Os bastidores de uma canonização

A canonização de João XXIII e João Paulo II despertou mundo afora a curiosidade sobre como um religioso pode se tornar um santo. 
Os processos são, em sua maioria, arrastados e tramitam à mercê da boa vontade da Santa Sé. Dos Papas aos mártires, da pressão política à opinião pública, veja o que pode determinar quem serão os indivíduos mais venerados pela Igreja.

1º - O início

O processo detalhado do Vaticano para fazer um santo começa normalmente na diocese onde o candidato viveu ou morreu. Um postulador - essencialmente aquele que estará à frente do projeto - junta testemunhos e documentos para construir o caso e apresentar um relatório para a Congregação para as Causas dos Santos do Vaticano. Se os peritos do órgão concordarem que o candidato teve uma vida virtuosa, o caso é encaminhado para o Papa, que assina um decreto atestando as "virtudes heroicas" do candidato.

Com o tempo, o postulador pode encontrar informações de pessoas que foram miraculosamente curadas pelo candidato a santo. Se, com novas investigações, a cura não puder ser explicada por médicos, o caso é apresentado à Congregação como um possível milagre necessário para a beatificação. O Papa então assina um decreto dizendo que o candidato pode ser beatificado. Um segundo milagre é necessário para a canonização.

Mártires, ou pessoas que são mortes devido à fé, têm um "passe livre" e podem ser beatificados sem a comprovação de um milagre. Este, no entanto, será necessário para sua canonização.

2º - João XXIII e João Paulo II

A acelerada marcha de João Paulo II para sua santificação foi iniciada em seu funeral em 2005, em que um coro em Roma ecoou "Santo Subito", ou "Santo agora". O Papa Bento XVI ouviu a multidão e, poucas semanas depois, dispensou a espera de cinco anos necessária para o início de uma investigação que levaria à canonização de seu antecessor.

Em 2011, João Paulo II foi beatificado, após o Vaticano certificar-se que uma freira francesa que sofria com mal de Parkinson foi miraculosamente curada depois de rezar pelo Pontífice. Uma mulher costarriquenha com um aneurisma cerebral supostamente inoperável livrou-se da doença depois de orar pelo Papa. Este foi o segundo milagre de João Paulo.

João XXIII foi beatificado em 2000, depois de o Vaticano comprovar seu papel na cura de freira italiana que sofria de uma hemorragia gástrica.

O Papa Francisco, notório admirador de João, rejeitou a necessidade de um segundo milagre, para que ele pudesse ser canonizado com João Paulo II.

3º - A abundância de santos

João Paulo II concluiu mais canonizações - 482 - do que todos os seus antecessores somados. Alguns dos santos mais famosos instituídos em seu pontificado: Edith Stein, uma carmelita de origem judia e que foi morta em Auschwitz, e Maximilian Kolbe, frei franciscano polonês que sacrificou sua vida em um campo de concentração para que sua família pudesse sobreviver.

O número de beatificações também foi recorde: 1.338. Entre eles, João XXIII (2000) e Madre Teresa de Calcutá (2003).










Há santos demais?

A quase "linha de montagem" de novos santos iniciada por João Paulo II reacendeu uma polêmica durante sua própria canonização. Em seu livro "Making Saints", Kenneth Woodward, editor de religião da revista "Newsweek", argumentou que as importantes verificações e revisões do processo de santificação foram eliminados com a abolição do "advogado do diabo" - cujo trabalho é desafiar o postulador e encontrar falhas em seus relatórios.

"Todos os envolvidos no processo de canonização têm agora um posicionamento positivo", ressaltou. Ele ressaltou que isso poderia resultar na manipulação do processo e em candidaturas indignas. "Sem o advogado do diabo, quem pode remediar esses resultados? E, sem meios para tornar este processo público, quem saberia como as coisas são feitas?".


Papas devem ser santos?

Os Papas aceleram os processos de canonização que lhes agradam, ignoram os casos com os quais não concordam e atrasam os que seriam politicamente importunos.

Um deles é o caso de Oscar Romero, padre salvadorenho morto a tiros. A canonização do "mártir" se arrastou por dois pontificados hostis à Teologia da Libertação.

Outro episódio é a candidatura do Papa Pio XII, que esteve à frente do Vaticano durante a Segunda Guerra Mundial. Sua candidatura, lançada em 1965, foi atrasada devido às acusações, feitas por judeus, de que ele não foi suficientemente firme em seu posicionamento contra o Holocausto.

