São Ruperto
Ruperto era um nobre descendente dos condes que dominavam a região
do médio e do alto Reno, rio que percorre os Alpes europeus. Os
Rupertinos eram parentes dos Carolíngios e o centro de suas atividades
estava em Worms, onde Ruperto recebeu sua formação junto aos monges
irlandeses.
No ano 700, sua vocação de pregador se manifestou e ele dirigiu-se à
Baviera, na Alemanha, com este intuito. Com o apoio do conde Téodo da
Baviera, que era pagão e foi convertido por Ruperto, fundou uma igreja
dedicada a São Pedro, perto do lago Waller, a dez quilômetros de
Salzburgo. Mas, o local não condizia ainda com os objetivos de Ruperto,
que conseguiu do conde outro terreno, próximo do rio Salzach, nos
arredores da antiga cidade romana de Juvavum.
Nesse terreno, o mosteiro que o bispo Ruperto construiu é o mais antigo
da Áustria e veio a ser justamente o núcleo de formação da nova cidade
de Salzburgo. Teve para isso o apoio de doze concidadãos, dois dos quais
também se tornaram santos: Cunialdo e Gislero. Fundou, ao lado deste,
um mosteiro feminino, que entregou a direção para sua sobrinha, a
abadessa Erentrudes. Foi o responsável pela conversão total da Baviera
e, é claro, de toda a Áustria.
Morreu no dia 27 de março de 718, um domingo de Páscoa, depois de rezar
a missa, no mosteiro de Juvavum. Antes, como percebera que a morte
estava próxima, fez algumas recomendações e pedido de orações à sua
sobrinha, e irmã espiritual, Erentrudes. Suas relíquias estão guardadas
na belíssima catedral de Salzburgo, construída no século XVII. Ele é o
padroeiro de seus habitantes e de suas minas de sal.
São Ruperto, reconhecido como o fundador da bela cidade de Salzburgo,
cujo significado é cidade do sal, aparece retratado com um saleiro na
mão, tamanha sua ligação com a própria origem e desenvolvimento da
cidade. Foi seu primeiro bispo e sua influência alastrou-se tanto, que é
festejado nesse dia, não só nas regiões de língua alemã, como também na
Irlanda, onde estudou, porque alí foi tomado como modelo pelos monges
irlandeses.
São Ruperto, rogai por nós!
Seja bem-vindo! Este Blog se propõe a divulgar o catolicismo segundo a Igreja Católica Apostólica Romana. Os editores do Blog, não estão autorizados a falar em nome da Igreja, não são Sacerdotes e nem donos da verdade. Buscam apenas ser humildes e anônimos missionários na Internet. É também um espaço para postagem de orações, comentários, opiniões. Defendemos a Igreja conservadora. Acreditamos em DEUS e entregamo-nos nos braços de MARIA. Que DEUS nos ilumine e proteja. AMÉM
domingo, 27 de março de 2016
Santo do dia - 27 de março
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sábado, 26 de março de 2016
Sábado de Aleluia - Sabado Santo - A Vigilia Pascal
Sábado Santo: A Vigília Pascal
A benção se originou na Gália (França). O costume de extrair fogo golpeando uma pedra provém da antiguidade germânica. A pedra representa Cristo, "a pedra angular" que, sob os golpes da cruz, jorrou sobre nós o Espírito Santo.
Ler mais... Arautos do Evangelho
No
sábado santo honra-se a sepultura de Jesus Cristo e a sua descida ao
Limbo, e, depois do sinal do Glória, começa-se a honrar a sua gloriosa
ressurreição.
A noite do sábado santo é especial e solene, é denominada também como Vigília Pascal.
A Vigília Pascal, era antigamente à meia-noite, mas depois foi mudada para ser a partir das 20 horas, no entanto, ela não pode começar antes do início da noite e deve terminar antes da aurora do domingo.
É considerada "a mãe de todas as santas Vigílias" (S.
Agostinho, Sermão 219: PL 38, 1088. 1). Nela a Igreja mantém-se em
vigília, à espera da Ressurreição do Senhor. E celebra-a com os
sacramentos da Iniciação cristã. Esta noite é "uma vigília em honra do Senhor" (Ex 12,42).
Assim ouvindo a advertência de Nosso Senhor no Evangelho (Lc 12, 35), aguardamos o retorno do Senhor, tendo nas mãos lâmpadas acesas, para que ao voltar nos encontre vigilantes e nos faça sentar à sua mesa.
A vigília desta noite é dividida do seguinte modo:
1º - A celebração da luz;
2º - A meditação sobre as maravilhas que Deus realizou desde o início pelo seu povo, que confiou em sua palavra e sua promessa;
3º - O nascimento espiritual de novos filhos de Deus através do sacramento do batismo;
4º - E por fim a tão esperada comunhão pascal, na qual rendemos ação de graças a Nosso Senhor por sua gloriosa ressurreição, na esperança de que possamos também nós ressurgir como Ele para a vida eterna.
1º - A celebração da luz;
2º - A meditação sobre as maravilhas que Deus realizou desde o início pelo seu povo, que confiou em sua palavra e sua promessa;
3º - O nascimento espiritual de novos filhos de Deus através do sacramento do batismo;
4º - E por fim a tão esperada comunhão pascal, na qual rendemos ação de graças a Nosso Senhor por sua gloriosa ressurreição, na esperança de que possamos também nós ressurgir como Ele para a vida eterna.
Benção do lume novo
As luzes da igreja estão todas apagadas. Do lado de fora está um fogareiro preparado pelo sacristão antes do início das funções, com a faísca tirada de uma pedra.
Junto está uma colher para recolher as brasas e colocá-las dentro do turíbulo. Então o celebrante abençoa o fogo e o turiferário recolhe algumas brasas bentas e as coloca no turíbulo.
Junto está uma colher para recolher as brasas e colocá-las dentro do turíbulo. Então o celebrante abençoa o fogo e o turiferário recolhe algumas brasas bentas e as coloca no turíbulo.

O fogo novo, representativo da Ressurreição de Nosso Senhor, luz Divina
apagada por três dias, que há de aparecer ao pé do túmulo de Cristo,
que se imagina exterior ao recinto da igreja, e resplandecerá no dia da
ressurreição.
Este fogo deve ser novo porque Nosso Senhor,
simbolizado por ele, acaba de sair do túmulo. Essa cerimônia era já
conhecida nos primeiros séculos. Tem sua origem no costume romano de
iluminar a noite com muitas lâmpadas. Essas lâmpadas passam a ser
símbolo do Senhor Ressuscitado dentro da noite da morte.
O círio pascal
Este talvez seja o único objeto litúrgico que pode ser visto apenas por quarenta dias.
