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quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Santo do Dia - 11 de outubro

São João XXIII

 Angelo Giuseppe Roncalli nasceu na Itália, em 25 de novembro de 1881. Foi eleito Papa em 28 de outubro de 1958, escolhendo o nome de João XXIII. Faleceu em 3 de junho de 1963. Por muitos, foi considerado um Papa de transição, depois do longo pontificado de Pio XIII. Foi o responsável pela convocação do Concílio Vaticano II. No curto tempo de papado, João XXIII escreveu oito encíclicas, sendo as principais a Mater et Magistra (Mãe e Mestra) e a(Paz na Terra).

Foi declarado beato pelo Papa João Paulo II, em 3 de setembro de 2000. É considerado o patrono dos delegados pontifícios. Foi canonizado pelo Papa Francisco,  em 27 abril 2014, no Vaticano. 

São João XXIII, o Papa do supremo zelo pastoral

Imagem de São João XXIII

Papa

Origens 

Angelo Giuseppe Roncalli nasceu em 25 de novembro de 1881, em Sotto il Monte, Província de Bérgamo, Itália. Passou a infância na cidade natal, crescendo numa família rural de origens humildes. Em 1892, entrou no seminário de Bérgamo. Em 1895, começou a escrever as “notas espirituais”, que depois fariam parte do Giornale dell’anima. 

Sacerdócio 

Em 1900, foi enviado a Roma, onde se formou em teologia; em 1904, recebeu a ordenação sacerdotal. No ano seguinte, foi chamado pelo bispo Radini Tedeschi a voltar para Bérgamo, tornando-se o seu secretário, permanecendo ao seu lado até 1914, assimilando a sua vivacidade pastoral e o seu espírito reformador.

Diretor Espiritual

Depois da experiência da guerra, tornou-se diretor espiritual no seminário maior. Em 1921, transferiu-se para Roma a fim de desempenhar o cargo de presidente do conselho central da Obra da propagação da fé.

Patriarca de Veneza

A 3 de março de 1925, Pio XI nomeou-o visitador apostólico na Bulgária. Recebeu a ordenação episcopal a 19 de março sucessivo, escolhendo como lema “Oboedientia et pax”. No dia 17 de novembro de 1934, tornou-se delegado apostólico na Turquia e Grécia; e no dia 23, administrador apostólico do vicariato de Constantinopla. Depois, a 23 de dezembro de 1944, foi transferido para a França, onde foi núncio apostólico durante oito anos. Na conclusão do seu mandato, a 12 de janeiro de 1953, Pio XII criou-o cardeal e três dias depois nomeou-o patriarca de Veneza.

São João XXIII: o início do Pontificado 

Eleito Papa

Em 1958, após a morte do Papa Pacelli, participou no Conclave que teve início a 25 de outubro. Já com 77 anos, depois de onze escrutínios, foi eleito Papa na tarde do dia 28, com uma escolha que foi interpretada no sinal da “transição” no final do longo e difícil pontificado do Papa Pacelli. 

Atualização do Código Canônico

Três meses depois, no dia 25 de janeiro de 1959, na basílica de São Paulo fora dos Muros, surpreendeu todos anunciando a intenção de convocar “um concílio ecumênico para a Igreja universal”, manifestando também a vontade de proclamar um Sínodo diocesano para Roma e de atualizar o Codex iuris canonici. Foi uma decisão inesperada e clamorosa, que suscitou uma repercussão vastíssima na opinião pública e orientou de modo preeminente todo o seu pontificado. 

Pontificado

São João XXIII se mostrou profundamente radicado na dimensão pastoral e episcopal do serviço papal. Em cinco anos, multiplicaram-se as visitas e os encontros com os fiéis de Roma. Além disso, consolidou-se a internacionalização do colégio cardinalício e valorizou-se cada vez mais o papel dos episcopados locais. 

O Final do Pontificado 

A última Encíclica 

São João XXIII dedicou também à paz a sua oitava e última encíclica Pacem in terris, publicada em abril de 1963. Precisamente naqueles meses as suas condições de saúde agravaram-se repentinamente devido ao aumento do tumor que lhe tinha sido diagnosticado no outono precedente. 

Páscoa

Faleceu na noite de 3 de junho de 1963. No dia 18 de novembro de 1965, durante a última fase do concílio, o Papa Montini anunciou o início da causa de beatificação. Foi proclamado beato por João Paulo II a 3 de setembro de 2000.

Legado

São João XXIII, homem dotado de extraordinária humanidade, procurou derramar sobre todos, com sua vida, suas obras e seu supremo zelo pastoral, a abundância da caridade cristã e promover a união fraterna entre os povos; particularmente atento à eficácia da missão da Igreja de Cristo no mundo, convocou o Concílio Ecumênico Vaticano II.