Dado à politização natural destes processos, há quem argumente que os Papas não devem ser canonizados, já que eles servem de modelos somente para seus sucessores.

"Fazer de um Papa um santo é uma forma de fortalecer o seu legado, dificultando que futuros Papas mudem as políticas já implementadas", analisa o reverendo Thomas Reese, colunista do "National Catholic Reporter".

Esclarecimento dos editores do Blog CATOLICISMO BRASIL: 
-  por ter o presente POST finalidade unicamente informativa, deixamos de opinar sobre manifestações expressas quanto a  "demoras" nos processos de canonização.
Consideramos também inaceitável qualquer debate sobre os processos adotados pela Santa Madre Igreja para beatificação e canonização.
Aos que criticam a, digamos, 'falta de publicidade', é sempre conveniente lembrar que a Igreja Católica Apostólica Romana defende valores perenes e que não estão sujeitos ao chamado "politicamente correto" ou qualquer outro tipo de "prestação de contas".

Concluímos citando um pequeno trecho do Evangelho de hoje:
"... E Ele voltou a dizer-lhes: «A paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós.»
Em seguida, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo.
Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ficarão retidos. ...» 




Evangelho do Dia


EVANGELHO COTIDIANO 

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68


2º Domingo da Páscoa (Divina Misericórdia) 

Evangelho segundo S. João 20,19-31.
Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, com medo das autoridades judaicas, veio Jesus, pôs-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!» 

Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o peito. Os discípulos encheram-se de alegria por verem o Senhor. E Ele voltou a dizer-lhes: «A paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós.» 

Em seguida, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ficarão retidos.» 

Tomé, um dos Doze, a quem chamavam o Gémeo, não estava com eles quando Jesus veio.
Diziam-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor!» Mas ele respondeu-lhes: «Se eu não vir o sinal dos pregos nas suas mãos e não meter o meu dedo nesse sinal dos pregos e a minha mão no seu peito, não acredito.» 

Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez dentro de casa e Tomé com eles. Estando as portas fechadas, Jesus veio, pôs-se no meio deles e disse: «A paz seja convosco!»
Depois, disse a Tomé: «Olha as minhas mãos: chega cá o teu dedo! Estende a tua mão e põe-na no meu peito. E não sejas incrédulo, mas fiel.» 

Tomé respondeu-lhe: «Meu Senhor e meu Deus!» 

Disse-lhe Jesus: «Porque me viste, acreditaste. Felizes os que crêem sem terem visto».
Muitos outros sinais miraculosos realizou ainda Jesus, na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e, acreditando, terdes a vida nele.

Comentário do dia: São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja
Sermão 84 


«Meu Senhor e meu Deus!»
Tomé, ouvindo dizer que os seus companheiros tinham visto o Senhor, respondeu: «Se eu não vir o sinal dos pregos e não meter a minha mão no seu lado, não acreditarei.» Porque é que Tomé exige estes sinais de fé? […] O poder do diabo decaiu, a prisão do inferno foi aberta, as cadeias dos mortos foram quebradas, abriram-se os túmulos daqueles que ressuscitaram (Mt 27,52) […], a pedra do sepulcro do Senhor foi rolada, o sudário foi afastado, a morte fugiu diante da glória do Ressuscitado. […] Porque é que apenas tu, Tomé, exiges com tanto rigor que as feridas te sejam apresentadas, apenas a ti, como prova de fé? […] 

Irmãos, foi o seu fervoroso amor que o pediu. […] Porque Tomé não curava apenas a dúvida do seu coração, mas a dúvida de todos os homens. Destinado a levar esta novidade às nações, como mensageiro consciencioso procura as bases sobre as quais fundaria a proclamação de uma verdade de fé tão importante. […] Portanto, este discípulo adquiriu para os outros o sinal que reclamou por causa do seu atraso. 

«Jesus veio, pôs-Se no meio deles, e mostrou-lhes as mãos e o lado.» Na verdade, dado que entrou estando todas as portas fechadas e foi considerado pelos seus discípulos como um espírito, Ele não poderia provar a quem duvidasse que era mesmo Ele, a não ser pelos sofrimentos do seu corpo, pelas marcas dos seus ferimentos. Por isso, disse a Tomé: «Olha as minhas mãos: chega cá o teu dedo! Estende a tua mão e põe-na no meu peito, para que estas feridas abertas de novo por ti difundam a fé sobre a terra, como já verteram água para a purificação e sangue para a redenção dos homens» (Jo 19,34). 