Surge no início da vigília pascal e no dia da Ascensão do Senhor desaparece.
O círio pascal é símbolo da Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.
É a evocação de Cristo glorioso, vencedor da morte.
Originalmente
o círio tinha a altura de um homem, simbolizando Cristo-luz que brilha
entre as trevas. Os teólogos enriqueceram-no com elementos simbólicos.
Um acólito traz ao celebrante o círio pascal, que grava no mesmo as
seguintes inscrições:
1º - Uma cruz. Dizendo: "Cristo ontem e hoje. Princípio e fim".
2º - As letras Alfa e Ômega, a primeira e a última do alfabeto grego. Isso quer significar que Deus é "o principio e o fim de tudo", que tudo provém de Deus, subsiste por causa dele e vai para ele: "Alfa e Ômega".
3º - Os algarismos, colocados entre os braços da cruz, marcando as cifras do ano corrente. É para expressar que Jesus
Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, é o princípio e o fim de
tudo, o Senhor do tempo, é o centro da História e a Ele compete o tempo,
a eternidade, a glória e o poder pelos séculos, a ele oferecemos este
ano e tudo o que nele fizermos; "A ele o tempo e a eternidade a glória e o poder pelos séculos sem fim. Amém".
4º - Cinco grãos de incenso em forma de cravos, nas
cinco cavidades previamente feitas no meio do círio, dispostas em forma
de cruz. Esse cerimonial simboliza as cinco chagas de Nosso Senhor nas
quais penetraram os aromas e perfumes levados por Santa Maria Madalena e
as santas mulheres ao sepulcro.
O incenso é uma substância aromática que queimamos em louvor a Deus. Sua
fumaça, subindo, simboliza nosso desejo de permanente união com Ele e
de que nossa vida, nossas ações e nossas orações sejam agradáveis ao
Senhor.
(...)
Missa solene
A
missa é a primeira das duas que são cantadas na páscoa. Esta celebração
mostra um caráter de extremo júbilo e magnificência, em forte contraste
com a mágoa intensa da sexta-feira santa.
Vemos
agora os altares e os dignatários paramentados em grande gala. Ouvem-se
as notas alegres do Gloria in excelsis, unidas ao repicar festivo dos
sinos.
O
aleluia que não era ouvido desde o início da quaresma, volta a ser
entoada após as leituras. Essa é na realidade a missa da madrugada da
Páscoa. É por assim dizer, a aurora da ressurreição.
Por: Emílio Portugal Coutinho
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Sábado Santo
Santo do dia - 26 de março
Santa Lúcia Filippini
Lúcia nasceu no dia 13 de janeiro de 1672, em Corneto Tarquínia, proximidades de Roma, numa família honrada e abastada. Quando ainda tinha um ano de idade, Lúcia perdeu a mãe e alguns anos mais tarde, o pai. Ela foi entregue, para ser formada e educada, às Irmãs beneditinas e junto delas a menina descobriu o dom que tinha para ensinar.
Muito dedicada aos estudos da Sagrada Escritura, e com a alma cheia de caridade, tomou para si, ainda no início da adolescência a função de ensinar o catecismo às crianças. Tantos eram os pequenos que a procuravam e tão cativante era sua forma de transmitir a Palavra do Senhor, que logo o padre do local a nomeou oficialmente a catequista paroquial. Certo dia, passou pela sua cidade o cardeal Marcantonio Barbarigo, que conheceu Lúcia, reconheceu sua vocação e levou-a para acabar seus estudos com as Irmãs clarissas.
Preparada, foi colocada na liderança de uma missão que ele julgava essencial para corrigir os costumes cristãos de sua diocese: fundar escolas católicas em diversas cidades. Lúcia, em sua humildade, a princípio relutou, achando que a função estava acima de suas possibilidades. Mas o cardeal insistiu e ela iniciou seu trabalho que duraria quarenta anos.
A missão exigiu imensos esforços, tantos foram os sacrifícios a que teve de se submeter. Contudo, nada a afastou da tarefa recebida. Nessas quatro décadas preparou professoras, catequistas, fundou escolas e organizou-as em muitas cidades e dioceses. Quando o cardeal Barbarigo faleceu, as dificuldades aumentaram. Lúcia uniu-se então a outras professoras e catequistas, juntando todas numa congregação, fundou em 1692, o Instituto das Professoras Pias. A fama do seu trabalho chegou ao Vaticano e em 1707, o Papa Clemente XI pediu para que Lúcia criasse uma de suas escolas em Roma.
Lúcia Filippini faleceu aos sessenta anos, no dia 25 de março de 1732, de câncer, mas docemente e feliz pela sua vida entregue à Deus e às crianças, sementes das novas famílias que são a seiva da sociedade. Seu corpo descansa na catedral de Montefiascone, onde começaram as escolas católicas do Instituto das Professoras Pias Filippinas, como são chamadas atualmente.
A festa litúrgica à Santa Lúcia Filippini foi marcada para o dia 26 de março, pelo Papa Pio XI, na solenidade de sua canonização, em 1930. Hoje, as escolas das professoras pias filippinas além de atuarem em toda a Itália, estão espalhadas por todo território norte americano, num trabalho muito frutífero junto à comunidade católica.
Santa Lúcia Filippini, rogai por nós!
São Bráulio, rogai por nós!
Mais tarde, foi chamado pelo imperador Carlos Magno para evangelizar as terras que dominava. Entretanto, este empregava métodos de conversão junto aos povos conquistados, não condizentes com os princípios do cristianismo. Logo de início, por exemplo, obrigava os soldados vencidos a se converterem pela força, sob pena de serem condenados à morte se não se batizassem.
Como conseqüência dessa atitude autoritária estourou a revolta de Widukindo e Ludgero teve que fugir, seguindo para Roma. Depois foi para Montecassino, onde aprimorou seus estudos sobre o catolicismo e vestiu o hábito de monge, sem contudo emitir os votos.
A revolta de Widukindo foi a muito custo dominada em 784 e o próprio Carlos Magno foi a Montecassino pedir que Ludgero retornasse para seu trabalho evangelizador, que então produziu muitos frutos. Pregou o evangelho na Saxônia e em Vestfália. Carlos Magno ofereceu-lhe o bispado de Treves, mas ele recusou. Ludgero emitiu os votos tomando o hábito definitivo de monge e fundou um mosteiro, ao redor do qual cresceu a cidade de Muester , cujo significado, literalmente, é mosteiro, e da qual foi eleito o primeiro bispo.
