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sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Santo do Dia - 25 de agosto

São José Calasanz

Sacerdote e fundador (1556-1648)
José Calasanz nasceu num castelo de Peralta de La Sal, em Aragão, na Espanha, em 31 de julho de 1558. De uma família nobre e muito religiosa, ele foi educado no rigor do respeito aos mandamentos de Deus. Desde cedo, mostrou sua vocação religiosa, mesmo contrariando seu pai, que o queria na carreira militar. José tanto insistiu, que foi enviado para estudar Teologia na Universidade de Valência, para concluir seu propósito de servir a Deus. Ao terminar os estudos, aplicou-se nos exercícios de piedade e práticas de penitência a fim para manter-se longe das tentações e no seguimento de Cristo.

Recebeu a ordenação sacerdotal em 1583, embora sem a presença do pai, que ainda não cedera à sua vocação. Inicialmente, foi para um mosteiro, desejando uma vida de solidão. Mas seu bispo, percebendo nele um alto grau de inteligência, disse-lhe que sua missão era a pregação. Assim, dedicou-se à atividade pastoral, sendo muito querido por todos os fiéis e bispos, que lhe davam vários encargos importantes a serem executados junto à Santa Sé.

Em 1592, José Calasanz encontrou o caminho para a sua vocação: a educação e formação de jovens pobres e abandonados. Inicialmente, como membro da Confraria da Doutrina Cristã, atuando junto aos jovens pobres da paróquia de Santa Doroteia, onde era vigário cooperador. Em 1597, fundou a primeira escola gratuita para crianças pobres, seguindo entusiasmado pelo grande número de voluntários que se agregavam à obra. Assim, em 1621 fundou a Congregação dos Clérigos Pobres Regulares da Mãe de Deus das Pias Escolas, clérigos regulares que têm um quarto voto: o comprometimento com a instrução dos jovens.

O grande reconhecimento das escolas pias de Roma fez com que se espalhassem por toda a Itália, alcançando a Espanha, Alemanha, Polônia e Morávia. Mas, apesar do incontestável sucesso da nova Ordem, nos últimos anos de sua vida José teve de passar por uma terrível provação. Caluniado perante o Santo Ofício, foi julgado e deposto do cargo, e a nova Congregação ficou sem aprovação.

Entretanto José, humildemente, aceitou tudo sem revoltar-se. Morreu no dia 25 de agosto de 1648, aos 90 anos de idade, animando os seus sacerdotes para não desistirem da Ordem. Passados somente oito anos da sua morte, o papa Alexandre VI reconheceu que ele era inocente e aprovou as regras da Ordem. Como o fundador previra, ela ressurgiu mais vigorosa do que antes.

A ele foram atribuídas muitas intercessões em milagres e graças, sendo canonizado em 1767. O culto a são José Calasanz ocorre no dia de sua morte. Desde 1948, ele é celebrado em todo o mundo cristão como Padroeiro das Escolas Populares, conforme foi proclamado pelo papa Pio XII.

Minha Oração 

“Grande pedagogo de Cristo, seja nosso conselheiro e auxílio assim como foste em vida. Rogai pelos professores e mestres da educação para que eduquem não só no viés intelectual, mas no homem como um todo especialmente na espiritualidade do Homem Novo. Amém!

 


São José Calasanz, rogai por nós!

São Luiz IX

São Luís buscava intensamente viver a justiça do Reino de Deus enquanto rei e cristão


Luís IX, rei da França, nasceu no dia 25 de abril de 1215, no castelo real de Poissy. Era filho de Luís VIII e de Branca de Castela, ambos piedosos e zelosos, que o cercaram de cuidados, especialmente após a morte do primogênito. Trataram pessoalmente da sua educação e formação religiosa. Foram tão bem sucedidos, que Luís IX tornou-se um dos soberanos mais benevolentes da história, um fervoroso cristão e fiel da Igreja.

Com a morte prematura do seu pai em 1226, a rainha, sua mãe, uma mulher caridosa, de grandes dotes morais, intelectuais e espirituais, tutelou o filho, que foi coroado rei Luís IX, pois ele era muito novo para dirigir uma Corte sozinho. Tomou as rédeas do poder e manteve o filho longe de uma vida de depravação e de pecado, tão comum das cortes. Mas Luís, já nessa idade, possuía as virtudes que o levaram à santidade — a piedade e a humildade —, e que o fizeram o modelo de "rei católico".

Em 1235, casou-se com Margarida de Provença, uma jovem princesa, que, assim como ele, cultivava grandes virtudes. O marido reinou com justiça e solidariedade. Possuía um elevado senso de piedade, incomum aos nobres e poderosos de sua época. Tinha coração e espírito sempre voltados para as coisas de Deus, lia com frequência a Sagrada Escritura e as obras dos santos Padres e aconselhava-as a todos os seus nobres da Corte. Com o auxilio da rainha, fundou igrejas, conventos, hospitais, abrigos para os pobres, órfãos, velhos e doentes. O casal real teve dez filhos, todos educados como eles e por eles. Como resultado desta firme educação cristã, foram reis e rainhas de muitas cortes, que governaram com sabedoria, prudência e caridade.

