São Luis Beltran
Muito se ocupou com a salvação das almas, sem descuidar de profetizar e denunciar as injustiças cometidas contra os indígenas e os negros escravos. Luis Beltran nasceu em Valência (Espanha) em 1526, e foi o tipo de jovem aventureiro, aberto aos desafios. Obediente a voz do Senhor, venceu a oposição do pai e ingressou na Ordem Dominicana para ser sacerdote.
Com passos largos em direção à santidade (tinha apenas 23 anos quando recebeu a ordenação sacerdotal), assumiu a importante função de mestre dos noviços, até que decidiu aventurar-se na evangelização do novo mundo. Na Colômbia, Luis Beltran muito se ocupou com a salvação das almas, sem descuidar de profetizar e denunciar as injustiças cometidas contra os indígenas e posteriormente contra os negros escravos.
O preço da conversão de milhares de indígenas espalhados por toda Colômbia foi o sofrimento promovido por exploradores espanhóis. Por duas vezes procuraram envenená-lo e em outras quatro ocasiões o assaltaram ameaçando-o de morte. São Luis não se deixou amedrontar e só voltou para a Espanha pela obediência aos superiores e com a intenção de melhor recrutar e formar apóstolos para a evangelização da América.
Este bondoso amigo de todos assumiu cargos de direção na Ordem Dominicana, exerceu com grande eficácia o ministério da pregação, chegando a operar inúmeras conversões e alcançar milagres. No ano de 1569 São Luis, já na Espanha como formador de futuros missionários, pôde partilhar com palavras o que viveu nas inúmeras missões. Ensinava que a arma mais eficaz na conversão das almas é uma intensa vida de oração e de muito sacrifício, e que a pregação necessita de ser acompanhada pelas boas obras, caso contrário, o mau exemplo destruiria de maneira fatal a proclamação da Boa Nova.
São Luis Beltran faleceu em Valência no ano de 1581, com 56 anos de idade. A tal ponto enriqueceu o povo e a Igreja com sua vivência missionária que o próprio pai, antes de morrer, declarou-lhe: “Meu filho, uma das coisas que mais me afligiu na vida foi ver-te frade, mas hoje, o que me consola é saber-te frade!”
São Luis Beltran, rogai por nós!
Penitente (século IV)
São duas as santas com este nome — ou quatro, segundo o Martirológio romano. Mas trata-se de um desdobramento.
A
primeira é uma jovem mártir de Antioquia, que se jogou da janela para
evitar a perda da virgindade. São João Crisóstomo louva a sua coragem,
dando origem a intermináveis discussões.
O
mesmo santo bispo narra as vicissitudes de uma célebre atriz, belíssima
tanto quanto dissoluta que, depois da conversão, levou vida austera de
penitência. Mas não diz seu nome. Assim, um autor desconhecido, que se
nomeia Tiago, julgou bom dar-lhe o nome de Pelágia e escrever um longo
relato sobre sua história.
Ao chegar a Antioquia junto com uma
companhia de comediantes, a mulher provocou logo escândalo em razão de
“costumes vulgares”, virando a cabeça de vários homens, até do irmão do
imperador. Conseguiu distrair o próprio bispo Nono: o bom velho se pôs a
olhá-la enquanto se dirigia em procissão para o sínodo.
Desta
leviandade, o bispo extraiu um útil assunto para seu sermão: se uma
mulher se embeleza desse modo para agradar a um simples mortal, como
deveremos nós adornar nossa alma destinada às místicas núpcias com Deus?
E com a oração e a boa palavra conseguiu realmente recolocar no redil
aquela bela criatura.
Pelágia mudou de vida, recebeu o batismo e se retirou para viver como eremita em uma cela escavada junto ao monte das Oliveiras.
O
pseudo -Tiago acrescenta que a mulher, para não ser objeto de desejos,
travestiu-se de homem e viveu longamente em penitência, purificando-se,
assim, dos passados desregramentos.
A Virtude da Castidade
Pelágia e tantos outros santos tinham a mesma convicção, e por isso não hesitaram em entregar a sua vida, afinal é melhor morrer para esse mundo do que padecer a eternidade no inferno. Essas mulheres, mártires por virtude da castidade, foram honradas com um culto público, porque aquele tirar-se a vida foi considerado como um ato de obediência a Deus.
Muitas santas virgens assim agiram, como vimos e veremos no transcorrer dos dias e dos meses. Salvaram com a morte sua castidade. Essa atitude exalta a beleza e a virtude de modo heróico, enquanto, nos nossos dias, tantas pessoas se entregam aos prazeres da carne ou se deixam convencer a perder a sua virgindade para provarem que amam. Santa Pelágia preferiu provar seu amor a Jesus, e ali gozar das riquezas e prazeres celestes.
Minha oração
“Ó querida Pelágia, mesmo jovem, seu coração já estava maduro para compreender o valor da castidade por isso pedimos a tua virtude sobre nós para que possamos viver retamente e conscientemente. Que um dia cheguemos a amar a castidade mais que a nossa vida! Amém.”
Santa Pelágia, rogai por nós!
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