Ludgero não parou mais, fundou várias igrejas e escolas, criou novas paróquias e as entregou aos sacerdotes que ele mesmo formara. Ainda encontrou tempo para retomar a evangelização na Frísia, realizando o seu sonho de contribuir para a conversão de sua pátria, a Holanda, e fundar outro mosteiro, este beneditino, em Werden, antes de morrer, que ocorreu no dia 26 de março de 809.
O corpo de Ludgero foi sepultado na capela do mosteiro de Werden. Os fiéis tornaram o local mais uma meta de peregrinação pedindo a sua intercessão para muitas graças e milagres, que passaram a ocorrer em abundância. O culto à São Ludgero, que ocorre neste dia é muito intenso especialmente na Holanda, Suécia, Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Itália, países cujo solo pisou durante seu ministério.
São Ludgero, rogai por nós!
Lúcia nasceu no dia 13 de janeiro de 1672, em Corneto Tarquínia, proximidades de Roma, numa família honrada e abastada. Quando ainda tinha um ano de idade, Lúcia perdeu a mãe e alguns anos mais tarde, o pai. Ela foi entregue, para ser formada e educada, às Irmãs beneditinas e junto delas a menina descobriu o dom que tinha para ensinar.
Muito dedicada aos estudos da Sagrada Escritura, e com a alma cheia de caridade, tomou para si, ainda no início da adolescência a função de ensinar o catecismo às crianças. Tantos eram os pequenos que a procuravam e tão cativante era sua forma de transmitir a Palavra do Senhor, que logo o padre do local a nomeou oficialmente a catequista paroquial. Certo dia, passou pela sua cidade o cardeal Marcantonio Barbarigo, que conheceu Lúcia, reconheceu sua vocação e levou-a para acabar seus estudos com as Irmãs clarissas.
Preparada, foi colocada na liderança de uma missão que ele julgava essencial para corrigir os costumes cristãos de sua diocese: fundar escolas católicas em diversas cidades. Lúcia, em sua humildade, a princípio relutou, achando que a função estava acima de suas possibilidades. Mas o cardeal insistiu e ela iniciou seu trabalho que duraria quarenta anos.
A missão exigiu imensos esforços, tantos foram os sacrifícios a que teve de se submeter. Contudo, nada a afastou da tarefa recebida. Nessas quatro décadas preparou professoras, catequistas, fundou escolas e organizou-as em muitas cidades e dioceses. Quando o cardeal Barbarigo faleceu, as dificuldades aumentaram. Lúcia uniu-se então a outras professoras e catequistas, juntando todas numa congregação, fundou em 1692, o Instituto das Professoras Pias. A fama do seu trabalho chegou ao Vaticano e em 1707, o Papa Clemente XI pediu para que Lúcia criasse uma de suas escolas em Roma.
Lúcia Filippini faleceu aos sessenta anos, no dia 25 de março de 1732, de câncer, mas docemente e feliz pela sua vida entregue à Deus e às crianças, sementes das novas famílias que são a seiva da sociedade. Seu corpo descansa na catedral de Montefiascone, onde começaram as escolas católicas do Instituto das Professoras Pias Filippinas, como são chamadas atualmente.
A festa litúrgica à Santa Lúcia Filippini foi marcada para o dia 26 de março, pelo Papa Pio XI, na solenidade de sua canonização, em 1930. Hoje, as escolas das professoras pias filippinas além de atuarem em toda a Itália, estão espalhadas por todo território norte americano, num trabalho muito frutífero junto à comunidade católica.
Santa Lúcia Filippini, rogai por nós!
São Bráulio
O santo de hoje, foi bispo de 631 a 651. Nasceu em uma família muito sensível à vontade do Senhor: uma irmã foi para a vida religiosa e tornou-se abadessa. Outro irmão foi para uma Abadia e outro, chegou a bispo.
Depois de entrar para uma vida de oração e contemplação numa abadia, Bráulio conheceu em Sevilha Santo Isidoro, escritor e santo. Fecundo escritor e grande pastor, São Bráulio foi escolhido para bispo em Saragoça, participando ativamente em três Concílios de Toledo.São Bráulio, rogai por nós!
São Ludgero
Ludgero nasceu no ano 742 em Zuilen, Friesland, atual Holanda, e foi
um dos grandes evangelizadores do seu tempo. Era descendente de família
nobre e, dedicado aos estudos religiosos desde pequeno. Ordenou-se
sacerdote em 777, em Colônia, na Alemanha. Seu trabalho de apóstolo teve
início em sua terra natal, pois começou a trabalhar justamente nas
regiões pagãs da Holanda, Suécia, Dinamarca, ponto alto da missão de São
Bonifácio, que teve como discípulos São Gregório e Alcuíno de York, dos
quais foi seguidor também Ludgero.Mais tarde, foi chamado pelo imperador Carlos Magno para evangelizar as terras que dominava. Entretanto, este empregava métodos de conversão junto aos povos conquistados, não condizentes com os princípios do cristianismo. Logo de início, por exemplo, obrigava os soldados vencidos a se converterem pela força, sob pena de serem condenados à morte se não se batizassem.
Como conseqüência dessa atitude autoritária estourou a revolta de Widukindo e Ludgero teve que fugir, seguindo para Roma. Depois foi para Montecassino, onde aprimorou seus estudos sobre o catolicismo e vestiu o hábito de monge, sem contudo emitir os votos.
A revolta de Widukindo foi a muito custo dominada em 784 e o próprio Carlos Magno foi a Montecassino pedir que Ludgero retornasse para seu trabalho evangelizador, que então produziu muitos frutos. Pregou o evangelho na Saxônia e em Vestfália. Carlos Magno ofereceu-lhe o bispado de Treves, mas ele recusou. Ludgero emitiu os votos tomando o hábito definitivo de monge e fundou um mosteiro, ao redor do qual cresceu a cidade de Muester , cujo significado, literalmente, é mosteiro, e da qual foi eleito o primeiro bispo.
Ludgero não parou mais, fundou várias igrejas e escolas, criou novas paróquias e as entregou aos sacerdotes que ele mesmo formara. Ainda encontrou tempo para retomar a evangelização na Frísia, realizando o seu sonho de contribuir para a conversão de sua pátria, a Holanda, e fundar outro mosteiro, este beneditino, em Werden, antes de morrer, que ocorreu no dia 26 de março de 809.
O corpo de Ludgero foi sepultado na capela do mosteiro de Werden. Os fiéis tornaram o local mais uma meta de peregrinação pedindo a sua intercessão para muitas graças e milagres, que passaram a ocorrer em abundância. O culto à São Ludgero, que ocorre neste dia é muito intenso especialmente na Holanda, Suécia, Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Itália, países cujo solo pisou durante seu ministério.