Minha oração

“ Ao modelo do Bom Pastor, tu foste, à Tua semelhança, um papa bom. Cuidai do nosso atual pastor assim como dos bispos e líderes religiosos. Conduzi cada um deles à santidade e à bondade como eficácia pastoral. Amém.

São João XXIII, rogai por nós!


segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Missa tradicional atrai fiéis

Reportagem, assinada por Leonardo Vieira no jornal “O Globo” (27-7-14), fala da grande procura por missas tradicionais, de rito tridentino, entre os fiéis, especialmente jovens: “Missas em latim, o padre voltado para o altar, rito antigo, mulheres com véu na cabeça, canto gregoriano”.
“Missas tridentinas se difundem pelo Brasil, numa ressurreição de formas litúrgicas antigas que atrai incontáveis jovens fiéis. O termo Juventutem, aliás, designa um movimento de volta às tradições católicas liderado por pessoas de 16 a 34 anos”.     

   
Conta o engenheiro Felipe Alves, 25: “Descobri a missa há uns anos, é um tesouro. Está claro que tem algo de sagrado aqui. É possível perceber tanto com os ouvidos quanto com os olhos”.
A reportagem explica que “foram séculos assim, até que o Concílio Vaticano II, na década de 1960, introduziu inúmeras mudanças, o uso da língua local e o padre de frente para os fiéis entre elas. Mas o século XXI vive uma intrigante retomada de tradições conservadoras na Igreja [...] Amparadas pelos jovens católicos conservadores, as missas tridentinas crescem país afora. Em 2007, uma organização independente contabilizou 20 dessas celebrações no território nacional. Agora, cerca de cem ocorrem com regularidade”.

Diz o adolescente Eduardo Salomão, 15: “Claramente prefiro a tridentina. Já cheguei a ser tachado de maluco. O rito contemporâneo não é para mim. No antigo, a meditação, o silêncio e a beleza encantam”.
Bárbara Soares, 20, descobriu o rito pela internet. Ela ficou tão encantada com as primeiras celebrações que “não parou mais de frequentar as missas”.

Como explicar esse interesse dos jovens – insisto, dos jovens! – pela Missa tridentina?  Uma ação do Divino Espírito Santo, a rogos de Maria, preparando as almas abertas à sua inspiração para um futuro totalmente diferente do atual? Futuro que São Luís Grignion de Montfort chamou “Reino de Maria” e que Nossa Senhora anunciou em Fátima como sendo o triunfo de seu Imaculado Coração, que se daria depois de terríveis convulsões?

Referi esses fatos e reflexões a um velho conhecido com quem me encontrei casualmente na rua, de barba branca e um tanto alquebrado pela idade. Quando jovem, ele se entusiasmara com as perspectivas abertas pelo Concílio Vaticano II e, esquerdista da gema que era, entrara no foguete do otimismo que o levou até os céus da utopia, certo de que a adorada modernidade conduziria a uma reconciliação de toda a humanidade, que não haveria mais lutas nem disputas, fossem elas ideológicas, religiosas ou quaisquer outras. Liberdade para tudo e para todos, um supra ecumenismo mundial regado à festança e sem a Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Para ele, a mencionada reportagem não constituía novidade, pois já a conhecia. Fitou-me com um olhar entre desolado e frustrado, nada comentando. Depois, virou as costas e afastou-se. Ele representava uma geração de clérigos e leigos que acreditara na abertura da Igreja para o mundo e que agora se via desmentida pelos jovens.

(*) Gregorio Vivanco Lopes é advogado e colaborador da ABIM

domingo, 27 de abril de 2014

Santo do dia

São João XXIII e São João Paulo II

São canonizados, hoje,dia 27 de abril, os papas João XXIII e João Paulo II.
 


São João XXIII

Angelo Giuseppe Roncalli nasceu na Itália, em 25 de novembro de 1881. Foi eleito Papa em 28 de outubro de 1958, escolhendo o nome de João XXIII. Faleceu em 3 de junho de 1963. Por muitos, foi considerado um Papa de transição, depois do longo pontificado de Pio XIII. Foi o responsável pela convocação do Concílio Vaticano II. No curto tempo de papado, João XXIII escreveu oito encíclicas, sendo as principais a Mater et Magistra (Mãe e Mestra) e a Pacem in Terris (Paz na Terra).

Foi declarado beato pelo Papa João Paulo II, em 3 de setembro de 2000. É considerado o patrono dos delegados pontifícios.

São João Paulo II

Karol Józef Wotjtyla nasceu na Polônia, em 18 de maio de 1920. Foi eleito Papa em 16 de outubro de 1978, escolhendo o nome de João Paulo II, e teve o terceiro maior pontificado da história da Igreja Católica. Faleceu, em Roma, em 2 de abril de 2005.
Durante o Pontificado, visitou 129 países, em viagens apostólicas. Sabia se expressar em italiano, francês, alemão, inglês, espanhol, português, ucraniano, russo, servo-croata, esperanto, grego clássico e latim, além do polaco. João Paulo II beatificou 1.340 pessoas e canonizou 483 santos.
Foi proclamado beato, pelo Papa Bento XVI, em primeiro de maio de 2011.

