Evangelho Cotidiano
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
30º Domingo do Tempo Comum
Anúncio do Evangelho (Lc 18, 9-14)
Aleluia, Aleluia, Aleluia.
— O Senhor reconciliou o mundo em Cristo, confiando-nos sua palavra; a Palavra da reconciliação, a Palavra que hoje, aqui, nos salva. (2Cor 5,19)
- O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
- PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 9Jesus contou esta parábola para alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros: 10“Dois homens subiram ao Templo para rezar: um era fariseu, o outro cobrador de impostos.
11O fariseu, de pé, rezava assim em seu íntimo: ‘Ó Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este cobrador de impostos. 12Eu jejuo duas vezes por semana, e dou o dízimo de toda a minha renda’.
13O cobrador de impostos, porém, ficou a distância, e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu; mas batia no peito, dizendo: ‘Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!’ 14Eu vos digo: este último voltou para casa justificado, o outro não. Pois quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
MEDITANDO O EVANGELHO
«Meu Deus, tem compaixão de mim…»
Rev. D. Joan Pere PULIDO i Gutiérrez (Sant Feliu de Llobregat, Espanha)Hoje lemos com atenção e novidade o
Evangelho de São Lucas. Uma parábola dirigida aos nossos corações. Umas
palavras de vida para desvendar nossa autenticidade humana e cristã,
que se fundamenta na humildade de sabermos nos pecadores («Meu Deus, tem
compaixão de mim…»: Lc 18,13), e na misericórdia e bondade de nosso
Deus («Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será
exaltado»: Lc 18,14).
A autenticidade é, hoje mais que nunca!, uma necessidade para
descobrirmos nos mesmos e ressaltar a realidade libertadora de Deus em
nossas vidas e em nossa sociedade. É a atitude adequada para que a
Verdade de nossa fé chegue, com toda a sua força, ao homem e à mulher de
hoje. Três eixos integram esta autenticidade evangélica: a firmeza, o
amor e a sensatez (cf. 2Tim 1,7).
A firmeza para conhecer a Palavra de Deus e mantê-la em nossas vidas,
apesar das dificuldades. Especialmente em nossos dias, temos que por
atenção neste ponto, porque há muito auto-engano no ambiente que nos
rodeia. São Vicente de Lerins nos advertia: «Apenas começa a extender-se
a podridão de um novo erro e este, para se justificar, apodera-se de
alguns versículos da Escritura, que além interpreta com falsidade e
fraude»
O amor, para olhar com olhos de ternura – quer dizer, com o olhar de
Deus- à pessoa ou ao acontecimento que temos diante. São João Paulo II
nos anima a «promover uma espiritualidade da comunhão», que —entre
outras coisas— significa «um olhar de coração sobretudo para o mistério
da Trindade que habita em nós, e cuja luz tem que ser reconhecida também
no rosto dos irmãos que estão a nosso lado».
E, finalmente, sensatez, para transmitir esta Verdade com a linguagem de
hoje, encarnando realmente a Palavra de Deus em nossa vida: «Crerão em
nossas obras mais que em qualquer outro discurso» (São João Crisóstomo).Rev. D. Joan Pere PULIDO i Gutiérrez
(Sant Feliu de Llobregat, Espanha)
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Não tenhamos de modo algum a presunção de que vivemos em retidão e sem pecado. O que testemunha a favor da nossa vida é o reconhecimento das nossas faltas» (Santo Agostinho)
«Não basta perguntar-nos quanto tempo rezamos, é preciso perguntar-nos também como rezamos. Eu pergunto: pode-se rezar com arrogância? Não. É possível orar com hipocrisia? Não. Devemos rezar apenas colocando-nos diante de Deus, tal como somos» (Francisco)
«‘A oração é a elevação da alma para Deus ou o pedido feito a Deus de bens convenientes’. De onde é que falamos, ao orar? Das alturas do nosso orgulho e da nossa vontade própria, ou das ‘profundezas’ (Sl 130, 1) dum coração humilde e contrito? Aquele que se humilha é que é elevado. A humildade é a disposição necessária para receber gratuitamente o dom da oração: o homem é um “mendigo de Deus”» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.559)
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