São Ludgero, rogai por nós!
sexta-feira, 25 de março de 2016
Sexta-feira Santa
Arautos do Evangelho
Na Sexta-feira Santa recorda-se a Paixão e morte do Salvador.
Todas as funções deste dia estão repassadas de luto pesado, pois é dia consagrado ao memorial da morte de Nosso Senhor.
Os
paramentos negros. A omissão do Dominus vobiscum. A falta de
instrumentos de música. Nenhum toque de sinos. O altar, frio e despido.
Desocupado e aberto, o tabernáculo. Na frente dele, uma cruz com véu
negro. Nos candelabros, há velas de cera amarela como nos dias de
funerais. Em tudo reina a tristeza, a desolação profunda.
É,
para a Igreja, um dia especialíssimo, portanto, de grande silêncio,
oração, penitência, sobretudo jejum e abstinência de carne. Nesse dia
não há ofertório e nem consagração, mas faz-se a comunhão eucarística.
A celebração da Paixão do Senhor é constituída de três partes: A liturgia da palavra, a adoração da cruz e a comunhão eucarística.
Liturgia da Palavra
Às
três horas da tarde inicia-se a celebração da Paixão do Senhor. O
celebrante e os ministros sagrados são paramentados de preto em sinal de
grande luto. Chegando ao pé do altar, prostram-se, e rezam em silêncio
por alguns instantes. Esta atitude humilde é a expressão da mágoa imensa
que lhes acabrunha a alma com a evocação do grande mistério do
Calvário. Durante este tempo, estende-se no altar uma só toalha,
recordando o Sudário que serviu para envolver o Corpo de Nosso Senhor.
Então, o sacerdote sobe os degraus do altar e oscula-o. Estando todos
sentados, são feitas as duas primeiras leituras com o respectivo salmo.
Logo a seguir, é cantada a Paixão segundo São João, da mesma forma que
foi feito no domingo de Ramos. Quando chega na parte em que diz que
Nosso Senhor entregou o seu espírito, todos ajoelham, e ficam assim por
alguns instantes.
Canta-se
a Paixão de Jesus Cristo segundo o evangelho de São João, porque ele é o
quarto evangelista e porque, ficando debaixo da cruz, foi testemunha
ocular da crucificação. Por isso convém que seja ouvido neste dia.
Durante muitos séculos, os fiéis procuravam, nesse dia, não fazer barulho e, especialmente, evitavam bater em algo, evitando a sensação daquele ruído terrível do martelo cravando Jesus na Cruz.
Nada de canto, de música, de sinais de alegria, de recreação.
Trabalhava-se o mínimo possível, só naquilo que era de extrema
necessidade. O tempo era para oração, leitura, meditação, avaliação da
vida, partilha do sofrimento de Jesus.
Oração Universal
Acabado
o canto da paixão, começa o celebrante as Orações conhecidas por
Admoestações porque o prelúdio consta, para cada uma, de advertência, a
modo de prefácio em que o sacerdote diz o objeto da prece a seguir. São
nove estas orações, e alguns julgam ser de origem apostólica. O celebrante reza:
1º - Pela Santa Igreja;
2º - Pelo papa;
3º - Por todas as ordens e categorias de fiéis;
4º - Pelos catecúmenos;
5º - Pela unidade dos cristãos;
6º - Pelos judeus;
7º - Pelos que não creem em Cristo;
8º - Pelos que não creem em Deus;
9º - Pelos poderes públicos;
10º - Por todos os que sofrem provações.
1º - Pela Santa Igreja;
2º - Pelo papa;
3º - Por todas as ordens e categorias de fiéis;
4º - Pelos catecúmenos;
5º - Pela unidade dos cristãos;
6º - Pelos judeus;
7º - Pelos que não creem em Cristo;
8º - Pelos que não creem em Deus;
9º - Pelos poderes públicos;
10º - Por todos os que sofrem provações.
A Igreja reza nessas rogações, pelos que nunca pertenceram ou já não pertencem ao seu grêmio. O
motivo é para não esquecermos que o Salvador morreu por todos os
homens, e para implorar em benefício de todos, os frutos da sua Paixão.
Entre
cada uma das orações que são feitas, o diácono diz: Flectamus genua.
Então todos se ajoelham por alguns instantes, e rezam em silêncio, até
que o mesmo diácono diz: Levate, então todos se levantam.
Adoração da Santa Cruz
Na
sexta-feira santa adora-se solenemente a Cruz, porque, tendo sido Jesus
Cristo pregado na Cruz, e tendo morrido nela naquele dia, a santificou
com o seu Sangue.
A
cerimônia da adoração da cruz, tem a sua origem na veneração da
verdadeira cruz conservada em Jerusalém, por volta do século IV. A cruz
se colocava numa mesa coberta com um pano branco. Os fiéis veneram-na, tocam-na com a fronte e os olhos; não o podiam fazer com a mão nem com a boca. Pois
um devoto arrancou com os dentes uma relíquia da santa cruz. Agora a
imagem do Crucificado é colocada sobre um pano roxo estendido nos
degraus do altar ou do coro.
Eis o rito: O celebrante tira a casula e, ficando ao pé do altar, descobre o alto da cruz e canta: "Ecce lignum Crucis" (Eis o lenho da Cruz, do qual pendeu a salvação do mundo). Os ministros que lhe assistem, continuam com ele: "Venite, adoremus" (Vinde adoremo-lo).
Ao mesmo tempo, prostram-se todos. O celebrante, não. Este, depois, vai
para o lado direito do altar; descobre o braço direito da cruz,
mostrando-o, e repete em tom mais elevado: "Ecce lignum Crucis", etc. Enfim, alcançou o meio do altar. Descobre completamente a cruz, e, ergue-a e canta, terceira vez, em tom ainda mais alto: "Ecce lignum Crucis", etc. Então, o oficiante deposita a cruz nos degraus do altar, para que seja adorada por todos os clérigos e fiéis presentes. O canto: Ecce lignum Crucis é usado desde o século IX-X.
É desnudada a cruz lembrando que os judeus desnudaram o Filho de Deus. Esta impressionante cerimônia se faz em três atos para significar três atos principais de irrisão cruel da vítima da sanha judaica:
1º
Quando, no átrio do sumo sacerdote, cobriram a santa face de Nosso
Senhor, e lhe deram bofetadas. Por isso a primeira vez não se descobre a
santa face do crucifixo (Lc 23, 64).
2º Quando o Rei da glória, coroado de espinhos, foi escarnecido pelos soldados com genuflexão e as palavras: "Ave, rei dos Judeus". Por isso na segunda vez se mostra a santa cabeça e a santa face do Rei do universo (Mt 27, 27-30).