Depois de ter adquirido de Balduíno II, imperador de Constantinopla, a coroa de espinhos de Cristo, que, segundo a tradição, era a mesma usada na cabeça de Jesus, ele mandou erguer uma belíssima igreja para  abrigá-la numa redoma de cristal. Trata-se da belíssima Sainte-Chapelle,  que pode ser visitada em Paris.

Acometido de uma grave doença, em 1245 Luís IX quase morreu. Então, fez uma promessa: caso sobrevivesse, empreenderia uma cruzada contra os turcos muçulmanos que ocupavam a Terra Santa. Quando recuperou a saúde, em 1248, apesar das oposições da Corte, cumpriu o que havia prometido. Preparou um grande exército e, por várias vezes, comandou as cruzadas para a Terra Santa. Mas em nenhuma delas teve êxito. Primeiro, foi preso pelos muçulmanos, que o mantiveram no cativeiro durante seis anos. Depois, numa outra investida, quando se aproximava de Túnis, foi acometido pela peste e ali morreu, no dia 25 de agosto de 1270.

Os cruzados voltaram para a França trazendo o corpo do rei Luís IX, que  já tinha fama e odor de santidade. O seu túmulo tornou-se um local de intensa peregrinação, onde vários milagres foram observados. Assim, em  1297 o papa Bonifácio VIII declarou santo Luís IX, rei da França, mantendo o culto já existente no dia de sua morte.


São Luiz IX, rogai por nós!

Santa Patrícia


Patrícia era descendente do imperador Constantino, o Grande. Nasceu no início do século VII, em Constantinopla, e foi educada para a Corte pela sua dama Aglaia, uma cristã muito devota. A pequena cresceu piedosa e, apesar da pouca idade, emitiu voto de virgindade a Cristo. Mas para manter-se fiel, precisou fugir da cidade, porque seu pai, Constante II, então imperador, insistia em impor-lhe um matrimônio.

Patrícia, ajudada por e em companhia de Aglaia, com algumas seguidoras, escondeu-se por algum tempo. Depois, embarcaram para as ilhas gregas, com destino à Itália, onde desembarcaram em Nápoles. Patrícia ficou encantada com o local e indicou o lugar onde gostaria de ser sepultada. Em seguida, patrocinou a cidade, ajudando a ornamentar muitas das novas igrejas, que eram desprovidas dos objetos litúrgicos essenciais, e auxiliou financeiramente os conventos que atendiam os pobres e doentes.

Só então viajou para Roma com Aglaia e as fiéis discípulas, onde procurou proteção junto ao papa Libério. Foi quando soube que seu pai já se havia resignado à sua vontade. Recebeu, então, o véu, símbolo de sua consagração a Deus, das próprias mãos do sumo pontífice. Assim, elas retornaram a Constantinopla para Patrícia renunciar ao direito à coroa e distribuir seus bens aos pobres, antes de seguirem, em peregrinação, para a Terra Santa.

Porém outros incidentes ocorreram. A embarcação distanciou-se dos vários perigos e desgovernou-se até espatifar-se nos rochedos da costa marítima de Nápoles. Precisamente na pequena ilha de Megaride, também conhecida como Castel dell'Ovo, onde havia um pequeno convento, no qual Patrícia morreu depois de algum tempo.

Os funerais de Patrícia, segundo os registros, foram organizados pela fiel Aglaia e transcorreram de modo solene, com a participação do bispo, do duque da cidade e de imensa multidão. O carro, puxado por dois touros sem nenhum guia, parou diante do mosteiro das irmãs basilianas, dedicado aos santos Nicandro e Marciano, que Patrícia indicara para ser sepultada. Lá as relíquias permaneceram guardadas pelas irmãs, que passaram a ser chamadas de "patricianas", ou Irmãs de Santa Patrícia. Mais tarde, os basilianos transferiram as Regras para as dos beneditinos e essas irmãs também acompanharam a renovação.

Para retribuir o carinho da santa que retornou a Nápoles só para ser sepultada, a população difundia sempre mais seu culto, tornando-o forte e vigoroso. Em 1625, santa Patrícia foi proclamada co-padroeira de Nápoles, sendo tão comemorada quanto o outro padroeiro, são Genaro, o célebre mártir.

Por motivos históricos, em 1864 suas relíquias foram transferidas para a capela lateral da esplêndida igreja do Mosteiro de São Gregório Armênio. A Igreja confirmou o culto a santa Patrícia no dia 25 de agosto. 


Santa Patrícia, rogai por nós!