Tomé disse: «Meu Senhor e meu Deus!» Venham os hereges, oiçam e, como o Senhor disse, não sejam incrédulos, mas crentes. Porque Tomé proclama que, não só este corpo de homem, mas as dores sofridas por este corpo, mostram que Cristo é Deus e Senhor. E Ele é realmente Deus, Ele que vive após a morte, que ressuscita dos seus ferimentos e que, depois de ter sofrido tais suplícios, vive e reina pelos séculos dos séculos. Ámem. 

Santo do dia

São João XXIII e São João Paulo II

São canonizados, hoje,dia 27 de abril, os papas João XXIII e João Paulo II.
 


São João XXIII

Angelo Giuseppe Roncalli nasceu na Itália, em 25 de novembro de 1881. Foi eleito Papa em 28 de outubro de 1958, escolhendo o nome de João XXIII. Faleceu em 3 de junho de 1963. Por muitos, foi considerado um Papa de transição, depois do longo pontificado de Pio XIII. Foi o responsável pela convocação do Concílio Vaticano II. No curto tempo de papado, João XXIII escreveu oito encíclicas, sendo as principais a Mater et Magistra (Mãe e Mestra) e a Pacem in Terris (Paz na Terra).

Foi declarado beato pelo Papa João Paulo II, em 3 de setembro de 2000. É considerado o patrono dos delegados pontifícios.

São João Paulo II

Karol Józef Wotjtyla nasceu na Polônia, em 18 de maio de 1920. Foi eleito Papa em 16 de outubro de 1978, escolhendo o nome de João Paulo II, e teve o terceiro maior pontificado da história da Igreja Católica. Faleceu, em Roma, em 2 de abril de 2005.
Durante o Pontificado, visitou 129 países, em viagens apostólicas. Sabia se expressar em italiano, francês, alemão, inglês, espanhol, português, ucraniano, russo, servo-croata, esperanto, grego clássico e latim, além do polaco. João Paulo II beatificou 1.340 pessoas e canonizou 483 santos.
Foi proclamado beato, pelo Papa Bento XVI, em primeiro de maio de 2011.

Etapas da canonização
O pedido de canonização do Papa João Paulo II, logo após a morte do Santo Padre, é um marco na história da Igreja Católica, sendo o mais rápido até hoje. Para se tornar Santo a partir dos olhos do Vaticano, é preciso seguir algumas etapas: colocar o processo fora da diocese do candidato a Santo, depois disso, toda a informação é enviado ao Vaticano, onde é revisada pela congregação para as causas dos Santos.

Após ser declarado servo de Deus, é preciso analisar se o candidato manifestou as virtudes heroicas que refletem o evangelho. Se assim for, a pessoa é reconhecida como venerável. O próximo passo é declarar beato, assim, um milagre ter que ser atribuído ao candidato. Por fim, é preciso provar um segundo milagre aconteceu após a cerimônia de beatificação, se isso for provado, aí sim o candidato pode ser declarado Santo.


Quantas pessoas presentes na canonização?
Praticamente impossível quantificar os peregrinos que virão a Roma para a canonização de João XXIII e João Paulo II, no próximo dia 27, último domingo de abril. As autoridades da cidade falam de milhões. No Vaticano, opta-se pela prudência: “muitíssima gente”, é a única certeza, pelo que não serão distribuídos convites para os lugares a ocupar na praça de São Pedro. Nesta segunda-feira, na Sala de Imprensa da Santa Sé, os organizadores fizeram para os jornalistas o ponto da situação.

A missa de canonização terá início às 10 horas (5h em Brasília), presidida pelo Papa Francisco e concelebrada por elevado número de cardeais e centenas de bispos.
Cinco mil os padres que terão lugar assegurado.  Será convidado o Papa emérito Bento XVI, mas falta saber se participará.

Programação
No domingo de tarde, os peregrinos poderão venerar os dois novos santos, desfilando em oração junto dos túmulos situados sob dois altares da basílica de São Pedro.   Inúmeras as iniciativas de oração organizadas para os peregrinos das diversas proveniências. Onze igrejas do centro da cidade ficarão abertas na noite de sábado para domingo, a partir das 21 horas, com confessores disponíveis para atender os penitentes em diferentes línguas.

Aos de língua portuguesa está reservada a igreja de Santa Anastácia (junto ao Circo Máximo, por detrás do Foro Romano e da colina do Palatino). O Secretariado de Liturgia da diocese preparou o esquema de uma vigília com textos bíblicos e extratos de intervenções dos dois Papas. Em cada uma das igrejas, a animação litúrgica será naturalmente assegurada por pessoas da língua ali usada. Para todas as informações úteis, atualizadas em tempo real, consultar o site oficial em cinco línguas: italiano, inglês, francês, espanhol e polaco.