3º Quando o Filho do Todo-poderoso, despojado dos seus vestidos, estava crucificado e foi insultado com a blasfêmia: "Ah! Tu podes destruir o templo e outra vez o edificar; salva-te!" Por isso, na terceira vez o crucifixo se mostra todo descoberto (Mt 27, 40).
Durante a adoração da Cruz, cantam-se as antífonas chamadas "Impropérios" (do latim improperium, que quer dizer "censura"),
porque encerram repreensões dirigidas aos judeus pela voz dos profetas.
Cada antífona destas enumera um determinado benefício de Deus, a favor
do povo judaico, e põe em face a correspondente ingratidão do mesmo
povo.
Missa dos Pressantificados
Antigamente chamava-se essa terceira parte da celebração da Paixão do Senhor, "Missa dos Pressantificados":
1 - Missa.
Na verdade, não é muito próprio o termo, pois não há consagração e,
portanto, sacrifício. Deram-lhe, no entanto, este nome, porque repete
certo número dos ritos da missa.
2 - dos Pressantificados.
Por causa da Santíssima Hóstia, consagrada na Missa da Quinta-Feira
Santa. O vocábulo Pressantificados significa, pois, dons santificados,
consagrados previamente.
Estando a acabar a Adoração da Cruz, acendem-se as velas do altar e vai-se, em silêncio, em procissão, à capela aonde se encontram as hóstias consagradas. Voltam, trazendo a Santa Reserva, com o canto, não já do Pange língua que é hino de júbilo, mas do Vexilla Regis, que é o hino da Cruz.
Quando a procissão regressou, o Celebrante coloca sobre o altar o Santíssimo Sacramento. Depois, diz Orate frates,
etc; mas ninguém responde,e logo vem o Pater com o respectivo prefácio.
Então, ergue na patena a Sagrada Hóstia, para os assistentes adorarem.
Faz a fração como na missa ordinária, diz a terceira oração antes da
comunhão e o "Domine non sum dignus". Finalmente, comunga, toma
as abluções e retira-se em silêncio. Recitam-se agora as Vésperas, sem
canto, sem luzes, querendo mostrar, com isso, que se apagou, morrendo na
cruz, a luz do mundo, Nosso Senhor Jesus Cristo.
O celebrante diz: In spiritu humilitatis... et sic fiat sacrificium. Nesta oração a palavra "sacrificium" significa hoje o sacrifício espiritual da penitência (Sl 50). Por isso, o celebrante pode dizer: "Orate frates... ut meum sacrificium (de penitentia)..." Mas o povo não pode responder: "Suscipiat... de manibus tuis", porquanto estas palavras significam o sacrifício sacramental, o qual não se oferece.
O celebrante não diz: Pax Domini, nem
a primeira oração antes da comunhão, porque não se dá a paz no dia em
que Nosso Senhor foi repelido pelos judeus inimigos com o grito: "Não temos rei".
O celebrante não reza: "Haec commixtio", nem a segunda antes da comunhão, nem Quid retribuam, Corpus tuum, Placeat,
porque nestas orações se menciona ou o Santíssimo Sangue, que não está
no altar, ou o sacrifício eucarístico, que não se oferece.
O celebrante não diz: Dominus vobiscum, porque o único sacerdote, Jesus Cristo, foi morto e não pode mais falar, e não está mais conosco.
Por: Emílio Portugal Coutinho
Site: Arautos do Evangelho -
http://www.arautos.org/artigo/67724/a-sexta-feira-santa.html
Sexta-feira da Paixão
Sexta-feira da Paixão: Mistério de amor
Vamos
começar nossa reflexão a partir das palavras que São João usa para
sintetizar o que aconteceu na Última Ceia e na Paixão de Jesus: “Tendo amado os Seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13, 1).
Amar
até o fim significa que, no caminho da sua entrega por nós na cruz,
Jesus seguiu todas as etapas, sem deixar uma só, e chegou até o final.
As penúltimas palavras que pronunciou na cruz foram: “Tudo está
consumado” (Jo 19, 30), antes de clamar: “Pai, nas tuas mãos entrego o
meu espírito!” (Lc 23, 46).
Mas amar
até o fim também significa que Cristo, na cruz, nos amou sem limite
algum, sem recuo algum, sem se poupar em nada, até o extremo. Nada
limitou o amor do Senhor por nós. Não se deteve em barreiras, não O
arredou nenhuma dor, nenhum sacrifício, nenhum horror. Acima do Seu
bem-estar, da Sua honra, da Sua vida, colocou a salvação dos que amava,
de cada um de nós.
Já pensamos no que é um amor ilimitado? Um amor que não depende de nada, nem exige nada, para se dar por inteiro?
O amor de
Cristo começa sem que nós O tenhamos amado, não é retribuição, é puro
dom; e chega até o extremo ainda que nós não o correspondamos, melhor
dizendo, no meio de uma brutal falta de correspondência. Nisso consiste o
amor – esclarece São João –: “Não em termos nós amado a Deus, mas em
que Ele nos amou primeiro e enviou o seu Filho para expiar os nossos
pecados” (1 Jo 4, 10).
Explicação da solenidade de Sexta-Feira Santa com padre Paulo Ricardo
Podemos
projetar também – em flashes consecutivos – a sequência dos sofrimentos
morais do Senhor, e perceber que tampouco conseguiram afastá-lo de
chegar até o fim. É caluniado, ridicularizado, julgado iniquamente,
condenado injustamente; alvo de dolorosa ingratidão, de hedionda
traição; é ferido pela infidelidade, pela falta de correspondência dos
que amava e escolhera como Apóstolos; é atingido pelas troças mais
grosseiras, pelos insultos mais ferinos, por escarros e tapas no rosto…
Nada
O faz recuar, nem sequer a última humilhação, pois não O deixaram
morrer em paz, e desrespeitaram com zombarias e insultos até os últimos
instantes da Sua agonia. Os que passavam perto da cruz sacudiam a cabeça
e diziam: “Se és o Filho de Deus, desce da cruz!”
Os
príncipes dos sacerdotes, os escribas e os anciãos também zombavam de
Jesus nessa hora: “Ele salvou a outros e não pode salvar-se a si mesmo!
Se é rei de Israel, desça agora da cruz e creremos nele; confiou em
Deus, que Deus o livre agora, se o ama…” (Mt 27, 39-43). Esta doação sem
limites de Cristo é o Amor que nos salva, o caminho que Ele quis
escolher para nos livrar do mal, afogando-o em si – no Seu Amor – como
num abismo.