 

quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Santo do Dia - 24 de agosto

São Bartolomeu


Bartolomeu, também chamado Natanael, foi um dos 12 primeiros apóstolos de Jesus. É assim descrito nos evangelhos de João, Mateus, Marcos e Lucas, e também nos Atos dos Apóstolos.

Bartolomeu nasceu em Caná, na Galileia, uma pequena aldeia a 14 quilômetros de Nazaré. Era filho do agricultor Tholmai. No Evangelho, ele também é chamado de Natanael. Em hebraico, a palavra "bar" que dizer "filho" e "tholmai" significa "agricultor". Por isso os historiadores  são unânimes em afirmar que Bartolomeu-Natanael trata-se de uma só pessoa. Seu melhor amigo era Filipe e ambos eram viajantes. Foi o apóstolo Filipe que o apresentou ao Messias.

Até esse seu primeiro encontro com Jesus, Bartolomeu era cético e, às vezes, irônico com relação às coisas de Deus. Porém, depois de convertido, tornou-se um dos apóstolos mais ativos e presentes na vida pública de Jesus. Mas a melhor descrição que temos de Bartolomeu foi feita pelo próprio Mestre: "Aqui está um verdadeiro israelita, no qual não há fingimento".

Ele teve o privilégio de estar ao lado de Jesus durante quase toda a missão do Mestre na terra. Compartilhou seu cotidiano, presenciou seus milagres, ouviu seus ensinamentos, viu Cristo ressuscitado nas margens do lago de Tiberíades e, finalmente, assistiu sua ascensão ao céu.

Depois do Pentecostes, Bartolomeu foi pregar a Boa-Nova. Encerradas essas narrativas dos evangelhos históricos, entram as narrativas dos apócrifos, isto é, das antigas tradições. A mais conhecida é da Armênia, que conta que Bartolomeu foi evangelizar as regiões da Índia, Armênia Menor e Mesopotâmia.

Superou dificuldades incríveis, de idioma e cultura, e converteu muitas pessoas e várias cidades à fé do Cristo, pregando segundo o evangelho de são Mateus. Foi na Armênia, depois de converter o rei Polímio, a esposa e mais 12 cidades, que ele teria sofrido o martírio, motivado pela inveja dos sacerdotes pagãos, os quais insuflaram Astiages, irmão do rei, e conseguiram uma ordem para matar o apóstolo. Bartolomeu foi esfolado vivo e, como não morreu, foi decapitado. Era o dia 24 de agosto  do ano 51.

A Igreja comemora são Bartolomeu Apóstolo no dia de sua morte. Ele se tornou o modelo para quem se deixa conduzir pelo outro ao Senhor Jesus Cristo.

 Minha oração

“À grande testemunha do ressuscitado, rogamos que nos torne testemunhas da vida de Cristo hoje. Que Ele seja amado, adorado e acolhido acima de tudo e todos. A partir da nossa vida, todos vejam que Ele vive e Reina. Amém.”

São Bartolomeu, rogai por nós!


Santa Joana Antida Thouret
Joana Antida Thouret nasceu numa cidade chamada Sancey-le-Long, próxima de Besançon, na França, no dia 27 de novembro de 1765. Francisco e Cláudia eram seus pais, tiveram quatro filhos, e ela foi a primeira. Joana cresceu muito bonita. De natureza melancólica, tinha a saúde delicada, um caráter gentil e era muito caridosa. Desde a infância, manifestou sua vocação religiosa.

Aos 16 anos, sua mãe morreu. Ficou tão abalada, que só encontrou amparo na imensa devoção que dedicava à Virgem Maria. Assim, teve de assumir as responsabilidades da casa e da família, da qual cuidou com muito amor e determinação. Porém, a vocação falava mais alto no seu coração, que já havia entregue a Jesus. Chorou muito até que seu pai permitisse seu ingresso definitivo no convento. Tinha 22 anos de idade quando foi fazer seu noviciado no Convento das Irmãs da Caridade de São Vicente de Paulo, em Paris.

Naquela época, era normal a noviça ser submetida aos trabalhos pesados da comunidade. Assim foi com Joana, que, em função da mudança de clima e do grande esforço físico, acabou adoecendo gravemente. Temendo ser enviada de volta para a casa paterna, rezou muito pedindo a Deus que a curasse. Foi atendida por meio de uma dedicada enfermeira, que a tratou com medicação especial. Em 1788, recebeu o hábito religioso das vicentinas.

Depois disso, Joana andou pelo mundo pregando a Palavra de Deus, fazendo caridade, tratando dos doentes, mas, principalmente, sendo perseguida. Havia estourado a Revolução Francesa, o clima anticlerical tornava a vida dos religiosos um verdadeiro terror. Muitos sacerdotes, religiosos e fiéis da Igreja foram denunciados, perseguidos, torturados e condenados à morte por guilhotina. Tinha 28 anos quando se viu atirada à rua junto com outras religiosas. Joana ficou sem ter para onde ir. Junto com outras companheiras, foi para a Suíça e, depois, para a Alemanha, voltando novamente para a Suíça.