Haverá também um aplicativo intitulado “santo subito”, que se poderá descarregar gratuitamente, em formato Android ou IOS (italiano, inglês, espanhol e polaco), contendo informações sobre a vida e ensinamentos dos dois novos santos, mas também com acesso a todas as notícias sobre a canonização e o material previsto para os diferentes momentos litúrgicos. 


Transmissões
Como outros grandes momentos vividos em Roma nos últimos 50 anos (desde o Concílio Vaticano II, passando pelas eleições papais e pelas exéquias, nomeadamente as de João Paulo II, em 2005), também esta circunstância constituirá mais um passo em frente em nível da comunicação mundial, pela amplidão da difusão e pelas condições de crescente qualidade do som e da imagem.

O Centro Televisivo do Vaticano (com o som da RV), em colaboração com Sky e Sony, assegurará a visão do acontecimento em alta definição (HD) e em 3D. Assim, instaladas em casa ou reunidas em 500 cinemas de uns 20 países (120 só em Itália), graças à utilização de Nexco Digital, milhões de pessoas poderão seguir a celebração em condições que assegurarão uma especial sensação de presença na praça de São Pedro.

As filmagens serão efetuadas em 4K, com o mais moderno material disponível (DBW Communication), que permitirá arquivar imagens de extrema nitidez. Para a transmissão em mundovisão das cinco horas de reportagem previstas, a Eutelsat Itália utilizar 9 satélites, com uma cobertura completa de todo o globo.   A diocese natal de João XXIII decidiu assinalar a canonização do “Papa Bom” com o que designa como “um monumento à caridade”, desprendendo-se de alguns bens para os partilhar com comunidades eclesiais mais carentes. 800 mil euros serão destinados à manutenção de uma escola que a diocese construiu há tempos no Haiti.

Com data marcada para o dia 27 (domingo), a cerimônia será presidida por Papa Francisco, na Praça São Pedro. A celebração será às 10h da manhã, no Vaticano e será transmitida as 5h da manhã (horário de Brasília).

A Canonização dos Papas será transmitida pela TV Aparecida, pela Rede Vida, Canção Nova e Rede Século XXI.


São João XXIII e São João Paulo II, rogai por nós! 


Santa Zita
Zita foi empregada doméstica durante trinta anos em Luca, na Itália. Hoje em dia, as comunidades de baixa renda sofrem grande injustiça social, principalmente quando trabalham em serviços domésticos, como ela, mas no século XIII as coisas eram bem piores.

Zita nasceu em 1218, no povoado de Monsagrati, próximo a Luca, e, como tantas outras meninas, ela foi colocada para trabalhar em casa de nobres ricos. Era a única forma de uma moça não se tornar um peso para a família, pobre e numerosa. Ela não ganharia salário, trabalharia praticamente como uma escrava, mas teria comida, roupa e, quem sabe, até um dote para conseguir um bom casamento, se a família que lhe desse acolhida se afeiçoasse a ela e tivesse interesse em vê-la casada.

Zita tinha apenas doze anos quando isso aconteceu. E a família para quem foi servir não costumava tratar bem seus criados. Ela sofreu muito, principalmente nos primeiros tempos. Era maltratada pelos patrões e pelos demais empregados. Porém agüentou tudo com humildade e fé, rezando muito e praticando muita caridade. Aliás, foi o que tornou Zita famosa entre os pobres: a caridade cristã. Tudo que ganhava dos patrões, um pouco de dinheiro, alimentos extras e roupas, dava aos necessitados. A consequência disso foi que, em pouco tempo, Zita dirigia a casa e comandava toda a criadagem. Conquistou a simpatia e a confiança dos patrões e a inveja de outros criados.

Certa vez, Zita foi acusada de estar dando pertences da despensa da casa para os mendigos, por uma das criadas que invejavam sua posição junto aos donos da mansão. Talvez não fosse verdade, mas dificilmente a moça poderia provar isso aos patrões. Assim, quando o patriarca da casa perguntou o que levava escondido no avental, ela respondeu: "são flores", e soltando o avental uma chuva delas cobriu os seus pés. Esta é uma de suas tradições mais antigas citadas pelos seus fervorosos devotos.