Ao mesmo
tempo, é um contínuo apelo ao nosso amor. “Quem não amará o Seu Coração
tão ferido? – perguntava São Boaventura. Quem não retribuirá o amor com
amor? Quem não abraçará um Coração tão puro? Nós, que somos de carne,
pagaremos amor com amor, abraçaremos o nosso Ferido, a quem os ímpios
atravessaram as mãos e os pés, o lado e o Coração.
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25 de março - Anunciação do Senhor
“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós”
Com alegria contemplamos o mistério do Deus Todo-Poderoso, que na origem do mundo cria todas as coisas com sua PalavraNeste dia, a Igreja festeja solenemente o anúncio da Encarnação do Filho de Deus. O tema central desta grande festa é o Verbo Divino que assume nossa natureza humana, sujeitando-se ao tempo e espaço.
Hoje é o dia em que a eternidade entra no tempo ou, como afirmou o Papa São Leão Magno: “A humildade foi assumida pela majestade; a fraqueza, pela força; a mortalidade, pela eternidade.”
A visita do Arcanjo Gabriel à Virgem Maria, quando esta se encontrava em Nazaré, cidade da Galiléia, marca o início de toda uma trajetória que cumpriria as profecias do Velho Testamento e daria ao mundo um novo caminho, trazendo à luz a Boa Nova. Ali nasceu também a oração que a partir daquele instante estaria para sempre na boca e no coração de todos os católicos: a Ave Maria.
Maria era uma jovem simples, noiva de José, um carpinteiro descendente direto da linhagem da casa de Davi. A cerimônia do matrimônio daquele tempo, entretanto, estabelecia que os noivos só teriam o contato carnal da consumação depois de um ano das núpcias. Maria, portanto, era virgem.
Maria perturbou-se ao receber do anjo o aviso que fora escolhida para dar a luz ao Filho de Deus, a quem deveria dar o nome de Jesus, e que Ele era enviado para salvar a Humanidade e cujo Reino seria eterno. Sim porque Deus, que na origem do Mundo Criou todas as coisas com sua Palavra, desta vez escolheu depender da palavra de um frágil ser humana, a Virgem Maria, para poder realizar a Encarnação do Redentor da Humanidade.
Ela aceitou sua parte na missão que lhe fora solicitada, demonstrando toda confiança em Deus e em Seus desígnios, para o cumprimento dessa profecia e mostrou porque foi ela a escolhida para ser Instrumento Divino nos acontecimentos que iriam mudar o destino da Humanidade.
Com alegria contemplamos o mistério do Deus Todo-Poderoso, que na origem do mundo cria todas as coisas com sua Palavra, porém, desta vez escolhe depender da Palavra de um frágil ser humano, a Virgem Maria, para poder realizar a Encarnação do Filho Redentor:
“No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem e disse-lhe: ‘Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo.’ Não temas , Maria, conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Maria perguntou ao anjo: ‘Como se fará isso, pois não conheço homem?’ Respondeu-lhe o anjo:’ O Espírito Santo descerá sobre ti. Então disse Maria: ‘Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tu palavra’” (cf. Lc 1,26-38).
Ao perguntar como poderia ficar grávida, se não conhecia homem algum e receber de Gabriel a explicação de que seria fecundada pelo Espírito Santo, por graças do Criador, sua resposta foi tão simples como sua vida e sua fé: "Sou a serva do Senhor. Faça-se segundo a Sua vontade".
Com esta resposta, pelo seu consentimento, Maria aceitou a dignidade e a honra da maternidade divina, mas ao mesmo tempo também os sofrimentos, os sacrifícios que a ela estavam ligados. Declarou-se pronta a cumprir a vontade de Deus em tudo como sua serva. Era como um voto de vítima e de abandono. Esta disposição é a mais perfeita, é a fonte dos maiores méritos e das melhores graças. O momento da Anunciação, onde se dá a criação, na pessoa de Maria como a Mãe de Deus, que acolhe a divindade em si mesma, contém em si toda a eternidade e, nesta, toda a plenitude dos tempos.
Por isso a data de hoje marca e festeja este evento que se trata de um dos mistérios mais sublimes e importantes da História do homem na Terra: a chegada do Messias, profetizada séculos antes no Antigo Testamento. Episódio que está narrado em várias passagens importantes do Novo Testamento.
A festa da Anunciação do Anjo à Virgem Maria, Lc 1,26-38, é comemorada desde o Século V, no Oriente e a partir do Século VI, no Ocidente, nove meses antes do Natal, só é transferida quando coincide com a Semana Santa.
Sendo assim, hoje é o dia de proclamarmos: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14a). E fazermos memória do início oficial da Redenção de TODOS, devido à plenitude dos tempos. É o momento histórico, em que o SIM do Filho ao Pai precedeu o da Mãe: “Então eu disse: Eis que venho (porque é de mim que está escrito no rolo do livro), venho, ó Deus, para fazer a tua vontade” (Hb 10,7). Mas não suprimiu o necessário SIM humano da Virgem Santíssima.
Cumprindo desta maneira a profecia de Isaías: “Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Deus Conosco” (Is 7,14).
Por isso rezemos com toda a Igreja:
“Ó Deus, quisestes que vosso Verbo se fizesse homem no seio da Virgem Maria; dai-nos participar da divindade do nosso Redentor, que proclamamos verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Por nosso Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo”.
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Santo do dia - 25 de março
São Dimas
O Evangelho fala pouco deste Santo. Nem mesmo o nome, os evangelistas fixaram. O que sabemos foi trazido pela tradição que são os nomes: Dimas, o Bom Ladrão e Simas, o mau ladrão.
Sem dúvida alguma, se trata de um santo original, único, privilegiado, que mereceu a honra de ser canonizado em vida por Jesus Cristo, na hora solene de nossa Redenção. Os outros santos só foram solenemente reconhecidos, no outro milênio, a partir do ano 999. A Igreja comemorava os mártires e confessores, mas sem uma declaração oficial e formal. Enquanto que, a de São Dimas quem proclamou foi o próprio Fundador da Igreja.
Dimas foi o operário da última hora, o que nos fez ver o mistério da graça derradeira. O mau ladrão resistiu, explodiu em blasfêmias. Rejeitou a graça, visivelmente dada pelo Redentor. O Bom Ladrão, depois de vacilar (Mt 27,44 -Mc 15,32), confessou a própria culpa, reclamou da injustiça contra Aquele que só fez o bem, reconheceu-O como Rei e lhe pediu que se lembrasse dele, quando estivesse no seu Reino.