Em 1797, fixou-se em Besançon, onde fundou uma escola para meninas, mas sem deixar de cuidar dos enfermos. Entretanto os revolucionários descobriram-na e teve de esconder-se por dois anos. Em 1799, pôde retornar e, junto com quatro religiosas, fundou outra escola com farmácia, formando o primeiro núcleo do Instituto das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo. Logo as discípulas de Joana Antida aumentaram e a nova congregação expandiu-se pela França, Suíça, Sabóia e Nápoles.

Depois disso, em 1810, foi enviada para assumir a direção de um grande  hospital de Nápoles, onde Joana Antida passou a última etapa de sua vida, empreendendo intensa atividade, abrindo muitos institutos, desenvolvendo sua congregação. A fundadora morreu no dia 24 de agosto de 1826, no seu convento de Nápoles, rodeada por suas religiosas. O papa Pio XI proclamou-a santa em 1934, e indicou sua celebração para o dia de sua morte.

Santa Joana Antida Thouret, rogai por nós!


quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Santo do Dia - 23 de agosto

Santa Rosa de Lima


 Na oração, penitência, caridade para com todos, principalmente índios e negros, Santa Rosa de Lima cresceu na união com Cristo

Terciária dominicana, padroeira da América Latina (1586-1617) - Primeira santa da América do Sul

Isabel Flores y de Oliva nasceu na cidade de Lima, capital do Peru, no dia 20 de abril de 1586. A décima dos 13 filhos de Gaspar Flores e Maria  de Oliva. À medida que crescia com o rosto rosado e belo, recebeu dos familiares o apelido de Rosa, como ficou conhecida. Seus pais eram ricos espanhóis que se haviam mudado para a próspera colônia do Peru, mas os negócios declinaram e eles ficaram na miséria.

Ainda criança, Rosa teve grande inclinação à oração e à meditação, sendo dotada de dons especiais de profecia. Já adolescente, enquanto rezava diante da imagem da Virgem Maria, decidiu entregar sua vida somente a Cristo. Apesar dos apelos da família, que contava com sua ajuda para o sustento, ela ingressou na Ordem Terceira Dominicana, tomando como exemplo de vida santa Catarina de Sena. Dedicou-se, então, ao jejum, às severas penitências e à oração contemplativa, aumentando seus dons de profecia e prodígios. E, para perder a vaidade, cortou os cabelos e engrossou as mãos, trabalhando na lavoura com os pais.

Aos 20 anos, pediu e obteve licença para emitir os votos religiosos em casa e não no convento, como terciária dominicana. Quando vestiu o hábito e se consagrou, mudou o nome para Rosa e acrescentou Santa Maria, por causa de sua grande devoção à Virgem Maria, passando a ser chamada Rosa de Santa Maria.

Construiu uma pequena cela no fundo do quintal da casa de seus pais, levando uma vida de austeridade, de mortificação e de abandono à vontade de Deus. A partir do hábito, ela imprimiu ainda mais rigor às penitências. Começou a usar, na cabeça, uma coroa de metal espinhento, disfarçada com botões de rosas. Aumentou os dias de jejum e dormia sobre uma tábua com pregos. Passou a sustentar a família com as rendas e bordados que fazia, pois seu confessor consentiu que ela não saísse mais de sua cela, exceto para receber a Eucaristia. Vivendo em contínuo contato com Deus, atingiu um alto grau de vida contemplativa e experiência mística, compreendendo em profundidade o mistério da Paixão e Morte de Jesus.

Rosa cumpriu sua vocação, devotando-se à Eucaristia e à Virgem Maria, cuidando para afastar o pecado do seu coração, conforme a espiritualidade da época. Aos 31 anos de idade, foi acometida por uma grave doença, que lhe causou sofrimentos e danos físicos. Assim, retirou-se para a casa de sua benfeitora, Maria de Uzátegui, agora Mosteiro de Santa Rosa, para cumprir a profecia de sua morte. Todo ano,  ela passava o Dia de São Bartolomeu em oração, pois dizia: "este é o dia  das minhas núpcias eternas". E assim foi, até morrer no dia 24 de agosto de 1617. O seu sepultamento parou toda a cidade de Lima.

Muitos milagres aconteceram por sua intercessão após sua morte. Rosa foi beatificada em 1667 e tornou-se a primeira santa da América Latina ao ser canonizada, em 1671, pelo papa Clemente X. Dois anos depois, foi proclamada Padroeira da América Latina, das Filipinas e das Índias Orientais, com a festa litúrgica marcada para o dia 23 de agosto. A devoção a santa Rosa de Lima propagou-se rapidamente nos países latino-americanos, sendo venerada pelos fiéis como Padroeira dos Jardineiros e dos Floristas.