Etapas da canonização
O pedido de canonização do Papa João Paulo II, logo após a morte do Santo Padre, é um marco na história da Igreja Católica, sendo o mais rápido até hoje. Para se tornar Santo a partir dos olhos do Vaticano, é preciso seguir algumas etapas: colocar o processo fora da diocese do candidato a Santo, depois disso, toda a informação é enviado ao Vaticano, onde é revisada pela congregação para as causas dos Santos.

Após ser declarado servo de Deus, é preciso analisar se o candidato manifestou as virtudes heroicas que refletem o evangelho. Se assim for, a pessoa é reconhecida como venerável. O próximo passo é declarar beato, assim, um milagre ter que ser atribuído ao candidato. Por fim, é preciso provar um segundo milagre aconteceu após a cerimônia de beatificação, se isso for provado, aí sim o candidato pode ser declarado Santo.


Quantas pessoas presentes na canonização?
Praticamente impossível quantificar os peregrinos que virão a Roma para a canonização de João XXIII e João Paulo II, no próximo dia 27, último domingo de abril. As autoridades da cidade falam de milhões. No Vaticano, opta-se pela prudência: “muitíssima gente”, é a única certeza, pelo que não serão distribuídos convites para os lugares a ocupar na praça de São Pedro. Nesta segunda-feira, na Sala de Imprensa da Santa Sé, os organizadores fizeram para os jornalistas o ponto da situação.

A missa de canonização terá início às 10 horas (5h em Brasília), presidida pelo Papa Francisco e concelebrada por elevado número de cardeais e centenas de bispos.
Cinco mil os padres que terão lugar assegurado.  Será convidado o Papa emérito Bento XVI, mas falta saber se participará.

Programação
No domingo de tarde, os peregrinos poderão venerar os dois novos santos, desfilando em oração junto dos túmulos situados sob dois altares da basílica de São Pedro.   Inúmeras as iniciativas de oração organizadas para os peregrinos das diversas proveniências. Onze igrejas do centro da cidade ficarão abertas na noite de sábado para domingo, a partir das 21 horas, com confessores disponíveis para atender os penitentes em diferentes línguas.

Aos de língua portuguesa está reservada a igreja de Santa Anastácia (junto ao Circo Máximo, por detrás do Foro Romano e da colina do Palatino). O Secretariado de Liturgia da diocese preparou o esquema de uma vigília com textos bíblicos e extratos de intervenções dos dois Papas. Em cada uma das igrejas, a animação litúrgica será naturalmente assegurada por pessoas da língua ali usada. Para todas as informações úteis, atualizadas em tempo real, consultar o site oficial em cinco línguas: italiano, inglês, francês, espanhol e polaco.

Haverá também um aplicativo intitulado “santo subito”, que se poderá descarregar gratuitamente, em formato Android ou IOS (italiano, inglês, espanhol e polaco), contendo informações sobre a vida e ensinamentos dos dois novos santos, mas também com acesso a todas as notícias sobre a canonização e o material previsto para os diferentes momentos litúrgicos. 


Transmissões
Como outros grandes momentos vividos em Roma nos últimos 50 anos (desde o Concílio Vaticano II, passando pelas eleições papais e pelas exéquias, nomeadamente as de João Paulo II, em 2005), também esta circunstância constituirá mais um passo em frente em nível da comunicação mundial, pela amplidão da difusão e pelas condições de crescente qualidade do som e da imagem.

O Centro Televisivo do Vaticano (com o som da RV), em colaboração com Sky e Sony, assegurará a visão do acontecimento em alta definição (HD) e em 3D. Assim, instaladas em casa ou reunidas em 500 cinemas de uns 20 países (120 só em Itália), graças à utilização de Nexco Digital, milhões de pessoas poderão seguir a celebração em condições que assegurarão uma especial sensação de presença na praça de São Pedro.

As filmagens serão efetuadas em 4K, com o mais moderno material disponível (DBW Communication), que permitirá arquivar imagens de extrema nitidez. Para a transmissão em mundovisão das cinco horas de reportagem previstas, a Eutelsat Itália utilizar 9 satélites, com uma cobertura completa de todo o globo.   A diocese natal de João XXIII decidiu assinalar a canonização do “Papa Bom” com o que designa como “um monumento à caridade”, desprendendo-se de alguns bens para os partilhar com comunidades eclesiais mais carentes. 800 mil euros serão destinados à manutenção de uma escola que a diocese construiu há tempos no Haiti.

Com data marcada para o dia 27 (domingo), a cerimônia será presidida por Papa Francisco, na Praça São Pedro. A celebração será às 10h da manhã, no Vaticano e será transmitida as 5h da manhã (horário de Brasília).