Segundo a tradição, Dimas não era judeu, mas sim egípcio de nascimento. Dimas e Simas praticavam o banditismo nos desertos de passagem para o Egito. Lá a Sagrada Família, que fugia da perseguição do rei Herodes, foi assaltada por dois ladrões e um deles a protegeu. Era Dimas. Naquela época, entre os bandidos havia o costume de nunca roubar, nem matar, crianças, velhos e mulheres. Assim, Dimas deu abrigo ao Menino Jesus protegendo a Virgem Maria e São José.
Dimas foi um bandido muito perigoso da Palestina. E isso, realmente pode ser afirmado pelo suplício da cruz que mereceu. Essa condenação horrível era reservada somente aos grandes criminosos e aos escravos.
O Martirológio Romano diz apenas no dia 25 de Março: "Em Jerusalém comemoração do Bom Ladrão que na cruz professou a fé de Jesus Cristo". E no mundo todo São Dimas passou a ser festejado neste dia.
O Bom Ladrão ou São Dimas foi o primeiro que entrou no céu: "Ainda hoje estarás comigo no Paraíso". (Lc 23,43). Ele passou a ser popularmente considerado o "Padroeiro dos pecadores arrependidos da hora derradeira, dos agonizantes, da boa morte". Morreu sacramentado pela absolvição do próprio Cristo, e por Ele conduzido ao Paraíso.
São Dimas, rogai por nós!
Irêneo foi martirizado no século IV, sob a perseguição sangrenta e implacável do imperador Diocleciano. Era bispo de Sírmium, na Panônia. Atualmente Mitrovica, na Hungria. Não há muitos dados sobre sua vida, até ser condenado por ser cristão e levado à presença do governador da Hungria, Probo. Fora casado, mas ao assumir o sacerdócio se tornou celibatário, como era necessário naqueles tempos.
Além destas informações, temos sobre ele o relato do processo e do seu julgamento. Probo, o próprio governador que o interrogou, não se conformava com o fato de o bispo não exprimir vontade alguma de salvar sua vida, sacrificando aos deuses pagãos, como dizia o decreto do imperador romano. Assim, fez de tudo para que ele mudasse de idéia. Depois que Irêneo se recusou ao sacrifício ordenado, foi amarrado a um cavalete e torturado. Como nem ao menos reclamasse, Probo mandou buscar todos os membros de sua família. Vieram mãe, esposa e filhos e todos passaram a chorar por ele, ao redor do instrumento de tortura, pedindo que ele abrisse mão de sua condição de cristão. Igualmente, de nada adiantou. Não renegou a fé em Cristo.
Irêneo foi levado então de volta ao cárcere, onde durante dias permaneceu sendo espancado continuamente. Mais uma vez levado à presença do governador, o bispo novamente se negou a obedecer às ordens do imperador. Probo mandou então que ele fosse jogado no rio. Só então o bispo Irêneo reclamou: não admitia que tivessem dó dele por ser cristão, já que não tiveram do Cristo. Exigia ser passado a fio de espada. Irado com a insolência do religioso, Probo mandou então que fosse decapitado. Era o dia 25 de março de 304.
A Igreja celebra a festa litúrgica de Irêneo de Sírmium, no dia de sua morte.
Santo Irêneo de Sírmium, rogai por nós!
O Evangelho fala pouco deste Santo. Nem mesmo o nome, os evangelistas fixaram. O que sabemos foi trazido pela tradição que são os nomes: Dimas, o Bom Ladrão e Simas, o mau ladrão.
Sem dúvida alguma, se trata de um santo original, único, privilegiado, que mereceu a honra de ser canonizado em vida por Jesus Cristo, na hora solene de nossa Redenção. Os outros santos só foram solenemente reconhecidos, no outro milênio, a partir do ano 999. A Igreja comemorava os mártires e confessores, mas sem uma declaração oficial e formal. Enquanto que, a de São Dimas quem proclamou foi o próprio Fundador da Igreja.
Dimas foi o operário da última hora, o que nos fez ver o mistério da graça derradeira. O mau ladrão resistiu, explodiu em blasfêmias. Rejeitou a graça, visivelmente dada pelo Redentor. O Bom Ladrão, depois de vacilar (Mt 27,44 -Mc 15,32), confessou a própria culpa, reclamou da injustiça contra Aquele que só fez o bem, reconheceu-O como Rei e lhe pediu que se lembrasse dele, quando estivesse no seu Reino.
Segundo a tradição, Dimas não era judeu, mas sim egípcio de nascimento. Dimas e Simas praticavam o banditismo nos desertos de passagem para o Egito. Lá a Sagrada Família, que fugia da perseguição do rei Herodes, foi assaltada por dois ladrões e um deles a protegeu. Era Dimas. Naquela época, entre os bandidos havia o costume de nunca roubar, nem matar, crianças, velhos e mulheres. Assim, Dimas deu abrigo ao Menino Jesus protegendo a Virgem Maria e São José.
Dimas foi um bandido muito perigoso da Palestina. E isso, realmente pode ser afirmado pelo suplício da cruz que mereceu. Essa condenação horrível era reservada somente aos grandes criminosos e aos escravos.
O Martirológio Romano diz apenas no dia 25 de Março: "Em Jerusalém comemoração do Bom Ladrão que na cruz professou a fé de Jesus Cristo". E no mundo todo São Dimas passou a ser festejado neste dia.
O Bom Ladrão ou São Dimas foi o primeiro que entrou no céu: "Ainda hoje estarás comigo no Paraíso". (Lc 23,43). Ele passou a ser popularmente considerado o "Padroeiro dos pecadores arrependidos da hora derradeira, dos agonizantes, da boa morte". Morreu sacramentado pela absolvição do próprio Cristo, e por Ele conduzido ao Paraíso.
São Dimas, rogai por nós!
Santo Irêneo de Sírmium
Irêneo foi martirizado no século IV, sob a perseguição sangrenta e implacável do imperador Diocleciano. Era bispo de Sírmium, na Panônia. Atualmente Mitrovica, na Hungria. Não há muitos dados sobre sua vida, até ser condenado por ser cristão e levado à presença do governador da Hungria, Probo. Fora casado, mas ao assumir o sacerdócio se tornou celibatário, como era necessário naqueles tempos.
Além destas informações, temos sobre ele o relato do processo e do seu julgamento. Probo, o próprio governador que o interrogou, não se conformava com o fato de o bispo não exprimir vontade alguma de salvar sua vida, sacrificando aos deuses pagãos, como dizia o decreto do imperador romano. Assim, fez de tudo para que ele mudasse de idéia. Depois que Irêneo se recusou ao sacrifício ordenado, foi amarrado a um cavalete e torturado. Como nem ao menos reclamasse, Probo mandou buscar todos os membros de sua família. Vieram mãe, esposa e filhos e todos passaram a chorar por ele, ao redor do instrumento de tortura, pedindo que ele abrisse mão de sua condição de cristão. Igualmente, de nada adiantou. Não renegou a fé em Cristo.