Minha oração

“Ó Santa padroeira da América Latina, cuidai deste povo tão sofrido e necessitado. Amparai os doentes, concedei as necessidades dos que são excluídos e marginalizados, consolai os idosos, iluminai os políticos. Que a nossa região seja curada dos problemas sociais. A ti clamamos nossa santa padroeira. Amém!

Santa Rosa de Lima, rogai por nós!


terça-feira, 22 de agosto de 2023

Nossa Senhora Rainha, mediadora da paz

Origens 

A festa de Santa Maria Rainha foi instituída pelo Pio XII, na carta encíclica Ad Caeli Reginam, no dia 11 de outubro do ano de 1954, para ser celebrada no dia 31 de maio. Em virtude da reforma pós-conciliar, foi transmitida como memória para oito dias depois da Festa da Assunção de Nossa Senhora.

Contudo, desde os primeiros séculos da Igreja católica, elevou o povo cristão orações e cânticos de louvor e de devoção à Rainha do céu, tanto nos momentos de alegria, como também quando se via ameaçado por graves perigos. 

A realeza de Maria 

Com razão, o povo acreditou fielmente, já nos séculos passados, que a mulher, de quem nasceu o Filho do Altíssimo, recebeu mais que todas as outras criaturas singulares privilégios de graça. E, considerando que há estreita relação entre uma mãe e o seu filho, sem dificuldade reconhece na Mãe de Deus a dignidade real sobre todas as coisas.

Tudo que se refere ao Messias traz a marca da divindade. Assim, todos os cristãos veem em Maria a superabundante generosidade do amor divino, que A acumulou de todos os bens. A Igreja convida o povo a invocá-La não só com o nome de Mãe, e sim com aquele de Rainha, porque Ela foi coroada com o duplo diadema, de virgindade e de maternidade divina.

Rainha, Maria e Mediadora da paz

A festa possui a finalidade de que todos reconheçam mais claramente e melhor honrem o clemente e materno império da Mãe de Deus. Para assim, contribuir para que se conserve, consolide e torne perene a paz dos povos. 

Como se tornou uma festa

No século XX, começaram os movimentos para a proclamação de Nossa Senhora Rainha do Universo, a partir de três congressos marianos daquela época.  O grande impulsor foi Pio XI que, na conclusão do Ano Santo de 1925, proclamou a Festa de Cristo Rei.

Mais tarde, foi uma mulher, Maria Desideri, que, nos anos 1930, em Roma, deu início ao movimento Pro regalitatae Mariae, para recolher petições de todo o mundo em favor da instituição da festa. E foi justamente esse percurso que levou à decisão de Pio XII de instituir a festa litúrgica. 

Um mês depois, em 1954, Papa Pacelli pronunciou um importante discurso em honra de Maria Rainha, antes de fazer uma comovente oração e a coroação da Venerada imagem de Maria “Salus Populi Romani”

Certamente, Pio XII recordava da ajuda que recebera de Nossa Senhora quando – invocada durante a Segunda Guerra Mundial –, evitou que Roma fosse alvo de uma batalha final entre alemães e aliados. 

Não foi por acaso que Pio XII proclamou 1953 Ano Mariano. Inaugurou a tradição da homenagem a Maria por parte dos Papas, no dia 8 de dezembro, e isso permanece até hoje com grande devoção.

Minha oração

“Ó querida Mãezinha, coloca-nos sob a tua proteção e auxílio, que, debaixo do teu manto, sejamos acolhidos, consolados e amparados. Tu és a nossa mãe; e a Ti nos entregamos, mais uma vez, durante este dia dedicado à Tua honra. Reine sobre o mundo inteiro. Amém!”

Nossa Senhora Rainha, rogai por nós!


Santo do Dia - 22 de agosto

São Filipe Benício

Filipe Benício nasceu no dia 15 de agosto de 1233, no seio de uma rica família da nobreza, em Florença, Itália. Aos 13 anos, foi enviado, com seu preceptor, a Paris para estudar Medicina. Voltou e foi para a Universidade de Pádua, onde, aos 19 anos, formou-se em Filosofia e Medicina. Depois, durante um ano, exerceu a profissão na sua cidade natal.

Devoto de Maria e muito religioso, possuía, também, sólida formação religiosa. Nesse período de estabelecimento profissional, passou a frequentar a igreja do mosteiro e, com os religiosos, aprofundou o estudo das Sagradas Escrituras. Logo suas orações frutificaram e recebeu o chamado para a vida religiosa. Filipe contou que tudo aconteceu diante do crucifixo de Jesus: uma luz veio do céu e uma voz mandou-o servir ao Senhor, na Ordem dos Servitas.