A Canonização dos Papas será transmitida pela TV Aparecida, pela Rede Vida, Canção Nova e Rede Século XXI.


São João XXIII e São João Paulo II, rogai por nós! 


Santa Zita
Zita foi empregada doméstica durante trinta anos em Luca, na Itália. Hoje em dia, as comunidades de baixa renda sofrem grande injustiça social, principalmente quando trabalham em serviços domésticos, como ela, mas no século XIII as coisas eram bem piores.

Zita nasceu em 1218, no povoado de Monsagrati, próximo a Luca, e, como tantas outras meninas, ela foi colocada para trabalhar em casa de nobres ricos. Era a única forma de uma moça não se tornar um peso para a família, pobre e numerosa. Ela não ganharia salário, trabalharia praticamente como uma escrava, mas teria comida, roupa e, quem sabe, até um dote para conseguir um bom casamento, se a família que lhe desse acolhida se afeiçoasse a ela e tivesse interesse em vê-la casada.

Zita tinha apenas doze anos quando isso aconteceu. E a família para quem foi servir não costumava tratar bem seus criados. Ela sofreu muito, principalmente nos primeiros tempos. Era maltratada pelos patrões e pelos demais empregados. Porém agüentou tudo com humildade e fé, rezando muito e praticando muita caridade. Aliás, foi o que tornou Zita famosa entre os pobres: a caridade cristã. Tudo que ganhava dos patrões, um pouco de dinheiro, alimentos extras e roupas, dava aos necessitados. A consequência disso foi que, em pouco tempo, Zita dirigia a casa e comandava toda a criadagem. Conquistou a simpatia e a confiança dos patrões e a inveja de outros criados.

Certa vez, Zita foi acusada de estar dando pertences da despensa da casa para os mendigos, por uma das criadas que invejavam sua posição junto aos donos da mansão. Talvez não fosse verdade, mas dificilmente a moça poderia provar isso aos patrões. Assim, quando o patriarca da casa perguntou o que levava escondido no avental, ela respondeu: "são flores", e soltando o avental uma chuva delas cobriu os seus pés. Esta é uma de suas tradições mais antigas citadas pelos seus fervorosos devotos.

A sua vida foi uma obra de dedicação total aos pobres e doentes que durou até sua morte, no dia 27 de abril de 1278. Todavia, sua interferência a favor deles não terminou nesse dia. O seu túmulo, na basílica de São Frediano, conserva até hoje o seu corpo, que repousa intacto, como foi constatado na sua última exumação, em 1652, e se tornou um lugar de graças e de muitos milagres comprovados e aceitos. Acontecimentos que serviram para confirmar sua canonização em 1696, pelo papa Inocêncio XII.

Apesar da condição social humilde e desrespeitada, a vida de santa Zita marcou de tal forma a história da cidade que ela foi elevada à condição de sua padroeira. E foi uma vida tão exemplar que até Dante Alighieria a cita na Divina Comédia. O papa Pio XII proclamou-a padroeira das empregadas domésticas. 


Santa Zita, rogai por nós!

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

22 de janeiro - Santo do dia

São Vicente

Vicente era natural de Huesca e pertencia a uma das mais distintas famílias da Espanha.

Desde menino, foi entregue por seus pais à orientação do bispo Valério, de Saragoça, recebendo uma sólida formação religiosa e humana.

Muito jovem ingressou na vida religiosa e logo foi ordenado diácono da Igreja. Depois, devido ao seu preparo intelectual e tendo o dom da palavra, foi escolhido para assistir o bispo, ficando encarregado do ministério da pregação do Evangelho. Isto porque o bispo, em virtude da idade avançada, já não tinha mais forças para exercer esta tarefa. Vicente desempenhou este cargo com total dignidade e, graças a eloqüência dos seus sermões e obras, obteve expressivos resultados para a Igreja convertendo à fé, grande número de pagãos.

Neste período, iniciava a terrível perseguição decretada pelos imperadores romanos Diocleciano e Maximiano, no solo espanhol. Daciano, governador da província de Saragoça e Valência, querendo mostrar a sua lealdade e obediência aos decretos imperiais, mandou prender Valério e Vicente, ordenando que fossem levados para a prisão de Valência.

Depois de processados foram condenados à morte, mas o governador mostrando uma certa clemência para o bispo muito idoso, mandou que fosse exilado. Entretanto reservou seu requinte de crueldade para Vicente, que foi barbaramente chicoteado e esfolado, tendo os nervos e músculos esmigalhados. Mas ele continuava vivo entoando hinos de louvor à Deus. Os carrascos ficaram tão espantados e assustados, que desistiram da tortura, e tiraram Vicente da cela quando então ele morreu. Era o ano 304.

