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domingo, 30 de outubro de 2022

30 de outubro - Santo do Dia

 

Santo Ângelo d’Acri, um grande pregador das multidões
 
Imagem de Santo Ângelo d’Acri

Presbítero e Religioso

Origens

Há quem se oponha à sua vocação na família e há quem encontre, no coração, os maiores contrastes. Lucantonio Falcone pertence a esta última categoria de pessoas, nascido em Acri, província de Cosenza, em 19 de outubro de 1669. A família, muito religiosa e de princípios sólidos, nunca sonharia em se opor à sua vocação, mas o ruim é que Lucantonio sente os contrastes por dentro. Quando, aos 15 anos, conhece um capuchinho carismático, parece compreender que só entre os capuchinhos poderá cumprir a sua vocação.

Capuchinho ou pai de família

Aos 19 anos, assumiu o hábito, mas alguns meses depois voltou para casa, porque se sentiu chamado a formar sua própria família. Arrepende-se e volta ao convento, mas volta a largar o hábito, porque não se sente à altura de sua vocação religiosa. Não estamos diante do eterno indeciso ou de uma vocação frágil, mas simplesmente de um jovem que, com dificuldade, busca seu caminho, certamente contrariado por aquele que mais tarde sempre lutaria, o diabo, que talvez já anteveja os contratempos que aquele cappuccino vai fazê-lo sofrer. Então, ele volta para o convento novamente, desta vez para sempre.

Sacerdote reconhecido

Mudaram seu nome para Frei Ângelo, e ele foi ordenado sacerdote em 1700; logo, porém, foi apelidado de “anjo da paz” e “apóstolo do Sul”. De fato, se as tarefas pesadas e penosas que sua Odine lhe confia recaem sobre seus ombros, sua “profissão” principal logo se torna a pregação. Ele pregou por quase 40 anos: no início, como ele foi ensinado e de acordo com o costume da época, com pompa e retórica. Depois, mudou de estilo, aprendeu a falar de maneira popular e simples, a fazer-se entender até pelos “camponeses” que apreciam a sua oratória espontânea e se convertem em massa.

Santo Ângelo d’Acri: possuía o dom da oratória

Pregador intelectual

Não é assim em Nápoles, onde é chamado pelo cardeal Pignatelli e… “prega nos bancos”, porque os intelectuais, que se aglomeravam para ouvir o famoso pregador, estão decepcionados com sua oratória esparsa e sem frescuras. Só um percebe o “dano” que tal pregador pode fazer e começa a temer e boicotar o padre Ângelo: o diabo. Santo Ângelo empreende uma longa luta contra o maligno, recebendo em troca tentações e golpes.

Combate espiritual

O Santo Ângelo foi encontrado com a cabeça esmagada, o corpo flagelado, as pernas sangrando depois de ter lutado contra o diabo, que o chama de “maltrapilho” e “ladrão”, porque tira as almas que já acreditava serem suas para sempre. E como Padre Pio, contra o diabo, além da arma da oração e da penitência, ele desencadeia a do humor.

Páscoa

Tudo contribui para esgotar este pregador e este missionário, que parte, em 30 de outubro de 1739, com pouco mais de setenta anos. Padre Ângelo foi beatificado pelo Papa Leão XII em 18 de dezembro de 1825. Sua canonização ocorreu em 15 de outubro de 2017 pelo Papa Francisco na Praça de São Pedro. 

Minha oração

“Exímio pregador capuchinho, rogai pelos pecadores mais endurecidos, os corações mais duros, e pedi ao senhor a conversão das almas. Pedimos a ti que nos ilumine nas pregações e no testemunho para que sejamos evangelizadores como tu foste. Amém.”

Santo Ângelo d’Acri , rogai por nós!

 

 

São Frumêncio 

 A história do santo de hoje se entrelaça com a conversão de uma multidão de africanos ao amor de Cristo e à Salvação

São Frumêncio nasceu em Liro da Fenícia. Quando menino, juntamente com o irmão Edésio, acompanhava um filósofo de nome Merópio, numa viagem em direção às Índias. A embarcação, cruzando o Mar Vermelho, foi assaltada e só foram poupados da morte os dois jovens, Frumêncio e Edésio, que foram levados escravos para Aksum (Etiópia) a serviço da Corte.

Deste mal humano, Deus tirou um bem, pois ao terem ganhado o coração do rei Ezana com a inteligência e espírito de serviço, fizeram de tudo para ganhar o coração da África para o Senhor. Os irmãos de ótima educação cristã, começaram a proteger os mercadores cristãos de passagem pela região e, com a permissão de construírem uma igrejinha, começaram a evangelizar o povo. Passados quase vinte anos, puderam voltar à pátria e visitar os parentes: Edésio foi para Liro e Frumêncio caminhou para partilhar com o Patriarca de Alexandria, Santo Atanásio, as maravilhas do Ressuscitado na Etiópia e também sobre a necessidade de sacerdotes e um Bispo. 

Santo Atanásio admirado com os relatos, sabiamente revestiu Frumêncio com o Poder Sacerdotal e nomeou-o Bispo sobre toda a Etiópia, isto em 350.

Quando voltou, Frumêncio foi acolhido com alegria como o “Padre portador da Paz”. Continuou a pregação do Evangelho no Poder do Espírito, ao ponto de converterem o rei Ezana, a rainha, e um grande número de indígenas, isto pelo sim dos jovens irmãos e pela perseverança de Frumêncio. Quase toda a Etiópia passou a dobrar os joelhos diante do nome que está acima de todo o nome: Jesus Cristo.

São Frumêncio, rogai por nós!


São Marcelo


Mártir (+298)

O martírio de são Marcelo está estreitamente ligado ao de são Cassiano, e  sua Paixão é um belo exemplo de autenticidade, graças a sua prosa enxuta, essencial e sem digressões, sem os enriquecimentos usuais na história dos primitivos cristãos.

Marcelo era um centurião do exército romano da guarnição de Tânger. Como tal, foi enviado a participar dos festejos do aniversário do imperador Diocleciano. Era sabido que, em tal circunstância, os participantes deveriam honrar uma estátua do imperador com o gesto de lançar incenso no braseiro posto a seus pés, o que os cristãos consideravam idolátrico.

Marcelo recusou-se a fazê-lo e, para mostrar-se coerente, retirou as insígnias de centurião, jogou-as aos pés da estátua e declarou-se cristão, o que era passível da pena capital.

Foi chamado o escrivão para que redigisse uma ata oficial sobre a rebeldia do centurião. O funcionário — em latim, exceptor — recusou-se a redigir as atas processuais. Imitando o centurião Marcelo, jogou fora a pena, protestou pela injustiça perpetrada contra os inocentes, condenados à morte por adorarem o único e verdadeiro Deus, e declarou-se também ele cristão.

Foram ambos aprisionados e, poucos dias depois, sofreram o martírio: Marcelo em 30 de outubro; Cassiano em 3 de dezembro. O poeta Prudêncio dedica-lhes um hino.


São Marcelo, rogai por nós!

 

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