Foi a Monte Senário, pediu admissão nos Servos de Maria, onde ingressou, em 1254, como irmão leigo, destacando-se logo pela retórica. Certo dia do ano 1258, estava em companhia de um sacerdote e o prior quando encontraram dois dominicanos no caminho. Conversaram um bom tempo e Filipe discursou com tanta desenvoltura, sabedoria e eloquência que, nesse mesmo ano, foi ordenado sacerdote.

Em 1262, foi nomeado professor de noviços e vigário assistente do prior-geral. Por voto unânime, em 1267, foi eleito prior-geral da Ordem dos Servitas. Quando o papa Clemente IV morreu, no ano seguinte, Filipe foi proposto como candidato à cátedra de Pedro, mas retirou-se para as montanhas, onde ficou por algum tempo.

Sob sua direção, os frades servitas expandiram-se rapidamente e com sucesso. Participou do Concílio Ecumênico de Lyon, em 1274, na França. Era um conciliador, sendo que sua pregação talentosa e eficiente trouxe frutos benéficos para a Ordem e para a Igreja.

Atuou, a pedido de Roma, para promover a paz na acirrada disputa entre  duas famílias dominantes de Forli, cidade do norte da Itália, em 1283. Eram os guelfos apoiando os pontífices e os guibelinos, os imperadores germânicos. Lá, Felipe recebeu um tapa no rosto, do jovem guibelino Peregrino Laziosi. Filipe aceitou o golpe. O jovem, mais tarde, arrependeu-se. Foi ao seu encontro, pediu desculpas e ingressou na Ordem. Peregrino tornou-se tão humilde e caridoso para com o povo que se tornou um dos santos da Igreja. [São Peregrino Laziosi, protetor contra os males do Câncer.]

Segundo os registros da Ordem e a tradição, Filipe gozava da fama de santidade em vida. Morreu em 22 de agosto de 1285 na cidade de Todi, quando voltava para Roma. Foi canonizado pelo papa Clemente X em 1617. Suas relíquias estão sob a guarda da igreja Santa Maria das Graças, em Florença, sua cidade natal. A memória de são Filipe Benício é celebrada no dia 22 de agosto.  

Algumas localidades comemoram no dia seguinte, devido à festa da Santa Virgem Maria Rainha. 

São Filipe Benício, rogai por nós!

 

 


segunda-feira, 21 de agosto de 2023

Santo do Dia - 21 de agosto

São Pio X

São Pio X realizou reformas na liturgia, favoreceu a comunhão diária e a comunhão das crianças

"Um pobre pároco da roça", assim se definia. Seu nome de batismo era José Melquior Sarto, oriundo de família humilde e numerosa, mas de vida no seguimento de Cristo. Nasceu numa pequena aldeia de Riese, na diocese de Treviso, no norte da Itália, no dia 2 de junho de 1835. Desde cedo, José demonstrava ser muito inteligente e, por causa disso, seus pais fizeram grande esforço para que ele estudasse. Todos os dias, durante quatro anos, o menino caminhava com os pés descalços por quilômetros a fio, tendo no bolso apenas um pedaço de pão para o almoço. E, desde criança, manifestou sua vontade de ser padre.

Quando seu pai faleceu, sua mãe, Margarida, uma camponesa corajosa e piedosa, não permitiu que ele abandonasse o caminho escolhido para auxiliar no sustento da casa. Ficou no seminário e, aos 23 anos, recebeu a ordenação sacerdotal com mérito nos estudos. Teve uma rápida ascensão dentro da Igreja. Primeiro, foi vice-vigário em uma pequena aldeia. Depois vigário de uma importante paróquia, cônego da catedral de Treviso, bispo da diocese de Mântua, cardeal de Veneza e, após a morte do grande papa Leão XIII, foi eleito seu sucessor, com o nome de Pio X, em 1903.

No Vaticano, José Sarto continuou sua vida no rigor da simplicidade, modéstia e pobreza. Surpreendeu o mundo católico quando adotou como lema de seu pontificado "restaurar as coisas em Cristo". Tal meta traduziu-se em vigilante atenção à vida interna da Igreja. Realizou algumas renovações dentro da Igreja, criando bibliotecas eclesiásticas e efetuando reformas nos seminários. Pelo grande amor que dispensava à música sagrada, renovou-a. Reformou, também, o breviário. Sua intensa devoção à Eucaristia permitiu que os fiéis pudessem receber a comunhão diária, autorizando, também, que a primeira comunhão fosse ministrada às crianças a partir dos 7 anos de idade. Instituiu o ensino do catecismo em todas as paróquias e para todas as idades, como caminho para recuperar a fé, e impôs-se fortemente contra o modernismo. Outra importante característica de sua personalidade era a bondade suave e radiante que todos notavam e sentiam na sua presença.