Irêneo foi levado então de volta ao cárcere, onde durante dias permaneceu sendo espancado continuamente. Mais uma vez levado à presença do governador, o bispo novamente se negou a obedecer às ordens do imperador. Probo mandou então que ele fosse jogado no rio. Só então o bispo Irêneo reclamou: não admitia que tivessem dó dele por ser cristão, já que não tiveram do Cristo. Exigia ser passado a fio de espada. Irado com a insolência do religioso, Probo mandou então que fosse decapitado. Era o dia 25 de março de 304.
A Igreja celebra a festa litúrgica de Irêneo de Sírmium, no dia de sua morte.
Santo Irêneo de Sírmium, rogai por nós!
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quinta-feira, 24 de março de 2016
Instituição da Eucaristia
Quando chegou o momento
de Sua partida para a eternidade, JESUS bondade infinita nos ofereceu o melhor
presente: instituiu a Sagrada Eucaristia, Presença Real DELE Mesmo com Seu
Corpo, Sangue, Alma e Divindade na Hóstia e no Vinho Consagrados. Esta foi
à maneira sensível que o SENHOR JESUS escolheu para permanecer junto
do povo que ELE Salvou e Redimiu. ELE é verdadeiramente o pão descido do Céu,
alimento espiritual, força e inspiração para a humanidade na caminhada existencial,
poderoso elo que une e congrega todos os fieis ao redor de um único Altar até a
consumação dos séculos, porque ELE é DEUS, com o PAI e o ESPÍRITO SANTO.
São Mateus registrou aquele inesquecível
momento escrevendo as palavras que JESUS falou:
"Enquanto comiam
(a Ultima Ceia),
JESUS tomou um pão e, tendo abençoado, partiu e, distribuindo aos discípulos, disse:
Tomai e comei, isto é o Meu Corpo
. Depois, tomou um cálice e, dando graças, deu-lhes dizendo:
dele Bebei todos, pois isto é o Meu
Sangue, o Sangue da Aliança, (nova Aliança) que é derramado por muitos para remissão dos
pecados". (Mt 26,26-28)
São Marcos registrou assim:
"Enquanto comiam, ELE
tomou um pão, abençoou, partiu-o e distribuiu-lhes, dizendo:
Tomai isto é o Meu Corpo.
Depois, tomou um cálice e, dando graças, deu-lhes, e todos dele beberam. E
disse-lhes: Isto é o Meu Sangue, o Sangue
da Aliança (nova Aliança), que é derramado em favor de muitos". (Mc 14,22-24)
São Lucas anotou as seguintes palavras do
SENHOR:
"E tomou um pão, deu
graças, partiu e distribuiu-o a eles, dizendo: Isto
é o Meu Corpo que é dado por vós. Fazei isto em Minha memória.
E, depois de comer, fez o mesmo com o cálice, dizendo:
Este cálice é a Nova Aliança em Meu Sangue, que é
derramado em favor de vós". (Lc 22,19-20)
São Paulo descreve como JESUS lhe ensinou:
"Com efeito, eu mesmo recebi
do SENHOR o que vos transmiti: na noite em que foi entregue o SENHOR JESUS tomou
o pão e, depois de dar graças, partiu-o e disse:
Isto
é o Meu Corpo, que é para vós; fazei isto em memória de MIM.
Do mesmo modo, após a Ceia, também tomou o cálice, dizendo:
Este cálice é a nova Aliança em Meu Sangue; todas as vezes
que dele beberdes, fazei-o em memória de MIM".
(1Cor 11,23-25)
O Apóstolo São João que estava ao lado do Mestre
descreveu assim as palavras que JESUS pronunciou na Última Ceia:
"Em verdade, em verdade, vos
digo: se não comerdes a Carne do FILHO do Homem e não beberdes o seu Sangue, não tereis
a vida em vós. Quem come a Minha Carne e bebe o Meu Sangue tem a vida eterna e EU
o ressuscitarei no último dia. Pois a Minha Carne é verdadeira comida e o Meu
Sangue, verdadeira bebida. Quem come a Minha Carne e bebe o Meu Sangue permanece
em MIM e EU nele". (Jo 6,53-56)
As palavras de JESUS são claras
e compreensíveis. Naquele momento de despedida criou o misterioso Fenômeno
da Transubstanciação, que acontece em todas as Santas Missas no instante da
Consagração. As espécies de pão e vinho são transformadas pelo ESPÍRITO SANTO
no seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade, mantendo, entretanto a aparência original
das mesmas espécies.
Isto significa dizer, que verdadeiramente JESUS
está presente na Hóstia Consagrada, em Pessoa e Divindade. Então, a Sagrada
Comunhão não pode e não deve ser considerada como um
"símbolo" ou como uma
"representação"
do SENHOR, porque é ELE Mesmo. O SENHOR está Realmente Presente na menor
fração de uma Partícula Consagrada, em todos os sacrários do mundo. Está sempre
disponível para saciar a fome espiritual, iluminar as almas, acolher as súplicas e preces
de todos que buscam o seu auxílio, ajudando e inspirando ao longo da existência, protegendo
e defendendo as pessoas contra as insídias de Satanás e consolando-as nos reveses da
vida. Cheio de amor e misericórdia ELE Se apresenta modestamente numa partícula de
trigo e água e no vinho consagrado. Nesta simplicidade ELE esconde todo o seu poder
e a sua divindade. Porque ELE quer que cada um de nós, O procure não com pompas
e falatórios, mas com humildade, reconhecendo as próprias fraquezas e limitações.
Assim, prostrados diante DELE, conscientes de nossa insignificância e de nosso
nada, com simplicidade de coração devemos manifestar a súplica mais sincera,
para alcançarmos DELE as graças que emanam do Seu
Divino e imenso Amor.
Esta realidade sinaliza ao raciocínio a necessidade
de cada pessoa procurar aumentar cada vez mais, de alguma forma, a intensidade da atenção
e do afeto que devemos dedicar ao SENHOR. Não como atitude pensada, programada
e interesseira, mas como gesto normal, gerado de dentro para fora, do interior de
nosso coração para o Coração do CRIADOR, um procedimento consciente, que deve ser
cultivado habitualmente. Esta preocupação representará uma continua e permanente
oração a DEUS, oração perseverante que deve ser modulada e adornada com as preces
que recitamos todos os dias. Isto, para que elas sejam a nossa resposta de amor, num
carinhoso tributo de agradecimento, por todos os bens que ELE nos proporciona,
inclusive pelo dom da própria vida.
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