Evangelho Cotidiano
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
31º Domingo do Tempo Comum
Anúncio do Evangelho (Lc 19,1-10)
Aleluia, Aleluia, Aleluia.
— Deus o mundo tanto amou, que seu Filho entregou! Quem no Filho crê e confia, nele encontra eterna vida! (Jo 3,16)
- O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
- PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 1Jesus tinha entrado em Jericó e estava atravessando a cidade. 2Havia ali um homem chamado Zaqueu, que era chefe dos cobradores de impostos e muito rico.
3Zaqueu procurava ver quem era Jesus, mas não conseguia, por causa da multidão, pois era muito baixo. 4Então ele correu à frente e subiu numa figueira para ver Jesus, que devia passar por ali. 5Quando Jesus chegou ao lugar, olhou para cima e disse: “Zaqueu, desce depressa! Hoje eu devo ficar na tua casa”. 6Ele desceu depressa, e recebeu Jesus com alegria.
7Ao ver isso, todos começaram a murmurar, dizendo: “Ele foi hospedar-se na casa de um pecador!”8Zaqueu ficou de pé, e disse ao Senhor: “Senhor, eu dou a metade dos meus bens aos pobres, e se defraudei alguém, vou devolver quatro vezes mais”.
9Jesus lhe disse: “Hoje a salvação entrou nesta casa, porque também este homem é um filho de Abraão. 10Com efeito, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
MEDITANDO O EVANGELHO
«Zaqueu, desce depressa! Hoje eu devo ficar na tua casa»
Hoje, a narração evangélica parece
como o cumprimento da parábola do fariseu e do publicano (cf. Lc
18,9-14). Humilde e sincero de coração, o publicano orava no seu
interior:
«Meu Deus, tem compaixão de mim, que sou pecador!» (Lc 18,13); e hoje
contemplamos como Jesus Cristo perdoa e reabilita Zaqueu, o chefe de
publicanos de Jericó, um homem rico e influente, mas odiado e desprezado
por os vizinhos, que se sentiam extorquidos por ele: Zaqueu, desce
depressa! Hoje eu devo ficar na tua casa» (Lc 19,5).O perdão divino leva
a Zaqueu a se converter; hei aqui uma das originalidades do Evangelho: O
perdão de Deus e gratuito: não é tanto pela causa de nossa conversão
que Deus nos perdoa, senão que acontece ao contrário: a misericórdia de
Deus nos move ao agradecimento e a dar uma resposta.
Como naquela ocasião Jesus, no seu caminho a Jerusalém, passava por
Jericó. Hoje e cada dia, Jesus passa por nossa vida e nos chama por
nosso nome. Zaqueu não tinha visto nunca a Jesus, tinha ouvido falar
Nele e tinha curiosidade por saber quem era aquele mestre tão célebre.
Jesus, porém, sim conhecia a Zaqueu e as misérias da sua vida. Jesus
sabia como tinha se enriquecido e como era odiado e marginado pelos seus
vizinhos; por isso, passou por Jericó para tirá-lo desse poço. «O Filho
do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido» (Lc 19,10).
O encontro do Mestre com o publicano mudou radicalmente a vida deste
último. Depois de ter ouvido o Evangelho, pense na oportunidade que Deus
lhe brinda hoje e que você não deve desaproveitar: Jesus passa por sua
vida e o chama por seu nome, porque lhe ama e quer lhe salvar, Em que
poço está preso? Assim como Zaqueu subiu a uma arvore para ver a Jesus,
sobe você agora com Jesus a arvore da cruz e saberá quem é Ele,
conhecera a imensidade do seu amor, já que «escolhe um chefe de
publicanos: Quem desesperará de si mesmo quando este alcança a graça?»
(Santo Ambrósio).Rev. D.
Joaquim
MESEGUER García
(Rubí, Barcelona, Espanha)
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Com a mesma rapidez, espontaneidade e alegria espiritual com que este homem o recebeu na sua casa, que Nosso Senhor nos conceda a graça de receber o seu Santíssimo Corpo e Sangue, sua Alma e sua Divindade» (São Tomás More)
«Na casa de Zaqueu, a partir daquele dia entrou a alegria, entrou a paz, entrou a salvação, entrou Jesus» (Francisco)
«Durante a sua vida pública, Jesus não somente perdoou os pecados, como também manifestou o efeito desse perdão: reintegrou os pecadores perdoados na comunidade do povo de Deus, da qual o pecado os tinha afastado ou mesmo excluído. Sinal bem claro disso é o facto de Jesus admitir os pecadores à sua mesa, e mais ainda: de se sentar à mesa deles (…)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1443)
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