A sua vida foi uma obra de dedicação total aos pobres e doentes que durou até sua morte, no dia 27 de abril de 1278. Todavia, sua interferência a favor deles não terminou nesse dia. O seu túmulo, na basílica de São Frediano, conserva até hoje o seu corpo, que repousa intacto, como foi constatado na sua última exumação, em 1652, e se tornou um lugar de graças e de muitos milagres comprovados e aceitos. Acontecimentos que serviram para confirmar sua canonização em 1696, pelo papa Inocêncio XII.

Apesar da condição social humilde e desrespeitada, a vida de santa Zita marcou de tal forma a história da cidade que ela foi elevada à condição de sua padroeira. E foi uma vida tão exemplar que até Dante Alighieria a cita na Divina Comédia. O papa Pio XII proclamou-a padroeira das empregadas domésticas. 


Santa Zita, rogai por nós!

João Paulo II e João XXIII são santos

Canonização foi celebrada pelo Papa Francisco neste domingo, com a participação de Bento XVI
O Papa Francisco declarou santos dois de seus predecessores, João Paulo II e João XXIII, em cerimônia histórica neste domingo, que contou com a presença do Papa Emérito Bento XVI. Segundo estimativas do Vaticano, cerca de 800 mil fiéis acompanharam o evento, sendo 500 mil na Praça São Pedro e outras 300 mil em telões espalhados pelas ruas da cidade.
A Praça de São Pedro lotada de fiéis que vieram para Roma para assistir a cerimônia de canonização dos Papas João Paulo II e João XXIII STEFANO RELLANDINI / REUTERS

A cerimônia foi realizada em uma missa simples, com cinco prelados, entre eles o bispo de Bergamo (cidade natal do italiano João XXIII), Francesco Beschi, e o ex-secretário particular do Papa João Paulo II e arcebispo de Cracóvia, Stanislaw Dziwisz. - Nós declaramos João XXIII e João Paulo II santos, decretando que eles deverão ser venerados como tal por toda a Igreja disse Francisco, recebendo aplausos dos presentes. - Homens de coragem. Eles viveram acontecimentos trágicos no século XX, mas não foram abatidos por eles.

João XXIII ocupou cargo mais alto da Igreja Católica entre 1958 e 1963; já João Paulo II foi Papa entre 1978 e 2005. Uma curiosidade da cerimônia deste domingo foi a participação de quatro Papas, já que a missa foi realizada pelo atual ocupante do posto, Francisco, mas seu antecessor, Bento XVI, também estava presente. Participaram da missa cerca de 150 cardeais, 700 bispos e 6 mil padres. O Papa Emérito Bento XVI participou do rito cercado por cardeais e bispos. Desde que renunciou ao posto, ele raramente é visto em público. A última vez que isso aconteceu foi em fevereiro, quando ele assistiu a uma cerimônia de posse de novos cardeais.

Para organizar a multidão presente na Praça São Pedro foram convocados 10 mil agentes de segurança, mas a cerimônia aconteceu sem maiores incidentes. Delegações de mais de cem países acompanharam a missa, sendo 24 chefes de Estado. Este foi o maior evento de canonização na história da Igreja Católica, superando com facilidade cerimônia em 2002, que tornou santos Padre Pio e Josemaría Escrivá, o fundador da Opus Dei. Na ocasião, cerca de 300 mil peregrinos acompanharam o ritual.

A presença maciça de fiéis é explicada pela popularidade de João Paulo II. Apenas da Polônia, terra natal do novo santo, partiram 1,7 mil ônibus, 58 voos fretados e cinco trens lotados. A última vez que uma cerimônia da Igreja atraiu tantos fiéis foi no funeral do próprio do próprio João Paulo II, em 2005.

Cerimônia na Polônia
Em Cracóvia, na Polônia, os sinos das igrejas soaram no momento em que João Paulo II foi declarado santo. Multidões pelas ruas aplaudiram e veneraram uma das personalidades mais importantes do país, que ajudou na luta contra o comunismo e representou os poloneses ocupando o mais alto cargo da Igreja Católica por 27 anos. - É um grande dia para a Polônia, é um grande dia para mim – disse Maria Jurek, que acompanhou a canonização em uma paróquia local, em entrevista ao "Wall Street Journal". - Ele mudou a Polônia e nos passou ensinamentos sobre direitos humanos e dignidade em sua visita por aqui.

Um santuário em homenagem a João Paulo II está sendo construído na cidade desde 2011, quando o secretário pessoal do próprio Papa, cardeal Stanislaw Dziwisz, depositou um pequeno frasco contendo sangue do pontífice em um dos altares.