Segundo a tradição, Daciano mandou que seu corpo fosse atirado num terreno pantanoso, para que os animais pudessem devorá-lo, mas acabou protegido por um corvo enorme, que não permitiu que seus restos fossem tocados. Por isto, transtornado o governador mandou que o jogassem ao mar, com uma grande pedra amarrada no pescoço. O corpo de Vicente não afundou. O Senhor o conduziu à praia, onde os fiéis o recolheram e sepultaram fora dos muros da cidade de Valência. Neste lugar foi construída a belíssima Basílica dedicada à ele e que guarda suas relíquias até hoje.

São Vicente, diácono, é o mártir mais célebre da Espanha e Portugal. Um século após o seu testemunho da fé no Cristo, Santo Agostinho, doutor da Igreja, lhe dedicava todos os anos neste dia uma missa. Por este motivo a Igreja manteve a sua festa nesta data.

São Vicente, rogai por nós!



São Vicente Pallotti

Vicente Pallotti nasceu em Roma , dia 21 de abril de 1795, numa família de classe média. Com sua mãe aprendeu a amar os irmãos mais pobres, crescendo generoso e bondoso. Enquanto nos estudos mostrava grande esforço e dedicação, nas orações mostrava devoção extremada ao Espírito Santo. Passava as férias no campo, na casa do tio, onde distribuía aos empregados os doces que recebia, gesto que o pai lhe ensinara: nenhum pobre saía de sua mercearia de mãos vazias.

Às vezes sua generosidade preocupava, pois geralmente no inverno, voltava para casa sem os sapatos e o casaco. Pallotti admirava Francisco de Assis, pensou em ser capuchinho, mas não foi possível devido sua frágil saúde. Em 1818, se consagrou sacerdote pela diocese de Roma,onde ocupou cargos importantes na hierarquia da Igreja. Muito culto obteve o doutorado em Filosofia e Teologia.

Mas foi a sua atuação em obras sociais e religiosas que lhe trouxe a santidade. Teve uma vida de profunda espiritualidade, jamais se afastando das atividades apostólicas. É fruto do seu trabalho, a importância que o Concílio Vaticano II, cento e trinta anos após sua morte, decretou para o apostolado dos leigos, dando espaço para o trabalho deles junto às comunidades cristãs. Necessidade primeira deste novo milênio, onde a proliferação dos pobres e da miséria, infelizmente se faz cada vez mais presente.

Vicente defendia que todo cristão leigo, através do sacramento do batismo, tem o legítimo direito assim como a obrigação de trabalhar pela pregação da fé católica, da mesma forma que os sacerdotes. Esta ação de apostolado que os novos tempos exigiria de todos os católicos, foi sem dúvida seu carisma de inspiração visionária . Fundou, em 1835, a Obra do Apostolado Católico, que envolvia e preparava os leigos para promoverem as suas associações evangelizadoras e de caridade, orientados pelos religiosos das duas Congregações criadas por ele para esta finalidade, a dos Padres Palotinos e das Irmãs Palotinas.

Vicente Pallotti morreu em Roma, no dia 22 de janeiro 1850, aos cinqüenta e cinco anos de idade. De saúde frágil, doou naquele inverno seu casaco a um pobre, adquirindo a doença que o vitimou. Assim sendo não pôde ver as duas famílias religiosas serem aprovadas pelo Vaticano, que devolvia as Regras indicando sempre algum erro. Com certeza um engano abençoado, pois a continuidade e a persistência destas Obras trouxeram o novo ânimo que a Igreja necessitava. Em 1904, foram reconhecidas pela Santa Sé, motivando o pedido de sua canonização.

O papa Pio XI o beatificou reconhecendo sua atuação de inspirado e "verdadeiro operário das missões". Em 1963, as suas idéias e carisma espiritual foi plenamente reconhecido pelo papa João XXIII que proclamou Vicente Pallotti, Santo.


São Vicente Pallotti, rogai por nós!

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

1º de janeiro - Santo do dia

São Fulgêncio

Fábio Cláudio Gordiano Fulgêncio nasceu em Cartago, na atual Tunísia, África, no ano 465. Nasceu numa rica família cristã , seu pai era um senador romano e a mãe era de uma família local influente. Teve uma formação intelectual excelente, com caráter firme, espírito de liderança e habilidade para os negócios. Na juventude se destacou na administração dos bens da família, o que o levou a ocupar altos postos no setor público. Fulgêncio era muito culto e educado, interessava-se tanto pela religião quanto pelas artes e literatura. Freqüentava um mosteiro vizinho, onde orava com os monges e vasculhava sua biblioteca. Os biógrafos afirmam que após ler os comentários de Santo Agostinho sobre o salmo 36, decidiu-se pela vida de austeridade e de solidão.