Pio X não foi apenas um teólogo. Foi um pastor dedicado e, sobretudo, extremamente devoto, que sentia satisfação em definir-se como "um simples pároco do campo". Ficou muito amargurado quando previu a Primeira Guerra Mundial e sentiu a impotência de nada poder fazer para que ela não acontecesse. Possuindo o dom da cura, ainda em vida intercedeu em vários milagres. Consta dos relatos que as pessoas doentes que tinham contato com ele se curavam. Discorrendo sobre tal fato, ele mesmo explicava como sendo "o poder das chaves de são Pedro". Quando alguém o chamava de "padre santo", ele corrigia sorrindo: "Não se diz santo, mas Sarto", numa alusão ao seu sobrenome de família.

No dia 20 de agosto de 1914, aos 79 anos, Pio X morreu. 

O seu testamento assim se inicia:"Nasci pobre, vivi pobre e desejo morrer pobre". 
Sorridente, pai e pastor, São Pio X entrou no Céu, deixando para a Igreja o seu testemunho de pobreza, pois conta-se o fato, tomou dinheiro emprestado para comprar as passagens de ida e volta rumo ao conclave que o teria escolhido Papa, pois não acreditava num erro do Espírito Santo.

O povo, de imediato, passou a venerá-lo como um santo. Mas só em 1954 ele foi oficialmente canonizado.

 Minha oração

“Ó bom pastor, representante de Cristo, continuai a interceder pela Igreja que tanto necessita do vosso cuidado. Cuidai dos sacerdotes e bispos, assim como do Papa, para que tenham, em seu coração, essa alma de pai, a exemplo do Pai celeste. Por Jesus Nosso Senhor. Amém!”


São Pio X, rogai por nós!

 

 


domingo, 20 de agosto de 2023

Evangelho do Dia

 Evangelho Cotidiano

 Assunção da Bem-aventurada Virgem Maria - Solenidade - Domingo

Anúncio do Evangelho (Lc 1,39-56)

Aleluia, Aleluia, Aleluia.

Felizes aqueles que ouvem a palavra de Deus e a guardam! (Lc 11,28)

 PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

 — Glória a vós, Senhor.

Naqueles dias, 39Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. 40Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. 41Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42Com um grande grito, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! 43Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? 44Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. 45Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”.

46Então Maria disse: “A minha alma engrandece o Senhor, 47e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, 48porque olhou para a humildade de sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada, 49porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é santo, 50e sua misericórdia se estende, de geração em geração, a todos os que o respeitam. 51Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os soberbos de coração. 52Derrubou do trono os poderosos e elevou os humildes. 53Encheu de bens os famintos, e despediu os ricos de mãos vazias. 54Socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, 55conforme prometera aos nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre”. 56Maria ficou três meses com Isabel; depois voltou para casa.

- Palavra da Salvação 

— Glória a vós, Senhor.

 

MEDITANDO O EVANGELHO

«Senhor; mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!»

Hoje contemplamos a cena da cananeia: uma mulher pagã, não israelita, que tinha uma filha muito doente, endemoninhada, e que ouviu falar de Jesus. Saiu ao seu encontro e aos gritos diz-lhe: «Senhor, filho de Davi, tem compaixão de mim: minha filha é cruelmente atormentada por um demônio!» (Mt 15,22). Não lhe pede nada, apenas lhe conta a doença de que padece a sua filha, confiando em que Jesus a curará.

Jesus finge-se surdo. Por quê? Provavelmente porque tinha visto a fé daquela mulher e desejava que aumentasse. Ela continua suplicando, de tal forma que até os discípulos pedem a Jesus que a mande embora. A fé desta mulher manifesta-se, sobre tudo, na sua humilde insistência, sublinhada pelas palavras do discípulo: «Manda embora essa mulher, pois ela vem gritando atrás de nós» (Mt 15,23).

A Mulher continua suplicando; não se cansa. O silêncio de Jesus explica-se pois apenas veio para a casa de Israel. Apesar disso, depois da ressurreição, dirá aos discípulos: «Ide por todo o mundo e proclamai a Boa Nova a toda a criação» (Mc 16,15).

Este silêncio de Deus, por vezes, atormenta-nos. Quantas vezes nos queixamos deste silêncio? Mas a cananeia prostra-se, põe-se de joelhos. É a postura de adoração. Ele responde-lhe que não é correto tirar o pão dos filhos e dá-lo aos cães. Mas ela responde: «É verdade, Senhor; mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!» (Mt 15,26-27).

Esta mulher é muito espevitada. Não se zanga, não lhe parece mal, e até lhe dá razão: «Tens razão, Senhor». Mas consegue pô-lo do seu lado. É como se lhe dissesse: —Sou como um cão, mas um cão que está sob a proteção do seu amo.

