Evangelho Cotidiano
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
28º Domingo do Tempo Comum
Anúncio do Evangelho (Lc 17,11-19)
Aleluia, Aleluia, Aleluia.
— Em tudo dai graças, pois esta é a vontade de Deus convosco em Cristo Jesus (1Ts 5,18)
- O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
- PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
11Aconteceu que, caminhando para Jerusalém, Jesus passava entre a Samaria e a Galileia. 12Quando estava para entrar num povoado, dez leprosos vieram ao seu encontro. Pararam à distância, 13e gritaram: “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!” 14Ao vê-los, Jesus disse: “Ide apresentar-vos aos sacerdotes”. Enquanto caminhavam, aconteceu que ficaram curados. 15Um deles, ao perceber que estava curado, voltou glorificando a Deus em alta voz; 16atirou-se aos pés de Jesus, com o rosto por terra, e lhe agradeceu. E este era um samaritano.
17Então Jesus lhe perguntou: “Não foram dez os curados? E os outros nove, onde estão? 18Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro?” 19E disse-lhe: “Levanta-te e vai! Tua fé te salvou”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
MEDITANDO O EVANGELHO«Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!»
Hoje, podemos comprovar, mais uma
vez!, como a nossa atitude de fé pode remover o coração de Jesus Cristo.
O fato, é que alguns leprosos, superando a reprovação social que
padeciam e com muita audácia, aproximam-se a Jesus e —poderíamos dizer
entre aspas— o obrigam com sua confiada petição: «Jesus, Mestre, tem
compaixão de nós!» (Lc 17,13).
A resposta é imediata e fulminante: «Ide apresentar-vos aos sacerdotes»
(Lc 17,14). Ele, que é o Senhor, demonstra o seu poder, já que «enquanto
estavam a caminho, aconteceu que ficaram curados» (Lc 17,14).
Isso nos mostra que o tamanho dos milagres de Cristo é, justamente, o
tamanho da nossa fé e confiança em Deus. E nós, o que podemos fazer
—pobres criaturas— ante Deus? Devemos confiar Nele. Mas com fé operativa
que nos leva a obedecer as indicações de Deus. Um mínimo de sentido
comum é suficiente para compreender que «nada é difícil de crer tocando
Àquele para quem nada é difícil de fazer» (Beato J. H. Newman). Se não
vemos milagres é porque "obrigamos" pouco ao Senhor com nossa falta de
confiança e obediência a sua vontade. Como disse São João Crisóstomo:
«um pouco de fé pode fazer muito».
E, como coroação da confiança em Deus, chega o desbordamento da alegria e
do agradecimento: por isso: «um deles, ao perceber que estava curado,
voltou glorificando a Deus em alta voz; prostrou-se aos pés de Jesus e
lhe agradeceu» (Lc 17, 15-16).
Mas… que pena! De dez homens que receberam esse milagre, apenas um
voltou para agradecer-lhe. Que ingratos somos quando esquecemos que tudo
vem de Deus e a Ele devemos-lhe tudo! Façamos o propósito de
obrigar-lhe mostrando-nos confiados em Deus e agradecidos a Ele.(Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha))
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Sigamos a Cristo e supliquemos ao Pai com Ele. Não imitemos a conduta de Judas, abandonando Cristo depois de ter participado dos seus favores e ter ceado esplendidamente com Ele» (São Tomás More)
«O nosso Deus é um Deus que se faz próximo. Um Deus que começou a andar com o seu povo e depois se tornou um do seu povo, em Jesus Cristo. Com essa proximidade que encorajou aqueles dez leprosos a pedir-lhe que os purificasse... Ninguém queria perder essa proximidade» (Francisco)
«Toda a alegria e todo o sofrimento, todo o acontecimento e toda a necessidade podem ser matéria da acção de graças, a qual, participando na de Cristo, deve encher a vida toda: ‘Dai graças em todas as circunstâncias’ (1 Ts 5, 18)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2648)
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