A África romana do seu tempo, era reino o dos Vassalos, com a capital em Cartago, o que vale dizer que os arianos dominavam e os católicos eram súditos. A convivência era difícil e o rei Trasamundo havia recomeçado as perseguições. Fulgêncio tentou ir para o Egito ao encontro dos monges do deserto, mas o navio que o transportava teve de ancorar em Siracusa, onde as notícias dos conflitos da igreja egipciana o fizeram desistir. Em 500, foi a vez de Roma decepcioná-lo, na época governada por Teodorico, onde os cristãos também estavam submissos. Voltou para a África.

Foi na sua pátria que Fulgêncio se ordenou sacerdote. Em 510, o rei que desejava a extinção total da Igreja, proibiu que houvesse sucessor para os bispos falecidos. Mas os cristãos os elegeram em segredo, e um deles foi Fulgêncio, designado para a diocese de Ruspe, na Tunísia mesmo.O rei soube e mandou exilar todos, sessenta, na ilha italiana da Sardenha, que pertencia aos seus domínios. Pelo menos lá, os cristãos viviam em paz.

No mosteiro do exílio, Fulgêncio se tornou professor dos bispos, padres, monges, e conselheiro e pacificador entre a população. Tornou-se, dentro da sua humildade, um líder, uma figura que nem mesmo o rei podia ignorar. De fato, o rei mandou que viesse para a capital, onde o deixou livre para o ministério sacerdotal, pedindo que o ajudasse no esclarecimento das questões da fé, ou seja, respeitava muito Fulgêncio. Tanto que o mandou de volta para a Sardenha, para acalmar os súditos arianos radicais.

Durante os anos em que ali permaneceu, escreveu muito. Além de tratados religiosos, manteve uma vasta correspondência com seus discípulos e superiores, bem como com as maiores autoridades da Igreja de então, Só quando o rei morreu, Fulgêncio pode retornar para sua pátria e sua sede episcopal em Ruspe. Foi recebido em triunfo, reorganizou a diocese, restabeleceu a ordem e a disciplina. Morreu no dia primeiro de janeiro de 533, aos sessenta e oito anos, pregando a caridade como "o caminho que conduz ao céu".

O Concílo Vaticano II, no decreto sobre a atividade missionária da Igreja, faz menção ao pensamento de São Fulgêncio expresso em uma carta ao rei Trasamundo. Este Santo, comemorado anteriormente no dia 12 de janeiro, continua ensinado através dos séculos. A Igreja determinou a festa de São Fulgêncio para o dia de sua morte.


Santo Fulgêncio, rogai por nós!



São Vicente Maria Strambi


Vicente Maria Strambi, nasceu no dia 1 de janeiro de 1745, em Civitavechia, na Itália, onde seu pai era dono de uma farmácia. Estudou no seminário desde a infância. Aos quinze anos, venceu a resistência dos pais ingressando no noviciado da Ordem menor dos capuchinhos.

Foi ordenado sacerdote em 1767. Um ano depois o jovem sacerdote, ingressou na Congregação Passionista, que acabava de ser fundada. Foi discípulo perfeito do seu fundador, Paulo da Cruz. Professou a fé e recebeu o hábito dos passionistas em 1769.

Eminente diretor espiritual, excelente missionário e excepcional catequista, percorreu a Itália central proclamando com fervor e competência os tesouros que encontramos em Cristo, especialmente na Sua Paixão. Assistiu à morte do fundador e, como postulador da causa dos passionistas, escreveu a sua primeira biografia, obra fundamental para o conhecimento de São Paulo da Cruz. Foi Provincial da Apresentação e Consultor Geral.

A 5 de julho de 1801, Vicente Maria, que já era o consultor geral da congregação, foi nomeado bispo de Macerata e Tolentino. Nos movimentos revolucionários do seu tempo, foi intrépido defensor da liberdade da Igreja. Recusou prestar juramento de fidelidade a Napoleão Bonaparte, que invadira e usurpara os Estados Pontifícios. Em conseqüência, foi exilado para Novara e Milão, durante sete anos.

Em 1814, ano em que o imperador Napoleão foi deposto, ele regressou à sua sede episcopal, onde ficou por mais nove anos. Estando já idoso e enfraquecido, renunciou ao bispado em 1823. O papa Leão XII, acatou sua decisão, porém o chamou como seu conselheiro e diretor espiritual. Assim, sem esquecer as suas ocupações habituais, continuou a pregar missões, como tinha feito antes, em Roma.

Em primeiro de novembro deste mesmo ano, o papa Leão XII ficou gravemente doente. Ele ofereceu sua vida a Deus para que o Papa não morresse, rezando e fazendo penitência. Aos poucos ele se restabeleceu completamente, alguns meses depois, monsenhor Vicente Maria morreu, era o dia 1 de janeiro de 1824.

Foi canonizado em 1950. A comemoração de São Vicente Maria Strambi acontece no dia de sua morte, recebendo homenagens especiais em Macerata, onde os seus restos mortais descansam na igreja de São Felipe, desde 1957.