A cananeia oferece-nos uma grande lição: dá razão ao Senhor que sempre a tem. —Não queiras ter razão quando te apresentares perante o Senhor. Não te queixes nunca e, se te queixares, termina dizendo: «Senhor, faça-se a tua vontade». -   
Rev. D. Joan SERRA i Fontanet (Barcelona, Espanha)

Pensamentos para o Evangelho de hoje

  • «Aprendamos a humildade, ou melhor, agarremo-la. Se ainda não a possuímos, aprendamo-la. Se a possuímos, não a percamos» (Santo Agostinho)

  • «O Senhor não fecha os olhos diante das necessidades dos seus filhos e, se por vezes parece insensível às suas súplicas, é somente para os pôr à prova e para refortalecer a sua fé» (Benedito XVI)

  • «Do mesmo modo que Jesus ora ao Pai e Lhe dá graças antes de receber os seus dons, assim também nos ensina esta audácia filial: `tudo o que pedirdes na oração, acreditai que já o alcançastes´ (Mc 11, 24) (...). Assim como Jesus Se entristece por causa da “falta de fé” dos seus conterrâneos (Mc 6, 6) e da «pouca fé» dos seus discípulos, também Se enche de admiração perante a “grande fé” do centurião romano e da cananeia» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.610)

 

Santo do Dia - 20 de agosto

São Bernardo de Claraval

Abade e doutor da Igreja

 
Bernardo nasceu na última década do século XI, no ano 1090, em Dijon, França. Era o terceiro dos sete filhos do cavaleiro Tecelim e de sua esposa Alícia. A sua família era cristã, rica, poderosa e nobre. Desde tenra idade, demonstrou uma inteligência aguçada. Tímido, tornou-se um jovem de boa aparência, educado, culto e de caráter reto e piedoso. Mas chamava a atenção pela sabedoria, prudência, poder de persuasão e profunda modéstia.

Quando sua mãe morreu, seus irmãos quiseram seguir a carreira militar, enquanto ele preferiu a vida religiosa, ouvindo o chamado de Deus. Na ocasião, todos os familiares foram contra, principalmente seu pai. Porém, com uma determinação poucas vezes vista, além de convencê-los, trouxe consigo o pai, os irmãos, primos e vários amigos. Ao todo, 30 pessoas seguiram seus passos, sua confiança na fé em Cristo, e ingressaram no Mosteiro da Ordem de Cister, recém-fundada.

A contribuição de Bernardo dentro da ordem foi de tão grande magnitude  que ele passou a ser considerado o seu segundo fundador. No seu ingresso, em 1113, eram apenas vinte membros e um mosteiro. Dois anos depois, foi enviado para fundar outro na cidade de Claraval, do qual foi eleito abade, ficando na direção durante 38 anos. Foi um período de abundante florescimento da Ordem, que passou a contar com 165 mosteiros. Bernardo, sozinho, fundou 78 e, em suas mãos, mais de 700 religiosos professaram os votos. Quando Bernardo faleceu, havia 700 monges em Claraval.

Bernardo viveu uma época muito conturbada na Igreja. Muitas vezes, teve de deixar a reclusão contemplativa do mosteiro para envolver-se em  questões que agitavam a sociedade. Foi pregador, místico, escritor, fundador de mosteiros, abade, conselheiro de papas, reis, bispos e também polemista político e tenaz pacificador. Nada conseguia abater ou  afetar sua fé, imprimindo sua marca na história da espiritualidade católica romana.

Ao lado dessas atividades, nesse mesmo período, teve uma atividade literária muito expressiva, em quantidade de obras e qualidade de conteúdo. Tornou-se o maior escritor do seu tempo, apesar de sua saúde  sempre estar comprometida. Isso porque Bernardo era um religioso de vida muito austera, dormia pouco, jejuava com frequência e impunha-se severa penitência.

Em 1153, participando de uma missão em Lorena, adoeceu. Percebendo a gravidade do seu estado, pediu para ser conduzido para o seu Mosteiro de Claraval, onde pouco tempo depois morreu, no dia 20 de agosto do mesmo ano. Foi sepultado na igreja do mosteiro, mas teve suas relíquias dispersadas durante a Revolução Francesa. Depois, sua cabeça foi entregue para ser guardada na catedral de Troyes, França.

Seus livros de teologia e de ascética são lidos ainda hoje. Recorde-se "Tratado do amor de Deus" e "O Cântico dos Cânticos", uma terna declaração de amor à Virgem.

Um de seus pensamentos: "Amar a Deus é ter caridade. Procurar ser amado por Deus é servir à caridade".

São Bernardo de Claraval, canonizado em 1174,por Alexandre II, recebeu, com toda honra e justiça, o título de doutor da Igreja em 1830, por Pio VIII.

Minha oração

“Mestre na arte da oração e dotado da sabedoria do Alto, ajudai-nos a viver a santidade e nos unir a Deus por inteiro. Ensina-nos o caminho da sabedoria e da verdade, assim como ensinaste aos cistercienses, Por Cristo Nosso Senhor. Amém!”

 
 São Bernardo de Claraval, rogai por nós!