São Vicente Maria Strambi, rogai por nós!

domingo, 24 de novembro de 2013

Solenidade de Cristo Rei do Universo

Solenidade de Cristo Rei do Universo


A Igreja chega, enfim, ao término de mais um ano litúrgico. Neste domingo, Solenidade de Cristo Rei do Universo, os fiéis são chamados a reconhecer o reinado de Deus sobre todos os povos e nações. A data também coincide com o encerramento do Ano da fé convocado por Bento XVI, a fim de recordar os 50 anos do Concílio Vaticano II e os 20 anos do Catecismo da Igreja Católica.

A Solenidade de Cristo Rei do Universo é relativamente recente. Foi Pio XI, na primeira encíclica de seu pontificado, quem a estabeleceu, em 1925. Na Quas Primas, o Santo Padre almejava recordar o senhorio de Jesus sobre todos os reinados, governos e instituições. Via isso como tarefa urgente, dada a crescente rejeição dos ensinamentos da Igreja por parte dos homens, retirando Jesus Cristo e sua lei sacrossanta tanto da vida particular quanto da vida pública. "Baldado era esperar paz duradoura entre os povos - ditava o Papa -, enquanto os indivíduos e as nações se recusassem a reconhecer e proclamar a Soberania de Nosso Senhor Jesus Cristo"

Já naquela época, o Santo Padre enxergava com preocupação o avanço do pensamento laicista, que, reivindicando uma pretensa neutralidade do Estado em assuntos religiosos, joga para escanteio os ensinamentos do Sagrado Magistério, sobretudo no que diz respeito à moral e à dignidade da pessoa humana. Essa realidade, infelizmente, é ainda hoje observável em uma centena de ações contrárias à fé cristã, quer no âmbito público, quer no âmbito privado.

O princípio laicista se resume na ideia de que a religião seria um assunto da esfera privada, não sendo, portanto, possível respaldá-la nos debates públicos. Com efeito, as discussões concernentes a temas como aborto, casamento gay, eutanásia e etc não deveriam levar em conta a moral cristã; a razão seria o suficiente para o discernimento dessas questões.
Ocorre que, no decorrer da história, comprovou-se cabalmente que a neutralidade do Estado em assuntos religiosos é não somente absurda como também impraticável. Quando governos renegam a lei natural de Deus, assumindo o princípio da maioria como juízo universal dos costumes, o Estado acaba por se constituir em uma nova divindade. Isso aconteceu todas as vezes em que as autoridades quiseram banir a religião do coração dos povos.

Não por acaso essa confusão entre o que é de César e o que é de Deus foi causa de perseguições aos cristãos desde o princípio, quando estes se recusavam a prestar culto à pessoa do imperador. O cristianismo nunca aceitou servir de plataforma para estratégias políticas. E por isso mesmo viu-se constrangido por dezenas de autoridades, ao longo desses dois mil anos de história, que desejavam instrumentalizá-lo em seus programas de governo.
O Papa Pio XII, a fim de dirimir a inquietação suscitada pela Solenidade de Cristo Rei do Universo, esclareceu, em 1958, que a "legítima e sadia laicidade do Estado" é "um dos princípios da doutrina católica" e que, sendo assim, tributar a Cristo os seus direitos de realeza não fere, de forma alguma, essa laicidade, já que o Estado não está isento de suas obrigações para com Deus quando se trata da lei natural. Até porque a mistura entre o sagrado e o profano torna-se realidade justamente quando essas autoridades se afastam da Igreja.

A Igreja procurou aprofundar esse ensinamento de Pio XII sobre a "legítima e sadia laicidade do Estado" durante a confecção da Constituição Pastoral Gaudium et Spes, do Concílio Vaticano II. Nela, os Padres Conciliares afirmam que "se por autonomia das realidades terrenas se entende que as coisas criadas e as próprias sociedades têm leis e valores próprios, que o homem irá gradualmente descobrindo, utilizando e organizando, é perfeitamente legítimo exigir tal autonomia". Porém, adverte o Concílio, "se com as palavras «autonomia das realidades temporais» se entende que as criaturas não dependem de Deus e que o homem pode usar delas sem as ordenar ao Criador, ninguém que acredite em Deus deixa de ver a falsidade de tais assertos".

Refletindo sobre essas palavras do Concílio juntamente com um grupo de juristas italianos, Bento XVI ressaltou que "compete a todos os fiéis, de forma especial aos crentes em Cristo, contribuir para elaborar um conceito de laicidade que, por um lado, reconheça a Deus e à sua lei moral, a Cristo e à sua Igreja o lugar que lhes cabe na vida humana individual e social e, por outro, afirme e respeite a "legítima autonomia das realidades terrestres" tal qual define o Magistério Conciliar. Reconhecer Cristo como Rei do Universo, por conseguinte, é também a única maneira de assegurar a autonomia da esfera pública, aplicando a máxima do "dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus".

E no que consiste esse reinado de Cristo sobre os povos? É o que vem nos recordar o Evangelho deste domingo. Ao contrário dos governos que assumem o lugar de Deus, banindo a religião da sociedade e constituindo-se em verdadeiros ditadores, a realeza de Cristo se apresenta sob a forma de serviço. Ele reina do alto da Cruz. Não subjuga a humanidade debaixo de sua coroa, mas a torna livre pelo sacrifício no madeiro. O Reinado Social de Cristo consiste, dessa maneira, na atitude do crucificado: dar-se inteiramente; amar até as últimas consequências.

Que nesta Solenidade possamos olhar para Cristo e, a exemplo do bom ladrão, reconhecê-lo em sua realeza e dizer:  
"Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reinado".

Fonte: Padre Paulo Ricardo  

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Papa Francisco confirma canonização de João Paulo II e João XXIII em abril de 2014

Anúncio foi feito pelo papa Francisco em encontro com os cardeais nesta segunda-feira
O papa polonês João Paulo II e o italiano João XXIII serão canonizados em 27 de abril de 2014, anunciou nesta segunda-feira o papa Francisco em um consistório. Diante dos cardeais, Francisco confirmou que Karol Wojtyla e Angelo Giuseppe Roncalli serão declarados santos. Os dois foram muito importantes para a Igreja Católica: o primeiro foi papa entre 1978 e 2005 e o segundo entre 1962 e 1965.


A data da dupla canonização já havia sido revelada por fontes do Vaticano. No dia 27 de abril de 2014 será comemorada a festa da Divina Misericórdia, estabelecida por João Paulo II. A cerimônia provavelmente atrairá centenas de milhares de pessoas, principalmente da Itália e Polônia, até a praça de São Pedro.

João Paulo II, primeiro papa polonês da história, conservador e muito popular nos mais de 100 países aos quais levou a palavra da Igreja, será canonizado apenas nove anos depois de sua morte, um tempo recorde. Bento XVI preferiu não levar em consideração o prazo obrigatório de cinco anos para abrir o processo de beatificação e canonização do antecessor, que foi beatificado em maio de 2011.


Francisco inovou para canonizar João XXIII, sem esperar a atribuição de um milagre. João XXIII convocou o grande Concílio Vaticano II (1962-1965), que pretendia abrir a Igreja ao mundo. Sempre conservou a imagem de um pastor próximo do povo, simples e de bom humor, atitude parecida com a de Francisco atualmente. A canonização conjunta dos papas mostra a intenção de Francisco de manter o equilíbrio entre duas figuras muito diferentes da Igreja, assim como a de evitar um grande culto à personalidade de João Paulo II.


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Papa critica interpretação sobre Concílio Vaticano II

Na manhã desta quinta-feira, o papa falou durante 45 minutos, de improviso, a respeito do Conselho Vaticano II, realizado no início da década de 1960. Ele responsabilizou a mídia pelo que chamou de interpretação distorcida das reuniões da igreja na época, que resultaram em muitas das "calamidades" que afligem a igreja católica nos dias atuais. 

Foi o segundo dia seguido que Bento XVI fez declarações bem diretas a seu sucessor e aos cardeais que o elegerão a respeito da direção que a igreja deve tomar quando ele não estiver mais no poder.  Embora suas declarações de despedida na quarta-feira tenham sido agridoces, o papa foi mais combativo nesta quinta-feira, ao se dirigir a uma plateia de milhares de sacerdotes. 

Bento XVI era um jovem teólogo durante o Concílio Vaticano II, realizado entre 1962 e 1965, que trouxe a igreja católica para o mundo moderno, com documentos importantes sobre as relações da igreja com outras religiões, seu lugar no mundo e sua liturgia. O papa passou a maior parte de seus oito anos no cargo tentando corrigir o que considera uma interpretação incorreta do concílio. Ele afirma que não se tratou de uma ruptura revolucionária com o passado, como consideram os católicos liberais, mas uma renovação e o despertar para as melhores tradições da igreja antiga. 

Ele destacou este ponto nesta quinta-feira, dizendo que matérias mal feitas a respeito das deliberações reduziram o trabalho a "lutas sobre poder político entre as várias correntes da igreja". Segundo o pontífice, como a interpretação da mídia foi dominante e "acessível a todos", o resultado foi que elas alimentaram a compreensão popular sobre o conselho. 

Segundo o papa, isso se seguiu a "muitas calamidades, tantos problemas, a vários tormentos. Seminários fecharam, conventos fecharam, a liturgia foi banalizada". No que deve ser uma de suas últimas declarações como papa, Bento XVI disse esperar que "o verdadeiro conselho" seja um dia compreendido. "Nossa função neste ''ano da fé'' é trabalhar para que o verdadeiro conselho, com a força do Espírito Santo, seja realmente compreendida e que a igreja seja realmente renovada". As informações são da Associated Press.